Estudando o Espiritismo

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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Esquecimento do passado

Esquecimento do passado

3
NOV
Esquecimento do Passado



Em seu texto sobre lembranças passadas, WW diz :



“Lembranças passadas”

 “E, para terminar esse assunto, imagine duas pessoas, inimigas mortais, sentadas uma ao lado da outra num cinema, escuro. Uma não reconhece a outra. Então, comentam o filme amistosamente. Mas, quando a luz se acende, elas se reconhecem, e fazem o quê? Puxam as armas e partem pra briga! Ou seja, uma “reconciliação” aparente, realizada quando uma não reconhecia a outra, nenhuma validade tem. E seria exatamente o mesmo que ocorreria se as pessoas se reencarnassem em “famílias inimigas”: não teria validade REAL nenhuma, para reconciliação.Afinal, reconciliar DE QUÊ, se não se lembram?”



Deus nos coloca na mesma família, para “apararmos as arestas”, que sobraram de outras existências. Geralmente, conseguimos fazer isto, através do amor.



Mas, em algumas vezes, isto não acontece, ocorrendo muitas desavenças entre os familiares. Estes, terão que voltar  numa nova encarnação e recomeçar.





Em O Livro dos Espíritos – Parte 2ª – Cap. VII – Da Volta do Espírito à Vida Corporal, os Espíritos explicam porque, normalmente,esquecemos as vidas passadas.





Esquecimento do passado



392 Por que o Espírito encarnado perde a lembrança de seu passado?

– O homem não pode nem deve saber tudo. Deus em Sua sabedoria quer assim.

Sem o véu que lhe encobre certas coisas, o homem ficaria deslumbrado, como aquele que passa sem transição do escuro para a luz.

O esquecimento do passado o faz sentir-se mais senhor de si.



393 Como o homem pode ser responsável por atos e reparar faltas das quais não tem consciência?

Como pode aproveitar a experiência adquirida em existências caídas no esquecimento?

Poderia se conceber que as adversidades da vida fossem para ele uma lição ao se lembrar do que as originou; mas, a partir do momento que não se lembra, cada existência é para ele como a primeira e está, assim, sempre recomeçando. Como conciliar isso com a justiça de Deus?



– A cada nova existência o homem tem mais inteligência e pode melhor distinguir o bem do mal.

Onde estaria o mérito, ao se lembrar de todo o passado?

Quando o Espírito volta à sua vida primitiva (a vida espírita), toda sua vida passada se desenrola diante dele;

vê as faltas que cometeu e que são a causa de seu sofrimento e o que poderia impedi-lo de cometê-las.



Compreende que a posição que lhe foi dada foi justa e procura então uma nova existência em que poderia reparar aquela que acabou.

Escolhe provas parecidas com as que passou ou as lutas que acredita serem úteis para o seu adiantamento, e pede a Espíritos Superiores para ajudá-lo nessa nova tarefa que empreende, porque sabe que o Espírito que lhe será dado por guia nessa nova existência procurará fazê-lo reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das que cometeu.



Essa mesma intuição é o pensamento, o desejo maldoso que freqüentemente vos aparece e ao qual resistis instintivamente, atribuindo a maior parte das vezes essa resistência aos princípios recebidos de vossos pais, enquanto é a voz da consciência que vos fala.

Essa voz é a lembrança do passado, que vos adverte para não recair nas faltas que já cometestes.

O Espírito, ao entrar nessa nova existência, se suporta essas provas com coragem e resiste, eleva-se e sobe na hierarquia dos Espíritos, quando volta para o meio deles.



☼ Se não temos, durante a vida corporal, uma lembrança precisa do que fomos e do que fizemos de bem ou mal em existências anteriores, temos a intuição disso, e nossas tendências instintivas são uma lembrança do nosso passado, às quais nossa consciência, que é o desejo que concebemos de não mais cometer as mesmas faltas, nos adverte para resistir.



395 Podemos ter algumas revelações de nossas existências anteriores?

– Nem sempre. Muitos sabem, entretanto, o que foram e o que fizeram;

se fosse permitido dizer abertamente, fariam singulares revelações sobre o passado.



396 Certas pessoas acreditam ter uma vaga lembrança de um passado desconhecido que se apresenta a elas como a imagem passageira de um sonho, que se procura, em vão, reter. Essa idéia é apenas ilusão?

– Algumas vezes é real; mas muitas vezes é também ilusão contra a qual é preciso ficar atento, porque pode ser o efeito de uma imaginação super-excitada.



397 Nas existências de natureza mais elevadas que a nossa, a lembrança das existências anteriores é mais precisa?

– Sim; à medida que o corpo se torna menos material, as lembranças se revelam com mais exatidão.

A lembrança do passado é mais clara para os que habitam mundos de uma ordem superior.



398 Pelo estudo de suas tendências instintivas, que são uma recordação do passado, o homem pode conhecer os erros que cometeu?

– Sem dúvida, até certo ponto; mas é preciso se dar conta da melhora que pôde se operar no Espírito e as resoluções que ele tomou na vida espiritual.

A existência atual pode ser bem melhor que a precedente.



398 a Ela pode ser pior? Ou seja, o homem pode cometer numa existência faltas que não cometeu em existências precedentes?

– Isso depende de seu adiantamento; se não resistir às provas, pode ser levado a novas faltas, que são conseqüência da posição que escolheu. Mas, em geral, essas faltas mostram antes um estado estacionário do que retrógrado,

porque o Espírito pode avançar ou estacionar, mas nunca retroceder.



399 Os acontecimentos da vida corporal são, ao mesmo tempo, uma expiação pelas faltas passadas e provas que visam ao futuro. Pode-se dizer que da natureza dessas situações se possa deduzir o gênero da existência anterior?

– Muito freqüentemente, uma vez que cada um é punido pelos erros que cometeu;

entretanto, não deve ser isso uma regra absoluta.

As tendências instintivas são a melhor indicação, visto que as provas pelas quais o Espírito passa se referem tanto ao futuro quanto ao passado.



Mateus 16 : 27 - Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras.



Romanos 14 : 12 – Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.



II Coríntios 5 : 10 – Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.



☼ Alcançado o fim marcado pela Providência para sua vida na espiritualidade, o próprio Espírito escolhe as provas às quais quer se submeter para acelerar seu adiantamento, ou seja, o gênero de existência que acredita ser o mais apropriado para lhe fornecer esses meios e cujas provas estão sempre em relação com as faltas que deve expiar.

Se triunfa, se eleva; se fracassa, deve recomeçar.



O Espírito sempre desfruta de seu livre-arbítrio.

É em virtude dessa liberdade que escolhe as provas da vida corporal.

Uma vez encarnado, delibera o que fará ou não e escolhe entre o bem e o mal.

Negar ao homem o livre-arbítrio seria reduzi-lo à condição de uma máquina.



Ao entrar na vida corporal, o Espírito perde, momentaneamente, a lembrança de suas existências anteriores, como se um véu as ocultasse;

entretanto, às vezes, tem uma vaga consciência disso e elas podem até mesmo lhe ser reveladas em algumas circunstâncias.

Mas é apenas pela vontade dos Espíritos Superiores que o fazem espontaneamente, com um objetivo útil e nunca para satisfazer uma curiosidade vã.



As existências futuras não podem ser reveladas em nenhum caso, porque dependem da maneira que se cumpra a existência atual e da escolha que o Espírito virá a fazer.



O esquecimento das faltas cometidas não é um obstáculo ao melhoramento do Espírito porque, se não tem uma lembrança precisa disso, o conhecimento que teve delas quando estava na espiritualidade e o compromisso que assumiu para repará-las o guiam pela intuição e lhe dão o pensamento de resistir ao mal;

esse pensamento é a voz da consciência, sendo auxiliado pelos Espíritos Superiores que o assistem, se escuta as boas inspirações que sugerem.



Se o homem não conhece os atos que cometeu em suas existências anteriores, pode sempre saber de que faltas tornou-se culpado e qual era seu caráter dominante.

Basta estudar a si mesmo e julgar o que foi não pelo que é, mas por suas tendências.



As contrariedades e os reveses da vida corporal são, ao mesmo tempo, uma expiação pelas faltas passadas e provas para o futuro.

Elas nos purificam e elevam, se as suportamos com resignação e sem reclamar.



A natureza dessas alternâncias da vida e das provas que suportamos pode também nos esclarecer sobre o que fomos e o que fizemos, como aqui na Terra julgamos os atos de um culpado pelo castigo que a lei lhe impõe.



Assim, o orgulhoso será castigado em seu orgulho pela humilhação de uma existência subalterna;

o mau rico e o avaro, pela miséria;

aquele que foi duro para com os outros sofrerá, por sua vez, durezas;

o tirano, escravidão;

o mau filho, pela ingratidão de seus filhos;

o preguiçoso, por um trabalho forçado, etc.





O Evangelho segundo o Espiritismo – Cap. V – Bem- aventurados os aflitos – item 11 - Esquecimento do Passado, também nos traz ensinamentos sobre este assunto.



Esquecimento do passado



11. Em vão se objeta que o esquecimento constitui obstáculo a que se possa aproveitar da experiência de vidas anteriores.

Havendo Deus entendido de lançar um véu sobre o passado, é que há nisso vantagem.

Com efeito, a lembrança traria gravíssimos inconvenientes.



Poderia, em certos casos, humilhar-nos singularmente, ou, então, exaltar-nos o orgulho e, assim, entravar o nosso livre-arbítrio.

Em todas as circunstâncias, acarretaria inevitável perturbação nas relações sociais.



Freqüentemente, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes haja feito.



Se reconhecesse nelas as a quem odiara, quiçá o ódio se lhe despertaria outra vez no íntimo. De todo modo, ele se sentiria humilhado em presença daquelas a quem houvesse ofendido.



Para nos melhorarmos, outorgou-nos Deus, precisamente, o de que necessitamos e nos basta: a voz da consciência e as tendências instintivas. Priva-nos do que nos seria prejudicial.



Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu, nasce qual se fez; em cada existência, tem um novo ponto de partida.

Pouco lhe importa saber o que foi antes: se se vê punido, é que praticou o mal.



Suas atuais tendências más indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio e é nisso que deve concentrar-se toda a sua atenção, porquanto, daquilo de que se haja corrigido completamente, nenhum traço mais conservará.



As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, advertindo-o do que é bem e do que é mal e dando-lhe forças para resistir às tentações.



Aliás, o esquecimento ocorre apenas durante a vida corpórea.

Volvendo à vida espiritual, readquire o Espírito a lembrança do passado;

nada mais há, portanto, do que uma interrupção temporária, semelhante à que se dá na vida terrestre durante o sono, a qual não obsta a que, no dia seguinte, nos recordemos do que tenhamos feito na véspera e nos dias precedentes.



E não é somente após a morte que o Espírito recobra a lembrança do passado. Pode dizer-se que jamais a perde, pois que, como a experiência o demonstra, mesmo encarnado, adormecido o corpo, ocasião em que goza de certa liberdade, o Espírito tem consciência de seus atos anteriores;

sabe por que sofre e que sofre com justiça.



A lembrança unicamente se apaga no curso da vida exterior, da vida de relação.

Mas, na falta de uma recordação exata, que lhe poderia ser penosa e prejudicá-lo nas suas relações sociais, forças novas haure ele nesses instantes de emancipação da alma, se os sabe aproveitar.



No livro  Evangelho no Lar para crianças de 8 a 80 anos – do Espírito Meimei – psicografado por Miltes Carvalho Bonna – ed. Petit – cap. 27, Meimei nos traz uma boa explanação sobre o assunto :



Esquecimento do passado é a medida salutar !



“Se Deus julgou conveniente lançar um véu sobre o passado, é porque isso deve ser útil.” (O Evangelho segundo o Espiritismo – Cap. 5 , item 11).



DEUS DÁ ao espírito encarnado a voz da consciência e as tendências instintivas.



Com a voz da consciência em ação, o homem alerta-se com todos os percalços que encontrará na escolha deste ou daquele caminho. Do mesmo modo, ele traz gravadas as tendências instintivas, que o levam a tomar determinadas decisões.



A encarnação é um ponto de partida para o espírito iniciar uma jornada de esforço e trabalho para sua redenção.



O esquecimento do passado nos capacita a iniciar nossa trajetória terrena sem mágoas ou dissensões, possibilitando-nos partir para a formação de um clima emocional novo.



Encontraremos, nos companheiros, os afins e os não-afins do passado. O esquecimento da vida anterior possibilita a aproximação da vítima do algoz, sem que haja a lembrança das más ações cometidas por ambos.



“O esquecimento só existe durante a vida corpórea”. Ao retornar ao mundo espiritual, lentamente o espírito vai assenhorando-se dos fatos anteriormente vividos, à medida que isso venha a beneficiar-lhe o crescimento espiritual, ao analisar o porquê das aflições terrenas.



Também no estado de afastamento do corpo físico durante o sono, pode-se, nessa interrupção momentânea da vida corpórea, reviver fatos de encarnações anteriores, os quais serão tomados como sonhos.





Como foi visto antes, algumas pessoas ( principalmente, crianças) se recordam de vidas passadas. Entre vários vídeos da Internet, escolhi estes dois.



Aqui estão dois vídeos sobre Reencarnação.



http://www.youtube.com/watch?v=W88qROTklHo&feature=related



http://www.youtube.com/watch?v=_1843VxTLjo



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