Estudando o Espiritismo

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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Baixa Auto-estima, por Lourdes Possatto


Baixa Auto-estima, por Lourdes Possatto


O indivíduo com baixa auto-estima geralmente tem um péssimo conceito sobre si mesmo, não se dá valor, não os reconhece. Geralmente suas atitudes acabam atraindo situações negativas para sua vida, o que reforça ainda mais a idéia que ele já traz consigo, ou seja, “eu não sou bom mesmo”.

Se alguém se desrespeita e não sente que tem algo de bom, transmitirá essa energia para o mundo e o mundo o tratará como ele se trata. Pode-se até ter dó de uma pessoa assim, mas ela não receberá um tratamento respeitoso, verdadeiramente afetivo, pois emana uma energia de desrespeito, de desconsideração e de desvalor.

Por não se dar importância, o indivíduo acaba condicionando seu valor a partir do que recebe do outro, como aprovações, elogios ou a sensação de que agradou. E, de acordo com sua vibração, sem dúvida não atrairá os tais elogios e aprovações de que tanto necessita.

Dicas:
  • Perceber que você não controla nada que está fora de você, logo não poderá agradar a alguém totalmente.
  • Compreender que você não pode adivinhar o que o outro sente.
  • Aceitar-se como é, aceitar seu jeito de ser e sentir, aceitar seu ritmo e as necessidades de sua natureza
  • Aceitar que talvez existam detalhes que você precisa melhorar. Aceite-os e aja com bom senso, fazendo o que é necessário.
  • Parar de se olhar com mais olhos e procurar não se olhar com o que você acha que o outro espera, ou seja, com os olhos do outro.

Lembre-se: Você é muito mais que detalhes, é uma natureza que contem detalhes.

Carência Emocional, por Lourdes Possatto


Carência Emocional, por Lourdes Possatto


Todos nós somos mais ou menos carentes e, dependendo do nível de consciência de cada um, uns bancam mais suas próprias carências e outros nem tanto. O fato é que, necessariamente, as pessoas não suprirão nossas carências. O mundo o trata como você se trata, essa é a lei vibracional da atração.

Carente emocional é aquela pessoa que necessita de apoio, direção e estímulo dos outros e, por conta disso, tende a ter uma fala chorosa, reclama muito e é solicitante em excesso. É, também, uma pessoa crítica até certo ponto e dá a entender que os outros deveriam fazer isso ou aquilo para que ela possa se sentir bem. Na maioria das vezes são pessoas pegajosas, que precisam ficar tocando, abraçando, pondo a mão em que está ao redor para conseguirem se sentir, pois uma vez que não têm pontos de referência internos, não conseguem se sentir por si mesmas.

Às vezes são bem ciumentas, querem a amizade e a companhia do outro só para si, não sabendo dividir.

Dicas:
  • O fato de você não atender às expectativas de alguém não significa que você está errado, significa apenas que não atendeu às expectativas.
  • O fato de alguém ser chato ou agressivo com você não significa que você seja uma coisa ruim ou um erro da natureza. Pode ser que o outro esteja de mau humor.
  • O antídoto para o carente afetivo é amor, muito amor mesmo, de si para si, auto-aceitação, compreensão e perdão.
  • As pessoas lhe darão somente o que sabem, querem e podem e somente você sabe do que precisa e quanto precisa.
  • Se apenas você sabe a medida, que tal colocar a mão na massa e agir em prol de si mesmo? Uma coisa é certa: o ruim e o desconforto já estão aí.
  • Dependa de si mesmo, faça por si mesmo, reconheça seu poder e seus potenciais e ação, começando, assim, a elevar sua auto-estima. Aja pelo coração.

Lembre-se: É muito importante que você entenda e desfaça o esquema emocional que gerou essas conclusões fatais e depreciadoras, porque essa linha de pensamentos é desrespeitosa, ruim e desconfortável e gerará tristeza e angústia em seu peito – sentimentos que aparecem justamente para informá-lo de que você está em uma linha de pensamento ou postura inadequada, sem nenhuma validade real.

A luta pela independência



Saiba mais!
Aos finais de semana, elas apenas saem de casa se for com os filhos, só vão ao cinema assistir um filme especial se seus maridos ou namorados forem também, existem mulheres que até para ir ao salão de beleza precisam da companhia de suas amigas. Elas nunca estão sozinhas e não sabem viver consigo mesmas. Embora, tenham conquistado liberdade, respeito e dinheiro, muitas ainda sofrem de dependência afetiva. E fazem coisas que, às vezes, vão contra sua vontade só para agradar os outros.
A psicóloga e autora do livro “A Essência do Encontro” Lourdes Possatto explica que isso é reflexo da nossa cultura. Para ela, as mulheres ainda encontram dificuldades em ser independentes em suas relações. “Até os anos 1960 do século 20, a mulher foi forçada a ser dependente pela própria cultura machista e pela educação tradicional. Desde então, tem mudado seus valores e sentido necessidade de criar sua independência, pelo menos a financeira; a ponto de não ter que aguentar uma relação conjugal ruim só por causa do marido”.
Mas, o fato é que a independência emocional é mais difícil de ser alcançada porque a pessoa precisa se bancar em todos os sentidos, precisa se dar o auto apoio, “É exatamente aí que a maioria das mulheres empaca, porque quando se trata de um parceiro, por exemplo, ainda acha que não pode viver sem alguém ao seu lado que as “complete”. É ridículo pensar que somos uma metade. Cada um é inteiro, é uma natureza integrada, um ser individual, assim os encontros deveriam ser de duas pessoas inteiras e não de duas metades que se completem para só então serem felizes. Nada mais neurótico ”.
A dependência em excesso é prejudicial porque gera muito sofrimento por conta da ansiedade e angústia. Na infância, é natural dependermos de alguém que cuide de nós, só que quando crescemos não é mais natural depender de alguém para viver, não é mesmo? O verdadeiro ponto de equilíbrio é ser independente emocionalmente falando, ser absolutamente responsável por si mesmo, ter uma boa percepção de sua natureza única e com isso poder fazer escolhas nutritivas, utilizando os potenciais de forma autêntica e madura.
Exercite sua independência seguindo as dicas da doutora Lourdes:
Fazer para si mesma coisa que tanto espera que os outros lhe faça. Se ficar esperando por valorização, que tal valorizar-se? Se esperar por aceitação, que tal trabalhar a auto aceitação sem críticas? Fazer pelo outro e aí criar a expectativa de receber dele alguma coisa significa neurose. Assim, aja para si mesma. Utilize seus potenciais para si mesma, e não contra. Trabalhe a ideia de bancar-se, ser autêntica, se expressar verdadeiramente o que sua natureza original é. Todas estas atitudes irão propiciar a sensação maravilhosa de ser inteiro, integrado, único, verdadeiro, importante por ser o que é.

Depressão, por Lourdes Possatto


Depressão, por Lourdes Possatto


A depressão é como se fosse uma morte existencial, quando toda a vitalidade e o entusiasmo pela vida parecem inexistentes. Sente-se um vazio sem explicação, angústia, ansiedade e medo; tudo é muito confuso e conflitante. Problemas físicos podem ocorrer: alguns não conseguem dormir, outros dormem o tempo todo, perda ou excesso de apetite, perda de interesse pelo sexo.

Com relação ao físico, a medicina explica que existem, em nosso cérebro, mensageiros químicos chamados neurotransmissores. Eles nos ajudam a controlar as emoções. Os principais são a serotonina e a norepinefrina. Quando uma pessoa está deprimida, isso significa que os mensageiros estão em desequilíbrio.

Emocionalmente, no estado de depressão, a alma clama por atenção pelo fato de o indivíduo ter se afastado totalmente de seu Eu verdadeiro, da Vida, de Deus ou da Natureza dentro de si. E a depressão surge para “puxar” a pessoa para dentro, forçando-a a encarar-se e perceber-se. Assim ela obriga um contato interno, a fim de propiciar uma percepção diferente e realista de si mesmo. Os principais aspectos emocionais que podem levar a um processo depressivo são: dependência emocional, dificuldade para aceitar a realidade, mágoa e raiva acumulada, longo histórico de autonegação e sentimentos de culpa e remorso.

Concluindo, podemos perceber como o processo de depressão é uma auto-agressão e uma constante revolta da pessoa contra si mesma e contra sua própria natureza. O depressivo acha que as causas de sua condição são externas, o fato das coisas serem com são, mas sabemos que ele fica assim por não lidar adequadamente com o que lhe acontece.

Dicas:
  • Querer sair da depressão é o principal aspecto no caminho da cura;
  • Procurar ajuda de um especialista, de preferência que inclua um processo de psicoterapia para que a pessoa possa aprender a se perceber melhor, desabafar, reconhecer em si potenciais e recursos naturais que pode usar;

Lembre-se: A depressão é o resultado de posturas e atitudes inadequadas. Curar a depressão envolve a mudança dessas atitudes e posturas.

Mimo/Vitimismo, por Lourdes Possatto


Mimo/Vitimismo, por Lourdes Possatto


O sujeito mimado é aquela pessoa que espera que o mundo seja do jeito que ele quer, que os outros façam o que ele quer, na hora que quer e do jeito que quer. Existem muitas pessoas mimadas independentemente do nível socioeconômico. O mimado tem uma insegurança muito grande, ele carece de valorização. Então, sempre espera que alguém reconheça seu valor fazendo exatamente o que ele quer. O mimado impõe sua vontade por meio de choro ou chantagem emocional. Ele tem uma carência de “colinho” constante, para que se sinta amparado, amado.

A vítima se comporta como se nada dependesse dela, por que ela é a vítima, logo, é totalmente irresponsável. E ainda acha que só por que o outro tem mais do que ela, é obrigação dele ajudá-la. A vítima impõe que as pessoas a ajudem e lhe dêem o que ela precisa.

Ambos têm dificuldade de aceitar a realidade como é, bem como sua responsabilidade, pois idealiza as coisas a as pessoas segundo sua ótica egocêntrica.

Dicas:
  • Aceitar a realidade e perceber nossa ausência de controle sobre a vida e as pessoas.
  • Mude a si mesmo e os outros responderão a esse novo padrão de energia.
  • Somos capazes de fazer o que temos que fazer, percebendo nossos potenciais e os redirecionando para agirmos em prol de nós mesmos.
  • Não culpar ninguém por nada, pelo contrário, usar seu livre-arbítrio e agir de acordo com o que sabe e pode.
  • Assumir a responsabilidade de usar seu poder de escolha a seu favor, se responsabilizar por você e por suas escolhas.
  • Conservar seu poder em suas próprias mãos. Trabalhar sua independência emocional.
  • Conservar seu poder em suas próprias mãos. Trabalhar sua independência emocional.

Lembre-se: A inveja faz mal para quem inveja e não para a pessoa invejada, por que ninguém tem o poder de nos prejudicar, a não ser que estejamos na vibração do mal, do julgamento e da inveja negativa.

Raiva/Agressividade, por Lourdes Possatto


Raiva/Agressividade, por Lourdes Possatto


O que sentimos é reflexo e resultado do que pensamos e damos importância. Geramos raiva, irritação e frustração em nós mesmos por conta de interpretações errôneas sobre os fatos, expectativas, sentimentos de depreciação, dramatismo, situações em que nos inferiorizamos e nos colocamos contra nós mesmos.

A raiva é uma fonte de energia e poder e mostra isso mesmo: que você é forte e tem uma energia interessante para usar e se modificar. Quando sente muita raiva, entenda que ela é um pedido para que você promova mudanças em sua vida, modificando suas posturas e atitudes.

Raiva também tem a ver com expectativas que criamos sobre algum fato. Sempre temos idéias de como gostaríamos que as coisas fossem ou de como as pessoas deveriam agir. Raiva é decepção, frustração em um grau mais acentuado.

Dicas:
  •  
  • Trabalhe o autoconhecimento e dê ao outro amor, afeto, respeito e principalmente liberdade.
  • Não negar o que sente. Se sente raiva, aceite-a. Procurar usar essa energia de forma construtiva: fazer mudanças, colocar limites, etc.
  • Prestar atenção ao que sente e investigar quais são as cobranças, exigências absurdas que faz consigo e com a vida que não respeitam sua natureza.
  • Aquilo que odiamos nos outros, fazemos com nós mesmos.
  • Observar as coisas que lhe dão raiva exagerada, que o irritam muito e perceber que você age de forma similar consigo mesmo.

Lembre-se: Respeitar não é se submeter ou conformar-se, não é passividade nem auto-anulação. Aceitar é a consciência de que as coisas são como são e as pessoas têm o próprio jeito de ser e pensar. Não temos o poder de mudar ou controlar isso tudo. Por isso é importante aceitar, pois só quando você aceita, poderá desenvolver a ação pura, ou seja, perguntar-se: “Apesar de isso ser assim, o que posso e quero fazer?”. Assim, o respeito pelo externo significa o respeito interno pelos próprios limites e jeito de ser.

Insegurança/Fragilidade, por Lourdes Possatto


Insegurança/Fragilidade, por Lourdes Possatto


Não existem pessoas inseguras. As pessoas geram sua própria insegurança quando não se apóiam naquilo que sentem e tentam adivinhar o que o outro ou a situação espera delas. A insegurança resulta de segurar-se em algo ou alguém. Agir pelo conceito de “adequado”, de “acordo com os conceitos tradicionais” e não fazer a ponte do “adequado” com seu interior gera, automaticamente, a insegurança. Falta de autoconfiança é justamente acreditar que não pode ou não deve confiar no que sente. A verdadeira auto-segurança é quando você se segura no que sente, em sua vontade verdadeira e em suas capacidades reais, respeitando seus limites reais.

Dicas:
  • Ficar no aqui e agora para poder ouvir sua vontade verdadeira, para poder sentir-se.
  • Confiar no seu sentir. Você sempre terá sensações que informam como você se sente. Certo é o que faz bem, errado é o que faz mal. Assim os conceitos de bem e mal são relativos a cada um.
  • Perceber seu maior poder que é o livre-arbítrio. Você sempre pode optar por aquilo que sente, aquilo que é mais gostoso ou confortável.
  • Não ter medo de errar. O que chama de erro, nada mais é do que uma experiência que não teve o resultado esperado, mas que lhe conferiu aprendizagem que poderá ser aproveitada na próxima tentativa.

Lembre-se: A sensação de insegurança só quer lembrar-lhe o quão desconectado você está de seu sentir verdadeiro e, com isso, o quanto não está se segurando e se apoiando naquilo que sente. O poder é uma energia. Ou está com você ou está fora de você. A posse do seu poder gera auto-segurança e autoconfiança.

Ciúmes, por Lourdes Possatto


Ciúmes, por Lourdes Possatto


O ciúme é realmente uma grande encrenca emocional e atrapalha qualquer relacionamento, pois sofrem o ciumento e seu alvo. Certo grau de ciúme é plausível, tolerável e é comum que sintamos. Preserva o que gostamos.

Um ciúme doentio, crises de ciúmes que levam a descontroles emocionais ou a uma tentativa de controle abusivo da outra pessoa já denotam um sintoma neurótico ou até quadro psicótico, como acontece em crimes passionais, vinganças elaboradas, etc. E é claro que essa emoção tem uma série de explicações e raízes.

Normalmente o ciumento traz um histórico de auto-estima muito baixa, na maioria das vezes causadas por situações de vida nas quais se sentiu muito desvalorizado, inferiorizado, criticado ou cobrado, com uma educação muito austera.

Dicas:
  • Trabalhe o autoconhecimento e dê ao outro amor, afeto, respeito e principalmente liberdade.
  • O outro não é posse.
  • Também dê a si mesmo e faça para si tudo o que espera que os outros façam.
  • Sua vibração melhorará tanto que naturalmente receberá o que está emanando.
  • Não controle, não prenda. Quem ama realmente respeita e libera acima de tudo.

Lembre-se: Claro que, mesmo sendo casado ou comprometido, alguém pode olhar para outras pessoas e achá-las bonitas, sensuais, desejáveis. Pode, inclusive, sentir tesão por alguém, é a coisa mais natural do mundo. Isso é o que sente e não é porque sente que precisa desencadear uma ação, acabar tendo um caso, traindo, etc. Agir é outra história. No entanto, o que não se pode fazer é negar o que se sente.

Ansiedade, por Lourdes Possatto


Ansiedade, por Lourdes Possatto


A ansiedade é um estado de alerta que alimenta o planejamento de ações, buscando saídas, alternativas e ensaiando ações de enfrentamento ou fuga. É o preparo do corpo para fazer algo que nem sempre é feito. O corpo responde ao que pensamos e, geralmente, os pensamentos ansiosos nos deslocam do aqui e agora para uma situação que tememos ou que nos causa alguma preocupação ou apreensão. À medida que você pensa, por exemplo, em algo que o amedronta, o cérebro recebe a mensagem “precisamos estar alertas, precisamos nos defender”; o corpo, então, fica preparado para enfrentar a situação e o que acontece é que a situação não está acontecendo de fato, e todo preparo gerou uma energia que não foi utilizada corretamente.

Dicas:
  • Tomar consciência do nosso processo emocional, de nossa maneira de ser e ver as coisas para interromper e curar a ansiedade.
  • Aceitar o que se sente de fato, não negar esse sentimento.
  • Responsabilizar-se pelo que estamos causando a nós mesmos.
  • Retirar as pressões, não se cobrar de mais por coisas que não estão em nossas mãos.
  • Reconhecer e confiar na força natural dos nossos recursos interiores para pararmos de querer controlar o futuro e os outros com o pensamento;
  • Agir de forma inteligente, usando nossa inteligência emocional e não nossos instintos irracionais;
  • Refletir que não temos como adivinhar o futuro e que a probabilidade de alguma coisa vir a ter um resultado positivo ou negativo é de 50% de cada lado.
  • Centrar-se e viver o aqui e agora: se precisar faça algo como pular, chupar uma bala ardida, andar descalço em um chão frio, etc. Isso nos traz para o momento presente.

Lembre-se: Se você tem uma necessidade, o correto é que consiga gerar uma ação para satisfazer sua necessidade com bom senso, ou seja, a necessidade tem que ser satisfeita por ações que gerem conforto e bem-estar e não o contrário. E, para perceber a ação correta, você precisa estar no aqui e agora, em contato com o que sente e com suas reais possibilidades.

Mudar para evoluir - ibpp

MUDAR PARA EVOLUIR A psicóloga e escritora Lourdes Possatto afirma que nós estamos em constante movimento, assim como o universo. Isso significa que mudanças ocorrem e são necessárias a cada instante. Mas por que somos tão resistentes a elas? Camilla Salmazi Na Doutrina Espírita, a evolução espiritual é uma lei e isso implica que a evolução não acontece por si própria, mas deve ser promovida conscientementente. “Mudar é desadaptar-se, é atualizar-se, é evoluir” explica a psicóloga e espiritualista Lourdes Possa em seu livro É Tempo de Mudança. O aperfeiçoamento do espírito é fruto de seu próprio trabalho e, em uma única existência no mundo material, não é possível que todas as qualidades morais e intelectuais sejam adquiridas e que, portanto, ele não necessite de mais mudanças. Mas a tarefa de evoluir espiritualmente não é tão fácil. Como disse Jesus há mais de dois mil anos: “Estreita é a porta que conduz à verdadeira vida”. O Espiritismo prega que as coisas não estão prontas; o caminho a seguir nem sempre está indicado. Assim, é necessário esforço, trabalho e crescimento através do aprendizado e das mudanças; caso contrário, o espírito terá de aprender e evoluir de maneira dolorosa, pelas doenças, pelas desgraças; enfim, pela dor. Em entrevista exclusiva a Espiritismo e Ciência, Lourdes Possatto fala sobre a importância das mudanças no processo de evolução espiritual e a dificuldade dos espíritos encamados em aceitá-las, mostrando que reconhecer a necessidade de mudar é o primeiro passo para sua realização. A mudança é imprescindível para se progredir? Ou seja, se a pessoa está bem consigo mesma ela precisa, necessariamente, sofrer mudanças para que esteja em processo de evolução? Sim. A mudança acontece constantemente, em nosso corpo e no universo. É sempre um dia após o outro. E a cada dia, a cada momento, estamos mudando sem que tomemos consciência disso. Se a pessoa está bem consigo mesma, a vida não tem necessidade de dar-lhe sinais ou toques de sofrimento, porque se ela está bem, significa que está agindo de acordo com seu melhor, seguindo de acordo com sua natureza. A mudança é natural do homem? É possível que algo seja realmente mudado na vida de um ser humano em um curto período de tempo? Como? Com certeza, e isso eu tenho visto nos meus muitos anos como psicoterapeuta. Tudo que atraímos tem a ver com o padrão de energia em que estamos vibrando. Esta energia está relacionada às nossas atitudes para com nós mesmos. Ao mudá-las, tomando consciência de nossas crenças, por exemplo, mudaremos a nossa vibração, e tudo ao redor de nós muda também. A dificuldade em mudar de algumas pessoas pode estar ligada com vidas passadas, com carmas? Sim. A pessoa pode trazer suas crenças desde vidas passadas. Certa vez, trabalhando o perfeccionismo e rigidez em uma paciente, numa sessão de regressão, ela se lembrou de duas vidas em que sua maneira de ser também era rígida e perfeccionista, tanto quanto nesta vida. Até acessar uma vida anterior a estas, quando um episódio que gerou muita culpa nela explicou as crenças e decretos de sobrevivência através das suas cobranças de perfeccionismo e conseqüente rigidez. Ao tomar consciência desse padrão, ela teve condições de reverter essas atitudes, através da maior autocompreensão, aceitação e amor. Afinal, interna e emocionalmente, sempre se abandonou e tratou-se muito mal, para manter o padrão de perfeição. A aceitação, o amor e a flexibilidade consigo mesma, no sentido de compreender e respeitar sua natureza interna, foram as molas propulsoras para a sua mudança. Quanto ao carma, para mim significa a presença de um determinado índice de sofrimento, que tem a ver com a quantidade de desarmonia que a pessoa criou em sua própria natureza. O resgate é necessário mediante a tomada de consciência de que o sofrimento mostra o caminho errado em que a pessoa se encontra. Compreender como gera seu próprio sofrimento significa assumir a responsabilidade pelo seu próprio carma, a fim de cumprir o darma, que é o seu propósito de vida. A necessidade de mudanças procurando a perfeição é normal ou prejudicial? Depende do referencial. O espírito, a natureza em si mesma é perfeita. Cada um é perfeito com relação à sua natureza, que é perfeita. O que não é perfeito é a ego-personalidade. A busca da perfeição, se realizada pelo ego, é extremamente prejudicial, uma vez que causa um estrago imenso dentro da pessoa, gerando resultados nada agradáveis, como por exemplo, desânimo, preguiça e, em longo prazo, depressão, pelo excesso de desrespeito à sua essência ou natureza interna. Imagine a vibração dessa pessoa, o que a fará atrair problemas, encrencas e doenças, tudo isto como “recados essenciais” para mostrar-lhe que o caminho correto não é esse. Quanto a buscar a perfeição do espírito, seria mais interessante acessar esta perfeição e não buscá-la, uma vez que ela já está lá e sempre esteve dentro da pessoa. Aliás, o nosso amadurecimento e a nossa evolução estão ligados justamente a essa constatação. Como é possível facilitar mudanças? No meu livro É Tempo de Mudança, há um capítulo “Facilitando a Mudança”. Basicamente, a pessoa precisa aprimorar a percepção de si mesma no aqui-e-agora, percebendo e respeitando o que sente; há também a necessidade de vigiar e reorganizar os pensamentos, uma vez que tudo que pensamos passa para o corpo, e o que sentimos está relacionado com o que pensamos e não necessariamente com o que ocorre ao nosso redor. A pessoa precisa também se responsabilizar pelo que causa a si mesma. Como sou Gestalt-terapeuta, costumo dizer que somos nós mesmos que causamos os nossos sintomas. Por exemplo, uma pessoa se queixa de estar estressada. Pergunto-lhe: “como é que você está se estressando?” Justamente para que ela tome consciência do que é que está se exigindo, impondo, cobrando. Se não tomar a consciência do que faz consigo mesma e não assumir responsabilidade, como é que essa pessoa vai querer amadurecer, melhorar e mudar? Para facilitar a mudança, é também muito importante perceber seu livre-arbítrio e rever as escolhas que tem feito, se boas ou más, positivas ou negativas; afinal, ninguém escolhe por você, e se você permite isso, está sendo irresponsável. Se sua vida está ruim demais, por que não usar sua frustração no ousar tentar, mudando o “como” você tem agido? E, sobretudo, é de vital importância estar de posse do seu melhor, ou seja, é quando se percebe que um caminho é melhor do que o que se tem trilhado. Se não prestarmos atenção no nosso sentir e nas verdades interiores e essenciais, o resultado é sempre sofrimento. Assim, descobrir quais são as mensagens que a vida está lhe dando através das situações que acontecem em sua vida é a forma de crescer, amadurecer, e, é claro, ser mais feliz. Em seu livro, É Tempo de Mudança, você fala sobre a transformação de um sentimento em seu sentimento oposto. Como isso é possível? É possível através da percepção de como geramos um determinado resultado em nossa vida. Por exemplo, você faz um bolo de um determinado jeito e sempre sai ruim e feio. Enquanto não observar o “como” está fazendo, você não mudará o resultado, ou seja, o bolo sairá melhor se você revir o procedimento. No livro, falo como transformar quadros emocionais específicos, explicando as raízes de cada um deles. À medida que uma pessoa compreende as raízes emocionais de sua depressão ou obesidade, por exemplo, ela tem condições de transformar suas atitudes e, com isso, mudar o quadro emocional. E como sempre digo: a mudança só ocorre quando você toma consciência de como procede, de onde isso tem origem e muda suas atitudes. Se só houver uma tomada de consciência, a mudança será facilitada. Porém, somente quando o indivíduo tiver para consigo mesmo atitudes diferentes que preencham as suas carências emocionais, é que haverá a modificação de seu padrão de vibração, e aí sim a mudança ocorrerá plenamente. (Extraído da revista Espiritismo e Ciência 13, páginas 22-25)

Efeitos da prece

EFEITOS DA PRECE (15 de outubro de 1861)   A prece é uma aspiração sublime, à qual Deus concedeu um poder tão mágico que os Espíritos a reivindicam constantemente. Orvalho suave como um refrigério para o pobre exilado na Terra e uma disposição fecunda para a alma em prova. A prece age diretamente sobre o Espírito para o qual é dirigida. Ela não transforma seus espinhos em rosas, mas modifica sua vida de sofrimentos (nada podendo sobre a vontade imutável de Deus) imprimindo-lhe esse impulso de vontade que levanta a sua coragem, ao dar-lhe força para lutar contra as provas e dominá-las. Por esse meio é abreviado o caminho que conduz a Deus e, como efeito maravilhoso, nada pode ser comparado à prece. Aquele que blasfema contra a prece não passa de Espírito inferior, de tal modo terreno e atrasado que nem mesmo compreende que deve apegar-se a essa tábua de salvação. Orai, pois a prece é uma palavra descida do Céu; é a gota de orvalho no cálice de uma flor; é o sustentáculo do caniço durante a borrasca; é a tábua do pobre náufrago na tempestade; é o abrigo do mendigo e do órfão; é o berço para a criança dormir. Emanação divina, a prece nos liga a Deus pela linguagem, chamando sua atenção para nós. Orar por nós é amá-lo. Suplicar-lhe por um irmão é um ato de amor dos mais meritórios. A prece que vem do coração é a chave dos tesouros da graça; é o ecônomo que dispensa benefícios em nome da misericórdia infinita. A alma que se eleva para Deus por um desses impulsos sublimes da prece, desprendida de seu envoltório grosseiro, parece apresentar-se cheia de confiança perante ele, certa de obter o que pede com humildade. Orai! Orai! Fazei um reservatório de vossas santas aspirações, que será aberto no dia da justiça. Preparai o celeiro da abundância, tão precioso durante a carestia. Escondei o tesouro de vossas preces até o dia escolhido por Deus para distribuir o rico depósito. Acumulai para vós e para os vossos irmãos, o que diminuirá as vossas angústias e vos fará transpor mais rapidamente o espaço que vos separa de Deus. Reflete em tua miserável natureza; conta as tuas decepções e teus riscos; sonda o abismo profundo para onde podem arrastar-te as paixões; olha em torno de ti os que caem, e sentirás a necessidade imperiosa de recorrer à prece. É âncora de salvação que impedirá o esfacelamento do teu navio, tão sacudido pelas tormentas do mundo.   Teu Espírito familiar

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Autodescobrimento, autoconhecimento, autotransformação e autoiluminação - Adenáuer

http://www.redeamigoespirita.com.br/video/autoconhecimento-autodescobrimento-autotransforma-o-e-autoilumina

Autotransformação na Religião


Autotransformação na Religião

Considero as religiões, em particular o Espiritismo, um conhecimento estruturante para a personalidade autônoma. Seus princípios e suas práticas contribuem sobremaneira para a formação do indivíduo harmonicamente ajustado à sociedade, para a construção de uma personalidade ótima e para a consciência de ser Espírito.

Afora as inserções no Centro Espírita pelas portas da obsessão, o espírita atravessa distintas fases de aprendizado até a consolidação definitiva do saber proposto pelo Espiritismo. Perceber-se Espírito, tendo integrado à personalidade aquilo que é ensinado pelos postulados espíritas, é meta a ser atingida. Até lá, passa-se pelas fases de aproximação, informação, crença e consciência.

Para uma melhor compreensão das fases anteriormente citadas, assinalo abaixo as principais características que observo:

Aproximação. Nessa fase, o espírita, ou candidato a espírita, demonstra uma simpatia e interesse superficial pelas idéias ou pelas práticas espíritas. Sem comprometimento efetivo, alguns princípios são adotados como pano de fundo de idéias e julgamentos, mas sem uma integração completa à personalidade. A afirmação de ser espírita, quando dita, é com reservas e em ambientes receptivos. Poucas leituras são feitas, principalmente de livros muito conhecidos, sem maiores estudos e profundidade reflexiva. Eventualmente assisti a palestras de oradores famosos e de grandes eventos espíritas. Gosta do passe e faz sua caridade redentora de culpas conscientes e inconscientes. Geralmente freqüenta outros cultos.

Informação. Nessa fase ocorre um interesse maior em conhecer argumentos mais consistentes a respeito das teses e fenômenos espíritas. Há um engajamento em práticas tipicamente doutrinárias, com adoção de linguagem espirítica. Há compromissos de renovação interior e interesse em discutir questões espíritas com terceiros. Costuma apresentar-se como espírita, interessando-se pela disseminação do Espiritismo. Lê os clássicos do Espiritismo, comparando seus conceitos com os de outras religiões, declarando abertamente a supremacia das teses espíritas. Geralmente está engajado numa instituição espírita, desenvolvendo alguma atividade semanal, levando a sério a prática da caridade.

Crença. Nesta fase o indivíduo se torna um militante e fiel trabalhador da causa espírita, tendo lido todos os clássicos e boa parte da literatura espírita. Fala sobre Espiritismo em qualquer ambiente, sendo combatente contra as idéias materialistas. É conhecido em seu meio social, principalmente por ser espírita. Está envolvido em mais de uma atividade na instituição espírita, geralmente dirigindo uma delas. Fez e faz sua renovação interior, sendo sinceramente espírita-cristão. Trabalha pela causa espírita, sendo sinceramente convicto do Espiritismo. Participa ativamente do Movimento Espírita, sendo reconhecido pelas obras e atividades filantrópicas que desenvolve.

Consciência. Nesta fase, alcança-se a compreensão da proposta do Espiritismo para si mesmo. O indivíduo mantém a militância espírita, com a compreensão da diversidade de práticas nas distintas Casas Espíritas. Contextualiza os princípios espíritas, filosofando sobre eles, sem dogmatismo ou cerceamento ao livre pensar. Mantém constante contato psíquico com pessoas desencarnadas, sem se alienar da vida comum. Vive uma ética própria, desenvolvida a partir de princípios cristãos, tendo um sistema de valores sem cobranças de perfeição. Descobre no Espiritismo como constituir sua religião pessoal. Integrou os princípios do Espiritismo à sua vida íntima.

Uma mesma pessoa poderá permanecer numa das três primeiras fases toda uma existência, principalmente na terceira, sem alcançar a quarta fase, a consciência de ser Espírito. Isso varia de pessoa a pessoa e de como recebeu orientações a respeito do Espiritismo e de que forma adentrou o chamado Movimento Espírita.

É fundamental abrir-se espaço nas instituições espíritas para facilitar o acesso à quarta fase que deve fazer parte da personalidade de todo espírita, principalmente os militantes. Tal acesso não implica em abolirem-se práticas que são importantes para o acesso às fases iniciais. Para tanto é necessária a implantação, em acréscimo às atividades rotineiras de uma Casa Espírita, de: grupos de estudos avançados de Espiritismo, publicações de protocolos científicos constando resultados de experimento, grupos de crescimento e desenvolvimento pessoal com caráter de terapia de grupo, núcleo de Psicologia do Espírito, núcleo de Educação com implantação de Escola Experimental de educação infantil com base numa pedagogia espírita, núcleo de mídia e comunicação para propaganda institucional e, por fim, núcleo de captação de recursos para sustentação financeira da Casa.

Com isso, o Espiritismo ampliaria suas propostas de transformação do ser humano e de combate ao materialismo em seus principais fundamentos (orgulho e egoísmo), constituindo-se, a partir do Centro Espírita, num campo de transformação para seus adeptos esclarecidos e não apenas para freqüentadores eventuais e curiosos que desejam a salvação mágica.

É compreensível que o Espiritismo se apresente e seja praticado como qualquer religião, pois seu surgimento o caracteriza como tal. Isso, inclusive, proporciona maior aceitação popular, contribuindo para a disseminação e assimilação de seus princípios básicos. É também salutar a discussão de idéias visando alcançarem-se novos entendimentos a respeito de antigas questões e de temas emergentes e contemporâneos.

O desenvolvimento da personalidade ótima dentro do Centro Espírita se faz pela busca constante e a partir de atividades constituídas para essa finalidade. Deixar o trabalhador do centro Espírita à tarefa de sozinho, sem reforço positivo, sua reforma íntima, tem se tornado impraticável.

E-mail: adenauer@larharmonia.org.br

Princípios básicos da Reforma Íntima

http://www.fraternidadeluizsergio.org.br/Os%20Principios%20basicos%20da%20Reforma%20Intima.pdfípi

Reforma Íntima


Reforma Íntima

Referências sobre Reforma Íntima
“Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más tendências”.
Allan Kardec in “O Evangelho Segundo o Espiritismo “, capítulo XVII, ítem 4
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” A questão social não tem, portanto , o seu ponto de partida na forma de tal ou tal instituição ; está inteiramente no aperfeiçoamento moral dos indivíduos e das massas.  Aí está o princípio , a verdadeira chave da felicidade da Humanidade, porque então os homens não pensarão mais em se prejudicarem uns aos outros . Não basta colocar um verniz sobre a corrupção , é a corrupção que é preciso extinguir .
O princípio do aperfeiçoamento está na natureza das crenças , porque as crenças são o móvel das ações e modificam os sentimentos ; está também nas idéias inculcadas desde a infância e identificadas com o Espírito , e nas idéias que o desenvolvimento ulterior da inteligência e da razão podem fortificar , e não destruir . Será pela educação , mais ainda do que pela instrução , que se transformará a Humanidade .
O homem que trabalha seriamente pelo seu próprio aperfeiçoamento assegura a sua felicidade desde esta vida ; além da satisfação de sua consciência , isenta-se das misérias , materiais e morais , que são a conseqüência inevitável de suas imperfeições . Terá a calma porque as vicissitudes não farão senão de leve roçá-lo; terá a saúde porque não usará o seu corpo para os excessos ; será rico , porque se é sempre rico quando se sabe contentar-se com o necessário ; terá a paz da alma , porque não terá necessidades fictícias, não será mais atormentado pela sede das honras e do supérfluo , pela febre da ambição , da inveja e do ciúme ; indulgente para com as imperfeições de outrem , delas sofrerá menos ; excitarão a sua piedade e não a sua cólera ; evitando tudo o que pode prejudicar o seu próximo , em palavras e em ações , procurando, ao contrário , tudo o que pode ser útil e agradável aos outros , ninguém sofrerá com o seu contato .
Assegura a sua felicidade na vida futura , porque , quanto mais estiver depurado, mais se elevará na hierarquia dos seres inteligentes , e logo deixará esta Terra de provas por mundos superiores ; porque o mal que tiver reparado nesta vida não terá mais que reparar em outras existências ; porque , na erraticidade, não encontrará senão seres amigos e simpáticos , e não será atormentado pela visão incessante daqueles que teriam do que se lamentar dele “.
Allan Kardec in “ Obras Póstumas“, Credo Espírita — Preâmbulo (FEB).

Indicação de livros


Indicação de livros

Serie Psicológica
1. Título:  O Homem Integral
Autor: Divaldo P. Franco e Joanna de Ângelis (Espírito)
Editora: LEAL
Ensaio de Psicologia espírita que demonstra que a Filosofia e a Psicologia tentam compreender o homem através de processos que fragmentam a sua realidade. A Autora Espiritual, através de 9 capítulos, divididos em temas, apresenta o homem como ser integral, idealista, imortalista e lúcido, sendo Jesus o modelo mais perfeito a ser seguido.
2. Título: O Ser Consciente
Autor: Divaldo P. Franco e Joanna de Ângelis (Espírito)
Editora: LEAL
Essa é mais uma Obra da série psicológica do espírito Joanna de Ângelis, através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco. Faz parte da trilogia iniciada com O Homem Integral, seguida de Plenitude e agora concluída de maneira ímpar. Calcada no estudo da personalidade humana, a mentora examina e explica os múltiplos fatores que constituem o ser, denominando-os: Quarta Força, Ser e Pessoa, Problemas e Desafios, Fatores de Desintegração da Personalidade, A Conquista do Self, Silêncio Interior, etc.
3. Título: Triunfo Pessoal
Autor: Divaldo P. Franco e Joanna de Ângelis (Espírito)
Editora: LEAL
Com seu estilo inconfundível a nobre Mentora Joanna de Ângelis, através da psicografia de Divaldo Franco, apresenta-nos mais uma joia literária. Triunfo Pessoal é, pois, o coroamento e a síntese da brilhante série psicológica de Joanna de Ângelis Na introdução desta obra, a autora espiritual escreve que ?apesar de ter-se concentrado ao máximo na notável contribuição do Dr. Carl Gustav Jung, trouxe também o pensamento de diversos outros psiquiatras, psicanalistas e biólogos, com o objetivo de demonstrar que na raiz de todo e qualquer transtorno, aflição e sofrimento, encontra-se o Espírito eterno, autor e responsável pelas ocorrências que lhe dizem respeito. Enfatizando que no ser encontram-se os recursos para o seu reequilíbrio, a sua recuperação, a sua paz?. Oferece-nos temas momentosos e de grande interesse como: Depressão; Transtornos obsessivos-compulsivos, Esquizofrenia, Síndrome do estresse pós-traumático, Complexo de inferioridade, Fugas da realidade, Necessidade da fé religiosa, Apoio terapêutico pela religiosidade, Religião e Saúde. Através desta obra, a querida Mentora deseja ajudar-nos a reconquistar a saúde, a evitar que tombemos nas malhas dos transtornos emocionais, encontrando a paz e a felicidade. Vamos acolher mais este presente da nobre Mentora, guardando suas sugestões e convites dentro do coração.
4. Título: O Despertar do Espírito
Autor: Divaldo P. Franco e Joanna de Ângelis (Espírito)
Editora: LEAL
Nesta fascinante obra da série psicológica, a querida Mentora Joanna de Ângelis, através da psicografia de Divaldo Franco, analisa e apresenta soluções para muitos dos distúrbios psicológicos da atualidade, através das sábias propostas do Espiritismo. A querida Benfeitora enfatiza na Introdução desta brilhante obra que o homem e a mulher da atualidade, após os vôos do conhecimento e da tecnologia, debatem-se, surpresos, constatando que os milênios de cultura e de civilização não lhes solucionaram os grandes desafios da emoção… Destacamos temas interessantes e de grande atualidade tais como: Cansaço e desânimo, Perda do sentido existencial, Violência Urbana, Toxicomania, Sexolatria, Relacionamentos familiares com parceiros e cônjuges, Desespero, Medo da Velhice, Conflitos de culpa e de vergonha, entre outros. Este trabalho extraordinário da nobre Mentora vem lançando sinais luminosos na estrada da vida, auxiliando-nos a encontrar a plenitude. Recebamos com gratidão esta preciosa obra.
5. Título: Autodescobrimento – Uma Busca Interior
Autor : Divaldo P. Franco e Joanna de Ângelis (Espírito)
Editora: LEAL
Mais um ensaio de Psicologia espírita, onde a Instrutora Espiritual analisa o ser real, os conflitos o inconsciente e o sub-consciente, a viagem interior, os transtornos comportamentais, o pânico, a amargura, a conquista de si, etc. Facultando que cada um descubra seus limites reais e suas verdadeiras aspirações.
6. Título: Momentos de Saúde
Autor: Divaldo P. Franco e Joanna De Angelis (Espírito)
Editora: LEAL
Apresenta inúmeras mensagens que estimulam a viver bem através de mensagens profundamente consoladoras. Aborda as dificuldades do relacionamento humano, leva as pessoas a certificar-se de que realmente é possível ser feliz, superando quaisquer empecilhos.
7. Título: As Dores da Alma
Autor: Francisco do Espírito Santo Neto & Hammed (Espírito)
Editora: Boa Nova
O autor espiritual Hammed, através das questões de “O livro dos Espíritos”, analisa a depressão, o medo, a culpa, a mágoa, a rigidez, a repressão, dentre outros comportamentos e sentimentos, denominando-os “dores da alma” e criando pontes entre os métodos da psicologia, pedagogia e da sociologia, fazendo o leitor mergulhar no desconhecido de si mesmo no propósito de alcançar o auto-conhecimento e a iluminação interior.
8. Título: Renovando Atitudes
Autor: Francisco do Espírito Santo Neto & Hammed (Espírito)
Editora: Boa Nova
Elaborado a partir do estudo e análise de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, o autor espiritual Hammed afirma que somente podemos nos transformar até onde conseguirmos nos perceber. Ensina-nos como ampliar a consciência, sobretudo através da análisedas emoções e sentimentos, incentivando-nos a modificar os nossos comportamentos inadequados e a assumir a responsabilidade pela nossa própria vida.
9. Título: Imensidão dos Sentidos: um Estudo Psicológico da Sensibilidade Humana
Autor: Francisco do Espírito Santo Neto & Hammed (Espírito)
Editora: Boa Nova
Como “olhar” além do óbvio e do que os nossos cinco sentidos podem oferecer? Como adentrar no vasto campo da sabedoria espiritual de forma natural e espontânea? Nesta obra, o autor espiritual Hammed mergulha o leitor no estudo e análise psicológica do vasto campo da sensibilidade humana, despertando-o para a visão integral de si mesmo e para a visão do universo cósmico que o compõe. Baseado em “O Livro dos Médiuns”.
10. Título: Os Prazeres da Alma – Uma reflexão sobre os potenciais humanos
Autor: Francisco do Espírito Santo Neto & Hammed (Espírito)
Editora: Boa Nova
O médium paulista Francisco do Espírito Santo Neto, juntamente com seu mentor espiritual Hammed, desenvolve a vários anos uma literatura voltada para o estudo do comportamento humano. Em obras anteriores, como Dores da Alma e Renovando Atitudes, ele faz uma análise das imperfeições humanas à luz do Espiritismo e sugere formas de melhoria de conduta e realização da reforma íntima.
Neste seu mais recente livro o autor explora os potenciais do ser humano. Temas como: alegria, desapego, sabedoria, criatividade e amor são abordados como possibilidades reais a todos, dependendo apenas de uma melhor atitude perante a vida.
Este livro não pretende ser um guia de conduta, mas sim um referencial, a partir do qual podemos dar início a busca pela felicidade através de nossos próprios meios e segundo nossas próprias potencialidades, ou nas palavras do próprio autor: “estas páginas se propõe a ser uma jangada que transporta sobre as águas de uma margem para a outra, todavia, quando chegamos ao outro lado do rio, devemos buscar horizontes só nossos.”
11. Título: Prazer de Viver
Autor: Wanderley S. De Oliveira e  Ermance Dufaux (Espírito)
Editora: Dufaux
Milhões de pessoas lutam para sobreviver sem existir. Passam pela vida sem permitir que ela passe por sua alma. Acordar todos os dias com a chama da esperança acesa. Acreditar que merecemos ser felizes. Saber escolher os caminhos para construir os nossos sonhos e desejos de modo digno. Gostar do mundo e das pessoas como são. Ter uma relação de amor consigo mesmo. Saber sorrir nos momentos mais difícies. Ser grato e alegre em todas as situações. Divertir no cumprimento do dever. Alcançar leveza no ato de viver. Quem não gostaria de experimentar esses prazeres da vida? Ermance Dufaux, com seus ensinos neste livro nos auxilia a pensar caminhos para alcançar essas metas existenciais, a fim de que nossas reencarnações sejam melhor vividas e aproveitadas.
12. Título: Escutando Sentimentos
Autor: Wanderley S. De Oliveira e  Ermance Dufaux (Espírito)
Editora: Dufaux
“A atitude de amar-nos como merecemos”. O sentimento é a maior conquista evolutiva do Espírito. Aprendendo a escutá-lo, estaremos entendendo melhor a nossa alma. Não existe um só sentimento que não tenha importância no processo do crescimento pessoal. Quando digo a mim mesmo “não posso sentir isto”, simplesmente estou desprezando a oportunidade de auto-investigação, de saber qual é ou quais são as mensagens profundas da vida mental.”
13. Título: Reforma Íntima Sem Martírio
Autor: Wanderley S. De Oliveira e  Ermance Dufaux (Espírito)
Editora: Dufaux
“Ermance com rara felicidade consegue penetrar nos meandros das questões psíquicas, esclarecendo-nos quanto a este mecanismos mentais cruéis que nos fazem sofrer ao invés de amar, auto flagelar ao invés de perdoar, por isso, de tudo que temos lido a respeito, este a nosso ver, é um manual de cabeceira para ser lido, meditando, buscando a sua aplicação no cotidiano de nossas vidas. Ermance primeiro esclarece, depois exorta, concitando a uma tomada de atitude consciente, para que possamos nos resgatar dos labirintos mentais para as cleridades do amor.”
14. Título: Atitude de Amor
Autor: Maria José da Costa Soares de Oliveira e Wanderley S. De Oliveira e  Bezerra de Menezes (Espírito)
Editora: Dufaux
“A melhor campanha para a instauração de um novo tempo na Seara passa pela necessidade de melhoria das condições do centro espírita, que é a célula operadora do objetivo do Espiritismo. Lá sim se concretizam não só o conhecimento e o trabalho, mas a absorção das verdades no campo individual consentidas em colóquios íntimos e permanentes, que reproduzem os momentos de Jesus com seu colégio apostólico. Por isso, temos que promover as Casas, de posto de socorro e alívio a núcleo de renovação social e humana, através do incentivo ao desenvolvimento de valores éticos e nobres capazes de gerar a transformação. Para isso só há um caminho: a educação.” Bezerra de Menezes
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Outros livros Espíritas
Manual  Pratico Do Espírita
Autor: Ney Pietro Peres
Editora: Pensamento
O processo de mudança interior tem sido um imperativo a que nos vimos submetendo há séculos, durante existências e existências, no plano corpóreo e nos planos espirituais. Participar, de modo produtivo e consciente, do contexto evolutivo que nos impulsiona, inapelavelmente, para a intergação com a Inteligência Suprema Universal é o único caminho a seguir.
Fundamentos Da Reforma Intima
Autores: Abel Glaser ;  Cairbar Schutel
Editora: Clarim
Reforma íntima é o renovar das esperanças interiores, tendo por meta o fortalecimento da fé, a solidificação do amor, a incessante busca do perdão, o cultivo dos sentimentos positivos e a finalização no aperfeiçoamento do ser. É o esforço que o ser humano faz para melhorar-se moralmente.


Livros não espíritas escritos a maioria por Médicos ou Psicólogos
O Cavaleiro Preso na Armadura
Autor: Robert Fisher
Editora: Nova Era
Sua Sombra
Autor: Robin Robertson
Editora: Pensamento
Gente que Mora Dentro da Gente
Autor:Patrícia Gebrim
Editora: Pensamento
O Caminho da Autotransformação
Autor: Eva Pierrakos
Editora: Cultrix
Eu Não Tenho Que Resolver Tudo
Autor:Gary B. Lundberg
Editora: Rocco
Como Quebrar Padrões e Rotinas e Mudar de Vida
Autor:Farrel Silverberg
Editora: Campus
Felicidade Autêntica
Autor: Seligman, Martin E. P.
Editora: Ponto de Leitura
Os Segredos da Vida
Autor:Elizabeth Kubler – Ross e David Kessler
Editora: Sextante
7 Tipos de Inteligência
Autor:Thomas Armastrong
Editora: Record
Pessoas Altamente Sensíveis
Autor: Eliane N. Aron
Editora: Gente
A Carícia Essencial
Autor: Roberto Shinyashiki
Editora:Gente
O Fator Amizade
Autor:Alan Loy McGinis
Editora: Paulus

Viver a perda


Viver a perda

11102010

Texto de Leandro Pontes
Psicólogo 01-13641
membro da Comunhão Espírita de Brasília

Lidar com a perda nem sempre é algo fácil de se fazer, visto que é algo que temos de lidar com os nossos mais primitivos sentimentos de desamparo e vulnerabilidade. Mas como e o que fazer diante da situação inevitável de lidar com a perda do objeto amado?
Muitas vezes criamos espelhos das nossas relações pessoais no nosso inconsciente de forma fantasiosa, criamos um ser amado que não existe e jamais existirá no mundo real e, no entanto, trazemos para o mundo real toda a carga de demanda emocional e frustração para com o nosso ser amado. Alguns estudiosos do assunto dizem que quanto mais se ama mais se sofre, porém, como um sentimento tão sublime quanto o amor pode causar tantos danos? Certamente, encontraremos a resposta na forma com que construímos e administramos esse sentimento. Freud dizia nos idos de 1913 que “Nunca estamos tão mal protegidos contra o sofrimento como quando amamos, nunca estamos tão irremediavelmente infelizes como quando perdemos a pessoa amada ou o seu amor”.
Precisamos reconhecer em nós os sentimentos que nos são característicos, conhecer os eventos que desencadeiam as nossas mais primitivas e elaboradas emoções, conhecer em nós mesmos os efeitos físicos que os sentimentos nos causam, enfim, ter consciência corporal dos sentidos.
Quando uma pessoa perde uma pessoa amada dizemos que o sentimento característico é o sentimento da dor e quando há a ameaça da perda, dizemos que há a angústia diante da ameaça da perda, como se o nosso corpo já preparasse todas as nossas ferramentas conscientes e inconscientes, para lidar com a possível ameaça a nossa harmonia estrutural.. Mas e quando a perda vem de forma abrupta e irreparável como na experiência da morte de um ente querido? Essa dor que não pôde ser amortecida e de certa forma preparada pela angústia, causará no indivíduo que a experimenta a dor traumática que desestrutura o sujeito, de tal modo que não consiga, no nível consciente, experenciá-la e resignificá-la de forma a se restabelecer de prontidão, ficando efetivamente um trauma, podendo, inclusive fazer da dor física um sintoma da dor emocional.
Há, portanto, urgência no conhecimento daquilo que se sente para que possamos reconhecer os momentos em que estamos na condição de ajudar a dor do outro ou na condição de receber auxilio. Há de se reconhecer à existência daquilo que o psicanalista J-D Nasio, intitula de Dor de Amar, que de acordo com o autor, essa dor é o afeto que traduz na consciência a reação defensiva do eu quando, sendo comocionado[1], ele luta para se reencontrar, neste caso, segundo o autor, a dor é uma reação.
Diante dessa dor, que não pode ser representada em sua totalidade em palavras, o indivíduo sob risco de se esgotar psiquicamente e emocionalmente, concentra suas forças em um só ponto: a representação do amado perdido. A partir desse momento a consciência do sujeito fica inteiramente ocupada em manter viva a imagem daquele que se foi, até mesmo colorindo de cores mais vivas e positivas o amado perdido daquelas que anteriormente se tinha consciência.
Esse artifício desempenha papel primordial em preservar o sujeito do esgotamento de suas emoções atirando-a em um luto patológico que causaria dados incalculáveis a sua vida.
Elisabeth Kübler-Ross, médica suíça que se dedicou aos cuidados paliativos e desenvolveu a teoria da morte e o morrer[2], apresentou cinco fases no processo de assimilação da angústia da perda ou da perda abrupta, em outras palavras, do luto, são elas:
1.      Negação – Serve de amortecedor para o impacto da perda até que a pessoa tenha condições minimamente razoáveis de lidar com o ocorrido.
2.      Raiva – O sujeito já assimilou o fato (a perda, o diagnóstico e seu prognóstico sem expectativa ou a amputação de um membro, por exemplo) tenta de algum modo culpar algo ou alguém por sua incompreendida situação como meio de encontrar racionalidade a dor.
3.      Negociação – No desespero diante do ocorrido e do despreparo emocional para lidar com a perda o sujeito “tenta” barganhar com a espiritualidade algo em troca da restituição daquilo que foi perdido.
4.      Depressão[3] – É uma fase de preparação para a fase seguinte, o sujeito tende a se repensar ou repensar a relação com aquele que se foi. Esta é a fase em que o silêncio significa muita coisa, pois está repleto de reflexões que não podem ser verbalizadas em sua totalidade.
5.      Aceitação – O sujeito passa a aceitar a sua condição seja do ângulo de quem vive uma doença terminal ou alguém que perde o ser amado.
Inicialmente as fases citadas foram elaboradas para descrever o processo da morte e do morrer, ou seja, para aquele que perde o ser amado e para aquele que vivencia gradualmente a sua morte por uma doença terminal, contudo, com o aprofundar dos estudos sobre essas questões, essas fases são aplicadas nos dia de hoje de uma forma geral a todos os processos de enlutamento, de perda do objeto amado, ex: separações, perda de membros do corpo, doenças incuráveis.
Acontece, de forma gradual, entre um pólo e outro; entre a fase de negação e a fase de aceitação um processo de desinvestimento e outro de superinvestimento. No primeiro, acontece que o sujeito, inconscientemente, retira todo investimento emocional das suas representações e demais vínculos afetivos para superivesti-los intensamente na representação daquele objeto que se perdeu, causando o luto. O psicanalista J-D Nasio[4], conclui que esse esvaziamento súbito causado pelo desinvestimento é tão doloroso quanto o superinvestimento em um único objeto de amor, considero até que a manutenção desse supervinvestimento propicia o desenvolvimento de psicopatologias. Nasio resume a dor de amar como: “o afeto que exprime o esgotamento de um eu inteiramente ocupado em amar desesperadamente a imagem do amado perdido. O langor e o amor se fundem em dor pura”.
Assimilar a perda nem sempre é fácil, ainda mais quando não trabalhamos em nós o desapego ou a crença em formas mais elaboradas e evoluídas de transformação da vida e do sentimento, por isso na nossa sociedade o luto é algo tão complicado de se fazer porque simplesmente não paramos para refletir sobre o processo. Não nos repensamos, diria até que não pensamos sobre a perda. Passamos o tempo nos iludindo com a dor ou com formas de entretenimento e anestesias emocionais que bloqueiam a resignificação da perda.
De acordo com Nasio, o luto é nada mais do que uma lentíssima redistribuição da energia psíquica até então concentrada em uma única representação que era dominante para o sujeito que vivencia a perda. Mas nos dias de hoje, realizar o luto está cada vez mais difícil, as relações são substituídas sem serem repensadas, os sentimentos são mascarados com drogas (lícitas ou ilícitas) e condutas de vida que não lhes permitem a análise minuciosa da ferida.
É como se em um cesto de roupas sujas fossemos empilhando uma roupa suja em cima da outra, considerando cada roupa uma metáfora para cada perda/trauma, por fim o cesto há de transbordar e o sujeito terá de encarar todas aquelas roupas de uma só vez. Assim é quando não pensamos nas nossas relações e não dedicamos espaço e tempo para analisar cada uma delas devidamente ao seu tempo, corremos o risco de ter um transbordamento de sofrimento que imperiosamente fará com que teremos de paralisar a vida para lidar com o acúmulo de emoções que não foram assimiladas ao longo do tempo.

[1] Que sofre as conseqüências de uma comoção.
[2] KÜBLER-ROSS, E. Sobre a morte e o morrer. São Paulo, Martins Fontes, 1992.
[3] Não confundir com a patologia depressão descrita na Classificação Internacional de Doenças – CID 10.
[4] NASIO, Juan-David. A dor de amar. Rio de Janeiro, Jorge Sahar Ed., 2007.

Práticas – Sobre o Ego


Práticas – Sobre o Ego

15082010
(Referente à 8ª palestra)
(Faça os exercícios sempre que possível por escrito em um caderno dedicado a esse fim)
É necessário desenvolvermos um ego forte para estarmos em condição de uma entrega espiritual à vontade de Deus.
Desenvolver o ego para então abrir mão dele. Abrir mão da nossa identificação com essa parte do nosso ser.
O espírito tem que ser senhor do ego e este tem que estar a seu serviço.
1 – Em que áreas de sua vida predominam o ego excessivo, o ego  enfraquecido e o ego saudável?  Divida por áreas da vida:
  1. Parceria – Relacionamento afetivo
  2. Família
  3. Social – Relações interpessoais
  4. Profissional- Carreira
  5. Trabalho
  6. Financeiro
  7. Espirituais- práticas
  8. Cuidados de pessoais (Aparência e Saúde)
Ego enfraquecido – Área em que frequentemente abre mão do que deseja, que deixa de lado e não se empenha,  que não persiste, que deixa para ultima hora ou para depois , que desiste e não luta, que não elabora metas e se o faz, não luta por elas.
Ego excessivo – Área que atua frequentemente de forma  obstinada, exagerada,   gera tensão e estresse,  busca um controle excessivo que tende a ser competitivo,  disputa  poder, com frequência entra em  conflitos.
Ego saudável – Área que flue bem na vida,  não gera sofrimento para nós em nem para os outros e via de regra, não costuma gerar prejuízos. É uma área funcional.
2 – Levando em consideração que o ego excessivo e o ego enfraquecido são expressões e compensações do subdesenvolvimento do ego e que no lugar em que estes aspectos atuam há um lado que não quer crescer, responda:
O que você não quer abrir mão? Perfeição, poder ou prazer absoluto?
O que eu aparentemente ganho em ficar nesse lugar que não quer crescer?
3 – Pergunte-se e liste  no caderno.
Que partes minhas  não querem crescer?
Em que áreas não quero fazer esforços e não quero pagar o preço?
Quais áreas que quero que todos meus direitos sejam satisfeitos sem cumprir meus deveres?
Quais  os prejuízos que tenho por  não desenvolver esses aspectos?
Quais são as minhas perdas?
Qual dano que provoco em mim e para as pessoas que amo?
4 – Em relação ao uso excessivo do ego  e sua identificação com ele, perceba  qual desses aspectos são comuns em você: controle, competitividade, disputa de poder, obstinação, conflitos, tensão, estresse, divisão, necessidade de estar certo, com razão, ganhar, ter vantagem, estar na frente, ser o melhor.
Perceba os ganhos que tem com as atividades de seu ego, perceba as conquistas e realizações que teve na vida a partir de sua atuação na vida, quer na vida prática, na vida social, na vida profissional, na vida religiosa, liste todas no caderno.
Depois disso se dê conta de todos os prejuízos que teve em sua vida pelo seu excesso de atuação do ego. Todas as dores que gerou em você e nas pessoas que ama, liste todas no caderno.
5 – Observe suas relações nas várias áreas de sua vida, principalmente (parceria, familiares, no trabalho e social). Perceba sua competitividade, quer material, social e financeira e principalmente a de pensamentos. Observe como  defende suas idéias, pensamentos, atitudes e comportamentos, como deseja que sua opinião prevaleça. Com quem você mais compete? Se dê conta de como isto traz tensão e desgaste pessoal e da relação.
6 – Busque o que é mais importante para você na vida. Com o que mais se identifica. Uma vez encontrado, entenda que apesar de se tratar de algo tão significativo, você criou um apego a este aspecto, a tal ponto que se tornou uma segunda natureza  e algo que lhe dá sentido de vida. É onde você apóia a identidade do seu ego; este mesmo local que nos dá sustentação e segurança, também impede nosso livre fluir da vida e o contato autêntico com nosso eu verdadeiro e tudo que ele pode nos proporcionar: felicidade, bem aventurança, liberdade ilimitada, plenitude e realização infinita de potenciais internos. Somos muito mais que todo as  coisas que conquistamos. Procure imaginar como seria se deslocássemos nosso centro desse ponto de apego. Como seria nossa vida? Será que não há inúmeras outras áreas na vida para ser desenvolvidas? Se toda nossa vida ficar restrita a um só ponto, o que aconteceria se nós o perdêssemos? Ex. Saída dos filhos de casa, aposentadoria, perda do emprego, de um ente querido, alterações de peso, doenças, velhice, rompimento afetivo, gravidez de uma filha adolescente, drogadição e alcoolismo, perdas matérias e muitas outras situações desafiadoras.
7 – Qual é a relação de seu ego com o outro, com a espiritualidade e com Deus?
Onipotência – Não aceita ajuda, confunde auto-suficiência com independência, tem que dar conta de tudo, só confia em si mesmo, é centralizador, pede ajuda não esperando a resposta, tem a sensação que só pode contar consigo mesmo.
Dependência – Quer sempre ajuda,  que as pessoas façam para ele(a), usa as pessoas como escudo para não ter que enfrentar as situações da vida, tendem a achar que não vão dar conta, não confiam em si mesmo(a)
8 – Faça uma prece, entre em estado de relaxamento ou meditativo e afirme para si mesmo:
“Eu sou senhor do meu ego, ele está ao meu serviço. Sou um ser espiritual”.
“Eu me entrego a vontade divina e deixo a minha vida fluir”