Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 22 de novembro de 2011

A PRUDÊNCIA



Artigo publicado no jornal Unificação - Ano X - Setembro de 1962 - Número 114

“Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos, sede, portanto prudentes como as serpentes e simples como as pombas”. (Mateus, 10:16).

Não foram poucas as passagens evangélicas nas quais Jesus definiu a necessidade de termos prudência no trato das coisas do Alto. Na parábola das dez virgens o Mestre, deixou transparecer, de modo preciso, a necessidade de se ter prudência na solução dos problemas que surgem no decurso da nossa vida terrena, tudo fazendo para acumularmos os dons imperecíveis do Espírito, objetivando sairmos vitoriosos das encarnações que nos são propiciadas pele Justiça Divina.
As virgens prudentes levaram o “combustível” suficiente para a jornada, conseguindo, desta forma, atingir o objetivo primacial da mesma: - serem recebidas pelo esposo.
Nos sublimes ensinamentos contidos nas entrelinhas dessa parábola, o Cristo, procurou demonstrar a necessidade de sermos prudentes e, no desenrolar da nossa vida terrena conseguirmos amealhar as aquisições santificantes imprescindíveis para a conquista da sublimação de nossas almas.
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Noutro trecho do Evangelho também o Nazareno assevera que o homem prudente constrói sua casa sobre a rocha, e, a impetuosidade da borrasca nada pode contra ela, que a tudo resiste.
Aqui também o Mestre prescreve a necessidade da prudência no processo de consolidação da vida humana. O objetivo primacial de Jesus ao ensinar essa parábola foi a de fazer evidenciar a importância de constituirmos como base de nossa vida um sistema sólido composto de amor, tolerância, moralidade e conformação com os desígnios de Deus.
Se tivermos a sensatez de edificar nossa vida sobre a rocha da fé, da paciência, da integridade moral e do amor ao próximo, não deveremos temer as tempestades da adversidade e das tribulações inerentes à vida humana.
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Nas palavras que encimam esta crônica, o Messias, prescreve a necessidade de sermos mansos como os pombos, porém prudentes como as serpentes. É óbvio que devemos ser tolerantes, mansos, resignados, entretanto, é imperioso que sejamos prudentes como as serpentes.
Não devemos, sob alegação de humildade e desprendimento abdicar da nobreza de nossas almas, resvalando para o desequilíbrio e para a anulação dos princípios que norteiam uma vida íntegra perante Deus.
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“Os filhos do mundo são mais hábeis na sua geração de que os filhos da luz”.
No versículo 8 do capítulo 6 do Evangelho de Lucas, o Mestre nos fala da necessidade de tirarmos o maior proveito possível do nosso aprendizado no mundo. Os filhos do mundo que tratam exclusivamente das coisas da Terra, muitas vezes sabem ser prudentes fazendo com que seus recursos materiais advenham benefícios de ordem espiritual. Os filhos da luz, aqueles que na Terra cuidam das coisas do espírito, nem sempre sabem tirar o devido proveito dos dons preciosos que Deus, em sua Infinita Misericórdia, coloca ao alcance de suas mãos.
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A prudência é, pois um atributo relevante em nossa vida.
Devemos usá-la do modo mais eficiente possível, pois sem ela dificilmente poderemos vencer os problemas agudos que se nos deparam no desenvolvimento de nosso aprendizado terreno.
Se formos prudentes não alimentaremos ódio, inveja ou ciúme contra os nossos irmãos, não chafurdaremos nossas almas no lodaçal dos vícios, da intemperança e do descalabro moral.
Agindo de modo prudente nós não nos perderemos no labirinto da avareza, do orgulho e da soberba.
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A prudência nos indica que devemos ver nos Evangelhos o manancial de luz e verdade, que contribuirá de modo decisivo para a elevação das nossas almas para Deus.

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