Estudando o Espiritismo

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sábado, 3 de agosto de 2013

LIVRE-ARBÍTRIO E FATALIDADE

LIVRE-ARBÍTRIO E FATALIDADE
Estudo com base in O Livro dos Espíritos, Livro terceiro, cap. X, questões de 843 à 867.
Pesquisa: Elio Mollo


LIVRE-ARBÍTRIO (1)

Uma vez que sem tem a liberdade de pensar, se tem a de agir. Sem o livre-arbítrio o homem seria como uma máquina (2).

Há liberdade de agir desde que haja a liberdade de fazer. Nos primeiros tempos da vida a liberdade é quase nula; A criança vai evoluindo e seus objetivos mudam de acordo com o desenvolvimento das faculdades. A criança, tendo pensamentos relacionados com as necessidades de sua idade, aplica seu livre-arbítrio às escolhas que lhe são necessárias.

As predisposições instintivas são do Espírito antes de sua encarnação (3); conforme é mais ou menos adiantado, podem levá-lo a praticar atos condenáveis, e ele será auxiliado nisso pelos Espíritos com essas mesmas tendências, mas não há arrebatamento irresistível quando se tem a vontade de resistir. Neste caso podemos dizer que querer é poder.

As qualidades morais, boas ou más de um Espírito encarnado provêm de que; quanto mais o Espírito for puro, mais o homem é levado ao bem (4).

O Espírito está certamente influenciado pela matéria, ou seja, pelo seu organismo que o pode entravar em suas manifestações (5); eis por que, nos mundos onde os corpos são menos materiais, as faculdades se desenvolvem com mais liberdade. Porém, não é o instrumento que dá as faculdades. Além disso, é preciso separar aqui as faculdades morais das intelectuais; se um homem tem o instinto assassino, é seguramente seu próprio Espírito que o possui e o transmite, e não seus órgãos (6). Aquele que canaliza o pensamento para a vida da matéria torna-se semelhante ao irracional e, pior ainda, porque não pensa mais em se prevenir contra o mal, e é nisso que é culpado, uma vez que age assim por sua vontade.

Aquele cuja inteligência é perturbada por uma causa qualquer não é mais senhor de seu pensamento e assim não tem mais liberdade. Essa anormalidade é, muitas vezes, uma punição para o Espírito que, numa outra encarnação, pode ter sido fútil e orgulhoso e ter feito mau uso de suas faculdades. Ele pode renascer no corpo de um deficiente mental, como o escravizador no corpo de um escravo e o mau rico no de um mendigo. Porém, o Espírito sofreu esse constrangimento com perfeita consciência. Está aí a ação da matéria. (7)

Os desatinos das faculdades intelectuais causadas pela embriaguez não é desculpa para atos condenáveis, porque o bêbado voluntariamente se privou de sua razão para satisfazer paixões brutais; em vez de uma falta, comete duas.

No homem primitivo, a faculdade dominante é o instinto (8), o que não o impede de agir com total liberdade em certas circunstâncias; como a criança, ele aplica essa liberdade às suas necessidades e ela se desenvolve com a inteligência. Porém, como vós, sois mais esclarecidos do que um selvagem e também mais responsáveis pelo que fazeis.

A posição social é, algumas vezes, um obstáculo à total liberdade dos atos. O mundo tem, sem dúvida, suas exigências. Deus é justo e tudo leva em conta, mas nos deixa a responsabilidade do pouco esforço que fazemos para superar os obstáculos.

FATALIDADE (9)

A fatalidade existe apenas na escolha que o Espírito fez ao encarnar e suportar esta ou aquela prova. E da escolha resulta uma espécie de destino, que é a própria consequência da posição que ele próprio escolheu e em que se acha. Falo das provas de natureza física, porque, quanto às de natureza moral e às tentações, o Espírito, ao conservar seu livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor para ceder ou resistir. Um bom Espírito, ao vê-lo fraquejar, pode vir em sua ajuda, mas não pode influir de modo a dominar sua vontade (10). Um Espírito mau, ao lhe mostrar de forma exagerada um perigo físico, pode abalá-lo e assustá-lo. Porém, a vontade do Espírito encarnado está constantemente livre para decidir.

Há pessoas que parecem ser perseguidas por uma fatalidade, independentemente de seu modo de agir; são, talvez, provas que devem suportar e que escolheram. Mas definitivamente não devemos acusar o destino pelo que, frequentemente, é apenas a consequência de nossas próprias faltas. Nos males que nos afligem, esforcemo-nos para que nossa consciência esteja pura, e já nos sentiremos bastante consolados.

As ideias justas ou falsas que fazemos das coisas nos fazem vencer ou fracassar de acordo com nosso caráter e posição social. Achamos mais simples e menos humilhante para o nosso amor-próprio atribuir nossos fracassos à sorte ou ao destino, e não à nossa própria falta. Se a influência dos Espíritos (11) contribui para isso algumas vezes, podemos sempre nos defender dessa influência afastando as ideias que nos sugerem, quando são más.

Algumas pessoas mal escapam de um perigo mortal para logo cair em outro; parece que não teriam como escapar à morte, contudo e bom sempre lembrar disto: A fatalidade só existe, no verdadeiro sentido da palavra, apenas no instante da morte (12). Quando esse momento chega seja por um meio ou por outro, não o podemos evitar. Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, não morreremos se a hora não é chegada, e sobre isso há milhares de exemplos; mas quando a hora chegar, nada poderá impedir. Deus sabe por antecipação qual o gênero de morte que teremos na Terra e, muitas vezes, nosso Espírito também sabe, porque isso foi revelado quando fez a escolha desta ou daquela existência.

Por causa da inevitável hora da morte, as precauções que se tomam para evitá-la não são inúteis. As precauções que tomamos nos são sugeridas para evitar a morte que nos ameaça, são meios para que ela não ocorra.

Quando nossa vida é colocada em perigo, é uma advertência que nós mesmo desejamos, a fim de nos desviarmos do mal e nos tornarmos melhor. Quando escapamos desse perigo, ainda sob a influência do risco que passamos, refletimos seriamente, conforme a ação mais ou menos forte dos bons Espíritos sobre nós para nos melhorarmos. O mau Espírito, voltando a tentação (digo mau subentendendo o mal que ainda existe nele), pensa que escapará do mesmo modo a outros perigos e novamente deixa se dominar pelas paixões. Pelos perigos que corremos, Deus nos lembra de nossa fraqueza e a fragilidade de nossa existência. Se examinarmos a causa e a natureza do perigo, veremos que, muitas vezes, as consequências são a punição de uma falta cometida ou de um dever não cumprido. Deus nos adverte assim para nos recolhermos em nós mesmos e nos corrigirmos. (13)

O Espírito sabe que o gênero de vida escolhido o expõe a desencarnar mais de uma maneira do que de outra. Sabe igualmente quais as lutas que terá de enfrentar para evitá-la e, se Deus o permitir, não fracassará.

Há homens que enfrentam os perigos dos combates com a convicção de que sua hora não chegou. Frequentemente, o homem tem o pressentimento de seu fim, como pode ter o de que não morrerá ainda. Esse pressentimento vem por meio dos seus protetores, que querem adverti-lo para estar pronto para partir, ou estimulam sua coragem nos momentos em que é mais necessária. Pode vir ainda pela intuição que tem da existência escolhida, ou da missão que aceitou e sabe que deve cumprir. (14)

É o homem que teme a morte e não o Espírito; aquele que a pressente pensa mais como Espírito do que como homem: ele a compreende como sua libertação e a espera. Por isto tem menos medo da morte que outros.

Frequentemente os acidentes que nos atingem no decorrer da vida são pequenas coisas para as quais Deus nos previne e, algumas vezes, faz com que as evitemos, dirigindo nosso pensamento, porque não gosta de nos ver sofrer; mas isso é de pouca importância para a vida que escolhemos. A fatalidade, verdadeiramente, consiste apenas na hora em que devemos nascer e morrer.

Há fatos que, forçosamente, devam acontecer e que a vontade dos Espíritos não podem afastar, mas nós, antes de encarnar, vimos e pressentimos quando fizemos nossa escolha. Entretanto, não devemos acreditar que tudo o que acontece está escrito, como se diz. Um acontecimento é, muitas vezes, a consequência de um ato que praticamos por livre vontade, caso contrário o acontecimento não teria ocorrido. Se queimamos o dedo, é consequência de nossa imprudência e ação sobre a matéria. Apenas as grandes dores, os acontecimentos importantes que podem influir na evolução moral, são previstos por Deus, já que são úteis para a nossa depuração e instrução.

O homem, por sua vontade e ações, pode fazer com que os acontecimentos que deveriam ocorrer não ocorram, e vice-versa, desde que esse desvio aparente caiba na ordem geral da vida que escolheu. Depois, para fazer o bem, como é seu dever e único objetivo da vida, ele pode impedir o mal, especialmente aquele que poderia contribuir para um mal maior.

O homem que comete um homicídio não sabe, ao escolher sua existência, que se tornará um assassino. Sabe que, escolhendo uma determinada espécie de vida, poderá ter a possibilidade de matar um de seus semelhantes, mas não sabe se o fará porque há nele, quase sempre, uma decisão antes de cometer qualquer ação; portanto, aquele que delibera sobre uma coisa é sempre livre para fazê-la ou não. Se o Espírito soubesse antecipadamente que, como homem, deveria cometer um assassinato, é porque isso estava predestinado. Sabei que ninguém foi predestinado ao crime e todo crime, como todo e qualquer ato, é sempre o resultado da vontade e do livre-arbítrio. Além disso, confundimos sempre duas coisas bem distintas: os acontecimentos materiais da vida e os atos da vida moral. Se algumas vezes existe fatalidade, é nos acontecimentos materiais cuja causa está fora de nós e são independentes de nossa vontade. Quanto aos atos da vida moral, esses emanam sempre do próprio homem, que sempre tem, consequentemente, a liberdade de escolha. Para esses atos, nunca existe fatalidade.

Existem pessoas para as quais nada sai bem e que um mau gênio parece perseguir em todas as suas ações. É uma fatalidade, se quisermos chamar assim, mas é decorrente da escolha que essa pessoa fez para a presente existência, porque há pessoas que quiseram ser provadas por uma vida de decepção, para exercitar sua paciência e sua resignação. Não acrediteis, entretanto, que essa fatalidade seja absoluta; muitas vezes é o resultado do falso caminho que tomaram e que nada têm a ver com sua inteligência e suas aptidões. Aquele que deseja atravessar um rio a nado sem saber nadar tem grande probabilidade de se afogar; assim é com a maioria dos acontecimentos da vida. Se o homem somente empreendesse coisas compatíveis e de acordo com suas capacidades, quase sempre teria êxito. O que faz com que se perca é seu amor-próprio e sua ambição, que o fazem sair de seu caminho e o induzem a considerar como vocação o desejo de satisfazer certas paixões. Ele fracassa e é por sua culpa; mas, em vez de admiti-la espontaneamente, prefere acusar sua estrela. Seria melhor ter sido um bom trabalhador e ganho honestamente a vida do que ser um mau poeta e morrer de fome. Haveria lugar para todos, se cada um soubesse se colocar em seu lugar.

São os homens que fazem os costumes sociais e não Deus. Se a eles se submetem, é porque lhes convêm, e isso é ainda um ato de seu livre-arbítrio, uma vez que, se quisessem, poderiam libertar-se deles; então, por que se lamentar? Não são os costumes sociais que devem acusar, mas seu tolo amor-próprio, que os leva a preferir morrer de fome a abandoná-lo. Ninguém levará em conta esse sacrifício feito à opinião pública, enquanto Deus levará em conta o sacrifício que fizerem à sua vaidade. Isso não quer dizer que seja preciso afrontar essa opinião sem necessidade, como fazem algumas pessoas que têm mais originalidade do que verdadeira filosofia. Há tanto desatino em alguém se fazer objeto de crítica ou parecer um animal selvagem quanto existe sabedoria em descer voluntariamente e sem reclamar, quando não se pode permanecer no topo da escala.

Existem pessoas para as quais a sorte é contrária, outras parecem favorecidas, pois tudo lhes sai bem. Frequentemente, as que parecem favorecidas, é porque elas sabem orientar-se melhor; mas isso pode ser também um gênero de prova. O sucesso as embriaga; elas confiam em seu destino e frequentemente acabam pagando mais tarde esses mesmos sucessos com cruéis revezes, que poderiam ter evitado com a prudência.

Como explicar a sorte que favorece certas pessoas nas circunstâncias em que nem a vontade nem a inteligência interferem? O jogo, por exemplo? É que alguns Espíritos escolheram antecipadamente certas espécies de prazer; a sorte que os favorece é uma tentação. Quem ganha como homem perde como Espírito; é uma prova para seu orgulho e sua cobiça.

A fatalidade que parece marcar os destinos materiais de nossa vida é que nós mesmos escolhemos nossa prova; quanto mais for rude e melhor a suportarmos, mais nos elevaremos. Aqueles que passam a vida na abundância e na felicidade humana são Espíritos fracos, que permanecem estacionários. Assim, o número de desafortunados ultrapassa em muito o dos felizes neste mundo, já que os Espíritos procuram, na maior parte, a prova que será mais proveitosa. Eles vêm muito bem a futilidade de nossas grandezas e prazeres. Aliás, a vida mais feliz é sempre agitada, sempre inquieta, apesar da ausência da dor. (15)

A expressão nascer sob uma boa estrela é uma velha superstição que ligava as estrelas ao destino de cada homem. É uma simbologia que algumas pessoas fazem a tolice de levar a sério.

NOTAS:

(1) Livre arbítrio – liberdade moral do homem; faculdade que ele tem de se guiar pela sua vontade na realização de seus atos. Os Espíritos nos ensinam que a alteração das faculdades mentais, por uma causa acidental ou natural, é o único caso em que o homem fica privado de seu livre arbítrio. Fora disto é sempre senhor de fazer ou de não fazer. Ele goza desta liberdade no estado de Espírito, e é em virtude desta faculdade que escolhe livremente a existência e as provas que julga próprias para seu progresso; ele a conserva no estado corporal, a fim de poder lutar contra essas mesmas provas. Os Espíritos que ensinam esta doutrina não podem ser maus Espíritos. (Allan Kardec in Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas, Vocabulário.)

(2) As almas são criadas simples e ignorantes, tendo todas assim um mesmo ponto de partida, o que está conforme à justiça; o que sabemos ainda, é que o livre arbítrio não se desenvolve senão pouco a pouco e depois de numerosas evoluções na vida corpórea. Assim, quando a alma passa a desfrutar do seu livre arbítrio, a responsabilidade cresce em razão do desenvolvimento de sua inteligência. Durante longos períodos, a alma encarnada está submetida à influência exclusiva dos instintos de conservação; pouco a pouco esses instintos se transformam em instintos inteligentes, ou, para melhor dizer, se equilibram com a inteligência; mais tarde, e sempre gradualmente, a inteligência domina os instintos; é então somente que começa a responsabilidade séria. (Allan Kardec in Revista Espírita, janeiro 1864, Progresso nas primeiras encarnações.)
     http://www.aeradoespirito.net/RevistaEspHTML/PROGRES_NA_PRIM_ENCAR.html

(3) Tendências inatas – tendências, ideias ou conhecimentos não adquiridos que, parece, trazemos ao nascer. Há muito tempo discutem-se as tendências inatas, cuja realidade é combatida por certos filósofos que pretendem sejam todas adquiridas. Se assim fosse, como explicar certas disposições naturais que se revelam muitas vezes desde a mais tenra idade e independentemente de qualquer educação? Os fenômenos espíritas lançam uma grande luz sobre esta questão. A experiência não deixa dúvida alguma, hoje em dia, sobre estas espécies de tendências que encontram sua explicação na sucessão das existências. Os conhecimentos adquiridos pelo Espírito nas existências anteriores se refletem nas existências posteriores através do que denominamos tendências inatas. (Allan Kardec in Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas, Vocabulário.)

(4) Ver Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Livro segundo, cap. VII, Faculdades Morais e Intelectuais, questão 361.
    http://www.aeradoespirito.net/OLivrodosEspiritos/O_LIVRO_DOS_ESPIR_L2_C7_SC3.html

(5) Ver Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Livro segundo, cap. VII, Influência do Organismo, questão 368.
     http://www.aeradoespirito.net/OLivrodosEspiritos/O_LIVRO_DOS_ESPIR_L2_C7_SC4.html

(6) O exercício das faculdades depende dos órgãos que servem de instrumento ao Espírito encarnado; elas são enfraquecidas pela grosseria da matéria. O envoltório material é um obstáculo à livre manifestação das faculdades do Espírito, assim como um vidro opaco se opõe à livre emissão da luz. Pode-se ainda comparar a ação da matéria grosseira do corpo sobre o Espírito à da água lamacenta, que tira a liberdade dos movimentos aos corpos nela mergulhados. Os órgãos são os instrumentos de manifestação das faculdades da alma. Essas manifestações se encontram subordinadas ao desenvolvimento e ao grau de perfeição desses mesmos órgãos, como a boa qualidade de um trabalho, à boa qualidade da ferramenta. O Espírito tem sempre as faculdades que lhe são próprias; não são os órgão que dão as faculdades, mas as faculdades que conduzem ao desenvolvimento dos órgãos. As qualidades do Espírito, que pode ser mais ou menos avançado, são o princípio, mas é preciso ter em conta a influência da matéria que entrava, mais ou menos, o exercício dessas faculdades.

O Espírito, ao encarnar, traz certas predisposições, admitindo-se para cada uma um órgão correspondente no cérebro; o desenvolvimento desses órgãos será um efeito e não uma causa. Se as faculdades tivessem seu princípio nos órgãos, o homem seria uma máquina sem livre-arbítrio e sem responsabilidade por seus atos. Seria preciso admitir que os maiores gênios, os sábios, poetas, artistas, são gênios apenas porque o acaso lhes deu órgãos especiais, e que sem esses órgãos não seriam gênios. Assim, o maior imbecil poderia ser um Newton, um Virgílio1 ou um Rafael 2, se tivesse possuído certos órgãos. Essa suposição é mais absurda ainda quando aplicada às qualidades morais. Assim, conforme esse sistema, um São Vicente de Paulo, dotado por natureza desse ou daquele órgão, poderia ter sido um criminoso, e faltaria ao maior criminoso apenas um órgão para ser um São Vicente de Paulo. Admiti, ao contrário, que os órgãos especiais, se é que existem, são uma consequência, que se desenvolvem pelo exercício da faculdade, assim como os músculos, pelo movimento, e não tereis nada de irracional. Façamos uma comparação simples, mas verdadeira: por meio de certos sinais fisionômicos, reconheceis o homem dado à bebida; são esses sinais que o tornam ébrio, ou é a embriaguez que faz surgirem esses sinais? Pode-se dizer que os órgãos recebem a marca das faculdades. (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, questões de 367 à 370.)

(7) Ver estudo sobre Idiotismo e Loucura:
       http://www.aeradoespirito.net/EstudosEM/IDIOTISMO_E_LOUCURA.html

(8) Ver Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Livro primeiro, cap. IV, Inteligência e Instinto, questões 71 e seguintes.
      http://www.aeradoespirito.net/OLivrodosEspiritos/O_LIVRO_DOS_ESPIR_L1_C4.html

(9) Ver Revista Espírita, julho de 1868, no artigo A Ciência da Concordância dos Números e a Fatalidade:  
       (http://www.aeradoespirito.net/RevistaEspHTML/A_CIEN_CONC_NUM_FATAL.html).

(10) Ver Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Livro Segundo, capítulo IX, Anjos da Guarda, Espíritos Protetores, Familiares ou Simpáticos:
       http://www.aeradoespirito.net/OLivrodosEspiritos/O_LIVRO_DOS_ESPIR_L2_C9_SC6.html

(11) Ver Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Livro Segundo, capítulo IX:
       http://www.aeradoespirito.net/OLivrodosEspiritos/O_LIVRO_DOS_ESPIR_L2_C9_SC8.html

(12) Todas as leis que regem o conjunto dos fenômenos da Natureza têm consequências necessariamente fatais, quer dizer, inevitáveis, e esta fatalidade é indispensável à manutenção da harmonia universal. O homem, que sofre essas consequências, está, pois, em certos aspectos, submetido à fatalidade em tudo o que não depende de sua iniciativa; assim, por exemplo, ele deve fatalmente morrer: é a lei comum à qual não pode se subtrair, e, em virtude desta lei, pode morrer em toda idade, quando sua hora é chegada; mas se ele apressa voluntariamente a sua morte pelo suicídio ou por seus excessos, ele age em virtude de seu livre-arbítrio, porque ninguém o pode constranger a fazê-lo. Ele deve comer para viver: é da fatalidade; mas se come além do necessário, pratica ato de liberdade. – Ver Allan Kardec, Revista Espírita, julho 1868, no artigo A Ciência da Concordância dos Números e a Fatalidade:
       (http://www.aeradoespirito.net/RevistaEspHTML/A_CIEN_CONC_NUM_FATAL.html).

(13) Ver Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, questão 526 e 532:
       (http://www.aeradoespirito.net/OLivrodosEspiritos/O_LIVRO_DOS_ESPIR_L2_C9_SC8.html)

(14) Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, questão 411 e 522:
       (http://www.aeradoespirito.net/OLivrodosEspiritos/O_LIVRO_DOS_ESPIR_L2_C8_SC1.html)
       (http://www.aeradoespirito.net/OLivrodosEspiritos/O_LIVRO_DOS_ESPIR_L2_C9_SC7.html)

(15) Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, questão 258 e seguintes:.
      (http://www.aeradoespirito.net/OLivrodosEspiritos/O_LIVRO_DOS_ESPIR_L2_C6_SC5.html)

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