Estudando o Espiritismo

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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

ANTE A DOR E A MORTE


ANTE A DOR E A MORTE
por Liz Bittar

Já teve um amigo especial? Não um amigo do peito, desses que vc vê todos os dias, que está sempre junto.

Nada disso, me refiro a um amigo especial.

Um que vc traz na lembrança, e que todas as vezes que faz um balanço da sua vida, ele invariavelmente aparece: quando vc lembra daquela fase difícil, ou das boas risadas, ou das coisas que ele te ensinou.

O tipo de amigo que vc carrega na alma, mesmo que passem anos sem se ver, ou sem se falar. Do tipo que vc acha o mundo melhor, só porque sabe que ele está lá, seguindo com a vida, e sendo feliz.

A vida me brindou com vários amigos assim; desde a infância, com a babá que chamávamos de mãe, e com a “avó ideal”, depois na adolescência com as “amigas inseparáveis” e mais tarde, na fase adulta, com alguns anjos que Deus colocou no meu caminho, pra aliviar um pouco a minha barra.

Hoje tive notícias de um desses amigos. Soube, pelo orkut, que ele está perdendo a visão, por causa da diabetes. Não telefonei pra quem postou a mensagem, pra saber os detalhes. Eu não quero saber os detalhes.

POR QUE COISAS RUINS ACONTECEM A PESSOAS BOAS?

O primeiro pensamento que vem à mente da maioria das pessoas, ao receber uma notícia como esta, é “Por quê?” Ou então, “por que justo com fulano? Ele não merece…”

Que visão tosca, a nossa, dizer quem merece o quê.

Esse pensamento reflete nossa compreensão limitada da finalidade da existência terrestre. Como espíritos milenares, não concluímos nossa jornada em uma única existência, nem a deterioração do corpo implica em falência da alma.

Estamos todos numa viagem ascendente, passando por experiências necessárias ao nosso adiantamento moral e espiritual. O corpo, para o espírito, é uma veste transitória, um instrumento do qual se serve para enfrentar as lutas e os aprendizados inerentes à condição humana. O que nos escapa à compreensão, muitas vezes, é que as limitações da carne são um convite à transcendência da alma. Não podemos ficar estagnados, presos à aparente impossibilidade de avanços e realizações. O que é perecível, é o corpo. E quanto mais debilitado fica, mais a alma pode se libertar, mesmo em vida.

Ainda assim, a idéia da dor incomoda. Porque ainda não aprendemos que ela deve ser interpretada de maneira inversa; não como castigo, punição, mas como remédio, renovação, libertação do velho. Como transcendência.

Se Deus permite a dor, é porque ela tem uma finalidade útil. Sendo justo e misericordioso, Deus não iria imputar penas e sofrimentos a quem não pudesse deles se beneficiar.

No livro O Consolador, o item que fala da dor está no capítulo intitulado “Evolução”. E, através da psicografia de Chico Xavier, Emmanuel diz, quando perguntado qual o maior auxílio para a nossa redenção espiritual:

“No trabalho de nossa redenção individual ou coletiva, a dor é sempre o elemento amigo e indispensável. E a redenção de um Espírito encarnado, na Terra, consiste no resgate de todas as suas dívidas, com a conseqüente aquisição de valores morais passíveis de serem conquistados nas lutas planetárias, situação essa que eleva a personalidade espiritual a novos e mais sublimes horizontes da vida no Infinito”.

Estamos acostumados a considerar tudo o que nos acontece de ruim – ou difícil – como castigo. Mas temos que aprender a substituir a idéia de “castigo”, pela de “redenção”.

O CARMA

A palavra carma, é difundida na cultura espírita como “efeito da lei de ação e reação”. Mas sua interpretação é errônea, quando nos apressamos em apontar que, quem sofre hoje é porque está pagando por males que teria infringido a outrem, no passado.

Herculano Pires chama essa nossa interpretação de “conceito antropomórfico da dor”. Em seu livro O Mistério do Ser Ante a Dor e a Morte, Herculano diz que estamos, ainda, muito impregnados de uma idéia antropomórfica de Deus, e por isso entendemos a dor como “castigo de Deus, resultante do pecado, seja como problema de consciência ou como resultante cármica, proveniente de ações maléficas em vidas anteriores, ou remorsos decorrentes dessas mesmas ações na vida presente.”

“Por influência do antropomorfismo”, continua Herculano, “desenvolveu-se no meio doutrinário espírita a idéia restritiva de que todo aleijão ou situação anômala é de natureza cármica. Não obstante, o próprio Kardec adverte que muitos desses transtornos ocorrem por causa das imperfeições da matéria densa, de que se constitui o nosso mundo.”

Herculano explica que temos uma programação cármica, mas temos também o livre arbítrio, e “acima dos objetivos de resgate (carma), existe o interesse básico de aprendizado e desenvolvimento de potencialidades”.

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