Estudando o Espiritismo

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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Equipe Espiritual da Missão de Jesus

Idéias Principais:

A superioridade espiritual de Maria de Nazaré pode ser avaliada em diversas ocasiões de sua passagem na Terra. O apóstolo e evangelista João, através das palavras de Humberto de Campos, Espírito, afirma que “(...) fora pela sua grandeza espiritual que o Emissário de Deus pudera penetrar a atmosfera escura e pestilenta do mundo para balsamizar os sofrimentos da criatura”.

Na realização da sua missão, Jesus contou, também, com a colaboração de diversos Espíritos; entre eles merecem ser destacados:

- João Batista, filho de Isabel e Zacarias, também o chamado O Precursor, foi, segundo palavras de Jesus, “(...) entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João Batista, e, no entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele”.

- José foi um Espírito que recebeu a honrosa tarefa de exercer o papel de pai de Jesus e amparar Maria em sua excelsa missão.



Síntese do Assunto:

Equipe Espiritual da Missão de Jesus

“Os historiadores do Império Romano sempre observaram com espanto os profundos contrastes na gloriosa época de Augusto”.

“Caio Júlio César Otávio chegara ao poder (...) por uma serie de acontecimentos felizes. (...)”.

“Uma nova era principiara com aquele jovem enérgico e magnânimo. O grande império do mundo, como que influenciado por um conjunto de forças estranhas, descansava numa onda de harmonia e de júbilo, depois de guerras seculares e tenebrosas”.

“(...) A paisagem gloriosa de Roma jamais reunira tão grande número de inteligências. É nessa época que surgem Vergílio, Horácio, Ovídio, Salústio, Tito Livio e Mecenas (...)”.

“É que os historiadores ainda não perceberam, na chamada época de Augusto, o seculo do Evangelho ou da Boa Nova. Esqueceram-se de que o nobre Otávio era também homem e não conseguiram saber que, no seu reinado, a esfera do Cristo se aproximava da Terra, numa vibração profunda de amor e de beleza. Acercavam-se de Roma e do mundo não mais Espíritos belicosos, como Alexandre ou Aníbal, porém outros que se vestiram dos andrajos dos pescadores, para servirem de base indestrutível aos eternos ensinos do Cordeiro.Imergiam nos fluidos do planeta os que preparariam a vinda do Senhor e os que se transformariam em seguidores humildes e imortais dos seus passos divinos”. (Humberto de Campos, Espírito, “Boa Nova”).

Entre esses Espíritos, destaca-se a figura de Maria de Nazaré.

“Atendendo a solicitação de Jesus, durante a crucificação, Maria foi morar em companhia de João, “ao sul de Éfeso, distando três léguas aproximadamente da cidade. A habitação simples e pobre demorava num promontório de onde se avistava o mar. No alto da pequena colina, distante dos homens e no altar imponente da Natureza, se reuniriam ambos para cultivar a lembrança permanente de Jesus. Estabeleceriam um pouso e refúgio aos desamparados, ensinariam as verdades do Evangelho a todos os Espíritos de boa-vontade e, como mãe e filho, iniciaram uma nova era de amor, na comunidade universal”.

“A casa de João, ao cabo de algumas semanas, se transformou num ponto de assembléias adoráveis, onde as recordações do Messias eram cultivadas por Espíritos humildes e sinceros”.

Maria externava as suas lembranças. Falava dele com maternal enternecimento, enquanto o apóstolo comentava as verdades evangélicas. Decorridos alguns meses, grandes fileiras de necessitados acorriam ao sitio singelo e generoso. Ela atendia, no pobre santuário doméstico, aos que a procuravam exibindo-lhe suas ulceras e necessidades”.

“Sua choupana era, então, conhecida pelo nome de Casa da Santíssima”.

“O fato tivera origem em certa ocasião, quando um miserável leproso, depois de aliviado em suas chagas, lhe osculou as mãos, reconhecidamente murmurando: - Senhora, sois a mãe de nosso Mestre e a nossa Mãe Santíssima”.

“E João consolidava o conceito, acentuando que o mundo lhe seria eternamente grato, pois fora pela sua grandeza espiritual que o Emissário de Deus pudera penetrar a atmosfera escura e pestilenta do mundo para balsamizar os sofrimentos da criatura”. (Humberto de Campos, Espírito, “Boa-Nova”).
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A elevação espiritual de Maria é vista, também, ao longo da permanência de Jesus entre nós, através de manifestações de humildade, dedicação e amor.

Vale destacar, ainda, o valor espiritual de Maria quando da anunciação da vinda de Jesus, feita pelo Anjo Gabriel:

“(...) o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. Entrando onde ela estava, disse-lhe: - Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! O anjo acrescentou: - Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará na casa de Jacó para sempre, e o seu reinado não terá fim. Maria, po0rém, disse ao anjo: - Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum? O anjo respondeu: - O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus. Disse, então, Maria: -Eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra! E o anjo retirou-se”.

“Sempre com esta submissão aos desígnios de Deus, Maria mostrou-se humilde até os seus derradeiros momentos na Terra, quando, ainda naquela pequenina casa em Éfeso, Jesus aparece-lhe e a leva para as regiões elevadas da espiritualidade, dizendo-lhe: - Sim, minha mãe, sou eu!... Venho buscar-te, pois meu Pai quer que sejas no meu reino a Rainha dos Anjos”.

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Ao lado de Maria esteve um Espírito sobre o qual temos poucas informações: é José. Muito pouco se diz de José. Foi com Maria a Belém e estava com ela quando Jesus nasceu, Lc. 2:4, 16. Com ela estava quando Jesus foi apresentado no Templo, Lc 2:33. Guiou-os na fuga para o Egito e na volta para Nazaré, Mt 2:13, 19 a 23. Levou Jesus a Jerusalém quando este tinha 12 anos, Lc 2:43, 51. Tudo indica que José não presenciou a crucificação de Jesus porque já houvera partido para o mundo espiritual.
Maria tinha que figurar com mãe, e José como pai de Jesus.

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Médiuns Preparadores – Para recepcionar o influxo mental de Jesus, o Evangelho nos dá notícias de uma pequena congregação de médiuns, à feição de transformadores elétricos conjugados, para acolher-lhe a força e armazená-la, de princípio, antes que se lhe pudessem canalizar os recursos.

E longe de anotarmos aí a presença de qualquer instrumento psíquico menos seguro do ponto de vista moral, encontramos importante núcleo de medianeiros, desassombrados na confiança e corretos na diretriz.

Informamo-nos, assim, nos apontamentos da Boa Nova, de que Zacarias e Isabel, os pais de João Batista, precursor do Médium Divino, “eram ambos justos perante Deus, andando sem repreensão, em todos os mandamentos e preceitos do Senhor”, que Maria, a jovem simples de Nazaré, que acolheria o Embaixador Celeste nos braços maternais, se achava “em posição de louvor diante do Eterno Pai”, que José da Galiléia, o varão que o tomaria sob paternal tutela, “era justo”, que Simeão, o amigo abnegado que o aguardou em prece, durante longo tempo, “era justo e obediente a Deus”, e que Ana, a viúva que o esperou em oração, no Templo de Jerusalém, por vários lustros, vivia “servindo a Deus”.

Nesse grupo de médiuns admiráveis, não apenas pelas percepções avançadas que os situavam em contacto com os Emissários Celestes, mas também pela conduta irrepreensível de que forneciam testemunho, surpreendemos o circuito de forças a que se ajustou a onda mental do Cristo, para daí expandir-se na renovação do mundo.

Uma outra referencia a José, e que dá para compreender o seu valor espiritual, está em Mateus, 1:18 a 25. Nessa passagem um Anjo aparece em sonho a José, dissuadindo-o de abandonar Maria por estar ela grávida, explicando como e quem Maria gerou. Ao acordar, José aceita as exortações do Anjo e ampara Maria durante o tempo em que a acompanhou na Terra.

É preciso que destaquemos também a figura espiritual de João Batista, filho de Isabel e Zacarias, também chamado O Precursor, porque foi ele quem preparou os passos de Jesus.

A predição do nascimento de João Batista pode ser lida em Lucas, 1:5 a 25. É uma passagem evangélica de muita beleza.

(...) Quanto ao nascimento de João, como era preciso que este impressionasse o espírito público desde o seu aparecimento na Terra, deu-se em circunstâncias particularíssimas, quais as de já serem velhos os seus genitores e a mudez temporária de seu pai. Importa, porém, se atenda a que, se bem já Isabel estivesse avançada em anos, sua idade não era tal que a impossibilitasse de conceber, de conformidade com as leis naturais.

João fora Elias, o grande profeta de que fala o livro Reis (3º. Vol., XVII), e como tal era tido pelos judeus. Precisamente porque o povo via em João a reaparição de Elias (...).

Após o nascimento de João, “transcorridos alguns anos, vamos encontrar o Batista na sua gloriosa tarefa de preparação do caminho à verdade, precedendo o trabalho divino do amor, que o mundo conheceria em Jesus-Cristo”.

João, de fato, partiu primeiro, a fim de executar as operações iniciais para a grandiosa conquista.

Vestido de peles e alimentando-se de mel selvagem, esclarecendo com energia e deixando-se degolar em testemunho à Verdade, ele precedeu a lição da misericórdia e da bondade.

Ele se sentia, não há como duvidar, “a voz que clama no deserto”, e preparava “os caminhos do Senhor”. Fora assim mesmo que respondera aos judeus enviados pelos sacerdotes e levitas de Jerusalém, ao lhe indagarem se ele era o Cristo ou o Elias esperado.

A personalidade de João Batista, classificado por Jesus como “o maior dos nascidos de mulher”, destaca-se solenemente pela sua austeridade no modo de anunciar o Grande Enviado, chegando a atrair multidões a si, que, convictas da sua superioridade moral e espiritual, e convertida para uma vida superior, entravam no Jordão limpando-se das máculas e gafeiras do homem velho e de lá saiam limpos de corpo para simbolizar a limpeza da alma a que aspiravam, por uma vida de progresso e perfeição...

Outros Espíritos fizeram parte da missão de Jesus e não nos será possível falar de todos, mas, a partir deste roteiro, tentaremos destacar o trabalho e missão de alguns.

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