Estudando o Espiritismo

Observe os links ao lado. Eles podem ter artigos com o mesmo tema que você está pesquisando.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Lei de adoração - Fórum Espírita


Lei de adoração

Adorar Deus significa elevar o pensamento à inteligência suprema e causa primeira de todas as criações do Universo[1]. É um sentimento inato[2], e a despeito de muitos momentaneamente se oporem ao Criador, ora perpetrando ações contrárias ao amor divino, ora anunciando seu ceticismo, a intuição de um Ser Supremo, responsável por nossa criação, um Ser tutelar de nossa evolução sempre foi e será predominante.

Mesmo aqueles que ainda não despertaram conscientemente para esta condição espiritual do ser humano, oportunamente, ao desencarnarem ou ainda em outras reencarnações, perceberão a situação natural de ligação que existe entre os seres e coisas que habitam o universo e o nosso Criador.

A adoração se realiza, portanto, com os momentos em que nos isolamos mentalmente do mundo que nos cerca para buscarmos, com o pensamento voltado a Deus, maior sintonia – e uma sujeição mais intensa às correntes fluídicas positivas – com o nosso Pai. É com a gradual compreensão da nossa existência enquanto seres eternos, da relação de causa e efeito, da pluralidade dos mundos e das encarnações que se expande ainda mais a nossa gratidão a Deus por nossa atual experiência.

Com a compreensão de nossa trajetória agradecemos a Deus nossas dificuldades, nossos obstáculos, os relacionamentos difíceis que são significativas oportunidades de resgate e ascensão, agradecemos as doenças e outros males físicos que representam o expurgo necessário das conseqüências que apenas podem ser a nós mesmos atribuídas, resultantes de nossos atos impensados, frutos da ignorância espiritual que é comum à senda de todos os espíritos.

Adorar a Deus, então, é agradecer irrestrita e incondicionalmente por tudo que vivenciamos, significa que apesar do muito que ainda não compreendemos – e que podemos e devemos envidar esforços em compreender –, também já detemos, pelas preciosas lições espirituais que nos proporciona a doutrina espírita, a percepção de que, primeiro, a existência terrestre é passageira, e assim os escolhos e adversidades são momentos que nos ensejam romper com a mesmice de nossos erros.

Agradecer a Deus, sem barganhas infantis, promessas ou ostensivos e descomprometidos rituais exteriores[3], significa amar a nossa origem, curvar-nos à sabedoria divina que não depende do nosso consentimento ou concordância para reger o Universo e os seres que nele vivenciam suas experiências individuais.

Amar e agradecer a Deus proporciona-nos, paulatinamente, a percepção de que nossos irmãos, igualmente por Ele criados, merecem nossa compaixão, pois cada qual se encontra em um momento da eterna trajetória do ser, cada espírito apresenta um padrão próprio de atributos espirituais e intelectuais que ao longo da existência, durante as reencarnações e também na erraticidade, cada ser tem as condições de burilar suas qualidades, corrigir os seus pensamentos e ações que discrepam do amor de divino. De tal sorte, amar e agradecer a Deus desperta em nós o amor pelo próximo.

Com estas reflexões, torna-se de subido valor ao espírito o papel da prece. A prece, dizem-nos os espíritos que compuseram o Livro dos Espíritos, realmente torna o homem melhor. Não só porque gera em torno de si um padrão energético favorável à compreensão dos fatos e para deliberar sobre o seu comportamento conforme as proposições de retidão que nos foram transmitidas e exemplificadas por Jesus, mas ainda porque a oração enseja a sintonia com a qual sofremos maior influência dos bons espíritos[4].

Adorar a Deus, enfim, é render graças ao nosso Criador, significa que nos orientamos, pela oração e por atos de caridade para com o próximo, em trajetória de ascensão e libertação de nossas falhas e da nossa ignorância.

Adorar a Deus, então, é compreender que o que para nós ainda é incompreensível não afasta a Justiça divina, não compromete o amor de Deus por nós que é incondicional, eterno e sem limites. O que se sujeita a diferenças, então, são as nossas escolhas: ou O adorar e viver sob os Seus preceitos de amor ao próximo, ou O renegar – mas, ainda nesta última hipótese, é certo que não nos faltarão oportunidades, ainda que em outras existências, de amá-lO e compreendê-lO.

A diferença, em suma, reside em nós, o quanto ainda insistimos em permanecer no sofrimento e estagnados ao desprezar a nossa criação, ou o quanto despertamos para o amor e a adoração de Deus.

[1] Questões 1 e 649 do Livro dos Espíritos.
[2] Questão 650.
[3] Questão 654 do Livro dos Espíritos.
[4] Questão 660 do Livro dos Espíritos.

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/existencia-de-deus/lei-de-adoracao/#ixzz2OZkFljzf

Nenhum comentário:

Postar um comentário