Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 11 de março de 2013

Meu Pai trabalha também



Nos capítulos iniciais do livro bíblico do Gênesis, as referências ao trabalho soam como castigo.

Na alegoria adâmica, depois da desobediência ao Todo Poderoso, o homem é condenado a retirar da terra o pão de cada dia, à custa de seu próprio suor.

Desde então, a interpretação é de que trabalhar é uma punição.

Na Roma Antiga, ainda mais intensa ficou essa interpretação ao se associar trabalho ao instrumento de tortura tripallium, de onde se originou o vocábulo.

Através dos séculos, encontramos sentenças enviando condenados para os trabalhos forçados. E, em alguns casos, equivalia a uma sentença de morte, tendo em vista o tipo de trabalho a que eram conduzidos.

Natural que, nascendo e renascendo em épocas distintas e países variados, portemos ainda, na atualidade, os errôneos conceitos de que trabalho é punição. Por isso, passamos a delegar tarefas, mesmo as mais comezinhas, seres catalogados como inferiores: povos vencidos, negros da África, indígenas...

Hoje, quando a justiça julga determinadas faltas, estabelece as penas alternativas, que vão desde o fornecimento de cestas básicas ao cumprimento de determinado número de horas, em serviço comunitário.

Continuamos a adjetivar o trabalho como penalidade. Mesmo quando se trata de atendimento a benefício de alguém.

São penas impostas. Trabalho obrigatório. Punição.

No entanto, o Mestre dos mestres, ao abordar a questão do trabalho, sintetizou em magistral afirmativa: “Meu Pai trabalha incessantemente e Eu trabalho também.”

Conferiu, com tal afirmativa, toda nobreza à ocupação útil. Como Rei Solar, a quem competiu a missão de coordenar todos os detalhes da elaboração do nosso planeta, ingressou na carne como filho de um carpinteiro.

Conforme o costume hebraico, na infância foi iniciado no ofício de Seu pai. Quantos utensílios em madeira devem ter sido moldados por Suas mãos!

E, chegado o tempo do início do Seu messianato, trabalhou sem cessar.

A multidão O seguia aonde fosse. Em um momento Ele falava, instruindo e esclarecendo. Em outro, a Sua tarefa era de escutar corações, abençoar os seres, ofertar-lhes esperança.

A um oferecia o bálsamo da certeza imortalista, a outro apontava a esperança de dias novos.

Após a jornada de exaustivas tarefas, atendendo o povo que O buscava, como ondas contínuas nas praias da Sua bondade, servia-Se da noite para reunir o colegiado apostólico.

Naquelas conversas sob o luar, procedia à avaliação das tarefas realizadas e à capacitação daqueles que ficariam como os obreiros da Boa Nova. Incansável sempre, ao se despedir, anunciou que iria à frente, preparar-nos o lugar.

* * *

Pensemos no exemplo do Nazareno e imitemo-Lo, dando graças pela honra do trabalho no lar, junto aos filhos, aos afazeres infindáveis. No exercício da profissão e na alegria de servir à comunidade. Seja-nos o trabalho motivo de alegria!

Autoria:
Redação do Momento Espírita - Colaboração: Márcia Farbelow

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