Estudando o Espiritismo

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sexta-feira, 17 de junho de 2016

A Cólera

A Cólera


• Encerrando o nosso estudo do Capítulo IX de O Evangelho Segundo o Espiritismo, falaremos hoje sobre a cólera.
• Todas as pessoas cometem muitos erros ao longo da vida.
• Podemos até tentar acertar, mas algumas situações são muito complexas e equívocos acontecem.
• Existem situações em que é muito difícil manter a calma e a racionalidade.
• Quem nunca passou por um episódio em que é dominado pela raiva, alterou o tom de voz, falou o que não queria, agiu de forma impulsiva... E depois disse: "Perdi a cabeça!"?
• É humano sentir raiva, faz parte de nossa evolução, o que não podemos deixar é que esse sentimento de raiva perdure e se infiltrem em sentimentos bons, devemos esquecê-la rapidamente.
• Porém existem indivíduos que estão sempre prestes a reagir: ao menor sinal de divergência mandam tudo para os ares.
• Pessoas conhecidas como o famoso "pavio curto".
• Há outras que nem pavios têm, explodem por qualquer coisa.
• Pessoas que afirmam não levar desaforos para casa e, por qualquer coisa, estouram.
• Pessoas que são muito boas, mas que ninguém pode pisar-lhes os pés...
• "Eu dou um boi para não entrar na briga; dou uma boiada para não sair da briga".
• A lição do Evangelho explica que a contrariedade nasce do orgulho existente em nós.
• É comum a gente se responsabilizar pelas experiências de sucesso, mas quando as coisas dão erradas...
• Aí a culpa vai direto para ombros alheios.
• Do chefe, do governo, da sogra, do professor, do ex...
• Agir assim é abrir mão do poder de mudar a própria história.
• O orgulho impede a pessoa de perceber a bobagem que fez e de aprender com os próprios erros ou de pedir desculpas aos prejudicados.
• Na Europa, existem trens que fazem viagens longas que duram dias.
• Em um desses trens, uma jovem dividia a cabine com um sujeito que não parava de resmungar:
• — Que azar! — ele dizia, entre um suspiro e outro.
• Passados alguns minutos, nova reclamação:
• — Que azar!
• Curiosa, a jovem lhe perguntou:
• — Você está bem?
• Há algo que eu possa fazer para ajudar?
• Ainda se lastimando, o sujeito desabafou:
• — É muito azar! Faz três dias que estou no trem errado!
• Muitas pessoas passam a vida reclamando dos trens errados que tomaram há muito tempo e dos quais jamais desceram.
• Vivem em profissões, empregos e relacionamentos errados, e não fazem nada para corrigir a situação.
• Se você tomou o trem errado, desça na próxima estação e procure imediatamente o rumo certo.
• Caso contrário, sempre sairá perdendo.
• Talvez até ganhe muito dinheiro, ou seja, muito aplaudido, mas estará vivendo o sonho de outra pessoa.
• Somos a primeira vítima da cólera.
• É impressionante o tanto que a raiva nos emburrece.
• A gente diz o que não é verdade, tomamos decisões erradas, agride o outro com palavras que a gente não acredita, manda embora da nossa vida pessoas que a gente ama, machuca terrivelmente as pessoas...
• E aquela raiva quando passa deixa este rastro de destruição, que às vezes não temos a oportunidade de corrigir.
• Se extravasada, pode provocar uma série de reações. Se engolida, poderá prejudicar nosso organismo.
• Façamos uma comparação. É como se déssemos murros mentais no nosso coração, estômago, rim ou outro órgão que esteja mais vulnerável.
• De tanto esmurrar, jogamos adrenalina e alteramos o funcionamento desses órgãos, precisando de remédios para que funcionem bem.
• Mas não mudamos de atitudes, continuamos no mesmo processo, até que precisamos de um transplante ou cirurgia porque os remédios não mais respondem.
• Isso, se antes não chegarmos ao desencarne.
• Soltamos faíscas vibratórias de baixo padrão, sintonizados com as entidades malévolas, que assim podem nos envolver.
• Nesses momentos, podemos ser levados a cometer os atos mais indignos de violência, de agressividade, causando dissensões e até mortes, contraindo, muitas vezes, as mais penosas dívidas em nossa existência.
• Entretanto essas entidades só conseguem nos atingir quando descemos aos níveis vibratórios ao alcance deles.
• Estão, em cada um de nós, as origens das manifestações de ódio.
• Temos que saber administrá-la.
• O primeiro passo é tomar consciência de que nem tudo é como gostaríamos que fosse.
• É importante quando sentimos raiva perguntar a nós mesmos o que queremos desta situação que não estamos conseguindo.
• Isto cria uma mudança em nosso foco.
• E em vez de ficarmos presos na raiva, nós a observamos.
• E logo depois, podemos perguntar a nós mesmos de que outra maneira podemos conseguir o que queremos.
• E podemos perceber que idéias alternativas surgem na mente e isto melhora nossa frustração e diminui a raiva.
• Porém existem momentos que a raiva é incontrolável e nem temos tempo de nos fazer perguntas sobre o que queremos.
• Nesses momentos, não é possível sentir desapego, ficamos presos completamente.
• O que podemos fazer?
• A melhor saída é sair da situação, dar uma volta, se afastar do ambiente ou da pessoa, tomar um copo de água, respirar algumas vezes profundamente, lembrar-se de Deus.
• Depois quando nos acalmarmos, podemos voltar e lidar com o assunto de uma maneira mais equilibrada, sem ofender e magoar os outros; sem nos desequilibrar.
• Quando falamos de uma maneira tranqüila sem raiva, o outro pode até nos entender e ouvir melhor, mas quando falamos com raiva só criamos mais conflitos e desarmonia.
• Para se afastar no momento da discussão ou apenas ficar calado até se acalmar é necessário humildade.
• Quando estamos com muita raiva, queremos que a outra pessoa admita que esteja errada e isto é orgulho.
• Esse orgulho impede que nos acalmemos.
• Mas se você admitir que dissolver a raiva é mais importante do que provar que o outro está errado, você sente a humildade que lhe liberta da tirania da raiva.
• Diante daqueles que somos levados a conviver que tem comportamento coléricos, vamos precisar utilizar todo o nosso sentimento de compreensão e até usar recursos como tranqüilamente nos afastarmos dessas pessoas sem que isso demonstre um ato de incompreensão.
• A Casa Espírita, com os diversos recursos como: estudo (O conhecimento de si mesmo), as oportunidades de diluirmos nossas emoções nas diversas frentes de trabalho e com o apoio do Passe, é com certeza um local onde encontraremos o apoio seguro para iniciarmos essa modificação. Porque aquele que deseja se corrigir, sempre poderá fazê-lo.

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