Estudando o Espiritismo

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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Injúrias e Violência

Injúrias e Violência

De Isabel Romeiro

• Esse tema - injúrias e violências - está contido no capítulo IX do Evangelho Segundo o Espiritismo - "Bem aventurados os brandos e pacíficos".
• Disse Jesus, no Sermão da Montanha: "Bem-aventurados os mansos porque eles herdarão a Terra".
• Só aqueles que vencerem seus impulsos violentos, fazendo-se construtor da paz, terão a oportunidade de habitar a Terra em seu período de regeneração.
• A propensão à violência é característica dos Espíritos vinculados ao planeta Terra, variando apenas quanto à intensidade e aos estímulos necessários para desencadear a ação violenta.
• Daí o "não julgueis", induzindo-nos pelo raciocínio, a buscarmos maior prudência ao julgar o próximo, porque não sabemos se guardamos em nosso íntimo o mesmo grau de violência que condenamos, esperando apenas as condições propícias para despertar.
• A violência resulta de um estado interior.
• Toda pessoa que está insatisfeita interiormente explode e isso acontece com todos nós.
• Mas essa situação pode tomar proporções alarmantes se não houver ajuda e orientação.
• Os remédios nós chamamos de cultura, educação, lazer, emprego, afetividade.
• As criaturas violentas estão sofrendo algum tipo ou vários, dessas carências.
• A humanidade da Terra está evoluindo, o planeta já passou de mundo primitivo para mundo de expiações e provas e nessa escala se transformará agora em mundo de regeneração, um lugar onde o bem já sobrepujaria o mal.
• Diante da escala de violência, dá pra acreditar que a Terra está mesmo evoluindo para melhor?
• Ultimamente, o que mais temos visto não só na mídia, mas ao nosso redor, é a tão temida violência...
• Ela está nos jornais, nas revistas, na televisão, no esporte, na política, nos filmes e até mesmo em programas infantis e desenhos, que, ao invés de estimularem a criatividade e o mundo de imaginação da criança, incentivam a guerra e a violência pessoal.
• Na realidade, o que observamos nos dias atuais é a leviandade de muitos mestres e educadores imaturos, sem habilitação moral para tais propósitos, ou seja, para a educação de novos indivíduos que aportam na crosta terrestre, facilitando a disseminação da violência e da crença de que esta forma de agir é capaz de resolver os problemas da humanidade.
• A Terra tanto está melhorando que agora já sabemos dos fatos violentos quando acontecem.
• No passado havia coisas muito mais drásticas, só que ninguém sabia.
• Não havia imprensa, nem TV, nem rádio, nem jornal, nem Internet.
• Quando nós pensamos historicamente que os reis, os senhores feudais tinham direito de vida e morte sobre as pessoas, que havia escravidão legalizada, então vemos ser óbvio que o mundo melhorou!
• Agora podemos gritar, pedir socorro, protestar. Hoje podemos discutir livremente nossos direitos e encontramos eco em legislações, organizações de direitos humanos.
• Sabemos que, pela Lei de Ação e Reação, todos somos devedores, mas que atitude devemos tomar? Será que devemos aceitar esta violência sem fazer nada, como se estivéssemos determinados a ela?
• Vemos as pessoas cobrando os responsáveis por nossa segurança a todo instante, mas nunca fazendo uma meia-culpa, para ver até onde vai nossa parcela de contribuição nesta violência.
• Afinal de contas, quase todo dia cometemos um ato violento, nem que seja através do pensamento ou da maledicência contra um irmão, além de buscarmos formas cada vez mais agressivas para acabar com a violência, como pena de morte, extermínio, tortura, cerceamento da liberdade em condições subumanas etc. Ou seja, criamos um ciclo vicioso de agressões.
• Como podemos ver, a violência está enraizada no ser humano, que a tem vivido e até mesmo cultivado através dos milênios.
• A solução passa por uma transformação, uma renovação do homem como forma de mudar a sociedade da qual ele é membro efetivo e atuante.
• Segundo o Espírito Verdade (perg. 785), o maior obstáculo ao progresso moral é o orgulho e o egoísmo. Ambos caracterizam o sentimento ainda muito imperfeito que aliado à ignorância das leis naturais e seus mecanismos de atuação, originam as ações contrárias a essas mesmas leis constituindo a violência.
• Essa ignorância, no entanto, não nos exime de culpa e responsabilidade pelos nossos atos uma vez que a lei de Deus está escrita na consciência de cada um (perg. 621), permitindo ao homem discernir sobre o bem e o mal.
• Muitas vezes achamos que não fazemos mal a ninguém (pelo menos diretamente), apesar de fazermos mal a nós próprios diariamente, agredindo nosso corpo com fumo, bebidas, remédios e alimentos inadequados ou exagerados, agredindo nosso campo emocional e psíquico com impaciência, irritação e pensamentos infelizes.
• Parece lógico supor que os pequenos atos de violência sejam mais fáceis de eliminar e que o conjunto desses atos favorece perigosamente o aumento gradativo da tendência de agir com violência.
• A reencarnação é o meio adequado para esta renovação, pois, a cada vivência, o espírito evolui através de enganos e acertos.
• Richard Simonetti nos lembra que "quando a contenção da violência deixar de ser um problema policial e se transformar em questão de disciplina do próprio indivíduo; quando a paz for produto não da imposição das leis humanas, mas da observação coletiva das leis divinas, então viveremos num mundo melhor."
• Ter mansidão é ter fé na providência divina, o que nos dá a tranqüilidade íntima, a consciência de que não precisamos agredir, nem em pensamento, quem quer que seja.
• Para que as coisas fiquem bem, não precisamos forçar. Precisamos é agir respeitando o semelhante e as suas diferenças.

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