Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 18 de março de 2013

Os Falsos Profetas (1)



"Guardai-vos, pois, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.
Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz maus frutos.
Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar bons frutos.
Toda a árvore que não dá bons frutos será cortada e lançada no fogo.
Portanto, pelos seus frutos os conhecereis." (Mateus, VII:15-20)

Caríssimos Irmãos:
Vamos iniciar mais uma pequena série de postagens sobre um tema específico, no caso, as passagens evangélicas sobre os falsos Cristos e os falsos profetas.
Fazemos isto com a finalidade de favorecer as pessoas frequentadoras de nosso curso de estudo de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", sempre ás segundas, ás 19:00, e áquelas que frequentam as nossas reuniões públicas, pois pautamos nossas palestras por estes mesmos temas.
Estamos utilizando as seguintes referências, que não iremos reproduzir para economizar espaço:
Capítulo XXI de "O Evangelho Segundo o Espiritismo";
Evangelho de Mateus, VII:15-20; XXIV,4-24;
Evangelho de Marcos, XIII: 5-22;
Evangelho de Lucas, VI:43-45;
1ª Epístola de João, IV:1.
Iniciemos, então.

Em algumas traduções dos Evangelhos, encontra-se  "Acautelai-vos dos falsos profetas", em lugar de "Guardai-vos...". Preferimos o conceito embutido em "guardar" pois, além de manter cautela, ter cuidado, mesmo se por engano formos colocados ao alcançe daqueles que "se vestem como ovelhas, mas são lobos devoradores", guardar denota uma atitude mais reservada, um degrau a mais na prudência, que permitiria, com o tempo, reconhecermos o embuste, e nos afastarmos dos enganadores.
E é exatamente a ênfase na questão do tempo, que salientaremos ao longo dessa análise.
Antes, vamos chamar a atenção para o fato de que há duas metáforas logo no início do texto, como se Jesus quisesse chamar a atenção de pastores (ovelhas/lobos) e agricultores (uvas e figos/espinheiros e abrolhos). Aliás, abrolhos é o nome que comumente se dá a diversos tipos de plantas rasteiras e espinhosas.
Continuando, os estudiosos demonstram que havia á época de Jesus um conflito entre uma parte da sociedade agrária, sedentária, e uma outra com intensa mobilidade geográfica, baseada no pastoreio. Alguns acreditam que o mito de Caim e Abel representaria este conflito, tendo o Deus do Antigo Testamento aceitado a oferta do pastor, em detrimento da do agricultor, apesar desta ter sido feita primeiro.
Portanto, parece que Jesus desejava ser compreendido tanto por uns como por outros.

Entramos, então, no conceito mais relevante: árvore boa não produz mau fruto, e vice e versa.
Vejamos que isto, apesar de parecer uma obviedade, não é muito seguido hoje: existem diversas pessoas que atribuem ao Espiritismo ligações com o "demônio", e isto apesar de o Espiritismo produzir excelentes frutos através da caridade!
Há aqueles que, inclusive, defendem a tese de que o próprio "demônio" pode fazer o bem, para enganar os incautos, e isto seria vestir-se de ovelha.
Mais uma vez a chave para refutar esta tese está na questão da temporalidade.
Mas este item ficará em aberto até a nossa próxima postagem.
Fiquem com Deus, e até lá.
Postado por União Espírita de Peruíbe

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