Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 7 de outubro de 2014

A Inveja - Mensagens espíritas


Alegrar-se com o próximo

Na vida social, o homem é convidado a partilhar as experiências dos semelhantes.
Em situações as mais diversas, ele presencia o espetáculo das dores e alegrias humanas.
De modo curioso, costuma ser mais fácil participar ativamente das derrotas do que das vitórias alheias.
Ante a fome ou a enfermidade, ordinariamente surge um apelo aos sentimentos mais elevados.
Eles concitam o ser humano a mover as mãos em auxílio, de modo automático e rápido.
Sem dúvida, todo socorro que se oferta a alguém que sofre é valioso.
É interessante, contudo, não se deter em uma análise rasa a respeito dos próprios motivos para agir.
Muitos são solidários na dor, pois assim assumem o papel de benfeitores.
Com essa posição de destaque perante o próximo ou a sociedade, realizam-se interiormente.
Todavia, quando defrontam companheiros em prosperidade, não conseguem se manter em padrão saudável de sentimento e de conduta.
Se o próximo surge em evidência, francamente vitorioso, ralam-se de mágoa injustificada.
Transformam-se em fiscais impenitentes e acusadores severos.
Simplesmente, não conseguem perdoar o sucesso alheio.
Sentem como se isso os diminuísse, de alguma forma.
Passam a acumular profundos e inexplicáveis ressentimentos.
É com azedume e sarcasmo que se referem ao êxito do outro, vencidos de torpe inveja.
Essa forma de sentir e agir revela uma certa infantilidade espiritual.
Trata-se de alguém que quer ser sempre o centro das atenções positivas.
Até convive bem em sociedade, desde que seja sua a posição de realce.
Estende as mãos a quem sofre, mas não movido por genuína misericórdia.
Age antes de mais nada para aparecer, porque gosta de surgir vitorioso e magnânimo.
Quer ser admirado e esse constitui o móvel de seus atos.
Justamente por isso, não suporta quando a admiração deve ser naturalmente dirigida aos outros.
Ocorre que as posições de destaque sempre têm seu preço.
Elas são habitualmente acompanhadas de uma série de desconfortos.
Ora são as farpas da maledicência e do ciúme.
Ora surgem as perseguições sistemáticas disfarçadas de sorrisos.
Também a ausência de amigos legítimos costuma tornar angustiosas as ilusórias horas douradas do homem importante.
Assim, assuma posição diferente.
Sem objetivar qualquer vantagem pessoal, aprenda a se alegrar com o sucesso do próximo.
Seja solidário na dificuldade do seu irmão, mas também participe da alegria dele.
Abdique da posição de fiscal gratuito de quem brilha.
Afinal, ser feliz com a felicidade alheia também é um modo de caridade.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 32 do livro Leis morais da vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 03.02.2011.

Companhia perturbadora

Nem sempre estamos bem acompanhados, e uma dessas companhias perturbadoras é a que nos faz infelizes ao perceber a felicidade do outro.
A inveja não está na simples constatação do triunfo alheio. Ela se apresenta quando essa constatação nos faz mal, produz em nós sentimentos negativos de revolta, de indignação.
Essa filha do orgulho instala-se em nossa alma e nos leva aos precipícios morais do ódio sem razão.
Muito mais fácil do que buscar nossa felicidade, nossas próprias conquistas é criticar, questionar, destruir a dos outros.
A inveja é preguiça moral, é acomodação do Espírito que ainda não está desperto e disposto a empreender a necessária luta pelo crescimento.
Ao invés de se empenhar na autovalorização, o paciente da inveja lamenta o triunfo alheio e não luta pelo seu. Apela, muitas vezes, para a intriga e a maledicência, fica no aguardo do insucesso do suposto adversário, perseguindo-o, buscando satisfazer seu prazer mórbido.
Egocêntrico, não saiu da infância psicológica e pretende ser o único centro da atenção, credor de todos os cultos e referências.
Insidiosa, a inveja é resultado da indisciplina mental e moral, que não considera a vida como patrimônio divino para todos.
Trabalha, por inveja, para competir, sobressair, destacar-se. Não tem ideal, nem respeito pelas pessoas e pelas suas árduas conquistas.
Esse sentir doentio descarrega correntes mentais prejudiciais dirigidas às suas vítimas, que somente as alcançam se estiverem em sintonia. Porém, os danos ocorrem em quem gera esse sentir, perturbando-lhe a atividade, o comportamento.
Assim, o invejoso sempre sairá perdendo. Não apenas não resolverá seu problema - se é que ele existe - como sempre aumentará sua frustração, sua infelicidade.
*   *   *
A terapia para a inveja consiste, inicialmente, na cuidadosa reflexão do eu profundo em torno da sua destinação grandiosa, no futuro.
Consiste em avaliar os recursos de que dispõe e considerar que a sua realidade é única, individual, não podendo ser medida nem comparada com outras em razão do processo da evolução de cada um.
O cultivo da alegria, pelo que é e dos recursos para alcançar novos patamares, enseja o despertar do amor a si mesmo, ao próximo e a Deus.
Esse despertar facultará à criatura a perfeita compreensão dos mecanismos da vida e as diferenças entre as pessoas, formando um todo holístico na grande unidade.
*   *   *
Fazei vossa felicidade e vosso verdadeiro tesouro sobre a Terra em obras de caridade e de submissão, as únicas que devem contribuir para serdes admitidos no seio de Deus.
Essas obras do bem farão vossa alegria e vossa felicidade eternas.
A inveja é uma das mais feias e das mais tristes misérias do vosso globo.
A caridade e a constante emissão da fé farão desaparecer todos esses males, à medida que os homens de boa vontade se multiplicarem.

Redação do Momento Espírita com base em texto da Revista Espírita, de Allan Kardec, de julho de 1858  e no cap. 5 da obra O ser consciente, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 02.03.2011

 Inveja

        Os homens são Espíritos destinados à Angelitude.

        Foram criados simples e ignorantes e gradualmente desenvolvem suas potencialidades e virtudes.

        Por muito tempo viveram os instintos em sua plenitude.

        Atualmente, deixam de forma paulatina a vida instintiva e pautam seu atuar pela razão.

        No lento processo evolutivo, alguns antigos vícios perdem sua força.

        Em seu lugar, algumas novas virtudes vicejam.

        É no trato com os semelhantes que o homem toma contato com sua realidade espiritual.

        Os embates do dia-a-dia tornam possível ao ser humano perceber suas fraquezas.

        Ciente delas pode dedicar-se ao seu combate.

        Uma das fissuras morais bastante comuns na Humanidade atual é a inveja.

        São Tomás de Aquino definiu esse vício como a tristeza que se tem em relação às coisas boas dos outros.

        O invejoso simplesmente se sente mal porque o próximo tem sucesso.

        Não há necessidade de que algo lhe falte.

        Ele apenas se considera diminuído com a grandeza alheia.

        Na realidade, por vezes se perdoa ao semelhante mais facilmente um erro do que um acerto.

        É mais fácil auxiliar quem cai do que suportar a vitória do outro.

        Ante a fome e a enfermidade, não tardam mãos que auxiliam.

        Os benfeitores, sob o prisma material, sempre ocupam lugar de realce.

        O auxílio aos miseráveis pode propiciar, de algum modo, a satisfação da vaidade.

        Bem mais difícil é ser feliz com a felicidade alheia.

        Perante alguém que vence na vida, a animosidade com freqüência torna-se acirrada.

        Não faltam fiscais e acusadores de alguém que sempre obtém algum sucesso.

        Muitas vezes ouvimos a respeito de quem enriquece: Deve estar roubando!

        Na escola, o aluno que obtém boas notas não raramente é objeto de maldosas observações.

        Ele ganha apelidos grosseiros e sofre comentários pouco generosos.

        ­Comenta-se que cola e que goza de favoritismos.

        A inveja está muito presente em nossa sociedade.

        A vontade de apontar os defeitos alheios é um indicativo desse vício em nós.

        Trata-se de uma fissura moral bastante freqüente e reveladora de grande mesquinharia.

        Prestemos atenção em nosso comportamento.

        Apliquemos firmemente a vontade em alijar de nosso íntimo esse triste defeito.

        Ser caridoso não é apenas amparar a miséria.

        Ser feliz com a felicidade alheia também é uma forma de caridade cristã.

        Valorizemos as conquistas e as virtudes dos outros.

        Somos todos companheiros na imensa jornada da vida.

        O clima psíquico da Terra é fruto da soma da vibração de todas as criaturas que nela habitam.

        Todos os homens têm a ganhar com a felicidade dos semelhantes.

        Quando alguém se eleva, com ele se ergue toda a Humanidade.

        Quando alguém cai, é prejuízo na economia moral do planeta.

        Alegremo-nos com as vitórias de nossos irmãos.

        Ao vencerem, eles não nos tiram nada.

        Muitas vezes dão preciosos exemplos, que podemos seguir.

        Sejamos solidários nas dificuldades do próximo.

        Mas participemos também, sinceramente, de seus júbilos.
Redação do Momento Espírita, com base no capítulo VII do livro Leis morais da vida, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Não tenha inveja dos ricos

        Quem nunca sonhou em ser milionário? Viver entre luxo e festas, divertimentos, viagens e alegria?

        Essa aspiração é universal e é comum a pessoas de todos os países e épocas.

        É que a maior parte da Humanidade fixa seus interesses apenas na vida material. Acreditamos mesmo que a boa condição financeira vai nos trazer a completa felicidade.

        É uma ilusão. Associamos o bem-estar a coisas que nos dão prazer ou satisfazem nossos sentidos: boa comida, conforto, pessoas que nos servem e atendem aos nossos mínimos desejos.

        Aos poucos passamos a acreditar que os ricos é que são felizes em suas vidas que nos parecem uma permanente festa.

        Quando passam em seus carros de luxo, elegantemente  vestidos, suspiramos ao contemplar a beleza das jóias e sequer imaginamos que algo possa estragar tal felicidade.

        Mas nos enganamos. As belas residências também abrigam gente que se entristece, que tem problemas, que está sujeita a doença, morte, traições, decepção.

        E quantas vezes os ricos carregam excessiva carga de dores que não vemos...

        Sim, pois o dinheiro tem o poder de trazer consigo falsas amizades, ambição, paixões e excessos.

        A riqueza tem um componente ainda mais grave. Não raro ela nos escraviza. Muros altos, cercas eletrificadas, guardas de segurança, cães e grades atestam o medo que deixa sitiadas as grandes fortunas.

        É o temor de ladrões, de seqüestradores, de gente que tentará enganar ou levar algum tipo de vantagem.

        E o que dizer do medo de que os amores e amizades sejam interesseiros? O que pensar das brutais disputas por heranças? São escravizações.

        O dinheiro tem, ainda, um estranho poder: o de fazer com que se gaste tanto quanto se ganha. E que sempre se queira muito mais do que se tem.

        É comum vermos as pessoas passarem horas a buscar os melhores investimentos, as aplicações mais rentáveis.

        Atormentam-se com as oscilações da Bolsa de Valores e acompanham trêmulos o comportamento do mercado. Escravos do dinheiro que deveria lhes trazer benefícios.

        Por isso, não tenha inveja dos ricos. Não queira ser mais um a ser dominado pelo dinheiro. Se tiver que admirar alguém, que seja aquele que consegue viver satisfeito com o que tem.

        Se tiver de imitar alguém, que seja o sábio Francisco de Assis, que sentiu a força escravizadora da fortuna e optou pela liberdade.

        Francisco pobre, feliz Francisco, que escolheu o amor em vez do dinheiro.
* * *
        A riqueza, sob qualquer aspecto considerada, é bênção que Deus concede ao homem para sua felicidade.

        Ao homem compete bem utilizá-la, multiplicando-a em dons de misericórdia e progresso a benefício do próximo.
Redação do Momento Espírita, com pensamento extraído do
verbete Riqueza, do livro Repositório de sabedoria,
pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, v.2, ed. Leal.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.
Em 19.05.2008
Tola inveja


A inveja é um sentimento inferior que se traduz pelo desejo da pessoa ser o que o outro é, ou possuir o que o outro detém.
É comum se invejarem as pessoas ricas, famosas, as que têm poder. Invejam-se  reis, artistas, empresários de sucesso.
O que não se analisa, nem se cogita é que a riqueza, a fama e postos de comando têm um preço.
Vendo as personagens que invejamos desfilarem nas páginas das revistas ricamente ilustradas, ou nas imagens televisivas, constatamos somente a parte boa, positiva.
As pessoas famosas, entretanto, não conseguem ter vida particular e nem realizar coisas simples, que desejariam.
Para saírem à rua, necessitam de esquemas de segurança, disfarces, horários próprios, uma série de cuidados.
Vivem em mansões ou palácios, mas não têm o direito de andar pelas ruas, olhando vitrines, descontraídas.
Não podem sentar num banco de jardim público, comer pipocas e ficar olhando o ir e vir das pessoas, numa tarde de sol morno.
Viajam em jatos particulares, têm uma agenda disputada, compromissos infindáveis e não conseguem um minuto de paz. Onde quer que estejam, fotógrafos, repórteres se encontram à espreita para fotografar, criticar, mostrar ao público.
Frequentam lugares sofisticados e caros, onde se sentem sempre como se estivessem em uma vitrine, observadas por todos.
Quando não, perseguidas por uma legião de fãs que tudo querem ver, saber, conhecer, disputar.
Se adoecem, não têm direito à privacidade. Detalhes dos exames realizados, do diagnóstico, tudo é do interesse do público.
Dramas familiares, que desejariam ficassem guardados entre as paredes do lar, logo se tornam de domínio público. Já pensamos como se sentiram aqueles que, porventura, tiveram apresentados a público a filha que se envolveu com drogas, ou o filho que se prostituiu?
Nos momentos de luto e dor, nem podem expressar toda a sua verdadeira dor, porque as câmeras de TV os estão focalizando, os microfones estão a postos para tudo registrar, captar.
Talvez prezassem ficar em silêncio e a sós, velando o corpo do afeto que partiu. Contudo, não lhes é permitido. Elas não se pertencem. A sua vida é do interesse da sociedade. Todos querem ver, falar, opinar, tocar.
Antes de invejarmos a vida do outro, o cargo, o poder, a riqueza, pensemos se teríamos condições de suportar e pagar o preço que é exigido.
Porque a fama, a riqueza, o poder não são meras circunstâncias na vida. São provações ou expiações para o Espírito reencarnado. Tanto quanto o anonimato, a pobreza, a subalternidade.
Todas são etapas de crescimento e de progresso e cada um, onde esteja, delas se deve utilizar com sabedoria, extraindo toda a experiência que oferecem.
*   *   *
Cada um de nós está colocado no lugar exato. Ninguém que esteja recebendo o que não merece.
Enquanto nos colocamos na posição de invejosos, sonhando e desejando ardentemente o que os outros usufruem, nos esquecemos de valorizar o que possuímos e o que somos.
Esquecemo-nos das bênçãos da família que nos sustenta afetivamente, do emprego que nos permite aprendizado e nos garante o salário da honra.
Esquecemos do amor de Deus que, todos os dias, posiciona o sol, dispõe a chuva, alimenta os campos e reproduz os grãos.
Amor divino que se estende para todos, ricos e pobres, famosos e anônimos, poderosos ou subalternos.
Redação do Momento Espírita com base em conferência de Raul Teixeira,
proferida em  22.08.1999, no IV Simpósio Paranaense de Espiritismo,
 em Curitiba, Paraná.
Em 23.01.2009

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