Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

PREOCUPAÇÃO II - LIVRO: AS DORES DA ALMA (HAMMED)

PREOCUPAÇÃO II - LIVRO: AS DORES DA ALMA (HAMMED)



Nossa percepção, hoje, nos esclarece sobre os fatos do ontem, talvez sobre acontecimentos da semana passada ou, possivelmente, sobre eventos quase esquecidos de anos passados.

Tudo ocorre dentro de um perfeito sincronismo tempo/aprendizado. Não adianta nos preocuparmos com o nosso processo de aprendizado nem com o dos outros, pois, se alguém não está conseguindo caminhar convenientemente agora, é porque lhe falta algo a fazer, ou mesmo, coisas a aprender. No universo, tudo obedece a um ritmo natural; as raízes de nossa evolução corporal/espiritual estão arraigadas nas íntimas relações com a natureza. Em nível mais profundo, somos parte da natureza.

Vivenciamos conscientemente, a todos os instantes, os ciclos da natureza com nossas emoções e sentimentos. Experimentamos desânimo e abatimento no transcurso de um longo período de estiagem; porém, quando a chuva cai, a nossa sensação é de alegria e prazer; ou, durante as tempestades, nossas impressões oscilam desde a apreensão até o medo. Sentimos a alma leve e feliz com o surgimento do sol, nos dias calmos e iluminados.

Há um tempo para tudo. Em verdade, os ritmos que nos governam são inerentes à vida. Também nós, os espíritos domiciliados ou não na Terra física, identificamos nossos ritmos internos através das sensações da dor e do prazer que experimentamos, a fim de avaliarmos o "grau de acerto" de nossos atos e decisões.

Dia e noite, primavera e inverno, amanhecer e entardecer são fases da natureza, atuando diretamente nos ritmos de nossas ocupações e procedimentos do cotidiano.

Em verdade, a nossa identificação com a Vida Maior se plenifica, quando harmonizamos nossos ritmos internos com os ritmos externos da natureza.

Propõe o professor Rivail aos Nobres Emissários: "Os seres que habitam cada mundo hão todos alcançado o mesmo nível de perfeição? E os Espíritos respondem à questão com sabedoria: "Não; dá-se em cada um o que ocorre na Terra: uns Espíritos são mais adiantados do que outros".

Os ritmos interiores dos indivíduos se prendem ao nível evolucional/espiritual de cada um, e toda a vida no Universo está dentro de uma ordem perfeita. Tanto os astros da abóbada celeste como os seres microscópicos do nosso planeta, todos são regidos por um Divina Ordem, que mantém trajetórias e órbitas perfeitamente alinhadas, como também os ritmos e os propósitos coerentes com o grau de necessidade e progresso das pessoas e das criações.

Embora os ritmos biológicos de uma pessoa difiram completamente dos ritmos de outros seres, podemos encontrar ritmos orgânicos semelhantes em membros de uma mesma espécie.

A ação de inspirar resulta com exata precisão em seu reverso, a ação de expirar. Esta sucessão ou alternância produz um ritmo. Quando suprimimos um deles, o outro também desaparecerá, pois se submetem mutuamente. Por que aquilo que nos parece tão evidente na respiração nos passa despercebido, ou mesmo sem análise alguma, nos outros campos do conhecimento humano?

Os pulmões sustentam a vida orgânica descarregando periodicamente bióxido de carbono e absorvendo oxigênio, que é levado pelo sangue, vitalizando as células, invariavelmente  As atividades celulares nos tecidos permanecem num constante estado de multiplicação, e a respiração é contínua e compassada.

Certos ritmos que nos dirigem são considerados como qualidades inerentes à vida e não podem ser impostos pela exterioridade.

O músculo cardíaco apresenta ritmo espontâneo. As batidas do coração dispõem de seus próprios marcapassos. Na aurícula direita, um minúsculo nódulo, conhecido como "sinus", à feição de um timoneiro numa antiga embarcação romana, possui uma tarefa gigante: marca o ritmo das batidas no "barco da vida". As células nervosas do cérebro detonam frequentes impulsos que, por sua vez, repercutem na ritmicidade das ondas cerebrais, que podem ser registradas pelo eletroencefalograma.

Em todo reino vegetal e animal, a função sexual é um fenômeno periódico, desde a polinização das plantas até o ciclo menstrual das mulheres, que é o resultado direto do aumento e diminuição dos hormônios num ritmo mais ou menos mensal.

Se pudéssemos observar o interior de alguém que está correndo, veríamos, com certa regularidade, a contratação de grupos alternados de músculos. Os chamados "flexores" se contraem, fazendo dobrar as articulações; os "extensores" se estendem, fazendo endireitar as articulações.

Toda vida em nós e fora de nós está em constante ritmicidade. Por que, então, desrespeitar os mecanismos de que se utilizam as leis divinas na evolução? Por que nos afligirmos e tentarmos mudar o imutável?

Como é importante caminhar, passo após passo, acompanhando nosso próprio "compasso existencial" e percebendo a hora propícia de mudança!

O dia de hoje nos fornecerá exatamente as oportunidades de que precisamos para compor com estrofes e versos harmônicos o "poema de nossa vida", cuja métrica foi antecipadamente determinada por nós no ontem. Nossas experiências da vida não acontecem por acaso. A Providência Divina nada faz sem um desígnio proveitoso; tudo tem sua razão de ser. Não é preciso desespero, nem preocupação; tudo acontece como tem que acontecer.

Hammed - As dores da alma

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