Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Urim e Tumim - O que eram

https://pt.wikipedia.org/wiki/Urim_e_Tumim

A Pítia ou Pitonisa

A Pítia ou Pitonisa


Sacerdotisa de Delfos

Os gregos davam o nome de Pitonisas a todas as mulheres que tinham a profissão de adivinhas, porque o deus da adivinhação, Apolo, era cognominado Pítio, quer por haver matado a serpente píton, quer por ter estabelecido o seu oráculo em Delfos, cidade primitivamente chamada Pito.
A pítia ou pitonisa propriamente dita era sacerdotisa do oráculo de Delfos. Sentada sobre o trípode ou cadeira alta com três pés, acima do abismo hiante donde brotavam as pretensas exalações proféticas, ela divulgava os seus oráculos uma vez por ano, no começo da primavera.
No começo só houve uma Pítia, mais tarde, quando o oráculo mereceu inteiro crédito, elegeram-se muitas sacerdotisas, que se substituíram umas às outras e podiam sempre dar resposta em um caso importante ou excepcional.
Antes de sentar na trípode, a Pítia sempre se banhava na fonte de Castália, jejuava três dias, mascava folhas de loureiro, e com religioso recolhimento, cumpria várias cerimônias. terminados esses preâmbulos, Apolo prevenia a sua chegada ao templo que tremia até os alicerces. Então a Pítia era pelos sacerdotes conduzida à trípode. Era sempre em transportes frenéticos que ela se desempenhava das suas funções, dava gritos, uivos e parecia possuída por um deus. Assim que desvendava o oráculo caía numa espécie de aniquilamento, que algumas vezes durava muitos dias. "Muitas vezes, diz Lucano, a morte imediata foi o prêmio do seu sofrimento e do seu entusiasmo".
A Pítia era escolhida com cuidado pelos sacerdotes de Delfos, que, por seu turno, eram encarregados da interpretação ou redação dos oráculos. Exigia-se que ela tivesse nascido legitimamente, que tivesse sido educada simplesmente e que essa simplicidade transparecesse em seus costumes. Não devia conhecer nem as essências nem tudo quanto o luxo refinado faz imaginar às mulheres. Era de preferência escolhida em uma casa pobre, onde tivesse vivido na mais completa ignorância de todas as coisas. Era bastante que soubesse falar e repetir o que o deus lhe dissesse.
Nem sempre o oráculo era desinteressado. Mais uma vez, por instigação dos seus ministros, e pelo boca de sua sacerdotisa, Apolo cortejou riqueza e poder. Os atenienses, por exemplo, acusaram a Pítia de se haver deixado corromper pelo ouro de Filipe da Macedônia.
O costume de consultar a Pítia remontava os tempos heróicos da Grécia. Diz-se que foi Femonoe a primeira sacerdotisa do oráculo de Delfos que fez o deus falar em versos hexâmetros, acrescenta-se que ela vivia sob o reinado de Acrício, avô de Perseu.

Referências
Mitologia Grega e Romana - P. Commelin

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Fatores de Perturbação - Medo e Solidão - Joanna de Ângelis

FATORES DE PERTURBAÇÃO

       A segunda metade do Século 19 transcorre numa Eurá¬sia sacudida pelas contínuas calamidades guerreiras, que se sucedem, truanescas, dizimando vidas e povos.
       As admiráveis conquistas da Ciência que se apóia na Tec¬nologia, não logram harmonizar o homem belicoso e insatis¬feito, que se deixa dominar pela vaga do materialismo-utili¬tarista, que o transforma num amontoado orgânico que pen¬sa, a caminho de aniquilamento no túmulo.
       Possuir, dominar e gozar por um momento, são a meta a que se atira, desarvorado.
       Mal se encerra a guerra da Criméia, em 1856, e já se in¬quietam os exércitos para a hecatombe franco-prussiana, cu¬jos efeitos estouram em 1914, envolvendo o imenso conti¬nente na loucura selvagem que ameaça de consumição a tudo e a todos.
       O Armistício, assinado em nome da paz, fomentou o ex¬plodir da Segunda Guerra Mundial, que sacudiu o Orbe em seus quadrantes.
       Somando-se efeitos a novas causas, surge a Guerra Fria, que se expande pelo sudeste asiático em contínuos conflitos lamentáveis, em nome de ideologias alienígenas, disfarçadas de interesses nacionais, nos quais, os armamentos superados são utilizados, abrindo espaços nos depósitos para outros mais sofisticados e destrutivos...
Abrem-se chagas purulentas que aturdem o pensamento, dores inomináveis rasgam os sentimentos asselvajando os indivíduos.
O medo e o cinismo dão-se as mãos em conciliábulo ir¬reconciliável.
A Guerra dos seis dias, entre árabes e judeus, abre sulcos profundos na economia mundial, erguendo o deus petróleo a uma condição jamais esperada.
Os holocaustos sucedem-se.
Os crimes hediondos em nome da liberdade se acumulam e os tribunais de justiça os apóiam.
O homem é reduzido à ínfima condição no “apartheid”, nas lutas de classes, na ingestão e uso de alcoólicos e drogas alucinógenas como abismo de fuga para a loucura e o suici¬dio.
Movimentos filosóficos absurdos arregimentam as men¬tes jovens e desiludidas em nome do Nadaísmo, do Existen¬cialismo, do Hippieísmo e de comportamentos extravagantes mais recentes, mais agressivos, mais primários, mais violen¬tos.
O homem moderno estertora, enquanto viaja em naves superconfortáveis fora da atmosfera e dentro dela, vencendo as distâncias, interpretando os desafios e enigmas cósmicos.
A sonda investigadora penetra o âmago da vida micros¬cópica e abre todo um universo para informações e esclareci¬mentos salvadores.
Há esperança para terríveis enfermidades que destruíram gerações, enquanto surgem novas doenças totalmente pertur¬badoras.
A perplexidade domina as paisagens humanas.
A gritante miséria econômica e o agressivo abandono so¬cial fazem das cidades hodiernas o palco para o crime, no qual a criatura vale o que conduz, perdendo os bens materiais e a vida em circunstâncias inimagináveis.
Há uma psicosfera de temor asfixiante enquanto emerge do imo do homem a indiferença pela ordem, pelos valores éticos, pela existência corporal.
Desumaniza-se o indivíduo, entregando-se ao pavor, ou gerando-o, ou indiferente a ele.
Os distúrbios de comportamento aumentam e o despauté¬rio desgoverna.
Uma imediata, urgente reação emocional, cultural, religi¬osa, psicológica, surge, e o homem voltará a identificar-se consigo mesmo.
A sua identidade cósmica é o primeiro passo a dar, abrin¬do-se ao amor, que gera confiança, que arranca da negação e o irisa de luz, de beleza, de esperança.
A grande noite que constringe é, também, o início da al¬vorada que surge.
Neste homem atribulado dos nossos dias, a Divindade deposita a confiança em favor de uma renovação para um mundo melhor e uma sociedade mais feliz.
Buscar os valores que lhe dormem soterrados no íntimo é a razão de sua existência corporal, no momento.
Encontrar-se com a vida, enfrentá-la e triunfar, eis o seu fanal.

Medo

Decorrente dos referidos fatores sociológicos, das pres¬sões psicológicas, dos impositivos econômicos, o medo as¬salta o homem, empurrando-o para a violência irracional ou amargurando-o em profundos abismos de depressão.
Num contexto social injusto, a insegurança engendra muitos mecanismos de evasão da realidade, que dilaceram o comportamento humano, anulando, por fim, as aspirações de beleza, de idealismo, de afetividade da criatura.
Encarcerando-se, cada vez mais, nos receios just ificáveis do relacionamento instável com as demais pessoas, surgem as ilhas individuais e grupais para onde fogem os indivíduos, na expectativa de equilibrarem-se, sobrevivendo ao tumulto e à agressividade, assumindo, sem darem-se conta, um com¬portamento alienado, que termina por apresentar-se igualmen¬te patológico.
As precauções para resguardar-se, poupar a família aos dissabores dos delinquentes, mantendo os haveres em luga¬res quase inexpugnáveis, fazem o homem emparedar-se no lar ou aglomerar-se em clubes com pessoal selecionado, per¬dendo a identidade em relação a si mesmo, ao seu próximo e consumindo-se em conflitos individualistas, a caminho dos desequilíbrios de grave porte.
Os valores da nossa sociedade encontram-se em xeque, porque são transitórios.
Há uma momentânea alteração de conteúdo, com a con¬seqüente perda de significado.
A nova geração perdeu a confiança nas afirmações do passado e deseja viver novas experiências ao preço da aluci¬nação, como forma escapista de superar as pressões que so¬fre, impondo diferentes experiências.
No âmago das suas violações e protestos, do vilipêndio aos conceitos anteriores vige o medo que atormenta e sub¬mete às suas sombras espessas.
A quantidade expressiva de atemorizados trabalha a qua¬lidade do receio de cada um, que cresce assustadoramente, comprimindo a personalidade, até que esta se libere em des¬regramento agressivo, como forma de escapar à constrição.
Quem, porém, não consiga seguir a correnteza da nova ordem, fica afogado no rio volumoso, perde o respeito por si mesmo, aliena-se e sucumbe.
Na luta furiosa, as festas ruidosas, as extravagâncias de conduta, os desperdícios de moedas e o exibicionismo com que algumas pessoas pensam vencer os medos íntimos, ape¬nas se transformam em lâminas baças de vidro pelas quais observam a vida sempre distorcida, face à óptica incorreta que se permitem. São atitudes patológicas decorrentes da fra¬gilidade emocional para enfrentar os desafios externos e in¬ternos.
A consumação da sociedade moderna é a história da desí¬dia do homem em si mesmo, enlanguescido pelos excessos ou esfogueado pelos desejos absurdos.
Adaptando-se às sombras dominadoras da insensatez, neglicencia o sentido ético gerador da paz.
A anarquia então impera, numa volúpia destrutiva, ten¬tando apagar as memórias do ontem, enquanto implanta a tirania do desconcerto.
Os seus vultos expressivos são imaturos e alucinados, em cuja rebelião pairam o oportunismo e a avidez.
Procedentes dos guetos morais, querem reverter a ordem que os apavora, revolucionando com atrevimento, face ao insólito, o comportamento vigente.
Os antigos ídolos, que condenaram a década de 20 e 30 como a da “geração perdida”, produziram a atual “era da in¬segurança”, na qual malograram as profecias exageradamen¬te otimistas dos apaniguados do prazer em exaustão, fabri¬cando os super-homens da mídia que, em análise última, são mais frágeis do que os seus adoradores, pois que não passam de heróis da frustração.
Guindados às posições de liderança, descambaram, esses novos condutores, em lamentáveis desditas, consumidos pe¬las drogas, vencidos pelas enfermidades ainda não controla¬das, pelos suicídios discretos ou espetaculares.
A alucinação generalizada certamente aumenta o medo nos temperamentos frágeis, nas constituições emocionais de pouca resistência, de começo, no indivíduo, depois, na soci¬edade.
Esta é uma sociedade amedrontada.
As gerações anteriores também cultivaram os seus medos de origem atávica e de receios ocasionais.
O excesso de tecnicismo com a correspondente ausência de solidariedade humana produziram a avalanche dos recei¬os.
A superpopulação tomando os espaços e a tecnologia re¬duzindo as distâncias arrebataram a fictícia segurança indivi¬dual, que os grupos passaram a controlar, e as conseqüências da insânia que cresce são imprevistas.
Urge uma revisão de conceitos, uma mudança de condu¬ta, um reestudo da coragem para a imediata aplicação no or¬ganismo social e individual necrosado.
Todavia, é no cerne do ser — o Espírito — que se encon¬tram as causas matrizes desse inimigo rude da vida, que é o medo.
Os fenômenos fóbicos procedem das experiências passa¬das — reencarnações fracassadas —, nas quais a culpa não foi liberada, face ao crime haver permanecido oculto, ou dissi¬mulado, ou não justiçado, transferindo-se a consciência fal¬tosa para posterior regularização.
Ocorrências de grande impacto negativo, pavores, urdi-duras perversas, homicídios programados com requintes de crueldade, traições infames sob disfarces de sorrisos produ¬ziram a atual consciência de culpa, de que padecem muitos atemorizados de hoje, no inter-relacionamento pessoal.
Outrossim, catalépticos sepultados vivos, que desperta¬ram na tumba e vieram a falecer depois, por falta de oxigê¬nio, reencarnam-se vitimados pelas profundas claustrofobi¬as, vivendo em precárias condições de sanidade mental.
O medo é fator dissolvente na organização psíquica do homem, predispondo-o, por somatização, a enfermidades di¬versas que aguardam correta diagnose e específica terapêuti¬ca.
À medida que a consciência se expande e o indivíduo se abriga na fé religiosa racional, na certeza da sua imortalida¬de, ele se liberta, se agiganta, recupera a identidade e huma¬niza-se definitivamente, vencendo o medo e os seus sequa¬zes, sejam de ontem ou de agora.
 
5
Solidão

Espectro cruel que se origina nas paisagens do medo, a solidão é, na atualidade, um dos mais graves problemas que desafiam a cultura e o homem.
A necessidade de relacionamento humano, como meca¬nismo de afirmação pessoal, tem gerado vários distúrbios de comportamento, nas pessoas tímidas, nos indivíduos sensí¬veis e em todos quantos enfrentam problemas para um inter-câmbio de idéias, uma abertura emocional, uma convivência saudável.
Enxameiam, por isso mesmo, na sociedade, os solitários por livre opção e aqueloutros que se consideram marginalizados ou são deixados à distância pelas conveniências dos grupos.
A sociedade competitiva dispõe de pouco tempo para a cordialidade desinteressada, para deter-se em labores a bene¬fício de outrem.
O atropelamento pela oportunidade do triunfo impede que o indivíduo, como unidade essencial do grupo, receba consi¬deração e respeito ou conceda ao próximo este apoio que gostaria de fruir.
A mídia exalta os triunfadores de agora, fazendo o pane¬gírico dos grupos vitoriosos e esquecendo com facilidade os heróis de ontem, ao mesmo tempo que sepulta os valores do idealismo, sob a retumbante cobertura da insensatez e do oportunismo.
O homem, no entanto, sem ideal, mumifica-se. O ideal é-lhe de vital importância, como o ar que respira.
O sucesso social não exige, necessariamente, os valores intelecto-morais, nem o vitalismo das idéias superiores, an¬tes cobra os louros das circunstâncias favoráveis e se apóia na bem urdida promoção de mercado, para vender imagens e ilusões breves, continuamente substituídas, graças à rapidez com que devora as suas estrelas.
Quem, portanto, não se vê projetado no caleidoscópio mágico do mundo fantástico, considera-se fracassado e recua para a solidão, em atitude de fuga de uma realidade mentiro¬sa, trabalhada em estúdios artificiais.
Parece muito importante, no comportamento social, rece¬ber e ser recebido, como forma de triunfo, e o medo de não ser lembrado nas rodas bem sucedidas, leva o homem a esta¬dos de amarga solidão, de desprezo por si mesmo.
O homem faz questão de ser visto, de estar cercado de bulha, de sorrisos embora sem profundidade afetiva, sem o calor sincero das amizades, nessas áreas, sempre superficiais e interesseiras. O medo de ser deixado em plano secundário, de não ter para onde ir, com quem conversar, significaria ser desconsiderado, atirado à solidão.
Há uma terrível preocupação para ser visto, fotografado, comentando, vendendo saúde, felicidade, mesmo que fictí¬ci a.
A conquista desse triunfo e a falta dele produzem soli¬dão.
O irreal, que esconde o caráter legítimo e as lídimas aspi¬rações do ser, conduz à psiconeurose de autodestruição.
A ausência do aplauso amargura, face ao conceito falso em torno do que se considera, habitualmente como triunfo.
Há terrível ânsia para ser-se amado, não para conquistar o amor e amar, porém para ser objeto de prazer, mascarado de afetividade. Dessa forma, no entanto, a pessoa se desama, não se torna amável nem amada realmente.
Campeia, assim, o “medo da solidão”, numa demonstra¬ção caótica de instabilidade emocional do homem, que pare¬ce haver perdido o rumo, o equilíbrio.
O silêncio, o isolamento espontâneo são muito saudáveis para o indivíduo, podendo permitir-lhe reflexão, estudo, auto-aprimoramento, revisão de conceitos perante a vida e a paz interior.
O sucesso, decantado como forma de felicidade, é, tal¬vez, um dos maiores responsáveis pela solidão profunda.
Os campeões de bilheteria nos shows, nas rádios, televi¬sões e cinemas, os astros invejados, os reis dos esportes, dos negócios cercam-se de fanáticos e apaixonados, sem que se vejam livres da solidão.
Suicídios espetaculares, quedas escabrosas nos porões dos vícios e dos tóxicos comprovam quanto eles são tristes e so¬litários. Eles sabem que o amor, com que os cercam, traz, apenas, apelos de promoção pessoal dos mesmos que os en¬volvem, e receiam os novos competidores que lhes ameaçam os tronos, impondo-lhes terríveis ansiedades e inseguranças, que procuram esconder no álcool, nos estimulantes e nos de¬rivativos que os mantêm sorridentes, quando gostariam de chorar, quão inatingidos, quanto se sentem fracos e huma¬nos.
A neurose da solidão é doença contemporânea, que ame¬aça o homem distraído pela conquista dos valores de peque¬na monta, porque transitórios.
Resolvendo-se por afeiçoar-se aos ideais de engrandeci¬mento humano, por contribuir com a hora vazia em favor dos enfermos e idosos, das crianças em abandono e dos ani¬mais, sua vida adquiriria cor e utilidade, enriquecendo-se de um companheirismo digno, em cujo interesse alargar-se-ia a esfera dos objetivos que motivam as experiências vivenciais e inoculam coragem para enfrentar-se, aceitando os desafios naturais.
O homem solitário, todo aquele que se diz em solidão, exceto nos casos patológicos, é alguém que se receia encon¬trar, que evita descobrir-se, conhecer-se, assim ocultando a sua identidade na aparência de infeliz, de incompreendido e abandonado.
A velha conceituação de que todo aquele que tem amigos não passa necessidades, constitui uma forma desonesta de estimar, ocultando o utilitarismo sub-reptício, quando o pra¬zer da afeição em si mesma deve ser a meta a alcançar-se no inter-relacionamento humano, com vista à satisfação de amar.
O medo da solidão, portanto, deve ceder lugar, à confian¬ça nos próprios valores, mesmo que de pequenos conteúdos, porém significativos para quem os possui.
Jesus, o Psicoterapeuta Excelente, ao sugerir o “amor ao próximo como a si mesmo” após o “amor a Deus” como a mais importante conquista do homem, conclama-o a amar-se, a valorizar-se, a conhecer-se de modo a plenificar-se com o que é e tem, multiplicando esses recursos em implementos de vida eterna, em saudável companheirismo, sem a preocu¬pação de receber resposta equivalente.
O homem solidário, jamais se encontra solitário.
O egoísta, em contrapartida, nunca está solícito, por isto, sempre atormentado.
Possívelmente, o homem que caminha a sós se encontre mais sem solidão, do que outros que, no tumulto, inseguros, estão cercados, mimados, padecendo disputas, todavia sem paz nem fé interior.
A fé no futuro, a luta por conseguir a paz íntima — eis os recursos mais valiosos para vencer-se a solidão, saindo do arcabouço egoísta e ambicioso para a realização edificante onde quer que se esteja.
 

Fatores de Perturbação (Joanna de Ângelis)


Para ler ouvindo O Caminho Pisado, da minha banda preferida, Os Paralamas, tirada de um dos discos que eu peguei emprestado do meu pai e um dia pretendo devolver. Essa música fala sobre rotina e eu me pego cantando com frequência enquanto vou para o trabalho.

Joanna de Ângelis tem um livro chamado O Homem Integral em que apresenta sua "singela contribuição" para nos auxiliar na busca por equilíbrio e amadurecimento emocional tendo o mestre Jesus como modelo para nossa conduta. O livro completo está disponível nesse endereço aqui e meus comentários são sobre o primeiro capítulo, que estudamos juntos no 3 ciclo da mocidade.

O capítulo inicial do estudo de Joanna para encontrar o Homem Integral chama-se Fatores de Perturbação e são justamente os elementos que afastam o indivíduo espiritual de sua maturidade psicológica. Cada um desses fatores afeta e agrava o efeito dos demais, por isso a autora os apresenta como um sistema que prejudica a criatura. São quatro os fatores de perturbação, apresentados na seguinte ordem:

A rotina. "Disfarçada como segurança, emperra o carro do progres­so social e automatiza a mente, que cede o campo do raciocí­nio ao mesmismo cansador, deprimente.

O homem repete a ação de ontem com igual intensidade hoje; trabalha no mesmo labor e recompõe idênticos passos; mantém as mesmas desinteressantes conversações: retorna ao lar ou busca os repetidos espairecimentos: bar, clube, tele­visão, jornal, sexo, com frenético receio da solidão, até al­cançar a aposentadoria.. - Nesse ínterim, realiza férias progra­madas, visita lugares que o desagradam, porém reúne-se a outros grupos igualmente tediosos e, quando chega ao denominado período do gozo-repouso, deixa-se arrastar pela inu­tilidade agradável, vitimado por problemas cardíacos, que resultam das pressões largamente sustentadas ou por neuro­ses que a monotonia engendra."

A ansiedade. "As constantes alterações da Bolsa de Valores, a compressão dos gastos, a correria pela aquisição de recursos e a disputa de cargos e funções bem remunerados geram, de um lado, a insegurança individual e coletiva. Por outro, as ameaças de guerras constantes, a prepotência de governos inescrupulosos e chefes de atividades arbitrários quão ditadores; os anúncios e estardalhaços sobre enfermidades devastadoras; os comunicados sobre os danos perpetrados contra a ecologia prenunciando tragédias iminentes; a catalogação de crimes e violências aterradoras respondem pela inquietação e pelo medo que grassam em todos os meios sociais, como constante ameaça contra o ser e o seu grupo, levando-os a permanente ansiedade que deflui das incertezas da vida.

A preocupação de parecer triunfador, de responder de forma semelhante aos demais, de ser bem recebido e considerado é responsável pela desumanização do indivíduo, que se torna um elemento complementar no grupamento social, sem identidade, nem individualidade."

O medo. "Num contexto social injusto, a insegurança engendra muitos mecanismos de evasão da realidade, que dilaceram o comportamento humano, anulando, por fim, as aspirações de beleza, de idealismo, de afetividade da criatura.

Encarcerando-se, cada vez mais, nos receios justificáveis do relacionamento instável com as demais pessoas, surgem as ilhas individuais e grupais para onde fogem os indivíduos, na expectativa de equilibrarem-se, sobrevivendo ao tumulto e à agressividade, assumindo, sem darem-se conta, um comportamento alienado, que termina por apresentar-se igualmente patológico."

A solidão. "A necessidade de relacionamento humano, como mecanismo de afirmação pessoal, tem gerado vários distúrbios de comportamento, nas pessoas tímidas, nos indivíduos sensíveis e em todos quantos enfrentam problemas para um intercâmbio de idéias, uma abertura emocional, uma convivência saudável.

Enxameiam, por isso mesmo, na sociedade, os solitários por livre opção e aqueloutros que se consideram marginalizados ou são deixados à distância pelas conveniências dos grupos.

A sociedade competitiva dispõe de pouco tempo para a cordialidade desinteressada, para deter-se em labores a benefício de outrem.

O atropelamento pela oportunidade do triunfo impede que o indivíduo, como unidade essencial do grupo, receba consideração e respeito ou conceda ao próximo este apoio que gostaria de fruir."

Cada um dos fatores de perturbação facilita o surgimento dos demais em uma sociedade massacrada pelas cobranças e exigências do Ter ao invés do Ser. Vivemos com necessidade de aprovação social, familiar, conjugal, profissional, ao mesmo tempo com medo de falhar. Como solução ao dilema, muitas pessoas definem para suas encarnações objetivos muito simples, que não tocam verdadeiramente a alma, mas que não provocarão frustração. São os verdadeiros sonhos pequenos que esvaziam na alma a capacidade de sonhar.

Joanna propõe uma outra resposta para o dilema dos quatro fatores de perturbação. Ela apresenta como solução a liberdade. E eu encerro o texto com os comentários sobre a liberdade real, desejando que a reflexão seja útil a todos nesse início de semana.

"As conquistas externas atulham as casas e os cofres de coisas, sem torná-­los lares  nem  recipientes  de  luz,  destituídos  de  significado,  quando  nos  momentos  magnos das grandes dores, dos fortes dissabores, da morte, que chegam a todos...

A liberdade, que se encerra no túmulo, é utópica, mentirosa.

Livre,  é  o  Espírito  que se  domina  e se  conquista. Movimentando-se  com  sabedoria por toda parte, idealista e amoroso, superando as injunções pressionadoras  e amesquinhantes."

Escritora americana relata sua história de superação

http://www.childhood.org.br/escritora-americana-relata-sua-historia-de-superacao-depois-do-abuso-sexual

Escritora americana relata sua história de superação depois do abuso sexual

Capa do livro "Você pode curar sua vida"
Quando tinha apenas cinco anos de idade, a escritora norte-americana Louise L. Hay foi abusada sexualmente por um velho vizinho bêbado. O homem foi condenado a 15 anos de prisão, mas as lembranças do trauma vivido não se apagaram facilmente. Depois da agressão sofrida, Hay conta que, ao invés de ser acolhida pelos adultos, ouvia muitas pessoas repetirem com freqüência que a culpa era dela. “Passei muitos anos temendo que quando o velho bêbado fosse libertado iria voltar e me pegar, por eu ter sido tão má a ponto de colocá-lo na cadeia”.

Em seu livro “Você pode curar sua vida – como despertar idéias positivas, superar doenças e viver plenamente”, a escritora conta sua própria história de coragem para conseguir superar as agressões sofridas na infância. “A maior parte de minha infância foi passada suportando tanto abusos físicos como sexuais, entremeados de muito trabalho pesado. Minha autoimagem foi ficando cada vez pior e poucas coisas pareciam dar certo para mim”.

Quando completou 15 anos, resolveu que não podia mais agüentar os abusos sexuais e fugiu de casa e da escola. A falta de segurança e valorização própria, no entanto, a fez expressar esse padrão derrotista no mundo exterior, como se ela não fosse merecedora de felicidade. Dessa forma, Hay começou a se desrespeitar e só atraía coisas ruins. “Estando faminta de amor e afeto, e tendo a menor possível das autoestimas, de bom grado eu dava meu corpo a qualquer homem que fosse gentil comigo”.

Aos 16 anos, Hay engravidou e precisou dar a criança a uma família, porque não tinha a menor condição de criá-la. “Na época, tudo aquilo era só um período vergonhoso que deveria ser esquecido o mais rápido possível”.

“A violência que experimentei quando criança, combinada com o sentimento de não ter nenhum valor, que desenvolvi ao longo dos anos, atraíam para minha vida homens que me maltratavam e frequentemente me agrediam”, relata.

No entanto, pouco a pouco, por causa do sucesso na área do trabalho, Hay começou a sentir-se melhor. Tornou-se modelo de alta-costura em Nova York, mesmo assim se criticava muito, recusando a reconhecer sua própria beleza. Acabou casando-se com um culto cavalheiro inglês, com quem viajou pelo mundo, conheceu a realeza e até jantou na Casa Branca.

“Apesar de ser uma modelo de sucesso e de ter um homem formidável, minha autoestima ainda era pouca e continuou assim por muito tempo, até eu começar o meu trabalho interior”.

Depois de 14 anos de casamento, quando ela começava a acreditar que as coisas boas podiam durar, seu marido passa a morar com outra mulher. Arrasada, Hay procurou ajuda na Igreja da Ciência Religiosa e fez meditação transcedental na Universidade Internacional de Maharishi, em Iowa. Tornou-se então ministra na igreja, ajudando muitas pessoas. Por causa deste trabalho, teve a inspiração de escrever seu primeiro livro “Cure o seu corpo” e depois da publicação passou a viajar muito dando palestras e cursos. Até que um dia, ela recebeu o diagnóstico de que estava com câncer. “Com meu passado de criança maltratada, onde se incluiu um estupro, não foi de admirar uma manifestação de câncer na área vaginal, mas entrei em pânico total”.

No entanto, por causa do seu trabalho, ela acreditava que o câncer, como muitas doenças, é causado por um profundo ressentimento duradouro. “Eu até então, me recusara a estar disposta a dissolver toda a raiva e ressentimento por causa da minha infância, mas percebi que tinha muito trabalho a fazer”.

Hay entendeu que se fizesse uma operação sem se livrar dos padrões mentais que haviam dado origem à doença, de nada adiantaria. Precisava se libertar e se amar muito mais. Começou a repetir todos os dias olhando para o espelho: “Louise, eu te amo de verdade!”.  E percebeu que não estava mais se diminuindo em certas situações como fazia no passado. “Com a ajuda de um bom terapeuta, expressei toda a velha e represada raiva socando almofadas e gritando de ódio, o que me fez sentir muito mais limpa. Comecei a sentir compaixão pelo sofrimento dos meus pais e a culpa que eu atirava neles foi se dissolvendo vagarosamente”.

Hay não precisou ser operada e descobriu que é possível superar a doença e a dor se estamos dispostos a mudar o modo de pensar e agir. “Às vezes, o que parece ser uma grande tragédia se transforma no melhor de nossas vidas. Aprendi isso por experiência própria e passei a valorizar a vida de uma nova maneira e procurar o que era realmente importante para mim”.

Louis L. Hay, tem 83 anos, já escreveu 27 livros e vendeu mais de 10 milhões de exemplares no mundo todo. Quando não está viajando ela adora pintar, praticar jardinagem e dançar.

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domingo, 27 de setembro de 2015

ELEMENTAIS – COMPILAÇÃO

http://www.acasadoespiritismo.com.br/temas/elementais.htm

ELEMENTAIS – COMPILAÇÃO

01 - ELEMENTAIS

Os Elementais

Os elementais são seres singulares, multiformes, invisíveis, sempre presentes em todas as atividades da Natureza, além do plano físico. São veículos da vontade criadora, potencializadores das forças, leis e processos naturais. Sua existência é constatada por muitos e ignorada pela maioria. Em síntese, podemos dizer que eles são os executores das manifestações do instinto entre os animais, levando-os a agir desta ou daquela maneira, sendo essa, uma de suas mais úteis e interessantes tarefas.

Os povos antigos se referiram a eles no passado, e milhares os viram e ainda os vêem, quando são videntes, ou quando exteriorizados dos corpos físicos (emancipação da alma); e farta é a literatura espiritualista que os noticia; e no próprio Espiritismo, há referências sobre eles, que são, aliás, figuras vivas e familiares aos médiuns videntes e de desdobramento. Sobre referências no Espiritismo vamos encontrar nas questões 536 a 540 do O Livro dos Espíritos, "a ação dos Espíritos sobre os fenômenos da Natureza".
A ação dos elementais.
No livro O Centro Espírita, de J.Herculano Pires, pg. 105, capítulo 12, que fala sobre o fim do mundo, há um trecho onde Herculano Pires afirma:

“... os fisiólogos gregos sabiam disso, e quando Tales de Mileto se referia aos deuses que enchiam o mundo, em todas as suas dimensões, afirmava o princípio espírita de que a estrutura planetária, em seus mínimos detalhes, é controlada pelos Espíritos incumbidos da manutenção da Terra, desde os simples elementais (ainda em evolução para a condição humana), até os Espíritos Superiores, próximos da Angelitude, que supervisionam e orientam as atividades telúricas”.
Encontramos ainda, no Livro Atualidade do Pensamento Espírita, pelo Espírito de Vianna de Carvalho, psicografia de Divaldo Pereira Franco, (edição 1999) a pergunta de número 63:

"O Espiritismo ensina que os Espíritos governam o clima da Terra utilizando para isso Entidades - os elementais da Teosofia - as quais, segundo algumas fontes, habitam os bosques, os campos naturais e as florestas virgens. Haverá alguma relação entre desmatamento, seca e elementais? Em caso afirmativo, para onde vão esses Espíritos quando se dá o desmatamento?"

R. : "Todo desrespeito à vida é crime que se comete contra si mesmo. Aquele que é direcionado à Natureza constitui um gravame terrível, que se transforma em motivo de sofrimento, enfermidade e angústia, para quantos se levantam para destruir, particularmente dominados pela perversidade, pelo egoísmo, pelo vandalismo, pelos interesses pecuniários ...

Naturalmente, essas Entidades, que são orientadas pelos Espíritos Superiores, como ainda não dispõem de discernimento, porque não adquiriram a faculdade de pensar, são encaminhadas a outras experiências evolutivas, de forma que não se lhes interrompa o processo de desenvolvimento".

Os elementais encontram-se em toda parte: na superfície da terra, na atmosfera, nas águas, nas profundidades da subcrosta, junto ao elemento ígneo. Invisíveis aos olhares humanos, executam infatigável e obscuramente um trabalho imenso, nos mais variados aspectos, nos reinos da Natureza, junto aos minerais, aos vegetais, aos animais e aos homens.
A forma desses seres é muito variada, mas quase sempre aproximada da forma humana. O rosto é pouco visível, ofuscado quase sempre pelo resplendor energético colorido que o envolve. Os Centros de Força que, no ser humano são separados, nos elementais se juntam, se confundem, se somam, formando um núcleo global refulgente, do qual fluem inúmeras correntes e ondulações de energias coloridas tomando formas de asas, braços, cabeças...

Os elementais naturais formam agrupamentos inumeráveis compreendendo seres de vida própria, porém essencialmente instintiva que vão desde os micróbios, de duração brevíssima, até os chamados Espíritos da Natureza, que são agrupados nos Reinos, sob os nomes de Gnomos (elementais da terra), Silfos (elementais do ar), Ondinas (elementais das águas) e Salamandras (elementais do fogo) e todos eles interessam aos trabalhos mediúnicos do Espiritismo.
Os Gnomos cuidam das florestas - matas - dos desertos - regiões geladas, protegem os animais e produzem fenômenos naturais sob a supervisão de Espíritos.

As Ondinas cuidam dos mares - das águas e fenômenos naturais ligados as águas.

Os Silfos dos ventos - furacões.

As Salamandras a tudo que se relacione com fenômenos naturais ligados ao fogo.

Bibliografia:
- O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
- O Centro Espírita - J.Herculano Pires
- Mediunidade - Edgard Armond-
- Atualidade - Divaldo P.Franco

02 - ELEMENTAIS

"Nada há encoberto que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido" - Jesus (Mateus, 10:26).

Com esta pesquisa pretendemos fornecer algumas referências e subsídios sobre o assunto, que acreditamos serem úteis para novas pesquisas sobre o tema-título, ficando a critério de cada um ler, estudar, aprofundar e incorporar pela razão a aceitação ou não da existência real dos chamados espíritos elementais.

1. Na Codificação - Obras Básicas O termo "elemental" não existe, nesta forma e com este nome especifico, dentro da Codificação Kardequiana. Assim como, também, muitos termos não foram usados nas Obras Básicas, mas que com o tempo foram sendo revelados e utilizados pelos Espíritos em obras complementares e incorporados ao vocabulário espírita corrente, termos como: "ovóides", "umbral", "vampi­rismo", "colônias espirituais", "zoantropia", "licantropia", "aura", etc. O termo em si não existia, mas a idéia sim, porém com outros nomes, o que é o mais importante. Como dizem os Espíritos: "As palavras pouco importam. Compete-vos a vós formular a vossa linguagem de maneira a vos entender-vos" ("O Livro dos Es­píritos" (LE), questão 28). Ou ainda: "estais sempre inclinados a tomar as palavras na sua significação literal" (LE, q. 54). Todavia, o termo "elemental" pode ser encontrado e citado por outros autores espíritas.

O termo em si (elemental) é muito utilizado pela Teosofia, doutrina fundada pela russa Helena Blavatsky. Mas a idéia de que existem Espíritos, que obedecendo à chamada Lei de Progresso num estado contínuo de evolução, saindo do reino animal e ainda não tendo chegado ao reino hominal, estão num estado intermediário, chamado "elemental" ou "período ante-humano”, ou "estágio subumano”, pode ser encontrada no Espiritismo, não possuindo nenhuma conotação de cunho místico, ligado ao ocultismo, ou similares. Na verdade eles são os "espíritos servi­dores da natureza”, os executores dos fenômenos naturais. Ou ainda, são os "espíritos dos elementos da natureza”, que é de onde deriva o termo elemental.

Na questão 25, do LE, assevera Kardec: "Os Espíritos (..) constituem uma das potências da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos até então inexplicados ou mal explicados e que não encontram explicação racional senão no Espiritismo”.

Nas questões de 536 a 540 do LE ("Ação dos Espíritos nos fenômenos da Natureza”), os Espíritos que ditaram as respostas às perguntas de Allan Kardec, falam da existência de Espíritos que presidem (ou não) os fenômenos da Natureza, dizendo que não são seres à parte da criação. Esses Espíritos podem ser superiores ou inferiores. Uns mandam (os superiores) e outros executam (os inferiores): "Primeiramente executam. Mais tarde quando suas inteligências já houverem alcançado um certo desenvol­vimento, ordenarão e dirigirão as coisas do mundo material. Depois, poderão dirigir as do mundo moral" (q. 540, LE).

N a "Revista Espírita”, editada por Allan Kardec, março de 1860, tradução da Edicel, pg. 98, há uma comunicação espontânea de um Espírito, que assina como Hettani, o gênio das flores, que diz presidir a formação das mesmas e que, segundo ele, ainda não havia encarnado. Após a comunicação, Kardec questiona ao Espírito São Luís, um dos Espíritos que, junto com Santo Agostinho e outros, responderam às muitas questões das obras da Codificação, sobre a veracidade desta comunicação. Parte do diálogo:

1 - (São Luís) "(. . .) - Não deveis duvidar de que o Espírito, por toda a Criação, preside ao trabalho que Deus lhe confia. (. . .) 2 - O Espírito [comunicante] não preside, de maneira particular, à formação das flores. O Espírito ele­mentar, antes de passar à série animal, dirige sua ação fluídica para a criação vegetal. (...) Não age senão sob a direção de inteligências mais elevadas (..). Foi um desses que se comunicou [executor] (. . .). 5 - P. - Este Espírito que nos falou esteve encarnado? R. - Esteve.”

Como vemos, São Luís não usa o termo "elemental", mas sim "elementar". Mas, a idéia é a mesma: Espíritos que atuam sobre os elementos da Natureza, orientados por outros Espíritos supe­riores a eles.

Em "Obras Póstumas”,na parte, § 3°, "Criação”, n° 18, Kardec confirma: "Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador (..)”.

Encontramos também no LE, no capo XI, "Dos Três Reinos”, subcapítulo "Os Animais e os Homens”, questões de 592 a 610, importantes considerações sobre o processo evolutivo envolvendo os diversos reinos da Natureza. Existe uma Lei de Progresso que rege todo o desenvolvimento do ser es­piritual em contato com a matéria. Vejamos:

"604 - (. . .) Deus criou seres intelectuais perpetua­mente destinados à inferio­ridade (...)?
R: Tudo em a Natureza se encadeia por elos que ainda não podeis apreender. (. . .) na Natureza tudo se harmoniza mediante lei gerais (. . .)"

Vemos ainda em "A Gê­nese", cap. 6, item 19: "O Espírito não chega a receber a iluminação divina (. ..) sem haver passado pela série divi­namente fatal dos seres infe­riores, entre os quais se ela­bora lentamente a obra da sua individualização". E ainda no cap.11, item 23, discorre:
"(...) o princípio inteli­gente, distinto do princípio material, se individualiza e elabora, passando pelo diversos graus da anima­lidade. É aí que a alma se ensaia para a vida e desenvolve, pelo exercício, suas primeiras faculdades. (...) Haveria assim filiação espiritual do animal para o homem, como há filiação corporal. (...) Por haver passado pela fileira da animalidade, o homem não deixaria de ser homem”.

2. Nas Obras Complementares

Na obra "Evolução em dois Mundos”, de André Luiz, FEB, 2a parte, capo XVIII, pg. 212, encontramos:

"P. - Ainda, na atualidade, os Ins­trutores Espirituais intervêm na melhoria das formas evolutivas inferiores nas quais o princípio inteligente estagia? R. Sim, porque todos os campos da Natureza contam com agentes da Sabe­doria Divina para a formação e expansão dos valores evolutivos".

Vemos um exemplo desses Espíritos que executam, conforme citado ante­riormente no item das Obras Básicas, no livro "Nosso Lar", de André Luiz, que transcreveremos em parte. André Luiz se encontrava em seu lar terreno, um ano após sua estadia na colônia espiritual "N osso Lar". Queria ajudar Ernesto que se achava enfermo. Mentalmente chamou Narcisa, enfermeira de Nosso Lar. Esta, vindo a seu encontro, disse:

'Vamos à Natureza!' (...) Che­gando ao local (. . .) Narcisa chamou alguém, com expressões que eu não podia compreender. Daí a momentos, oito enti­dades atendiam-lhe ao apelo. Imensamente surpreendido, vi-a indagar da existência de mangueiras e eucaliptos. Devidamente informada pelos amigos, que me eram totalmente estranhos, a enfermeira ex­plicou: '- São servidores comuns do reino vegetal, os irmãos que nos atenderam . "

Vemos pela narrativa que estes espí­ritos da Natureza não eram superiores, nem espíritos humanos, pois André Luiz os teria reconhecido.

Entretanto afirmou que lhe "eram totalmente estranhos" e que Narcisa os chamou "com expressões que eu não podia compreender". Mas, define essas entidades como "servidores do reino vegetal”. Em outra obra, "Liber­tação”, p. 60, Ed. FEB, André Luiz nos fala mais dessas entidades agora situadas em zona bem inferior do mundo espiritual:

"Estamos numa colônia purgatorial de vasta expressão. Quem não cumpre aqui dolorosa penitência regenerativa, pode ser considerada inteligência subu­mana. Milhares de criaturas, utilizadas nos serviços mais rudes da natureza, movimentam-se nestes sítios em posição infraterrestre. A ignorância, por ora, não lhes confere a glória da responsabilidade. Em desenvolvimento de tendências dignas, candidatam-se à humanidade que conhe­cemos na Crosta. Situam-se entre o raciocínio fragmentário do macacóide e a idéia simples do homem primitivo da floresta" .

O escritor espírita, Herculano Pires, no livro "O Centro Espírita", p. 105, Ed. LAKE, nos traz as seguintes considerações sobre o assunto:

"Porque o mundo não é um objeto físico e mecânico, mas um ato de cons­ciência. Suas leis essenciais não são as das matérias, mas as leis morais e es­pirituais. Os filósofos gregos sabiam disso, e quando Tales se referia aos deuses que enchiam o mundo em todas as suas di­mensões, afirmava o princípio espírita de que a estrutura planetária, em seus mínimos detalhes, é controlada pelos Espíritos incumbidos da manutenção da Terra, desde os simples elementais (ainda em evolução para a condição humana) até os espíritos superiores, próximos da angelitude, que supervisionam e orientam as atividades telúricas".

Ainda Herculano Pires em outra obra, "Vampirismo", Ed. Paidéia, 1987, pg. 14/15, confirma:

"Cada plano da Natureza tem suas exigências especificas, que precisamos respeitar. Existem também os Espíritos da Natureza, que trabalham no plano físico. Essas entidades semimateriais, de corpos perispiríticos, estão em ascensão evolutiva para o plano hominal. São os chamados elementares da concepção teosófica, derivada das doutrinas espi­ritualistas da Índia. As funções dessas entidades na Natureza são de grande responsabilidade”.

Herculano aqui já utiliza o mesmo termo (elementar) também usado anterior­mente pelo espírito São Luís, mas fazendo referência ao mesmo elemental da concepção teosófica.

Encontramos ainda no livro, "Atua­lidade do Pensamento Espírita”, pelo Espírito Vianna de Carvalho, psicografia do médium Divaldo Pereira Franco, pergunta de número 63:

"P: O Espiritismo ensina que os Es­píritos governam o clima da Terra utili­zando para isso entidades - os elementais da Teosófica -, os quais, segundo algumas fontes, habitam os bosques, os campos naturais e as florestas virgens. Haverá alguma relação entre desmatamento, seca e elementais? Em caso afirmativo, aonde vão esses Espíritos quando se dá o desmatamento?
R: Todo desrespeito à vida é crime que se comete contra si mesmo. Aquele que é direcionado à Natureza constitui um gravame terrível, que se transforma em motivo de sofrimento, enfermidade e angústia, para quantos se levantam para destruir, particularmente dominados pela perversidade, pelo egoísmo, pelo vandalismo, pelos interesses pecuniários ...

Naturalmente, essas entidades, que são orientadas pelos Espíritos Superiores, como ainda não dispõem de discerni­mento, porque não adquiriram a fa­culdade de pensar, são encaminhadas a outras experiências evolutivas, de forma que não se lhes interrompa o processo de desenvolvimento”.

Encontramos ainda oportuna entre­vista fornecida pelo médium e expositor espírita Divaldo Franco à "Revista Es­pírita Allan Kardec”, do Estado de Goiás, ano V, n° 17, agosto a outubro/92, pg. 08/09. Este exemplar traz ainda extensa reportagem sobre o assunto e que pode ser encontrada na página da Internet da revista. Vejamos apenas algumas per­guntas e respostas:

"P. Divaldo, existem os chamados Espíritos elementais ou Espíritos da Natureza? R. Sim, existem os Espíritos que contribuem em favor do desenvol­vimento dos recursos da Natureza. Em todas as épocas eles foram conhecidos, identificando-se através de nomenclatura variada, fazendo parte da mitologia dos povos, alguns deles, "deuses”, que se faziam temer ou amar.

P. Qual o estágio evolutivo desses Espíritos? R. Alguns são de elevada cate­goria e comandam os menos evoluídos, que se lhes submetem docilmente, la­borando em favor do progresso pessoal e geral, na condição de auxiliares daqueles que presidem aos fenômenos da Natureza.

P. Esses Espíritos apresentam-se com forma definidas, como por exemplo fadas, duendes, gnomos, silfos, elfos, sátiros, etc? R. Alguns deles, senão a grande maioria dos menos evoluídos, que ainda não tiveram reencarnações na Terra, apresentam-se, não raro, com formas especiais, de pequena dimensão, o que deu origem aos diversos nomes nas socie­dades mitológicas do passado. Acredi­tamos, pessoalmente, por experiências mediúnicas, que alguns vivem o período intermediário entre as formas primitivas e hominais, preparando-se para futuras reencarnações humanas.

P. Que tarefas executam? R. Inume­ráveis. Protegem os vegetais, os animais, os homens. Contribuem para acontecimentos diversos: tempestades, chuvas, maremotos, terremotos ... Interferindo nos fenômenos "normais" da Natureza sob o comando dos Engenheiros Espirituais que operam em nome de Deus que "não exerce ação direta sob a matéria ...” (q. 536b do LE).

Vemos, pelos depoimentos acima, as referências que pudemos colher sobre esses seres ainda pouco estudados e muito desconhecidos.

Uma pesquisa mais detalhada poderá, posteriormente, fazer surgir maiores informações e escla­recimentos sobre o tema, que pode e deve ser mais aprofundado revelando, assim, um conhecimento maior sobre o mundo espiritual ao nosso redor e a imensa criação divina. Ficamos, por enquanto, por aqui.

Revista Internacional de Espiritismo

03 - ELEMENTAIS

SERES ELEMENTAIS OU ELEMENTARES OU ESPÍRITOS DA NATUREZA
Daniel


A existência dos elementais, segundo os antigos anciãos e sábios do passado, explicava a dinâmica do universo. Como seres reais, eram responsabilizados pelas mudanças climáticas e correntes marítimas, pela precipitação da chuva ou pelo fato de haver fogo, entre muitos outros fenômenos da natureza. Apesar de ser uma explicação mitológica, própria da maneira pela qual se estruturava o conhecimento na época, eles não estavam enganados. Tanto assim que, apesar de a investigação científica não haver diagnosticado a existência concreta desses seres através de seus métodos, as explicações dadas a tais fenômenos não excluem a ação dos elementais. Pelo contrário.

Os sábios da Antiguidade acreditavam que o mundo era formado por quatro elementos básicos: terra, água, ar e fogo. Não obstante, com o transcorrer do tempo, a ciência viesse a contribuir com maiores informações a respeito da constituição da matéria, não tornou o conhecimento antigo obsoleto. A medicina milenar da China, por exemplo, que já começa a ser endossada pelas pesquisas científicas atuais, igualmente identifica os quatro elementos. Sob o ponto de vista da magia, os quatro elementos ainda permanecem, sem entrar em conflito com as explicações científicas modernas. Os magistas e ocultistas estabeleceram uma classificação dos elementais sob o ponto de vista desses elementos, considerando-os como forças da natureza ou tipos de energia.

Então os elementais não possuem consciência de si mesmos? São apenas energia? Não. Os seres elementais, irmãos nossos na criação divina, têm uma espécie de consciência instintiva. Podemos dizer que sua consciência está em elaboração. Apesar disso, eles se agrupam em famílias, assim como os elementos de uma tabela periódica.

Os elementais são entidades espirituais relacionadas com os elementos da natureza. Lá, em meio aos elementos, desempenham tarefas muito importantes. Na verdade, não seria exagero dizer inclusive que são essenciais à totalidade da vida no mundo. Através dos elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o mais que a ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais. Na natureza, esses seres se agrupam segundo suas afinidades.

Seriam então esses agrupamentos aquilo que se chama de família? Isso mesmo! Essas famílias elementais, como as denominamos, estão profundamente ligadas a este ou aquele elemento: fogo, terra, água e ar, conforme a especialidade, a natureza e a procedência de cada uma delas.

Os elementais já estiveram encarnados na Terra ou em outros mundos? Encarnações humanas, ainda não. Eles procedem de uma larga experiência evolutiva nos chamados reinos inferiores e, como princípios inteligentes, estão a caminho de uma humanização no futuro, que somente Deus conhece. Hoje, eles desempenham um papel muito importante junto à natureza como um todo, inclusive auxiliando os encarnados nas reuniões mediúnicas e os desencarnados sob cuja ordem servem.

Como podem auxiliar em reuniões mediúnicas? Como expliquei, podem-se classificar as famílias dos elementais de acordo com os respectivos elementos. Junto ao ar, por exemplo, temos a atuação dos silfos ou das sílfides, que se apresentam em estatura pequena, dotados de intensa percepção psíquica. Eles diferem de outros espíritos da natureza por não se apresentarem sempre com a mesma forma definida, permanente. São constituídos de uma substância etérea, absorvida dos elementos da atmosfera terrestre. Muitas vezes apresentam-se como sendo feitos de luz e lembram pirilampos ou raios. Também conseguem se manifestar, em conjunto, com um aspecto que remete aos efeitos da aurora boreal ou do arco-íris.

Disso se depreende, então, que os silfos são os mais evoluídos entre todas as famílias de elementais? Eu diria apenas que os silfos são, entre todos os elementais, os que mais se assemelham às concepções que os homens geralmente fazem a respeito de anjos ou fadas. Correspondem às forças criadoras do ar, que são uma fonte de energia vital poderosa.

Então eles vivem unicamente na atmosfera? Nem todos. Muitos elementais da família dos silfos possuem uma inteligência avançada e, devido ao grau de sua consciência, oferecem sua contribuição para criar as correntes atmosféricas, tão preciosas para a vida na Terra. Especializaram-se na purificação do ar terrestre e coordenam agrupamentos inteiros de outros elementais. Quanto à sua contribuição nos trabalhos práticos da mediunidade, pode-se ressaltar que os silfos auxiliam na criação e manutenção de formas-pensamento, bem como na estruturação de imagens mentais. Nos trabalhos de ectoplasmia, são auxiliares diretos, quando há a necessidade de reeducação de espíritos endurecidos.

E os outros elementais? Duas classes de elementais que merecem atenção são as ondinas e as ninfas, ambas relacionadas ao elemento água. Geralmente são entidades que desenvolvem um sentimento de amor muito intenso. Vivem no mar, nos lagos e lagoas, nos rios e cachoeiras e, na umbanda, são associadas ao orixá Oxum. As ondinas estão ligadas mais especificamente aos riachos, às fontes e nascentes, bem como ao orvalho, que se manifesta próximo a esses locais. Não podemos deixar de mencionar também sua relação com a chuva, pois trabalham de maneira mais intensa com a água doce. As ninfas, elementais que se parecem com as ondinas, apresentam-se com a forma espiritual envolvida numa aura azul e irradiam intensa luminosidade.

Sendo assim, qual é a diferença entre as ondinas e as ninfas, já que ambas são elementais das águas? A diferença básica entre elas é suavidade e a doçura das ninfas, que voam sobre as águas, deslizando harmoniosamente, como se estivessem desempenhando uma coreografia aquática. Para completar, temos ainda as sereias, personagens mitológicos que ilustraram por séculos as histórias dos marinheiros. Na realidade, sereias e tritões são elementais ligados diretamente às profundezas das águas salgadas. Possuem conotação feminina e masculina, respectivamente. Nas atividades mediúnicas, são utilizados para a limpeza de ambientes, da aura das pessoas e de regiões astrais poluídas por espíritos do mal.

Você pensou que tudo isso não passasse de lenda. Mas devo lhe afirmar que, em sua grande maioria, as lendas e histórias consideradas como folclore apenas encobrem uma realidade do mundo astral, com maior ou menor grau de fidelidade. É que os homens ainda não estão preparados para conhecer ou confrontar determinadas questões.

E as fadas? Bem, podemos dizer que as fadas sejam seres de transição entre os elementos terra e ar. Note-se que, embora tenham como função cuidar das flores e dos frutos, ligados à terra, elas se apresentam com asas. Pequenas e ágeis, irradiam luz branca e, em virtude de sua extrema delicadeza, realizam tarefas minuciosas junto à natureza. Seu trabalho também compreende a interferência direta na cor e nos matizes de tudo quanto existe no planeta Terra. Como tarefa espiritual, adoram auxiliar na limpeza de ambientes de instituições religiosas, templos e casas espíritas. Especializaram-se em emitir determinada substância capaz de manter por tempo indeterminado as formas mentais de ordem superior. Do mesmo modo, auxiliam os espíritos superiores na elaboração de ambientes extra-físicos com aparências belas e paradisíacas. E, ainda, quando espíritos perversos são resgatados de seus antros e bases sombrias, são as fadas, sob a supervisão de seres mais elevados, que auxiliam na reconstrução desses ambientes. Transmutam a matéria astral impregnada de fluidos tóxicos e daninhos em castelos de luz e esplendor.

Temos ainda as salamandras, que são elementais associados ao fogo. Vivem ligados àquilo que os ocultistas denominaram éter e que os espíritas conhecem como fluido cósmico universal. Sem a ação das salamandras o fogo material definitivamente não existiria. Como o fogo foi, entre os quatro elementos, o primeiro manipulado livremente pelo homem, e é parte de sua história desde o início da escalada evolutiva, as salamandras acompanham o progresso humano há eras. Devido a essa relação mais íntima e antiga com o reino hominal, esses elementais adquiriram o poder de desencadear ou transformar emoções, isto é, podem absorvê-las ou inspirá-las. São hábeis ao desenvolver emoções muito semelhantes às humanas e, em virtude de sua ligação estreita com o elemento fogo, possuem a capacidade de bloquear vibrações negativas, possibilitando que o homem usufrua de um clima psíquico mais tranqüilo.

Nas tarefas mediúnicas e em contato com o comando mental de médiuns experientes, as salamandras são potentes transmutadores e condensadores de energia. Auxiliam sobremaneira na queima de objetos e criações mentais originadas ou associadas à magia negra. Os espíritos superiores as utilizam tanto para a limpeza quanto para a destruição de bases e laboratórios das trevas. Habitados por inteligências do mal, são locais-chave em processos obsessivos complexos, onde, entre diversas coisas, são forjados aparelhos parasitas e outros artefatos. Objetos que, do mesmo modo, são destruídos graças à atuação das salamandras.

E os duendes e gnomos? Também existem ou são obras da imaginação popular? Sem dúvida que existem! Os duendes e gnomos são elementais ligados às florestas e, muitos deles, a lugares desertos. Possuem forma anã, que lembra o aspecto humano. Gostam de transitar pelas matas e bosques, dando sinais de sua presença através de cobras e aves, como o melro, a graúna e também o chamado pai-do-mato. Excelentes colaboradores nas reuniões de tratamento espiritual, são eles que trazem os elementos extraídos das plantas, o chamado bioplasma. Auxiliam assim os espíritos superiores com elementos curativos, de fundamental importância em reuniões de ectoplasmia e de fluidificação das águas.

Temos ainda os elementais que se relacionam à terra, os quais chamamos de avissais. Geralmente estão associados a rochas, cavernas subterrâneas e, vez ou outra, vêm à superfície. Atuam como transformadores, convertendo elementos materiais em energia. Também são preciosos coadjuvantes no trabalho dos bons espíritos, notadamente quando há a necessidade de criar roupas e indumentárias para espíritos materializados. Como estão ligados à terra, trazem uma cota de energia primária essencial para a re-constituição da aparência perispiritual de entidades materializadas, inclusive quando perderam a forma humana ou sentem-se com os membros e órgãos dilacerados.

Não podia imaginar que esses seres tivessem uma ação tão ampla e intensa.

Os elementais são seres que ainda não passaram pela fase de humanidade. Oriundos dos reinos inferiores da natureza e mais especificamente do reino animal, ainda não ingressaram na espécie humana. Por essa razão trazem um conteúdo instintivo e primário muito intenso. Para eles, o homem é um deus. É habitual, e até natural, que obedeçam ao ser humano e, nesse processo, ligam-se â ele intensamente. Portanto, meu filho, todo médium é responsável pelo bom ou mau uso que faz dessas potências e seres da natureza.

Ondinas, sereias, gnomos e fadas são apenas denominações de um vocabulário humano, que tão-somente disfarçam a verdadeira face da natureza extrafísica, bem mais ampla que as percepções ordinárias dos simples mortais. Em meio à vida física, às experiências cotidianas do ser humano, enxameiam seres vivos, atuantes e conscientes. O universo todo está repleto de vida, e todos os seres colaboram para o equilíbrio do mundo. A surpresa com a revelação dessa realidade apenas exprime nossa profunda ignorância quanto aos "mistérios" da criação.

As questões relativas aos seres elementais levantam, ainda, novo questionamento. Os elementais — sejam gnomos, duendes, salamandras ou quaisquer outros — são seres que advêm de um longo processo evolutivo e que estagiaram no reino animal em sua fase imediatamente anterior de desenvolvimento. Portanto, devem ter uma espécie de consciência fragmentária. Onde e em que momento está o elo de ligação desses seres com a humanidade? Quer dizer, em que etapa da cadeia cósmica de evolução esses seres se humanizarão e passarão a ser espíritos, dotados de razão? Até hoje os cientistas da Terra procuram o chamado "elo perdido". Estão atrás de provas concretas, materiais da união entre o animal e o ser humano e buscam localizar o exato momento em que isso teria ocorrido. Em vão. Os espíritos da natureza, seres que concluíram seu processo evolutivo nos reinos inferiores à espécie humana, vivem na fase de transição que denominamos elemental. Entretanto, o processo de humanização, ou, mais precisamente, o instante sideral em que adquirem a luz da razão e passam a ser espíritos humanos, apenas o Cristo conhece. Jesus, como representante máximo do Pai no âmbito do planeta Terra, é o único que possui a ciência e o poder de conceder a esses seres a luz da razão. E isso não se passa na Terra, mas em mundos especiais, preparados para esse tipo de transição. Quando soar a hora certa no calendário da eternidade, esses seres serão conduzidos aos mundos de transição, adormecidos e, sob a interferência direta do Cristo, acordarão em sua presença, possuidores da chama eterna da razão. A partir de então, encaminhados aos mundos primitivos, vivenciarão suas primeiras encarnações junto às humanidades desses orbes. Esse é o motivo que ocasiona o fracasso da busca dos cientistas: procuram, na Terra, o elo de ligação, o elo perdido entre o mundo animal e o humano. Não o encontrarão jamais. As evidências não estão no planeta Terra, mas pertencem exclusivamente ao plano cósmico, administrado pelo Cristo.

O plano da criação é verdadeiramente grandioso, e a compreensão desses aspectos desperta em nós uma reverencia profunda ao autor da vida.

Fonte:
Livro: Aruanda
Médium: Robson Pinheiro
Espírito: Ângelo Inácio
Editora: Casa dos Espíritos Editora

Seres Elementais - influência nos fenômenos da natureza - Jorge Hessen

Seres Elementais - influência nos fenômenos da natureza - Jorge Hessen


       Há alguma menção/explicação sobre os "seres elementais" no Espiritismo?

      Jorge Hessen - A questão é complicada. Essa terminologia não está presente na codificação. Mas o conceito existe, embora não tenha cunho místico ou oculto. Elemental vem de espíritos dos elementos da natureza – são os seres inferiores começando a trilhar o reino hominal, subordinados a espíritos mais experimentados. Estes fazem o serviço mais pesado – executam parte dos fenômenos da natureza.
      Não localizamos a palavra "Elemental" no dicionário do Aurélio, e que tampouco consta nas obras codificadas por Allan Kardec. Aliás, o Espírito São Luís, na Revista Espírita do mês de março de 1860, empregou o termo "elementar” ao invés de “Elemental”. O professor Rivail cita a palavra "duende" referindo-se aos espíritos perturbadores, em duas oportunidades. A primeira quando faz alusão ao duende de Bayonne, que apareceu para sua irmã, provocando travessuras. Na segunda, descreve a experiência do Sr. J. com alguns espíritos perturbadores, em sua residência. Mas em ambas as oportunidades o Codificador os descreveu como espíritos perturbadores, sem no entanto lhes conferir as propriedades que a crendice popular dá aos duendes e elementais.
      Nessa abordagem teórica, não podemos adentrar pela porta larga das concepções místicas, até porque a nomenclatura espírita é concisa e clara, e precisa estar acima da imaginação popular, que concebe, geralmente, a mediunidade de maneira mística, e quase sempre denominando esses seres de Silfos (elementais do ar), Salamandras (elementais do fogo), Ondinas (elementais da água) e Gnomos (elementais da terra).
      Sabemos que nas hostes espíritas existem muitas terminologias novas, que não estão inscritas nas Obras Básicas. Todavia, no decorrer do século XX, foram sendo incorporadas no dicionário kardeciano, a exemplo dos termos "colônias espirituais”, “bioenergia”, “monoideísmo”, “ovóides", "umbral", "vampirismo", "aura" etc. Expressões essas que, se não foram utilizadas pelo Codificador, estavam de alguma forma implícitas nas ideias, através de outras terminologias do século XIX.
      O termo "Elemental" é comumente empregado de forma esotérica, sobretudo na cultura teosófica. Porém, André Luiz faz alusão à palavra referindo-se a entes servidores comuns do reino vegetal, ou seja, espíritos da Natureza totalmente estranhos à sua compreensão.
      Algumas obras espíritas complementares confirmam que os seres infra-humanos são os "entes servidores da natureza”, executores dos fenômenos naturais. Segundo o ilustre lionês, os Espíritos constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, que não criou seres intelectuais perpetuamente destinados à inferioridade, uma vez que tudo na Natureza se encadeia por elos que ainda não podemos apreender.
      Os Instrutores Espirituais intervêm na melhoria das formas evolutivas inferiores, nas quais o princípio inteligente estagia. Em verdade, todos os campos da Natureza contam com agentes da Sabedoria Divina para formação e expansão dos valores evolutivos. A rigor, o espírito não chega à fase da razão sem haver passado pela série divinamente necessária dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização. Destarte, o princípio inteligente, distinto do princípio material, se individualiza e se elabora, passando pelo diversos graus da animalidade. É aí que a alma se ensaia para a vida e desenvolve, pelo exercício, suas primeiras faculdades.
      Certa vez, conhecendo uma colônia purgatorial de vasta expressão, André Luiz foi informado sobre as milhares de criaturas “utilizadas nos serviços mais rudes da natureza, que se movimentam naquelas regiões em posição infraterrestre. Talvez essas entidades não habitem o interior da Terra, porém, “presidem aos fenômenos geológicos e os dirigem de acordo com as atribuições que têm. Dia virá em que receberemos a explicação de todos esses fenômenos e os compreenderemos melhor.
      Na escala da evolução, eles estariam entre a fase animal e hominal. Muitos esotéricos acreditam que essas entidades são superiores ao homem, crença essa contrária aos conceitos e conhecimentos espíritas. Para nós, esses seres situam-se entre o raciocínio fragmentário do macacóide e a ideia simples do homem primitivo da floresta.
      No Capítulo IX de O Livro dos Espíritos, questões 536 a 540, o mestre lionês fez perguntas pertinentes sobre a ação dos espíritos nos fenômenos da natureza. Compreendemos, assim, sobre a existência de "princípios inteligentes" que auxiliam no controle dos fenômenos da natureza, sob a supervisão de espíritos mais elevados, operando em nome de Deus, que “não exerce ação direta sob a matéria”.
      Não seria justo dizer que os elementais não existem. A experiência, a tradição e a própria Doutrina Espírita acolhem tais seres como realidade e não como mera fantasia. Todavia, não podemos esquecer que o Espiritismo tem em seu vocabulário os termos adequados para designar precisamente esses entes espirituais. Razoável então não adotarmos palavras inadequadas e distorcidas pelas crenças mitológicas.

      Os espíritos influenciam os fenômenos da natureza? (chuvas, tornados, tsunamis e etc)

Jorge Hessen - Sim! As questões 536 e 539 do Livro dos Espíritos esclarecem o tema. Os espíritos interferem nos fenômenos materiais e exercem certa influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou dirigir a natureza. E nem poderia ser de outro modo. Deus não exerce ação direta sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos. A produção de certos fenômenos, das tempestades, por exemplo, é obra de vários Espíritos que se reúnem, formando grandes massas, para produzi-los. Óbvio que o assunto é bem mais abrangente no Livro dos Espíritos.

( Extraída da Revista " A Luz da Mente"


Elementais por Divaldo

http://pt.slideshare.net/eduhmarcal/espritos-elementais

http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2013/05/Roteiro-27-Acao-dos-Espiritos-na-Natureza.pdf

http://www.carlosparchen.net/elementais180905.html

http://bibliadocaminho.com/ocaminho/Tematica/EE/Estudos/EadeP2R27.htm

OS ELEMENTAIS E O ESPIRITISMO, O QUE DIZER?


Por: Sésio Santiago Freire Filho


O termo elementares assim como a palavra elementais, tem sido usado de forma um tanto quanto confusa por vários escritores espiritualistas. Esses em seus livros tentam descrever os mais variados tipos de entidades espirituais e formas de energias que atuariam no mundo espiritual.


No tocante a Doutrina Espírita a situação não é tão diferente.  Muitas obras psicografadas fazem alusão como sendo Elementares ou Elementais a determinados tipos de Espíritos rudimentares da natureza, e que esses habitariam uma dimensão de vida muito próxima a que vivemos fisicamente.


Primeiramente é importante frisar que no meio esotérico, principalmente nos ambientes de estudos de organizações sérias como a Sociedade Teosófica ou mesmo em algumas ordens Rosacrucianas, tais como a Fraternidade Rosacruciana Ocidental Cristã de Max Heindel ou mesmo a Antiga Fraternidade Rosacruciana de Krumm Heller; existe uma diferença marcante entre os termos Elementares ou Elementais e os tão referenciados espíritos da natureza.


Para essas escolas espiritualistas, a palavra elementais ou elementares seriam sinônimas e corresponderiam em certos aspectos de sua existência como sendo uma energia Divina, ou seja, uma espécie de força viva presente na natureza que atuaria de forma imanente a determinados planos de existência.


De acordo com os ensinamentos Teosóficos repassados por eminentes ícones do espiritualismo moderno, tais como Madame Blavatisky, Sra. Anne Besant e o Sr. Charles W.Leadbeater; ensinamentos esses que foram organizados de forma magistral pelo grande Teosofo Major Arthur Powell; essa energia divina já haveria percorrido e animado algumas fases anteriores de evolução onde a Mônada, ou seja, o principio espiritual se envolveria: A primeira fase seria conhecida como primeiro reino elemental (no plano mental superior), a segunda fase seria conhecida como o segundo reino elemental (no plano mental inferior), a terceira fase como o terceiro reino elemental (no plano astral) e as demais fases a essência elementar seria imanente as variadas formas de energias e forças que constituiriam o reinos mineral, vegetal e animal.


Na Idade Média, grandes alquimistas tais como Paracelsos e Nicolas Flamel, já afirmavam que por traz de qualquer elemento químico, existiria a atuação de uma essência elementar.



Outro conceito bem definido de forma consensual por diversas escolas esotéricas é sobre a existência dos chamados Espíritos da Natureza.


De acordo com os ensinamentos dessas escolas, esses seres pertencem a uma classe tão grande e variada que até hoje os ensinamentos transmitidos por mestres e instrutores de sabedoria só retratam uma parcela dos mesmos.




Segundo os ensinamentos esotéricos sérios, esses tipos de espíritos pertenceriam a um ciclo de evolução diferente do que estamos inseridos, por isso eles jamais seriam seres humanos junto conosco nesse plano físico de existência. Sua única conexão com humanidade se daria pelo fato dos mesmos encontrarem-se transitoriamente no planeta terra em uma dimensão de vida, conhecida por região etérica, que estaria muito próxima à realidade física. Conforme os ensinamentos dessas instituições esotéricas, estes espíritos rudimentares que habitam a natureza, estariam divididos em sete grandes classes e habitariam espiritualmente o limiar entre a dimensão astral e a dimensão física, região essa que estaria impregnada por uma variedade de essência elemental. Dessa maneira, de acordo com os ensinamentos ministrados em tais escolas espiritualistas, esses espíritos rudimentares, seriam entidades espirituais portadoras de uma inteligência rudimentar, que espiritualmente atuariam no meio ambiente do plano físico.


Infelizmente esses espíritos da natureza por sua vez na literatura vulgar espiritualista são bastante confundidos com as essenciais elementares ou elementais.


Atualmente estamos observando de maneira bastante infeliz a intensa produção de obras sensacionalistas que se dizem espíritas. Essas por sua vez na grande maioria das vezes, são produzidas por espíritos errantes que aparentemente se encontram bastante desinformados quanto a determinados conceitos que há séculos são estudados dentro de escolas espiritualistas serias. Infelizmente, esses espíritos desencarnados para produzir seus contos fantasiosos utilizam-se geralmente de médiuns profundamente ignorantes tanto do ponto de vista doutrinário como no ponto de vista do conhecimento esotérico.


Nas obras Espíritas codificadas por Allan Kardec não existe referencia ao termo essências "Elementares" ou “Elementais; entretanto podemos encontrar informações transmitidas pelos Espíritos com relação à existência de uma energia primordial que é denominada de fluido universal, fluido esse que conceitualmente se aproxima muito das definições atribuídas às chamadas essências elementares ou elementais.



Além dessa alusão, encontraremos na Codificação, referência a determinados Espíritos bastante elementares; esses espíritos por sua vez seriam simples e muitíssimo rudimentar, e encontrar-se-iam na escala evolutiva, em etapa anterior ao reino hominal. Esses espíritos são, por assim dizer, dirigidos por outros espíritos que já adquiriram, através de diversas encarnações, experiência suficiente para colaborar com a natureza.


Com relação aos Espíritos que agem na Natureza, podemos afirmar com base nas seguintes citações que com certeza os espíritos superiores legaram a Kardec grandes informações que até hoje ainda permanecem desconhecidas pela grande maioria de Espiritistas.


Podemos citar, por exemplo: Na Revista Espírita de 1859, o Espírito Erasto, ao responder algumas perguntas de Kardec sobre o tema, explica que há Espíritos encarregados por Deus de lidar com as forças da Natureza. Em edição da mesma revista do mês de março do ano de 1860, consta uma mensagem psicografa pela Sra. Boyer, de autoria de "Hettani", que se identifica como sendo "um dos Espíritos que presidem a formação das flores". Hettani diz que são milhares os espíritos de sua categoria e que eles também estão sujeitos a Lei de Evolução.


Após a publicação dessa mensagem, Kardec um tanto quando desconfiado, resolve fazer as seguintes perguntas ao Espírito de São Luis: - Este Espírito é chamado Hettano; como ocorre que ele não tenha um nome e que jamais encarnou? R. É uma ficção. O Espírito não preside, de um modo particular, à formação das flores; o Espírito elementar, antes de passar para a série animal, dirige a ação fluídica na criação do vegetal; este não está ainda encarnado; mas não age senão sob a direção de inteligências mais elevadas, tendo já vivido bastante para adquirir a ciência necessária à sua missão. Foi um destes que se comunicou; ele vos fez uma mistura poética da ação das duas classes de Espíritos que agem na criação vegetal.



3. Este Espírito não tendo vivido ainda, mesmo na vida animal, como ocorre que seja tão poético?
R. Relede.
4. Assim o Espírito que se comunicou não é o que habita e anima a flor?
R. Não, não; eu vos disse bem claramente: ele guia.
5. Este Espírito que nos falou foi encarnado? R. Foi.
6. O Espírito que dá a vida às plantas e às flores, tem um pensamento, a inteligência de seu eu?
R. Nenhum pensamento, nenhum instinto.



Fazendo-se uma analise do dialogo entre Kardec e o Espírito de São Luis, notamos que na terceira pergunta o Codificador não havia entendido muito bem a elucidação feita pelo Espírito. Entretanto com a decorrer do diálogo o entendimento fora se tornando mais claro.



Com base nessa conversa, entende-se que o Espírito que se comunicou como o gênio das flores na realidade já havia encarnado antes e, na realidade, dirigia espíritos bastante elementares (elementares, de simples, primário, rudimentar - e não no sentido esotérico de essência "elementais”). Esses espíritos bastante rudimentares equivaleriam o que na Codificação Espírita são referenciados por espíritos da natureza, e que na Escala Espírita contida no Livro dos Espíritos, é denominado por Espíritos zombeteiros.


A Doutrina Espírita, portanto, prima pela simplicidade. Mas infelizmente nós aprendizes repetentes da escola da vida, não desistimos de complicar e de entrar pela porta ampla da ficção ou do Esquisoterismo.

SERES ELEMENTAIS OU ELEMENTARES OU ESPÍRITOS DA NATUREZA


A existência dos elementais, segundo os antigos anciãos e sábios do passado, explicava a dinâmica do universo. Como seres reais, eram responsabilizados pelas mudanças climáticas e correntes marítimas, pela precipitação da chuva ou pelo fato de haver fogo, entre muitos outros fenômenos da natureza. Apesar de ser uma explicação mitológica, própria da maneira pela qual se estruturava o conhecimento na época, eles não estavam enganados. Tanto assim que, apesar de a investigação científica não haver diagnosticado a existência concreta desses seres através de seus métodos, as explicações dadas a tais fenômenos não excluem a ação dos elementais. Pelo contrário.

Os sábios da Antiguidade acreditavam que o mundo era formado por quatro elementos básicos: terra, água, ar e fogo. Não obstante, com o transcorrer do tempo, a ciência viesse a contribuir com maiores informações a respeito da constituição da matéria, não tornou o conhecimento antigo obsoleto. A medicina milenar da China, por exemplo, que já começa a ser endossada pelas pesquisas científicas atuais, igualmente identifica os quatro elementos. Sob o ponto de vista da magia, os quatro elementos ainda permanecem, sem entrar em conflito com as explicações científicas modernas. Os magistas e ocultistas estabeleceram uma classificação dos elementais sob o ponto de vista desses elementos, considerando-os como forças da natureza ou tipos de energia.

Então os elementais não possuem consciência de si mesmos? São apenas energia? Não. Os seres elementais, irmãos nossos na criação divina, têm uma espécie de consciência instintiva. Podemos dizer que sua consciência está em elaboração. Apesar disso, eles se agrupam em famílias, assim como os elementos de uma tabela periódica.

Os elementais são entidades espirituais relacionadas com os elementos da natureza. Lá, em meio aos elementos, desempenham tarefas muito importantes. Na verdade, não seria exagero dizer inclusive que são essenciais à totalidade da vida no mundo. Através dos elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o mais que a ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais. Na natureza, esses seres se agrupam segundo suas afinidades.

Seriam então esses agrupamentos aquilo que se chama de família? Isso mesmo! Essas famílias elementais, como as denominamos, estão profundamente ligadas a este ou aquele elemento: fogo, terra, água e ar, conforme a especialidade, a natureza e a procedência de cada uma delas.

Os elementais já estiveram encarnados na Terra ou em outros mundos? Encarnações humanas, ainda não. Eles procedem de uma larga experiência evolutiva nos chamados reinos inferiores e, como princípios inteligentes, estão a caminho de uma humanização no futuro, que somente Deus conhece. Hoje, eles desempenham um papel muito importante junto à natureza como um todo, inclusive auxiliando os encarnados nas reuniões mediúnicas e os desencarnados sob cuja ordem servem.

Como podem auxiliar em reuniões mediúnicas? Como expliquei, podem-se classificar as famílias dos elementais de acordo com os respectivos elementos. Junto ao ar, por exemplo, temos a atuação dos silfos ou das sílfides, que se apresentam em estatura pequena, dotados de intensa percepção psíquica. Eles diferem de outros espíritos da natureza por não se apresentarem sempre com a mesma forma definida, permanente. São constituídos de uma substância etérea, absorvida dos elementos da atmosfera terrestre. Muitas vezes apresentam-se como sendo feitos de luz e lembram pirilampos ou raios. Também conseguem se manifestar, em conjunto, com um aspecto que remete aos efeitos da aurora boreal ou do arco-íris.

Disso se depreende, então, que os silfos são os mais evoluídos entre todas as famílias de elementais? Eu diria apenas que os silfos são, entre todos os elementais, os que mais se assemelham às concepções que os homens geralmente fazem a respeito de anjos ou fadas. Correspondem às forças criadoras do ar, que são uma fonte de energia vital poderosa.

Então eles vivem unicamente na atmosfera? Nem todos. Muitos elementais da família dos silfos possuem uma inteligência avançada e, devido ao grau de sua consciência, oferecem sua contribuição para criar as correntes atmosféricas, tão preciosas para a vida na Terra. Especializaram-se na purificação do ar terrestre e coordenam agrupamentos inteiros de outros elementais. Quanto à sua contribuição nos trabalhos práticos da mediunidade, pode-se ressaltar que os silfos auxiliam na criação e manutenção de formas-pensamento, bem como na estruturação de imagens mentais. Nos trabalhos de ectoplasmia, são auxiliares diretos, quando há a necessidade de reeducação de espíritos endurecidos.

E os outros elementais? Duas classes de elementais que merecem atenção são as ondinas e as ninfas, ambas relacionadas ao elemento água. Geralmente são entidades que desenvolvem um sentimento de amor muito intenso. Vivem no mar, nos lagos e lagoas, nos rios e cachoeiras e, na umbanda, são associadas ao orixá Oxum. As ondinas estão ligadas mais especificamente aos riachos, às fontes e nascentes, bem como ao orvalho, que se manifesta próximo a esses locais. Não podemos deixar de mencionar também sua relação com a chuva, pois trabalham de maneira mais intensa com a água doce. As ninfas, elementais que se parecem com as ondinas, apresentam-se com a forma espiritual envolvida numa aura azul e irradiam intensa luminosidade.

Sendo assim, qual é a diferença entre as ondinas e as ninfas, já que ambas são elementais das águas? A diferença básica entre elas é suavidade e a doçura das ninfas, que voam sobre as águas, deslizando harmoniosamente, como se estivessem desempenhando uma coreografia aquática. Para completar, temos ainda as sereias, personagens mitológicos que ilustraram por séculos as histórias dos marinheiros. Na realidade, sereias e tritões são elementais ligados diretamente às profundezas das águas salgadas. Possuem conotação feminina e masculina, respectivamente. Nas atividades mediúnicas, são utilizados para a limpeza de ambientes, da aura das pessoas e de regiões astrais poluídas por espíritos do mal.

Você pensou que tudo isso não passasse de lenda. Mas devo lhe afirmar que, em sua grande maioria, as lendas e histórias consideradas como folclore apenas encobrem uma realidade do mundo astral, com maior ou menor grau de fidelidade. É que os homens ainda não estão preparados para conhecer ou confrontar determinadas questões.

E as fadas? Bem, podemos dizer que as fadas sejam seres de transição entre os elementos terra e ar. Note-se que, embora tenham como função cuidar das flores e dos frutos, ligados à terra, elas se apresentam com asas. Pequenas e ágeis, irradiam luz branca e, em virtude de sua extrema delicadeza, realizam tarefas minuciosas junto à natureza. Seu trabalho também compreende a interferência direta na cor e nos matizes de tudo quanto existe no planeta Terra. Como tarefa espiritual, adoram auxiliar na limpeza de ambientes de instituições religiosas, templos e casas espíritas. Especializaram-se em emitir determinada substância capaz de manter por tempo indeterminado as formas mentais de ordem superior. Do mesmo modo, auxiliam os espíritos superiores na elaboração de ambientes extra-físicos com aparências belas e paradisíacas. E, ainda, quando espíritos perversos são resgatados de seus antros e bases sombrias, são as fadas, sob a supervisão de seres mais elevados, que auxiliam na reconstrução desses ambientes. Transmutam a matéria astral impregnada de fluidos tóxicos e daninhos em castelos de luz e esplendor.

Temos ainda as salamandras, que são elementais associados ao fogo. Vivem ligados àquilo que os ocultistas denominaram éter e que os espíritas conhecem como fluido cósmico universal. Sem a ação das salamandras o fogo material definitivamente não existiria. Como o fogo foi, entre os quatro elementos, o primeiro manipulado livremente pelo homem, e é parte de sua história desde o início da escalada evolutiva, as salamandras acompanham o progresso humano há eras. Devido a essa relação mais íntima e antiga com o reino hominal, esses elementais adquiriram o poder de desencadear ou transformar emoções, isto é, podem absorvê-las ou inspirá-las. São hábeis ao desenvolver emoções muito semelhantes às humanas e, em virtude de sua ligação estreita com o elemento fogo, possuem a capacidade de bloquear vibrações negativas, possibilitando que o homem usufrua de um clima psíquico mais tranqüilo.

Nas tarefas mediúnicas e em contato com o comando mental de médiuns experientes, as salamandras são potentes transmutadores e condensadores de energia. Auxiliam sobremaneira na queima de objetos e criações mentais originadas ou associadas à magia negra. Os espíritos superiores as utilizam tanto para a limpeza quanto para a destruição de bases e laboratórios das trevas. Habitados por inteligências do mal, são locais-chave em processos obsessivos complexos, onde, entre diversas coisas, são forjados aparelhos parasitas e outros artefatos. Objetos que, do mesmo modo, são destruídos graças à atuação das salamandras.

E os duendes e gnomos? Também existem ou são obras da imaginação popular? Sem dúvida que existem! Os duendes e gnomos são elementais ligados às florestas e, muitos deles, a lugares desertos. Possuem forma anã, que lembra o aspecto humano. Gostam de transitar pelas matas e bosques, dando sinais de sua presença através de cobras e aves, como o melro, a graúna e também o chamado pai-do-mato. Excelentes colaboradores nas reuniões de tratamento espiritual, são eles que trazem os elementos extraídos das plantas, o chamado bioplasma. Auxiliam assim os espíritos superiores com elementos curativos, de fundamental importância em reuniões de ectoplasmia e de fluidificação das águas.

Temos ainda os elementais que se relacionam à terra, os quais chamamos de avissais. Geralmente estão associados a rochas, cavernas subterrâneas e, vez ou outra, vêm à superfície. Atuam como transformadores, convertendo elementos materiais em energia. Também são preciosos coadjuvantes no trabalho dos bons espíritos, notadamente quando há a necessidade de criar roupas e indumentárias para espíritos materializados. Como estão ligados à terra, trazem uma cota de energia primária essencial para a re-constituição da aparência perispiritual de entidades materializadas, inclusive quando perderam a forma humana ou sentem-se com os membros e órgãos dilacerados.

Não podia imaginar que esses seres tivessem uma ação tão ampla e intensa.

Os elementais são seres que ainda não passaram pela fase de humanidade. Oriundos dos reinos inferiores da natureza e mais especificamente do reino animal, ainda não ingressaram na espécie humana. Por essa razão trazem um conteúdo instintivo e primário muito intenso. Para eles, o homem é um deus. É habitual, e até natural, que obedeçam ao ser humano e, nesse processo, ligam-se â ele intensamente. Portanto, meu filho, todo médium é responsável pelo bom ou mau uso que faz dessas potências e seres da natureza.

Ondinas, sereias, gnomos e fadas são apenas denominações de um vocabulário humano, que tão-somente disfarçam a verdadeira face da natureza extrafísica, bem mais ampla que as percepções ordinárias dos simples mortais. Em meio à vida física, às experiências cotidianas do ser humano, enxameiam seres vivos, atuantes e conscientes. O universo todo está repleto de vida, e todos os seres colaboram para o equilíbrio do mundo. A surpresa com a revelação dessa realidade apenas exprime nossa profunda ignorância quanto aos "mistérios" da criação.

As questões relativas aos seres elementais levantam, ainda, novo questionamento. Os elementais — sejam gnomos, duendes, salamandras ou quaisquer outros — são seres que advêm de um longo processo evolutivo e que estagiaram no reino animal em sua fase imediatamente anterior de desenvolvimento. Portanto, devem ter uma espécie de consciência fragmentária. Onde e em que momento está o elo de ligação desses seres com a humanidade? Quer dizer, em que etapa da cadeia cósmica de evolução esses seres se humanizarão e passarão a ser espíritos, dotados de razão? Até hoje os cientistas da Terra procuram o chamado "elo perdido". Estão atrás de provas concretas, materiais da união entre o animal e o ser humano e buscam localizar o exato momento em que isso teria ocorrido. Em vão. Os espíritos da natureza, seres que concluíram seu processo evolutivo nos reinos inferiores à espécie humana, vivem na fase de transição que denominamos elemental. Entretanto, o processo de humanização, ou, mais precisamente, o instante sideral em que adquirem a luz da razão e passam a ser espíritos humanos, apenas o Cristo conhece. Jesus, como representante máximo do Pai no âmbito do planeta Terra, é o único que possui a ciência e o poder de conceder a esses seres a luz da razão. E isso não se passa na Terra, mas em mundos especiais, preparados para esse tipo de transição. Quando soar a hora certa no calendário da eternidade, esses seres serão conduzidos aos mundos de transição, adormecidos e, sob a interferência direta do Cristo, acordarão em sua presença, possuidores da chama eterna da razão. A partir de então, encaminhados aos mundos primitivos, vivenciarão suas primeiras encarnações junto às humanidades desses orbes. Esse é o motivo que ocasiona o fracasso da busca dos cientistas: procuram, na Terra, o elo de ligação, o elo perdido entre o mundo animal e o humano. Não o encontrarão jamais. As evidências não estão no planeta Terra, mas pertencem exclusivamente ao plano cósmico, administrado pelo Cristo.


O plano da criação é verdadeiramente grandioso, e a compreensão desses aspectos desperta em nós uma reverencia profunda ao autor da vida.



Fonte: http://www.espiritismoparatodos.com/2008/01/seres-elementais-ou-elementares-ou.html

OS ELEMENTAIS

OS ELEMENTAIS

Os elementais são seres singulares, multiformes, invisíveis, sempre presentes em todas as atividades da Natureza, além do plano físico. São veículos da vontade criadora, potencializadores das forças, leis e processos naturais. Sua existência é constatada por muitos e ignorada pela maioria. Em síntese, podemos dizer que eles são os executores das manifestações do instinto entre os animais, levando-os a agir desta ou daquela maneira, sendo essa, uma de suas mais úteis e interessantes tarefas.
Os povos antigos se referiram a eles no passado, e milhares os viram e ainda os vêem, quando são videntes, ou quando exteriorizados dos corpos físicos (emancipação da alma); e farta é a literatura espiritualista que os noticia; e no próprio Espiritismo, há referências sobre eles, que são, aliás, figuras vivas e familiares aos médiuns videntes e de desdobramento. Sobre referências no Espiritismo vamos encontrar nas questões 536 a 540 do O Livro dos Espíritos, "a ação dos Espíritos sobre os fenômenos da Natureza".

A ação dos elementais.

No livro O Centro Espírita, de J.Herculano Pires, pg.105, capítulo 12, que fala sobre o fim do mundo, há um trecho onde Herculano Pires afirma:
“... os fisiólogos gregos sabiam disso, e quando Tales de Mileto se referia aos deuses que enchiam o mundo, em todas as suas dimensões, afirmava o princípio espírita de que a estrutura planetária, em seus mínimos detalhes, é controlada pelos Espíritos incumbidos da manutenção da Terra, desde os simples elementais (ainda em evolução para a condição humana), até os Espíritos Superiores, próximos da Angelitude, que supervisionam e orientam as atividades telúricas”.

Encontramos ainda, no Livro Atualidade do Pensamento Espírita, pelo Espírito de Vianna de Carvalho, psicografia de Divaldo Pereira Franco, (edição 1999) a pergunta de número 63:
"O Espiritismo ensina que os Espíritos governam o clima da Terra utilizando para isso Entidades - os elementais da Teosofia - as quais, segundo algumas fontes, habitam os bosques, os campos naturais e as florestas virgens. Haverá alguma relação entre desmatamento, seca e elementais? Em caso afirmativo, para onde vão esses Espíritos quando se dá o desmatamento?"
R. : "Todo desrespeito à vida é crime que se comete contra si mesmo. Aquele que é direcionado à Natureza constitui um gravame terrível, que se transforma em motivo de sofrimento, enfermidade e angústia, para quantos se levantam para destruir, particularmente dominados pela perversidade, pelo egoísmo, pelo vandalismo, pelos interesses pecuniários ...
Naturalmente, essas Entidades, que são orientadas pelos Espíritos Superiores, como ainda não dispõem de discernimento, porque não adquiriram a faculdade de pensar, são encaminhadas a outras experiências evolutivas, de forma que não se lhes interrompa o processo de desenvolvimento".
Os elementais encontram-se em toda parte: na superfície da terra, na atmosfera, nas águas, nas profundidades da sub-crosta, junto ao elemento ígneo. Invisíveis aos olhares humanos, executam infatigável e obscuramente um trabalho imenso, nos mais variados phpectos, nos reinos da Natureza, junto aos minerais, aos vegetais, aos animais e aos homens.

A forma desses seres é muito variada, mas quase sempre aproximada da forma humana. O rosto é pouco visível, ofuscado quase sempre pelo resplendor energético colorido que o envolve. Os Centros de Força que, no ser humano são separados, nos elementais se juntam, se confundem, se somam, formando um núcleo global refulgente, do qual fluem inúmeras correntes e ondulações de energias coloridas tomando formas de asas, braços, cabeças...
Os elementais naturais formam agrupamentos inumeráveis compreendendo seres de vida própria, porém essencialmente instintiva que vão desde os micróbios, de duração brevíssima, até os chamados Espíritos da Natureza, que são agrupados nos Reinos, sob os nomes de Gnomos (elementais da terra), Silfos (elementais do ar), Ondinas (elementais das águas) e Salamandras (elementais do fogo) e todos eles interessam aos trabalhos mediúnicos do Espiritismo.

Os Gnomos cuidam das florestas - matas - dos desertos - regiões geladas, protegem os animais e produzem fenômenos naturais sob a supervisão de Espíritos.
As Ondinas, cuidam dos mares - das águas e fenômenos naturais ligados as águas.
Os Silfos, dos ventos - furacões .
As Salamandras, a tudo que se relacione com fenômenos naturais ligados ao fogo.

Conselho Doutrinário
Bibliografia:
- O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
- O Centro Espírita - J.Herculano Pires
- Mediunidade - Edgard Armond-
- Atualidade - Divaldo P.Franco

sábado, 26 de setembro de 2015

Conhecimento de si mesmo



Por Mauro Falaster

Conhecer: é reproduzir em nosso pensamento a realidade. Damos o nome de conhecimento à posse deste pensamento que concorda com a realidade. À concordância do pensamento com a realidade chamamos verdade.

Ma o que de fato, é pensar bem? André Maurois, em A Arte de Viver, diz-nos que é chegar a fazer de nosso pequeno modelo interior de mundo uma imagem tão exata quanto somos capazes, do grande mundo real.

O que é verdade? Conformidade com o real; exatidão; realidade, franqueza; sinceridade. Pauli, em Que é pensar, entende por verdade, no mais amplo sentido, a autenticidade que o conhecimento deve oferecer. Os dados são verdadeiros se são o que anunciam. Se os dados, na hipótese do psicologismo, se comportam como dados puros, a autenticidade se encontra nesta pureza. Se os dados, na hipótese do intencionalismo, anunciam objetos, a autenticidade se encontra em efetivamente noticiá-los, não dizendo que noticiam (quando de fato não noticiam e enganam), nem dizendo que noticiam tal espécie de objetos (quando de fato noticiam outra espécie). (1964, p. 88 e 89)

A busca do ser humano por respostas sobre a natureza e as coisas, a vida e si mesmo, já remonta de muitos e muitos séculos. No século V a.c. o filósofo grego Sócrates, já se preocupava com isso e dizia que antes do homem se preocupar em querer conhecer a origem da natureza ou das coisas, deveria primeiro procurar conhecer-se a si mesmo.

No pórtico do templo de Apolo, estava gravada a expressão "conhece-te a ti mesmo", que se tornou a bandeira do filósofo grego.

Sócrates andava pelas ruas e praças de Atenas; pelo mercado e pela assembléia, indagando as pessoas: "Você sabe o que você diz ?", "Você realmente tem certeza em que você acredita ?", "Você está realmente conhecendo aquilo em que acredita, aquilo em que pensa, ou em aquilo que você diz ?"

Consciência e ignorância

Fazendo estas perguntas as pessoas, Sócrates deixava seus interlocutores embaraçados, curiosos, irritados e na maioria das vezes surpresos, pois quando estas pessoas tentavam responder ao filósofo suas indagações, percebiam que na maioria das vezes não sabiam responder e que nunca tinham verdadeiramente parado para refletir em suas crenças, valores e ideias.

Logo em seguida as pessoas esperavam que Sócrates respondesse a elas o objeto de suas indagações, no que o filósofo respondia: "Eu também não sei, e é por isso que estou perguntando." De onde surgiu a célebre frase atribuída a ele: "Tudo o que sei é que nada sei".

Sócrates dava uma prova de humildade e sabedoria, afirmando a consciência da própria ignorância. Por questionar as idéias, os valores e os comportamentos que os atenienses julgavam corretos e verdadeiros, estimular o povo e principalmente a juventude ateniense a pensar e refletir se todos aqueles valores da época eram verdadeiros, Sócrates foi considerado um perigo pelos poderosos de Atenas.

Acusado de desrespeitar os deuses, corromper a juventude e violar as leis, como todo mártir, Sócrates foi condenado a morte. Negou-se a defender-se perante a assembléia, e quando interrogado pelos discípulos pelo porquê de sua decisão, disse: "se eu me defender, estarei aceitando as acusações, e eu não as aceito. (...)".

Descobertas eficazes

Transportando a essência do pensamento de Sócrates para os nossos dias, será que atualmente o homem e, principalmente nós espíritas, conhecedores de tantas verdades do mundo espiritual, conhecemos a nós mesmos?

Sabemos que somos imortais, mas será que nas horas de crise ou nas situações difíceis, temos sabido manter a calma daquele que sabe que toda tempestade chega e passa e que por mais que a noite seja densa, não há nada que possa impedir o nascer de um novo dia? O conhecimento de si mesmo é crucial no processo de transformação. Sem ele nada poderemos conquistar de benéfico.

Exemplo: somos portadores de uma dor de cabeça constante, e tomamos o medicamento para paziguar a dor. Na medida que o efeito anestésico do remédio passa, volta a dor de cabeça tão desagradável.  Ao buscarmos a solução de consultar um médico, teremos a elucidação do problema e descobriremos que a dor de cabeça seja proveniente da má digestão, ou desarranjo que o estômago pode produzir no estado geral do nosso corpo físico. Descobrimos que ao reconhecer o mal, a causa, o resultado é eficaz, não mais nos preocupamos com o efeito, afastando de um só golpe os sintomas negativos.

Assim são com os problemas que nos rodeiam, com as provas que vamos conquistando devido as nossas imperfeições, devido a falta de percepção de quem somos. Necessário se faz identificar a causa, conhecê-la, para então darmos a devida atenção ao processo, a fim de sanear o que nos é danoso, isso é, modificar o comportamento, minimizar as imperfeições.

Vamos criando provas e mais provas em conseqüências das imperfeições que nos é inerente. São desastrosas para o nosso comportamento e não conseguimos atacá-las devido não conhecê-las. Com isso estamos sempre envoltos em problemas, decorrentes dos atos cometidos comandados por estas imperfeições.

Somos convidados a uma conduta mais elevada, mas, na realidade utilizamo-nos de uma falsa conduta, apenas exterior, como o anestésico para a dor de cabeça, sem realmente se conhecer a causa. Mudam o palavreado, os gestos, o tom da voz, a educação aparente se exacerba, a calma entre outros. Atitudes puramente externas, o que não opera nenhuma transformação, pois não é parte integrante do ser.

Para quem observa sabe que na primeira dificuldade o ser põe tudo por terra, o que é perfeitamente compreensível, pois não se ataca a causa mas sim o efeito. E nesta fase inicial que muitos abandonam o trabalho de melhora intima. O Homem estando de bem consigo mesmo, estará com os que o rodeiam, espelho do seu Eu. Em harmonia consigo, o Homem harmoniza-se com o Universo e com todos os seres.

O Universo interior em desarmonia, propiciará um desarmônico Universo exterior, resultado do não conhecimento de si mesmo, consequentemente do não conhecimento do outro e do Universo. A saúde ou a doença, a felicidade ou a infelicidade, a paz ou a violência, o crescimento ou a estagnação, o amor ou o medo, originam-se antes de tudo de como cada um se vê diante de si mesmo e diante do mundo que habita.

Por se desconhecer, o Homem vitimado por suas próprias "teias", carregam entre si desajustes familiares, fobias que prevalecem desde a infância, falta de amadurecimento psicológico e emocional. Fragilizados, tornam-se susceptíveis ao negativo, ao supérfluo e superficial e por medo armam-se ou fantasiam-se, ao invés de se conhecerem.

Há um abismo que separa o homem externo do interno; entre aquele que vence as distâncias físicas, mas não se auto-encontra; que resolve as dificuldades de fora e não equaciona as de dentro, evitando-as, mascarando-as, transferindo-as no tempo.

Inevitavelmente, esse indivíduo faz-se de vítima da própria conduta, tornando-se inseguro, insatisfeito, alienando-se. Atrelado à inquietação íntima, procura o prazer até a exaustão dos sentidos, e logo depois imerge em estados depressivos profundos, por falta de motivação e sentido psicológico para existência física.

Noutras situações busca o êxito que lhe assegure satisfações hedonistas, passando a acumular recursos amoedados, títulos, posições sociais, na mesma faixa dos valores externos de efêmera duração, que não têm poderes para apaziguar-lhe as ânsias dos sentimentos, as realizações pessoais de profundidade.

O triunfo, em tais casos, afigura-se como sendo o relevo social, as comodidades econômicas, os privilégios na comunidade. E exaure-se, nessa busca, reunindo e desperdiçando, temeroso pelo futuro e pela perda do brilho que se aplica, não atendendo ao chamado do amor, que plenifica por dentro quer possuindo coisas ou deixando de tê-las.

Considera como segurança a polpuda conta bancária, as jóias de alto preço, os bens imobiliários luxuosos, os veículos caros, girando as suas aspirações em torno dessas metas, a fim de poder desfrutar dos prazeres que elas facultam.

A saturação, a irritabilidade e o tédio são-lhe futuros estados pessoais, que o empurrarão para os alcoólicos, as drogas, o sexo descomprometido e comprado, a loucura, o suicídio ou as excitações que decorrem do crime, assim como das atitudes ilícitas, caso já não transite nessas experiências infelizes.

Quando esse homem se encontra em faixas sócio-econômicas menos privilegiadas, torna-se, igualmente, vítima de estados neurológicos de origem exógena, partindo para a agressividade, a violência, ou chegando aos estágios psicóticos maníacos-depressivos, que avassalam larga faixa da população terrestre, especialmente nas megalópoles atuais.

Enfrentar-se com tranqüilidade

Todo conflito não superado, consciente e emocionalmente, ressurge com máscara diversa aprisionado à mesma matriz psicológica. O inconsciente comanda o eu consciente através de automatismo muito bem elaborados durante todo o percurso sócio-antropológico, permanecendo mais na área do instinto primário repetitivo do que no racional lúcido, bem delineado.

O ser humano em si mesmo é sempre conseqüência dos seus atos anteriores. A cada realização desenvolvida apresentam-se novas propostas que dela resultam, ampliando o campo de crescimento emocional.

Os conflitos, portanto, à medida que vão sendo detectados e vivenciados racionalmente, desaparecem, porque as suas matrizes anteriores deixam de predominar no campo do inconsciente, que se renova diante das recentes diretrizes que direcionam ao arquivamento.

Quando o indivíduo pode enfrentar-se com tranqüilidade, administrar os valores negativos, estimulando os recursos positivos, sem ressentimentos das ocorrências infelizes nem os júbilos exacerbados, realiza um expressivo labor de psicossíntese, dispondo-se à radical mudança de conceitos perturbadores, para renovar-se com acendrado interesse na eliminação dos conflitos que remanescem teimosos.

A aquisição da consciência demanda tempo e esforço humano, tornando-se o grande desafio do processo da evolução do ser.

Graças, porém, à reencarnação, o progresso do ser é imperioso, inevitável, e os mecanismos da evolução se expressam, trabalhando-o e promovendo-o a níveis e patamares cada vez mais elevados, até quando o ser, liberto dos conflitos, conquista os sentimentos que canalizará na direção de novas metas, que alcança realizando-se, plenificando-se.

Já não luta contra as coisas, mas luta pelas coisas, que aprende a selecionar e qualificar, abandonando, por superação, as paixões dissolventes e fixando os valores que enobrecem.

A conquista de si mesmo resulta, portanto, do amadurecimento psicológico, pela racionalização dos acontecimentos, e graças às realizações da solidariedade, que facultam a superação das provas e dos sofrimentos, os quais passam então a ter um comportamento filosófico dignificante - instrumentos de valorização da vida - ao invés de serem castigos à culpa oculta, jacente no mundo íntimo.

Senhor do discernimento, o homem descobre que colhe de acordo com o que semeia, e que tudo quanto lhe acontece, procede, não tendo caráter castrador ou punitivo.

Jesus afirmou que se poderia fazer tudo quanto Ele fez, se se quisesse, bastando empenhar-se e entregar-se à realização. Para tanto, necessário seria a fé em si mesmo, nos valores intrínsecos, que seriam desenvolvidos a partir do momento da opção.


COMO CONHECER-SE:

a) Pela dor:
A dor é teleológica e leva consigo um destino. Por ela podemos saber o que fomos e, também, o que tencionamos ser. Ela é sempre positiva; no sofrimento, estamos purgando algo ou preparando-nos para o futuro.

b) Convívio com o próximo:
Podemos avaliar-nos, observando as reações dos outros com relação às nossas atitudes.

c) Auto-análise:
A auto-análise fundamenta-se numa cosmovisão transcendental da vida. A compreensão integral do homem se apoia em três esteios fundamentais: filosófico: paz com a verdade; psicológico: paz consigo mesmo; religioso: paz com o ser transcendental.

São técnicas que permitem o homem chegar a autenticidade de sua doença, não de tirar o homem da doença.

A reflexão e a auto-análise sobre as atividades diárias ajudam na percepção do erro. Podem contribuir muito para o conhecimento de si mesmo, identificando os pontos mais frágeis e inseguros e substituí-los pela força e confiança de que o acerto virá.

A fase inicial da vida, sob qualquer aspecto considerado, é a do sono. Por isso mesmo, o psiquismo "dorme no mineral, sonha no vegetal, sente no animal, pensa no homem", conforme sintetizou com muita propriedade o eminente filósofo espírita Léon Denis, e prossegue, com a imensa capacidade da intuição, no anjo, adquirindo novas experiências sem cessar, infinitamente.

O ser está fadado à perfeita sintonia com a Consciência Cósmica, que nele dorme, aguardando os fatores que lhe propiciem o desenvolvimento, o contínuo despertar.

Despertar, portanto, é indispensável, abandonando o letargo que procede das faixas por onde transitou, libertando-se do marasmo, em forma de sono da consciência, para as realidades transcendentes, desapegando-se das constrições que impedem a marcha, escravizando o Si nas paixões remanescentes, adormecidas, por sua vez, no inconsciente profundo, que prossegue enviando mensagens pessimistas e pertubadoras.

Despertar para a realidade nova da vida é como experimentar um parto interior, profundo, libertador, dorido e feliz.

O seu despertar é sempre doloroso, porque se lhes torna difícil abandonar os hábitos doentios e adotar novos comportamentos, que a princípio se fazem incomuns, incompletos, sem sentido.

Quando está desperto, lúcido para os objetivos essenciais da existência, ergue-se, o indivíduo, e sai do meio dos outros que estão mortos para a realidade.

O despertar é inadiável, porque liberta e concede autoridade para o discernimento. De tal forma se apresenta a capacidade de entender, que uma visão otimista e clara se torna a base do comportamento psicológico, portanto, do mecanismo íntimo para a aquisição da felicidade.

Essa realização não se dá somente quando tudo parece bem, mas sim, quando sucedem ocorrências que são convencionalmente denominadas como infortúnios. Diante de tais fatos, ao invés de haver uma revolta ou desespero, na serenidade do estar desperto, interroga-se: O que me está desejando dizer este fenômeno pertubardor ? Tratando-se de uma enfermidade, um desgaste físico, emocional ou psíquico, uma perda de valores amoedados ou de um trabalho, que é o sustento da existência, pergunta-se: Isto que me está acontecendo, que significado tem para o meu progesso ? Qual ou quais as razões destas mensagens ?

Disciplina da vontade para mudança

Essa faculdade de representar um ato que pode ou não ser praticado, como definem os bons dicionaristas, a vontade tem que ser orientada mediante a disciplina mental, trabalhada com exercícios de meditação, através de pensamentos elevados, de forma que gerem condicionamento novo, estabelecendo hábito diferente do comum.

Necessariamente são indispensáveis vários recursos que auxiliam a montagem dos equipamentos da vontade, a saber: paciência, perseverança, autoconfiança.

A paciência ensina que todo trabalho começa, mas não se pode aguardar imediato término, porque, conquistada uma etapa, outra surge desafiadora, já que o ser não cessa de crescer. Somente através de um programa cuidadoso e continuado logra-se alcançar o objetivo que se busca.

Tranqüilamente se processa o trabalho de cada momento, abrindo-se novos horizontes que serão desbravados posteriormente, abandonando-se a pressa e não se permitindo afligir porque não se haja conseguido concluí-lo.

A paciência é recurso que se treina com a insistência para dar continuidade a qualquer empreendimento, esperando-se que outros fatores, que independem da pessoa, contribuam para os resultados que se espera alcançar.

Esse mecanismo é todo um resultado de esforço bem direcionado, consistindo no ritmo do trabalho que não deve ser interrompido.

Lentamente são criados no inconsciente condicionamentos em favor da faculdade de esperar, aquietando as ansiedades perturbadoras e criando um clima de equilíbrio emocional no ser.

A perseverança se apresenta como pertinácia, insistência no labor que se está ou se pretende executar, de forma que não se interrompa o curso programado. Mesmo os desafios se manifestam, a firmeza da decisão pela consciência do que se vai efetuar, faculta maior interesse no processo desenvolvido, propondo levar o projeto até o fim, sem que o desânimo encontre guarida ou trabalhe desfavoravelmente.

Somente através da perseverança é que se consegue amoldar as ambições aos atos, tornando-os realizáveis, materializando-os, particularmente no que diz respeito àqueles de elevada qualidade moral, que resultam em bênçãos de qualquer natureza em favor do Espírito.

Da conquista da paciência, face à perseverança que a completa, passa-se à autoconfiança, à certeza das possibilidades existentes que podem ser aplicadas em favor dos anseios íntimos. Desaparecem o medo e os mecanismos autopunitivos, auto-afligentes, que são fatores dissolventes do progresso, da evolução do ser.

Mediante essa conquista, a vontade passa a ser comandada pela mente saudável, que discerne entre o que deve e pode fazer, quais são os objetivos da sua existência na Terra e como amadurecer emocional e psicologicamente, para enfrentar as vicissitudes, as dificuldades, os problemas que fazem parte de todo o desenrolar do crescimento interior.

Nesse trabalho, a criança psicológica, adormecida no ser e que teima por ser acalentada, cede lugar ao adulto de vontade firme e confiante, que programa os seus atos trabalhando com afinco para conseguir resultados satisfatórios. Nessa empreitada ele não deseja triunfar sobre os outros, conquistar o mundo, tornar-se famoso, conduzir as massas, ser deificado, porque a sua é a luta para conquistar-se, realizar-se interiormente, de cujo esforço virão as outras posses, essas de secundária importância, mas que fazem parte também dos mecanismos existenciais, que constituem o desenvolvimento, o progresso da sociedade, o surgimento das suas lideranças, dos seus astros e construtores do futuro.

Triunfo possível

Esse esforço deve ser empreendido imediatamente, estimulando-se a criatura à coragem de autoconhecer-se, de autotrabalhar-se, de crescer interiormente. A tarefa não é fácil, notadamente para quem acredita nas fugas para fora, ou cultiva os medos íntimos. Iniciando-a nos atos da solidariedade, vai deixando que se lhe desabrochem os sentimentos nobres e esplendam à luz da vida, cada vez mais atraída pelo Divino Sol, que é Jesus-cristo, o Terapeuta que ensinou essa técnica perfeita da felicidade mediante o amor.

A conquista de si mesmo está ao alcance do querer para ser, do esforçar-se para triunfar, do viver para jamais morrer...

Não se deve desistir nunca, nem desanimar, pois não é o erro que derrota o homem, e sim, sua insegurança, sua falta de confiança em si e em Deus.


Bibliografia:

O Livro dos Espíritos - Allan Kardec

O despertar do Espírito - Divaldo Franco (Joanna de Ângelis-espírito)

O Ser Consciente - Divaldo Franco (Joanna de Ângelis-espírito)

Vida: Desafios e Soluções - Divaldo Franco (Joanna de Ângelis-espírito)

Sob a Proteção de Deus (Conquistas Internas e Externos) - Divaldo Pereira Franco (Manoel Philomeno de Miranda)

Glossário

Verbete: cosmovisão
[De cosmo + visão.]
S. f.
1. Concepção ou visão do mundo.

[Sin.: mundividência e (al.) Weltan schauung.]

Verbete: transcendental
[De transcendente + -al.]
Adj. 2 g.
1. V. transcendente (1 a 3).
2. Filos. No kantismo, diz-se quer do que se refere ao conhecimento das condições a priori da experiência, quer do que ultrapassa os limites da experiência.

~V. idealismo -, idéia -, lógica -, realismo - e transcendentais.

Verbete: psicossíntese
A psicossíntese é uma proposta de trabalho psicológico e educacional, que tem por objetivo a conexão com a nossa verdade interna, com nosso Eu Transpessoal. Para fazermos essa conexão precisamos conhecer a nossa personalidade, seus diferentes aspectos e funcionamento até para compreender a origem de nossas dificuldades, que estão em algum nível armazenados e reprimidos dentro de nós, que acabam controlando nossa ação e a nossa liberdade. (fonte: terapiascomplementares.com.br)