Estudando o Espiritismo

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quinta-feira, 24 de abril de 2014

A reencarnação segundo o Evangelho - Boberg


“O que é nascido na carne é carne e o que é nascido do Espírito é espírito”. (João, 3:6)

A Reencarnação, como vimos, é combatida pelas religiões dogmáticas, com críticas sem fundamento, com argumentos que não resistem a uma análise mais profunda embasada na razão e no bom senso, que se enquadre na justiça de Deus. Jesus não utilizou a palavra reencarnação nos seus ensinamentos, mas o conceito em si era do conhecimento de seus discípulos. Vamos trazer algumas citações dos Evangelhos, que nos sugerem reencarnação:

Jesus interroga os discípulos

Jesus questiona os discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem? Responderam-lhe: Uns dizem: João Batista; outros, Elias; e outros Jeremias, ou um dos profetas”. Pela resposta dada pelos discípulos, excetuando João Batista (que era contemporâneo de Jesus), percebe-se que eles, ao tentar identificar Jesus com alguns dos profetas do passado, vinculados à vida religiosa do povo hebreu, referiam-se a que uma das pessoas citadas poderia ter reencarnado na pessoa de Jesus.

Sacerdotes e levitas interrogam João Batista

“Perguntaram-lhe: então, quem és? És tu Elias?” (...).
Como os sacerdotes e levitas poderiam perguntar a João Batista, se ele era Elias? Só tendo familiaridade com a reencarnação, pois pensavam que Elias poderia ter voltado no corpo de João Batista, já que havia previsão de sua volta.

Passagem sobre o cego de nascença

Quando Jesus ia passando, viu um homem, cego de nascença. “Os discípulos perguntaram: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais, mais isto aconteceu para que se manifestasse nele as obras de Deus”. Naturalmente, perguntando quem pecou para que ele nascesse cego, está claro que eles estavam relacionando o sofrimento atual do corpo, com os atos cometidos em vida passada.

Elias, a reencarnação de João Batista

(Após a transfiguração) . E os discípulos lhe perguntaram dizendo: Pois por que dizem os escribas que importa vir Elias primeiro? Mas ele, respondendo, lhes disse: “Elias certamente há de vir, e restabelecerá todas as coisas; digo-vos, porém que Elias já veio e eles não o conheceram, antes fizeram dele quanto quiseram. Então os discípulos compreenderam  que de João Batista é que ele lhes falará”. Ai está, com todas as letras, que João Batista foi a encarnação de Elias.

Veja agora a interpretação dogmática e literal do texto acima feita por um pastor evangélico:

“Se a reencarnação é um corpo com o espírito de outro que já morreu, João não podia ser reencarnação de Elias; pois Elias, segundo o texto bíblico, não morreu: foi tomado vivo e ‘subiu ao céu num redemoinho”. Para admitir sua reencarnação, teríamos que afirmar o inaceitável, que Elias, após subir vivo ao céu, sem passar pela morte na Terra, tenha morrido no céu, para se reencarnar em João”.
Dá pra aceitar um imbróglio desde, pautado numa interpretação ilógica, que não passa pelo crivo da ciência e da razão: subir em corpo e alma para o céu!
Ë a fé mística, sem qualquer suporte científico. Aceite-se se quiser!

Célebre diálogo de Jesus com Nicodemos


(...) Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo, que aquele que não nascer da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, mas o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te maravilhes de eu te dizer: Necessário é vos nascer de novo”. (João, 3:5-7).

A palavra do Mestre, neste diálogo com Nicodemos, sugere-nos, claramente, o entendimento de que está falando de reencarnação, mas como o nascer de novo pela reencarnação, tem por objetivo a evolução da alma em atendimento à lei do progresso, podemos ainda, por extensão, dizer que durante as varias existências reencarnatórias o Espírito tem que nascer de novo (renovar), em todas as oportunidades da vida para desenvolver o Reino de Deus.
Vários foram os personagens da história bíblica, que ao reencarnarem, naquela época, com determinada missão, nasceram de novo, isto é, transformaram radicalmente suas vidas, de tal sorte que tiveram um novo nascimento, pois passaram a agir de forma totalmente diversa daquela, que então, possuíam, como o caso de Paulo de Tarso, Maria de Magdala, Zaqueu etc...
Na parte do diálogo em que Jesus disse: “O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito”, interpreta-se com suficiente clareza a idéia do nascer de novo na carne, ou seja, reencarnar. O nascimento na carne é um fenômeno biológico, semelhante ao que ocorre nos animais e o nascimento do Espírito é um fenômeno próprio dos seres humanos e ocorre pela reencarnação.
Saliente-se, porém, que o Espírito tem sua gênese no principio espiritual, fazendo, a partir daí, toda uma trajetória evolucionista através dos reinos inferiores da natureza, até atingir o estado hominal, onde passa a ocupar sucessivamente vários corpos humanos com objetivo de progredir ética, moral e intelectualmente. Isto é realizar em si o Reino de Deus.
A reencarnação é uma lei universal. Disse um filósofo que se não existisse, precisaria inventá-la, pois sem ela, no dizer de Emmanuel “a existência terrena representaria um turbilhão de desordem e injustiça; à luz de seus esclarecimentos, entendemos todos os fenômenos dolorosos do caminho”.
Deus é misericórdia e quer que todos os seus filhos alcancem, o Reino de Deus – a regência do nosso mundo interior pelas leis divinas – por isso sua correção é sempre pautada no amor. Ao invés de pena eterna, sem remissão, apregoada pelos defensores da unicidade da existência, permite que os infratores de suas leis reencarnem em nova roupagem e retornem ao palco da existência terrena e se reconciliem uns com os outros.

Livro = Nascer de novo...Para ser feliz,  José Lázaro Boberg.
Citações: Mateus, 16:13-14
João, 1:21.
Mateus, 17:10-13.
2 Reis, 2:11
Xavier, Francisco C. Caminho, Verdade E vida, p. 235.


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