Estudando o Espiritismo

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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Emoções Transformadoras

Emoções negativas podem envenenar tanto o corpo físico quanto o emocional


Muitas pessoas têm o hábito saudável de, ao se deitar
a cada noite, fazer um balanço do dia que está se
encerrando antes de iniciar suas preces.
Nesse momento de reflexão íntima, muitas vezes
notamos que, ao longo do dia, uma série de emoções
transformadoras podem ter passado pelo nosso coração.
Algumas delas vêm daquele cantinho iluminado,
daquela parte disposta a progredir, que existe no
coração de cada pessoa: é daí que sai a força que nos
impulsiona na direção da perseverança, do perdão, da
paciência, da compaixão e de tantas outras virtudes que
tornam mais suave a nossa caminhada diária e também
a daqueles que vivem à nossa volta.
Outras dessas emoções, que determinam nossas reações,
vêm da parte mais endurecida que existe em nosso
coração, na qual estão os impulsos causados por medo,
angústia, raiva, vaidade, egoísmo e tantos outros pesos
inúteis que por vezes povoam nosso coração, tornando
mais difícil nossa rotina e dificultando também a vida
das pessoas com quem convivemos.
Diferenças de opinião e conflitos de interesse existem emtodas as sociedades e estão presentes diariamente nos
relacionamentos de todo ser humano, independente de
idade, profissão ou nível social.
Conviver em meio a situações de fofoca, calúnia,
difamação, discriminação e maledicência muitas vezes
também faz parte de nossa rotina, não é mesmo?
É nesse tipo de situação que aqueles que cultivam
a simplicidade no coração levam vantagem, pois
quem não tem o coração simples, quando exposto a
essas situações de conflito, geralmente fica preso nas
armadilhas da mágoa, do melindre e do ressentimento.  
Vale, portanto, lembrar as recomendações de Kardec :
“A exaltação da personalidade leva o homem a
considerar-se acima dos outros. Julgando-se com
direitos superiores, melindra-se com o que quer
que, a seu ver, constitua ofensa a seus direitos. A
importância, que por orgulho atribui à sua pessoa,
naturalmente o torna egoísta.”
Allan Kardec, Obras Póstumas, Parte 1: Egoísmo e OrgulhoAs emoções vividas pela pessoa magoada, melindrada
ou ressentida são transformadoras, pois acabam
segregando toxinas que envenenam tanto o corpo físico
(acidez no estômago, insônia, prisão de ventre, falta
de ar etc), quanto o emocional (insegurança, medo,
agressividade etc).
E, assim, a emoção da mágoa e do ressentimento vão
deteriorando a qualidade de vida da pessoa que as
cultiva no próprio coração e também a das pessoas com
quem ela convive em casa, no trabalho, na vizinhança e
no grupo de amigos.
O coração humano se transforma por meio do
ressentimento sempre que o chamado “tripé de
susceptibilidades” é atingido, ou seja, quando
atravessamos situações de orgulho ferido, insegurança
pessoal ou baixa autoestima.
Há determinadas situações da vida que podem tornar o
coração mais vulnerável ao ressentimento:
■  Stress, medo e desconfiança;
■  Separação familiar (entre marido e mulher, entre
filhos e pais ou entre irmãos);
■  Problemas familiares de relacionamento;
■  Desemprego e pendências financeiras;
■ Desrespeito causado por traição, calúnia, infidelidade
ou mentira...
O fortalecimento emocional e espiritual é imperativo
para enfrentar e superar tais desafios trazidos pela vida
na caminhada de cada um.
Por maior que seja nosso esforço diário, a realidade é
que continuamos vivendo em um mundo de expiação
e de provas.
Daí nosso compromisso diário com uma moral renovada
pela prática da humildade!
Cultivar e multiplicar amarguras, desespero e ansiedades
acabam se configurando em atitudes de fuga de quem
se considera vítima das mazelas da vida.
A vontade de Deus é soberana e por isso nada aqui na
Terra acontece por acaso, nem a morte.
Kardec recomenda a direção segura para educarmos e
disciplinarmos nossas emoções:
“Que importa crer na existência dos Espíritos, se
essa crença não faz que aquele que a tem se torne
melhor, mais benigno e indulgente para com os
seus semelhantes, mais humilde e paciente na
adversidade? De que serve ao avarento ser espírita,
se continua avarento; ao orgulhoso, se se conserva
cheio de si; ao invejoso, se permanece dominado
pela inveja?”
Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, cap.29 - it.350
“Nunca seria demais recomendar aos espíritas
que refletissem maduramente antes de agir. Crer
na própria infalibilidade, recusar o conselho da
maioria e persistir num caminho que se demonstra
mau e comprometedor não é a atitude de um
verdadeiro espírita.”
Allan Kardec, Revista Espírita, Março de 1863


Nesse momento é preciso lembrar
que a doutrina dos Espíritos nos
mostra que tudo de que precisamos
está dentro de nós, inclusive nossa
própria felicidade

No momento em que nossa vida atravessa um momento
de dificuldade, muitas vezes nos perguntamos:
- Por qual razão devo me esforçar para melhorar meus
sentimentos se a sociedade a minha volta fica pior a
cada dia que passa?
E também:
- Por que devo me empenhar em ser honesto e agir
sempre de acordo com as leis se a sociedade em que
vivo premia a desonestidade e a mentira com tanta
frequência?
Nesse momento é preciso lembrar que a doutrina dos
Espíritos nos mostra que tudo de que precisamos está
dentro de nós, inclusive nossa própria felicidade.
Sofremos com facilidade porque nosso espírito ainda se
encontra no patamar moral do ressarcimento, todavia,
nossa perseverança no bem permitirá que alcancemos
em breve o patamar moral do merecimento e a partir de
então estaremos aptos a usufruir situações e momentos
mais felizes.
Enquanto não atingimos esse patamar, nosso estado
de segurança mental é ditado pelo grau de disciplina,
determinação e força de vontade presentes em nosso
espírito.
É por intermédio dessas ferramentas que conseguimos
afastar nossas emoções das armadilhas criadas pelo
orgulho, pela vaidade, pelo egoísmo e assim nosso
coração se torna mais dócil e mais simples permitindo
que as emoções transformadoras ajam sempre de
forma positiva e construtiva dentro de nós.  
E as almas de coração simples são identificadas por
valorizar, sobretudo, a família e o trabalho.
Elas sabem que o ninho doméstico no qual nascemos,
foi criado conforme a vontade de Deus e não por obra
do acaso e sabem também que a grande missão de
cada alma é o lar.
É por isso que devemos agir sempre de forma benéfica
e útil no ambiente doméstico e familiar em que
vivemos, lembrando que ele nos foi dedicado pela
divina sabedoria.
Lembrando também que ao vencer o orgulho,
ganhamos mais forças para conquistar a renovação de
nossas emoções transformadoras trazendo mais luz,
mais entendimento e mais paz ao nosso coração.


Paulo Malerbi Expositor da Área de Ensino (Educação Evangélica e
Mediúnico), Expositor da Área de Assistência Espiritual e Coordenador de
equipe de expositores da Seara Bendita.




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