Estudando o Espiritismo

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domingo, 27 de dezembro de 2015

Celibato e poligamia

Celibato e poligamia


Apresentamos nesta edição o tema no 54 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.

Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.

Questões para debate

1. Por que a poligamia é contrária à lei natural?

2. Que vantagens acarreta para o homem a monogamia?

3. Em que consiste o celibato?

4. Em que situação o celibato pode concorrer para o progresso social?

5. Qual o significado desta advertência de Paulo: “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se”?

Texto para leitura

A poligamia é prática humana tendente a desaparecer
1. O casamento, isto é, a união permanente de dois seres, é um progresso na marcha da Humanidade. Já a poligamia é lei humana cuja abolição marca um progresso social. O casamento, segundo as vistas de Deus, deve fundar-se na afeição dos seres que se unem. Ora, na poligamia não há afeição real, existe apenas sensualidade.

2. Se a poligamia fosse conforme à lei natural, deveria haver a possibilidade de que ela se tornasse universal, o que é materialmente impossível, dada a igualdade numérica dos sexos. Ela deve ser considerada, assim, mais como um uso ou prática apropriada a certos costumes e que o aperfeiçoamento social faz que, na maior parte do globo, desapareça  pouco a  pouco. Com efeito, apesar de existirem povos que ainda adotam a poligamia, como as populações muçulmanas do Norte da África e boa parte dos asiáticos, a tendência é a total abolição dessa prática.

3. A construção da felicidade real não depende do instinto sexual satisfeito. A permuta de células sexuais entre os seres encarnados é tão-somente um aspecto das multiformes permutas de amor. O intercâmbio de forças simpáticas, de fluidos combinados, de vibrações sintonizadas entre almas que se amam, paira acima de qualquer exteriorização tangível de afeto.

4. Entre poligamia e monogamia existe uma distância muito grande, e a conquista desta última revela inegavelmente um poderoso passo evolutivo da Humanidade na área dos sentimentos. A vida a dois, pelos laços do matrimônio, enseja real oportunidade de progresso, porquanto a constituição do lar não só permite a reencarnação dos Espíritos e, por conseguinte, resgate de faltas do passado, como representa a célula da família universal, unidade primeira da educação espiritual.

Os celibatários dividem-se em dois grupos distintos
5. Em que pese a importância do casamento monogâmico, existem pessoas que deliberadamente optam pelo celibato, que é o estado de uma pessoa que se mantém solteira Abstinência em matéria de sexo e celibato na vida de relação pressupõem experiências da criatura em duas faixas essenciais: a dos Espíritos que escolhem semelhantes posições para burilamento ou serviço no curso de determinada encarnação,  e a daqueles que se vêem forçados a adotá-las, por força de inibições diversas.

6. As pessoas que conseguem abster-se da comunhão afetiva, com o fim de se fazerem mais úteis ao próximo, decerto traçam a si mesmos escaladas mais rápidas aos cimos do aperfeiçoamento. É o caso das almas que, para obterem as sagradas realizações de Deus em si próprias, entregam-se a labores de renúncia, em existência de santificada abnegação, abdicando transitoriamente de ligações humanas, de modo a acrisolarem seus afetos e sentimentos em vida de ascetismo e longas disciplinas materiais.

7. Agindo assim, por amor, amparando os irmãos da Humanidade, através de variadas maneiras, convertem a existência, sem ligações sexuais, em caminho de acesso à sublimação, ambientando-se em climas diferentes de criatividade, porquanto a energia sexual neles não estancou o próprio fluxo, mas é canalizada para outros objetivos: os de natureza espiritual.

8. Paralelamente a esses seres, que elegem conscientemente esse tipo de experiência, encontramos outros companheiros que já renasceram no corpo físico induzidos ou obrigados à abstinência sexual, em face de inibições irreversíveis ou de processos de inversão pelos quais sanam erros do passado ou se recolhem a pesadas disciplinas, que lhes facilitam a execução de compromissos determinados, em assuntos do espírito.

Há grande mérito em fazer-se eunuco pelo reino do céu
9. Empreendimentos filantrópicos, atividades religiosas ou culturais enobrecedoras constituem valioso programa de superação dos pensamentos torturantes, relacionados com o sexo, favorecendo a transformação das forças criadoras em elementos de exaltação do bem e do embelezamento da vida.

10. Numerosos Espíritos – ensinam os imortais – recebem de Jesus permissão para esse gênero de esforços santificantes, porquanto nessa tarefa os que se fazem eunucos pelo reino do céu precipitam os processos de redenção do ser ou seres amados, submersos nas provas, e, simultaneamente, pela sua condição de evolvidos, podem ser mais facilmente transformados, na Terra, em instrumentos da verdade e do bem.

11. Qualquer atitude extremista opera desarmonia e perturbação, com lamentáveis conseqüências que se estendem, após a desencarnação, em processos de sombras e aflições indescritíveis. Assim, se o exercício da renúncia, a que certas pessoas se submetem, os faz hipocondríacos e tristes, não devem vacilar em obedecer à prescrição do apóstolo Paulo, na 1a Epístola aos Coríntios, cap. 7, versículo 9:  “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.”

12. Essas considerações nos levam a concluir que a vida sexual de cada pessoa é terreno sagrado para ela própria. Em face disso, abstenção, ligação afetiva, constituição da família, vida celibatária, divórcio e outras ocorrências, no campo do amor, são problemas pertinentes à responsabilidade de cada um, erigindo-se em assunto não de corpo para corpo, mas de coração para coração.

Respostas às questões propostas

1. Por que a poligamia é contrária à lei natural? R.: O casamento, segundo as vistas de Deus, deve fundar-se na afeição dos seres que se unem. Na poligamia não há afeição real, existe apenas sensualidade. Eis aí o motivo por que ela contraria a lei de Deus.

2. Que vantagens acarreta para o homem a monogamia? R.: A construção da felicidade real não depende do instinto sexual satisfeito. A permuta de células sexuais entre os seres encarnados é tão-somente um aspecto das multiformes permutas de amor. O intercâmbio de forças simpáticas, de fluidos combinados, de vibrações sintonizadas entre almas que se amam, paira acima de qualquer exteriorização tangível de afeto. A vida a dois, pelos laços do matrimônio, enseja real oportunidade de progresso, porquanto a constituição do lar não só permite a reencarnação dos Espíritos e, por conseguinte, resgate de faltas do passado, como representa a célula da família universal, unidade primeira da educação espiritual.

3. Em que consiste o celibato? R.: O celibato é o estado de uma pessoa que se mantém solteira. Abstinência em matéria de sexo e celibato na vida de relação pressupõem experiências da criatura em duas faixas essenciais: a dos Espíritos que escolhem semelhantes posições para burilamento ou serviço no curso de determinada encarnação,  e a daqueles que se vêem forçados a adotá-las, por força de inibições diversas.

4. Em que situação o celibato pode concorrer para o progresso social? R.: O celibato concorre para o progresso social quando o indivíduo abstém-se da comunhão afetiva com o fim de se fazer mais útil ao próximo. É o caso das almas que se entregam a labores de renúncia, em existência de santificada abnegação, abdicando transitoriamente de ligações humanas, de modo a acrisolarem seus afetos e sentimentos em vida de ascetismo e longas disciplinas materiais.

5. Qual o significado desta advertência de Paulo: “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se”? R.: O aviso de Paulo é claro: se o exercício da renúncia, a que certas pessoas se submetem, as faz hipocondríacas e tristes, não devem vacilar em obedecer à prescrição do notável apóstolo, evitando assim manter uma posição antinatural que poderá trazer grandes aborrecimentos à própria pessoa e à sociedade.

Bibliografia:

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 695, 699 e 701.

Vida e Sexo, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, 6a edição, pp. 33, 97, 98 e 100.

O Consolador, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, 8a edição, pergunta 331.

O Pensamento de Emmanuel, de Martins Peralva, 2a edição, p. 96.

Dimensões da Verdade, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P.Franco, pp. 170 e 173.

No Mundo Maior, de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pp. 161 e 162.

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