Estudando o Espiritismo

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sábado, 3 de agosto de 2013

Livre-arbítrio e Lei de Liberdade

Livre-arbítrio e Lei de Liberdade

Livre-arbítrio

Atingido o patamar evolutivo, que permite ao Espírito integrar-se ao reino humano, conquista ele a faculdade do livre-arbítrio, ou seja, passa a ter a liberdade de escolha, e torna-se, a partir de então, artífice do seu próprio destino.

Como conseqüência natural do poder escolher, temos a responsabilidade pela escolha como característica básica deste momento evolutivo. Por isso, essa faculdade só pode ser conquistada pelo ser pensante no momento em que ele se acha maduro para tal.

O livre-arbítrio é sempre proporcional à condição evolutiva do ser. Nos primeiros momentos de humanidade, o Espírito quase não o tem. Está mais sujeito ao determinismo, porque não tem conhecimento nem experiência para avaliar melhor sua escolha. É como aquela criança a quem não permitimos realizar determinadas ações, por ela não conhecer ainda os perigos que corre.

Nesta fase, o Criador, em sua infinita misericórdia, permite que Espíritos mais elevados tracem-lhe o caminho a seguir, como forma de suprir-lhe a falta de experiência.

O Espírito de média evolução tem menos restrita esta faculdade. É como o jovem, que após passar pela disciplina necessária do momento infantil, tem mais possibilidades de decisão.

O Espírito evoluído é como o homem maduro em que as provações e os corretivos já formaram sua personalidade, e como conseqüência sua liberdade é maior.

Um dia, no curso dos milênios, o nosso livre-arbítrio se harmonizará plenamente com a verdade total, com as deliberações superiores. Nesse dia saberemos executar, com fidelidade, o pensamento do Cristo, Mestre e Senhor Nosso.

E aí repetiremos com Ele:

“A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar sua obra.” (João, 4: 34)

Lei de Liberdade

A liberdade é condição básica para que o Espírito se realize. Deus o criou de tal forma que, por natureza, ele busque sempre se libertar, mesmo que de forma inconsciente.

Essa liberdade, porém, não é absoluta, porque a necessidade que tem ele de viver em sociedade, o condiciona a respeitar determinadas normas, porque este direito é dado também a cada um de seus semelhantes.

Com isto não queremos dizer que há a necessidade de uma pessoa se sujeitar à outra por completo, isto seria contrário à lei de Deus.

A escravidão, tenha ela qualquer codinome, é e sempre foi amoral, por isso a necessidade do entendimento da verdade cristã: E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará, para que não escravizemos ninguém e nem sejamos escravos de nossas próprias imperfeições.

Muitas vezes a desigualdade das aptidões tem sido desculpa para o domínio dos fracos, isto porque esquecemos a Caridade Cristã, que nos define como dever, auxiliar o nosso semelhante naquilo que temos possibilidade, conforme sua necessidade.

São os Espíritos quem dizem:

É contrária à lei de Deus toda sujeição absoluta de um homem a outro homem (...)

Portanto temos que a liberdade legítima, decorre da legítima responsabilidade, não podendo triunfar sem esta.

Liberdade de Pensar -Só no pensamento, goza o homem de total liberdade.

A espontaneidade e a criatividade, como fatores espirituais que são, devem sempre estar presentes no pensamento da criatura. É por aí que o Espírito se identifica, evitando que a criatura se robotize, apenas repetindo em circuito fechado o que lhe imprimem, através dos modernos meios de massificação. Como conseqüência, a criatura é sempre responsável pelos seus pensamentos, e pela faixa mental em que se encontra.

Liberdade de Consciência - Por ser a liberdade de consciência corolário da liberdade de pensar, é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso.

Assim como os homens, pelas suas leis, regulam as relações de homem para homem, Deus, pelas leis da natureza, regula as relações entre ele e o homem.

De acordo com a questão 621 de “O Livro dos Espíritos”, a Lei de Deus está gravada na consciência de cada um. Desta forma, identificamos o porquê da liberdade de consciência, e da sua progressividade à medida que a realizamos em nós.

Fatalidade e Destino - Segundo a codificação Espírita, fatalidade só pode ser entendida como um componente da lei de liberdade, isto é, quando tomamos uma certa atitude, determinamos uma conseqüência, que será boa ou má, de acordo com o conteúdo da ação.

Para elucidar melhor, colhemos as seguintes considerações de André Luiz:

Ninguém nasce destinado ao mal, porque semelhante disposição derrogaria os fundamentos do Bem Eterno sobre os quais se levanta a Obra de Deus.

O Espírito renascente no berço terrestre traz consigo a provação expiatória a que deve ser conduzido ou a tarefa redentora que ele próprio escolheu de conformidade com os débitos contraídos.

(...)Desse modo, ninguém recebe do Plano Superior a determinação de ser relapso ou vicioso, madraço ou delinqüente(…). Padecemos, sim, nesse ou naquele setor da vida, durante a recapitulação de nossas próprias experiências, o impulso de enveredar por esse ou aquele caminho menos digno, mas isso constitui a influência de nosso passado em nós, instilando-nos a tentação, originariamente toda nossa, de tornar a ser o que já fomos, em contraposição ao que devemos ser.

A esse mecanismo denominamos “Lei de Causa e Efeito”, e estudaremos suas particularidades, a seguir.

Livro: Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho

Centro Espírita Amor e Caridade - Goiânia – GO - 1997

Site: http://www.autoresespiritasclassicos.com/

Livros: “Estudando o Evangelho”, cap. 30

“O Livro dos Espíritos”, questão 829

“O Livro dos Espíritos”, questão 836

“O Livro dos Espíritos”, questão 851

“Evolução em Dois Mundos”, 2ª parte, cap XVIII

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