Estudando o Espiritismo

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domingo, 4 de setembro de 2011

A influência dos Espíritos em nossos pensamentos e atos


THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 
 
Apresentamos nesta edição o tema n17 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.
Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.
Questões para debate
1. É certo dizer que os Espíritos nos influenciam tanto, que muitas vezes são eles que nos dirigem?
2. Como podemos classificar as influências espirituais?
3. Se somos influenciados por outros indivíduos, como distinguir com clareza os nossos pensamentos daqueles que nos são sugeridos?
4. Por que os Espíritos infelizes gostam de nos prejudicar?
5. Se as influências espirituais negativas existem, como proceder para neutralizá-las?
Texto para leitura

A influência dos Espíritos pode ser boa ou má

1. A influência que os Espíritos exercem sobre os nossos pensamentos e ações no dia-a-dia é muito maior do que nós imaginamos, porquanto em muitas vezes são eles que nos dirigem. Essa influência pode ser boa ou má, oculta ou ostensiva, fugaz ou duradoura, mas, em qualquer situação, ela só se concretiza por meio da sintonia que se estabelece entre os indivíduos.
2. Em muitos dos pensamentos que temos em determinadas situações surgem-nos idéias diferentes sobre o mesmo assunto, e, por vezes, idéias que se contradizem. Com certeza nesses momentos estamos sendo alvo da influenciação dos Espíritos, fato que nem todos percebem, especialmente quando ela se dá de forma sutil e oculta. (Veja sobre o assunto o caso Custódio Saquarema narrado por Irmão X no livro Cartas e crônicas, pp. 38 a 42, psicografado por Francisco Cândido Xavier.)
3. Uma forma de distinguir os nossos pensamentos dos que nos são sugeridos é compreender que, normalmente, é nosso o primeiro pensamento que nos ocorre. Mas, o mais importante é saber que, independentemente de sugestões ou não, a responsabilidade pelos atos é nossa, cabendo-nos o mérito pelo bem que daí resultar ou o demérito se a ação for negativa.
4. Allan Kardec explica: “Se fosse útil pudéssemos claramente distinguir nossos próprios pensamentos daqueles que nos são sugeridos, Deus nos teria dado o meio, assim como nos dá o de distinguir entre o dia e a noite. Quando algo fica impreciso, é que assim convém ao nosso benefício” (O Livro dos Espíritos, nota à questão 462).

Pensamento e vibração

5. As idéias nutridas pelos homens de inteligência e pelos gênios provêm algumas vezes do seu próprio Espírito, mas com freqüência são sugeridas por outros Espíritos, na forma de inspiração, quando estes últimos consideram que suas idéias serão dignamente compreendidas.
6. Lembra-nos Rodolfo Calligaris que “pensar é vibrar, é entrar em relação com o Universo espiritual que nos envolve, e, conforme a espécie das emissões mentais de cada ser, elementos similares se lhe imanizarão, acentuando-lhe as disposições e cooperando com ele em seus esforços ascensionais ou em suas quedas e deslizes” (Páginas de Espiritismo Cristão, FEB, cap. 53).
7. Não podemos descuidar da nossa casa mental e seguir, vida afora, arrastados pela ação maléfica dos Espíritos atrasados. “Os Espíritos infelizes, de mente ultrajada, - diz Calligaris – vivem mais com os companheiros encarnados do que se supõe.”
8. Misturam-se – acrescenta Calligaris - nas atividades comuns, perambulam no ninho doméstico, participam das conversações, seguem com os comensais, de quem dependem em processo legítimo de vampirização. “Perturbam-se e perturbam. Sofrem e fazem sofrer. Odeiam e geram ódios. Amesquinhados em si mesmos, amesquinham os outros. Infelicitados, infelicitam.”
9. Os bons Espíritos, ao contrário, suscitam bons pensamentos, desviam os homens do caminho do mal, protegem a vida daqueles que se mostram dignos de sua proteção e neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos naqueles que não se comprazem em tais sugestões.

Como neutralizar a influência negativa

10. Para neutralizar a influência dos maus Espíritos, a Doutrina Espírita nos indica uma receita simples, mas infalível: a prática do bem e a fé em Deus.
11. Eis o que, a respeito do assunto, ensinaram os Espíritos Superiores: “Fazendo o bem e pondo a vossa confiança em Deus, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e destruireis o domínio que sobre vós tentam exercer. Guardai-vos de escutar as sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que vos insuflam a discórdia e que vos induzem às más paixões. Desconfiai sobretudo dos que exaltam o vosso orgulho, pois que vos apanham pelo ponto fraco. Por isso Jesus vos faz repetir na Oração Dominical: Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal” (O Livro dos Espíritos, item 469).
Respostas às questões propostas
1. É certo dizer que os Espíritos nos influenciam tanto, que muitas vezes são eles que nos dirigem? R.: Sim. É isto que aprendemos na Doutrina Espírita.
2. Como podemos classificar as influências espirituais? R.: As influências podem ser boas ou más, ocultas ou ostensivas, fugazes ou duradouras, mas, em qualquer situação, elas só se concretizam por meio da sintonia que se estabelece entre nós e os Espíritos.
3. Se somos influenciados por outros indivíduos, como distinguir com clareza os nossos pensamentos daqueles que nos são sugeridos? R.: Uma forma de distinguir os nossos pensamentos dos que nos são sugeridos é compreender que, normalmente, é nosso o primeiro pensamento que nos ocorre. O mais importante, contudo, é saber que, independentemente de sugestões ou não, a responsabilidade pelos atos é nossa, cabendo-nos o mérito pelo bem que daí resultar ou o demérito se a ação for negativa.
4. Por que os Espíritos infelizes gostam de nos prejudicar? R.: Porque são inferiores e não sabem que, agindo assim, acabam prejudicando a si mesmos. É por isso que não podemos descuidar da nossa casa mental e seguir, vida afora, arrastados pela ação maléfica dos Espíritos atrasados. Os Espíritos infelizes, de mente ultrajada, vivem mais com os companheiros encarnados do que supomos. Misturam-se em nossas atividades comuns, perambulam no ninho doméstico, participam de nossas conversações, seguem com os comensais, de quem dependem em processo legítimo de vampirização. Perturbam-se e perturbam. Sofrem e fazem sofrer. Odeiam e geram ódios. Amesquinhados em si mesmos, amesquinham os outros. Infelicitados, infelicitam.
5. Se as influências espirituais negativas existem, como proceder para neutralizá-las? R.: Para neutralizar a influência dos maus Espíritos, a Doutrina Espírita nos indica uma receita simples, mas infalível: a prática do bem e a fé em Deus. Agindo sempre assim, conseguiremos neutralizar a influência negativa, imunizando-nos contra a maldade que, em outros casos, poderia atingir-nos.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 107, 459, 461, 462, 464 e 469.
Páginas de Espiritismo Cristão
, de Rodolfo Calligaris. Somos o que pensamos, cap. 53.
Glossário Espírita Cristão
, de Divaldo Pereira Franco. Perturbadores, pág. 106.
Nos Domínios da Mediunidade
, de André Luiz. Dominação telepática, pág. 186.
Cartas e crônicas
, de Irmão X. Obsessão pacífica, pp. 38 a 42.
Idéias e ilustrações, 
de Espíritos diversos. O poder das trevas, pp. 111 a 113.
Almas em desfile, 
de Hilário Silva. Proteção espiritual, p. 33.

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