Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Infância


Frequentemente ocorre ser o Espírito que anima o corpo de uma criança, tão desenvolvido, ou mais ainda, do que o de um adulto, conforme o seu progresso anterior. Enquanto criança, os órgãos da inteligência estando ainda em desenvolvimento, não lhe põe à disposição todas as faculdades de um adulto. a sua inteligência permanecerá limitada, até que a idade amadureça e ele domine totalmente o novo organismo.

A perturbação que acompanha a encarnação não cessa de súbito com o nascimento e só se dissipa com o desenvolvimento dos órgãos.(LE, perg. 380). Segundo Emmanuel no livro "O Consolador", o Espírito no período infantil, até os sete anos, ainda se encontra em fase de adaptação à nova existência. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são mais vivas, tornando-se mais susceptível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar.

Eis por que o lar é tão importante para a edificação do homem e por que tão profunda é a missão dos pais perante as leis divinas, pois é aí que a criança deve receber as bases do sentimento e do caráter. O estado infantil é uma necessidade do Espírito e corresponde aos desígnios da Providência, pois é um tempo de repouso para o Espírito (LE, perg. 382). O objetivo da encarnação é o aperfeiçoamento do Espírito e o estado de infância torna-o acessível às impressões que recebe; sua nova fase de vida vai fundamentar-se nos novos registros inseridos a partir de então.

Daí os novos rumos limitados e dependentes deles e o aumento da probabilidade de sucesso na nova vida. As sábias leis divinas colocam-no em um meio onde ele só haure o que é útil, o que convém, junto daqueles que estão incumbidos de educá-lo e talvez capacitados a lhe auxiliar o adiantamento. Aos pais e professores cumpre ponderar seriamente sobre este aspecto, pois o Espiritismo abre um novo capítulo na Psicologia Infantil e na Pedagogia, mostrando a importância da educação da criança, não apenas para a vida em curso, mas também para a sua perene e definitiva evolução espiritual.

Os estabelecimentos de ensino propiciam instruções, mas somente a família consegue educar; a universidade forma o cidadão, mas somente o lar edifica o Espírito. O primeiro sinal de vida da criança é expresso pelo choro para excitar o interesse da mãe e provocar os cuidados necessários (LE, perg. 348). Se a sua manifestação fosse em hosanas de alegria, as reações seriam tão diferentes que poucos se inquietariam com as suas necessidades. Em tudo erige-se a sabedoria divina.

A mudança que se opera no caráter das criaturas ao atingirem certa idade, particularmente a partir da adolescência, deve-se ao fato de o Espírito retomar paulatinamente a sua natureza e mostrar-se qual era em encarnação anterior. O que o Espírito foi, é ou será, permanece oculto na inocência da criança. Isso permite que, no caso de Espíritos antagônicos, receba todas as manifestações de carinho e amor essenciais para que se lhe conceda a oportunidade adicional de redimir-se. Assim não procederiam os pais, se ao invés da criança cheia de graça e ingenuidade, se encontrassem sob os traços infantis um Espírito adulto, mostrando o seu verdadeiro caráter e instinto.

A infância tem ainda outra utilidade: os Espíritos não ingressam na vida corpórea senão para se aperfeiçoarem, para se melhorarem; a debilidade dos primeiros anos os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que devem fazê-los progredir. É então que se pode reformar o seu caráter e reprimir as suas más tendências.

Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual terão que responder. É assim que a infância não é somente útil, necessária, indispensável, mas ainda a consequência natural das leis que Deus estabeleceu e que regem o Universo (LE, perg. 385).

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