Estudando o Espiritismo

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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Flagelos destruidores

Flagelos destruidores

Emigração e Imigração dos Espíritos
No intervalo de suas existências corporais, os Espíritos estão no estado de erraticidade, e compõem população espiritual ambiente do globo. Pelas mortes e nascimentos essas duas populações se permutam incessantemente; operam-se, pois, incessantemente, emigrações do mundo corpóreo para o mundo espiritual, e imigrações do mundo espiritual para o mundo corporal: este é o estado normal.
Em certas épocas, reguladas pela sabedoria divina, essas emigrações e imigrações se operam em massas mais ou menos consideráveis, como resultado das grandes revoluções que fazem partir ao mesmo tempo, quantidades inumeráveis, as quais são logo substituídas por quantidades equivalentes de encarnações.
Portanto, é preciso considerar os flagelos destruidores e os cataclismos como ocasiões de chegadas e partidas coletivas, meios providenciais de renovar a população corporal do globo, de a retemperar mediante a introdução de novos elementos espirituais mais purificados. Se, nessas catástrofes, há destruição de um grande número de corpos, ali não há senão vestes dilaceradas, porém nenhum Espírito perece: nada fazem senão mudar de ambiente; em lugar de partir isoladamente, partem em quantidades - eis toda a diferença - pois, quanto a partir por uma causa, ou por outra, para eles não muda a fatalidade de que mais cedo ou mais tarde deverão partir.
As renovações rápidas e quase instantâneas que se operam no elemento espiritual da população, como conseqüência dos flagelos destruidores, aceleram o progresso social; sem as imigrações e emigrações que ocorrem de tempos a tempos viessem dar-lhe um violento impulso, progrediria com extrema lentidão.
É notável que todas as grandes calamidades que dizimam as populações, são hoje seguidas de uma era de progresso na ordem física, intelectual e moral, e por conseguinte, no estado social dos que vivem naquele determinado povo onde se realizam. É que tiveram por finalidade operar um remanejamento na população espiritual, que é a população normal e ativa do globo.
Essa transfusão que se opera entre a população encarnada e a população desencarnada de um mesmo globo opera-se igualmente entre os mundos, seja individualmente nas condições normais, seja por massas em circunstâncias especiais. Há, pois, emigrações e imigrações coletivas, de um mundo para outro. Delas resulta a introdução, na população de um globo, de elementos inteiramente novos; novas raças de Espíritos, que vêm se misturar às raças existentes, constituem novas raças de homens. Ora, como os Espíritos não perdem jamais o que adquiriram, trazem com eles a inteligência e a intuição dos conhecimentos que possuem; por conseguinte, imprimem seu caráter à raça corporal que vieram animar. Para isso, não têm necessidade de que novos corpos sejam criados especialmente para seu uso; desde que a espécie corporal existe, encontram-nos prontos a recebê-los. São, pois, simplesmente, novos habitantes; chegando sobre a Terra, a princípio fazem parte de sua população espiritual, e depois encarnam-se como os demais.
Fonte: ALLAN KARDEC, A Gênese, Cap. XI: A Gênese Espiritual, itens 35-37

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