Estudando o Espiritismo

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sábado, 19 de julho de 2014

O reino de Deus

O reino de Deus

Você sabe o que quer dizer reino dos Céus? Ou reino de Deus?

Ao longo dos séculos, o conceito a propósito do reino de Deus ou reino dos Céus tem se modificado.

Antes de Cristo e até pouco tempo, algumas religiões prometiam aos seus fiéis um local bem alto, acima das nossas cabeças, destinado a ser a morada da alma depois desta vida. Ali a alma ficaria em contemplação, sem trabalho, estagnada.

Durante algum tempo se acreditou na existência de vários céus, uns sobre os outros, à semelhança de um edifício de apartamentos.

Segundo a opinião mais comum, havia sete céus. Por isso mesmo é que ainda hoje se ouve a expressão estar no sétimo céu, querendo expressar a mais pura alegria. A felicidade suprema.

Os muçulmanos acreditam na existência de nove céus. Em cada um deles os crentes têm a sua felicidade aumentada.

O astrônomo Ptolomeu contava onze céus. O último era o lugar da glória eterna e se chamava Empireu.

Jesus veio dar um novo conceito para o reino dos Céus. Ele disse: O reino dos céus não está aqui, nem ali, nem acolá, porque já está entre vós.

Comparou esse reino a um tesouro escondido num campo, a uma pérola de grande valor, ao grão de mostarda que se fez grande árvore e que aninhou em seus galhos as aves.

O grão de mostarda que um homem plantou representa a necessidade de cada um de nós de cultivar a decisão da reforma interior. Renovação íntima.

A pérola de grande valor ou o tesouro escondido simbolizam o interesse que devemos ter para nosso aprimoramento.

Aprimoramento que se faz devagar, lento, mas que deve ser preciso. O que equivale a dizer que cada dia devemos nos examinar e ir trabalhando uma virtude, até conseguir adquiri-la.

Uma boa tática é estabelecer um tempo para alcançar o que pretendemos. Por exemplo, num exame de consciência, descobrimos que não possuímos a virtude da paciência. Somos muito irritados, impacientes. Então estipulamos um tempo para trabalhar esta virtude. Uns seis meses, digamos.

Durante este tempo, todos os momentos em que estivermos a ponto de explodir, estourar, gritar, faremos o exercício da pausa, da reflexão, do silêncio.

Com certeza, mesmo assim, muitas vezes iremos estourar. Explodir. Mas não se deve desistir.

Após os seis meses, faremos um novo exame para descobrir se melhoramos e quanto. O quanto de paciência já conquistamos.

Aí nos daremos novo prazo e assim, pouco a pouco, iremos trabalhando a nossa intimidade.

Quando acreditarmos que estamos melhorando em um ponto, começaremos a burilar outro. Até chegarmos à tão falada e esperada renovação íntima.

O importante é fazer dia por dia a construção da nossa nova personalidade, do homem novo. Ir pedra por pedra construindo o edifício do mundo novo em nós.

Importante não é realizar coisas grandiosas. Importante é fazer pequenas coisas, todos os dias, e muito bem feitas.

Se pensarmos assim e nos esmerarmos, logo, logo o reino dos Céus, que não vem com aparências exteriores, se fará em nossos corações.

Exatamente como disse Jesus: O reino de Deus está dentro de vós.

Cabe-nos despertá-lo e permitir que cresça em nós.

*   *   *

Você sabia que Jesus comparou o reino dos Céus ao fermento que uma mulher, tomando-o, escondeu em três porções de farinha, até que tudo levedou?

No Evangelho de Lucas é que encontramos tal comparação.

E você sabia que o fermento representa a Doutrina que Jesus nos deixou, o Cristianismo?

Em três milênios deve produzir seus frutos.

A Humanidade já viveu os dois primeiros milênios. O terceiro será decisivo. Nele, a Doutrina de Jesus deverá atingir a sua plenitude.

Pensemos nisso e façamos a nossa parte.



Redação do Momento Espírita, com base no cap. A parábola do reino dos Céus, do livro As maravilhosas parábolas de Jesus, de Paulo Alves Godoy, ed. Feesp.

Em 03.01.2012.

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