Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

DIA MUNDIAL DE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO.



10 de setembro de 2010
Somos seres de natureza biológica, psicológica, mas, sobretudo, espiritual, dotados de historicidade e livre arbítrio. Muitos ainda não sabem e procuram a porta errada do suicídio. Se eles soubessem... Fomos criados simples e ignorantes, mas destinados a felicidade.
Sob dor extenuante precisamos ser mais fortes e aguardar o socorro das mãos invisíveis. Temos que ouvir a voz interior que diz – “tenha esperança. Resista um pouco mais”.
Ligue o som. Ouça o relato musical inspirado pelos céus:
“Cada um carrega em si o dom de ser capaz de ser feliz”

Pense na letra e escute outra vez

TOCANDO EM FRENTE

Ando devagar Porque já tive pressa
Levo esse sorriso  Porque já chorei demais

Hoje me sinto mais forte  Mais feliz quem sabe
Só levo a certeza   De que muito pouco eu sei
Eu nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar  É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida  Seja simplesmente
Compreender a marcha  Ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro  Levando a boiada
Eu vou tocando os dias  Pela longa estrada
Eu sou  Estrada eu vou

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Todo mundo ama um dia  Todo mundo chora um dia
A gente chega  E o outro vai embora
Cada um de nós   Compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom se ser capaz
De ser feliz
___________

SUICIDAS ANÔNIMOS





Talvez você não leia o que escrevo abaixo. No entanto, é relato VERDADEIRO. Os protagonistas fazem parte hoje do que poderíamos chamar de “SUICIDAS ANÔNIMOS”.

Após descobrirem que a morte do corpo não mata a vida desistiram do suicídio e ofereceram explicação.

Depois que li “Há um Século”, tornei-me membro desta “Irmandade”. Deixo convite para que se junte a nós. Somos muitos "anônimos".

Luiz Carlos D. Formiga

HÁ UM SÉCULO

“Paris – Numa fria manhã de abril de 1860, Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, estava exausto. Apesar da consolidação da Sociedade Espírita de Paris e da promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para a obra gigantesca que os espíritos superiores lhe haviam confiado. A pressão aumentava, cartas sarcásticas chegavam.

Quando se mostrava mais desalentado, a esposa, Madame Rivail, entrega-lhe uma encomenda. O professor abre o embrulho e encontra uma carta de um encadernador de livros. E lê: “Sr. Allan Kardec, com a minha gratidão remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua historia, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da humanidade, pois tenho fortes razões para isso”. O autor da carta relatava que, desesperado após a morte de sua esposa, planejou suicidar-se. Certa madrugada, buscou uma ponte. Ao fixar a mão direita para atirar-se às águas, tocou um objeto que se deslocou da amurada, caindo-lhe aos pés. Surpreendido, viu um livro. Procurando a luz de um poste, leu: “Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito. – A. Laurent”.

O Codificador desempacotou, então, um exemplar de “O Livro dos Espíritos”, ricamente encadernado. Na página do frontispício, leu com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra: “Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação. Joseph Perrier.” Após a leitura, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro. Aconchegando o livro ao peito, raciocinava, em radiosa esperança: “Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas.” O mundo necessitava de renovação e consolo.

Allan Kardec levantou-se, abriu a janela à sua frente, respirou profundamente, e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima. (…)”

Compulsado da mensagem “Há um século”, ditada pelo espírito Hilário Silva, do livro “O Espírito da Verdade” | Federação Espírita Brasileira | 1961 | Psicografia de Francisco Cândido Xavier | Enviado por João Cabral – Presidente da ADE-Sergipe
03/10/2009 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

C e i f e i r o s



“Então disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.”
(Mateus, 9:37.)
O ensinamento aqui não se refere à colheita espiritual dos grandes períodos de renovação no tempo, mas sim à seara de consolações que o Evangelho
envolve em si mesmo.
Naquela hora permanecia em torno do Mestre a turba de corações desalentados e errantes que, segundo a narrativa de Mateus, se assemelhava a rebanho sem pastor. Eram fisionomias acabrunhadas e olhos súplices em penoso
abatimento.
Foi então que Jesus ergueu o símbolo da seara realmente grande, ladeada
porém de raros ceifeiros.
É que o Evangelho permanece no mundo por bendita messe celestial destinada a enriquecer o espírito humano, entretanto, a percentagem de criaturas dispostas ao trabalho da ceifa é muito reduzida. A maioria aguarda o trigo beneficiado ou o pão completo para a alimentação própria. Raríssimos são aqueles que
enfrentam os temporais, o rigor do trabalho e as perigosas surpresas que o esforço de colher reclama do trabalhador devotado e fiel.
Em razão disto, a multidão dos desesperados e desiludidos continua passando no mundo, em fileira crescente, através dos séculos.
Os abnegados operários do Cristo prosseguem onerados em virtude de
tantos famintos que cercam a seara, sem a precisa coragem de buscarem por si
o alimento da vida eterna. E esse quadro persistirá na Terra, até que os bons
consumidores aprendam a ser também bons ceifeiros. l
(Do livro “Pão Nosso”, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, cap. 148, p. 307-308,
18. ed. FEB.)

A SEARA É GRANDE




A SEARA É GRANDE

"A seara é grande, mas os obreiros são poucos." (Lucas, 10.2)
Disse Jesus Cristo que a seara é grande, mas poucos são os obreiros, tendo então recomendado a todos que rogassem ao Senhor da messe, no sentido de enviar novos trabalhadores para a colheita.
Que gênero de obreiros o Mestre desejava que fossem enviados para a seara?
É indubitável que deveriam ser obreiros animosos e dotados do desejo de cooperar para maior desenvoltura das coisas de Deus. O Mestre não qualificou de qual religião, ou de qual setor esses trabalhadores deveriam vir, e onde deveriam ser enquadrados.
Os novos obreiros para a imensa seara poderiam vir do Espiritismo, do Catolicismo, do Protestantismo, ou do Judaísmo. Também poderiam ser os muçulmanos, os adventistas, os batistas ou os membros de qualquer religião, pois o objetivo básico de todas as religiões é o de conduzir para Deus as almas de todos os homens e mulheres que habitam este mundo.
O mais importante para poder trabalhar na messe é ser portador de boa vontade, de tolerância e, sobretudo, de amor.
Quando o Mestre asseverou que viera à Terra não para destruir as Leis, mas sim para dar-lhes cumprimento. Ele, obviamente, referiu-se às Leis morais e eternas, não dando muito apreço às Leis transitórias emanadas dos homens. Dessas últimas, Jesus destruiu grande parte, dentre elas as que se referiam às mulheres adúlteras, aos filhos rebeldes, para os quais eram recomendados os apedrejamentos, bem como a Lei que prescrevia a morte para os prisioneiros de guerra, e muitas outras.
As religiões também não foram criadas na Terra, para se destruírem, umas às outras, ou para exercerem supremacia. O sentido das religiões é de se entrelaçarem, silenciarem as suas rivalidades e não se sobrepujarem mutuamente. Pelo contrário, elas devem procurar irmanar-se, mesmo que suas estruturas doutrinárias sejam diversas.
Somente através do congraçamento e da tolerância mútua, as religiões poderão engrandecer-se na grande seara e assim corresponder às expectativas do Cristo, que queria, ardentemente, que o Pai enviasse novos trabalhadores para a messe.
Todas as religiões contam, entre os seus militantes, com elementos que se destacam em bondade e amor ao próximo. Basta que se perlustre as páginas das histórias de todas as religiões, para ver exemplos vivos de caridade, demonstrados por indivíduos a elas incorporados, os quais constituem verdadeiros Apóstolos sempre animados do propósito de disseminar o bem, os quais são portadores dos sentimentos de caridade e solidariedade cristãs.
Supliquemos ao nosso Pai Celestial que faça com que, do meio de todas as religiões, ressaltem criaturas de boa vontade que venham a transformar-se em autênticos trabalhadores da grande seara, propugnando pela finalidade superior de fazer com que sejam abreviados os dias, tão ambicionados por Jesus, quando haverá um só rebanho e um único Pastor.
Deduz-se das palavras de Jesus, contidas no capítulo 10, do Evangelho de Lucas, que o Mestre espera que o Pai Celestial atenda ao imperativo sublime de aumentar, cada vez mais, o número dos obreiros de boa vontade, integrando-os na Grande Seara que abarca todo o mundo.
Paulo A. Godoy

O DIRIGENTE NO TRABALHO ESPÍRITA



Francisco Rebouças



É, bastante comum no nosso movimento, encontrarmos à frente de algumas instituições espíritas, dirigentes absolutamente despreparados para exercerem tão sagrada função que requer antes de qualquer coisa, preparo adequado que só se obtém através de um estudo aprofundado da doutrina espírita, utilizando-se da codificação elaborada por Allan Kardec através dos ensinamentos dos Espíritos Superiores sob a orientação maior de Jesus.


Não mais se justifica em nossos dias, escolher para desempenhar tão sublime missão, alguém sem as necessárias características para a função, simplesmente por ser nosso amigo particular, nosso parente, por ser bonito, bem sucedido na vida material, por ser falante, por ter prestígio, etc. etc., é necessário antes de qualquer indicação nossa, uma reflexão sobre os efeitos que nossa escolha irresponsável poderá produzir de maléfico à causa maior que professamos e à casa que freqüentamos.


Embora as atividades executadas na seara espírita, sejam realizadas em sua grande maioria pelo trabalho voluntário, onde todos indistintamente, sentem-se chamados a prestar colaboração nos serviços de caridade, oferecidas pelas casas espíritas é indispensável que o dirigente procure capacitar o trabalhador antes de encaixá-lo num trabalho, procurando alertá-lo para as responsabilidades que está assumindo, para que esse trabalhador não mais proceda como tantos outros, que mais se assemelham a "turistas"; que agem sem regularidade ou assiduidade, que aparecem para trabalhar quando querem, como se estivessem fazendo um favor ao vir dar uma "mãozinha" no dia em que acham conveniente fazê-lo.


A Doutrina Espírita nos reformulou esses conceitos equivocados, quando nos incita a uma participação responsável, a uma conduta operante e a uma assiduidade que tornará a tarefa passível de ser realizada com êxito, e que pede acima de tudo que sejamos participativos, executando com prazer as nossas tarefas no auxílio ao necessitado de hoje.


Ser espírita, é também ter responsabilidade, pessoal, familiar, social, ser honesto nos propósitos de melhoria interior, procurando tirar proveito de mais esta oportunidade que a misericórdia divina nos está concedendo, de estudar, trabalhar e assumir tarefas, observando o fim útil de laborarmos com empenho no mundo material visando o nosso retorno à pátria espiritual em melhores condições íntimas do que quando aqui chegamos.


Outrora se acreditou que bastava a boa-vontade nos serviços a serem realizados aos desvalidos da sorte, que se encontram em situação de penúria moral ou física que tudo estaria resolvido. Embora seja a boa vontade, muitas vezes a alavanca que nos impulsiona ao encontro do outro, representando a nossa disposição em servir, para que a semeadura seja proveitosa e a colheita farta, é preciso que o trabalho de esclarecimento seja sedimentado na qualificação e conhecimento doutrinário.


O trabalhador da Seara Espírita precisa entender que sua participação nas atividades da Casa Espírita que freqüenta, não será uma realização apenas em proveito do outro, mas e principalmente em seu próprio benefício. É a grande oportunidade de começar o aprendizado de humildade, doação, permuta de experiências,renúncia e qualificação mútua.


Os problemas que aparecem, os atritos que surgem dentro das tarefas que participa, são os espinhos que ele deve aprender a transpor de maneira inteligente. Preciso é que esteja sempre disposto a reciclar seus conhecimentos, não se achando eternamente sabedor de tudo, entendendo que na vida tudo progride e que o trabalhador de qualquer atividade espírita ou não deve acompanhar a evolução da ciência em franco processo de desenvolvimento.


Precisa, também, entender que as atividades das quais toma parte, não são exclusividade sua e que por isso mesmo deve compartilhar suas idéias, seus conhecimentos, com seu semelhante, procurando uma convivência pacífica e harmoniosa com seus irmãos de ideal, contribuindo desse modo para um melhor desenvolvimento do trabalho, visando exclusivamente o êxito a que se destina, ou seja, o atendimento ao carente daquela atividade seja ela qual for, de cunho material ou espiritual.


Sua participação equilibrada na convivência com os outros que têm o mesmo objetivo, evitarão as lutas pelo poder dentro dessas atividades fortalecendo o ambiente vibratório do grupo, oferecendo oportunidade, para que todos participem de maneira proveitosa e responsável da estrutura organizacional da Instituição que freqüenta, entendendo que também precisa ser um afiado instrumento nas mãos dos abnegados trabalhadores da espiritualidade superior, alistando-se definitivamente como mais um soldado ativo no batalhão do exército do bem. Nesse aspecto, o estudo, a reflexão, a prece e o comprometimento com a atividade do Cristo tornam-se indispensáveis, para que o tarefeiro execute suas atividades desde as mais simples, até as mais complicadas e específicas, com esmero, competência e alegria.


O dirigente da casa espírita, é sempre visto como aquele que tem a responsabilidade maior e que por isso tem que assumir todas as falhas e se desdobrar para cobrir a irresponsabilidade dos outros dirigentes das tarefas da instituição, pois é ele o dirigente maior da casa e tem o dever de estar atento aos possíveis desajustes que venham a ocorrer em qualquer atividade ou tarefa sejam no âmbito administrativo ou religioso.


Deve proceder também no trabalho de conscientização dos demais trabalhadores para suas responsabilidades, e para isto tem ele que ter moral elevada, sedimentada no conhecimento da doutrina, elevado padrão moral, conduta exemplar, presença constante nos trabalhos desenvolvidos pela instituição, empenho na resolução dos problemas que lhe são apresentados, tornando-se exemplo para os demais tarefeiros da casa em que é o principal responsável, para não servir de chacota por não ter o devido preparo que dele se exige.


O posto de dirigente, não pode ser ocupado por quem não tenha a necessária estrutura que o cargo requisita, em termos de responsabilidade e competência, já não podem ser tolerados os despreparos de dirigentes e coordenadores que envergam sobre si a responsabilidade de presidir, conduzir, decidir rumos e encontrarem soluções para os desafios da missão.


Vivemos a repetir que a Seara é grande e os trabalhadores são poucos, que diminuto número de tarefeiros executam tarefas de muitos, só que a própria direção das casas espíritas na sua grande maioria não se preocupa em treinar pessoas para enviar aos departamentos que precisam não somente de tarefeiros, mais sim de trbalhadores preparados, falamos até mesmo no preparo daqueles que exercem a direção das tarefas e que se julgam donos absolutos das mesmas, abraçam tudo para si, sem estender oportunidades a quem quer que seja, dificultando a ação dos demais, não admitindo concorrentes, sem que o dirigente maior da casa, tome qualquer providência para sanar esse inconveniente, que tanto prejuízo causa ao bom desenvolvimento dos trabalhos.


E porque isso ainda acontece em nosso movimento Espírita?, exatamente pela falta de dirigentes qualificados, que por não possuírem acurado conhecimento da doutrina, não são capazes de dividir adequadamente as tarefas de acordo com a aptidão demonstrada por cada indivíduo para esse mister; por não investi-lo de responsabilidade em tudo que for fazer para que se empenhe na realização das tarefas com amor e alegria; por não alertarem ao indivíduo que a tarefa não é exclusividade de ninguém; por não prepararem com carinho e atenção os futuros dirigentes da casa das quais são hoje os maiores responsáveis; por não entenderem que ninguém é eterno e que serão responsabilizados na espiritualidade pelos futuros fracassos das casas que dirigem, em virtude de sua negligência no preparo de seus sucessores; em fim, por não serem portadores da devida competência para tomarem todas as necessárias precauções na busca de uma salutar convivência de todos os tarefeiros visando o crescimento e o sucesso das atividades, construindo dessa forma um futuro seguro e promissor para a instituição.


Por isso, meus queridos irmãos e amigos, na escolha dos nossos dirigentes é, preciso que tenhamos o devido cuidado de escolher com responsabilidade os companheiros de lide espírita para o exercício de comando das nossas instituições espíritas, para que não nos tornemos indiretamente responsáveis pelo mau desempenho das atividades em nossas casas religiosas, e também não venhamos a nos arrepender tardiamente, de uma escolha impensada irrefletida, irresponsável, pois a tarefa espírita cristã não comporta improvisos, o dirigente limitado, despreparado, será o primeiro entrave de que a instituição terá que se livrar.




O crescimento do espiritismo no mundo, está na dependência do que fizermos com ele, se o utilizarmos adequadamente, como nos ensinaram os imortais da vida maior, por certo mais cedo estaremos recebendo os benefícios de sua implantação no coração do nosso semelhante, ajudando desta maneira na transformação moral do nosso planeta para que ele possa galgar o próximo degrau na escada do progresso alcançando o patamar de planeta de regeneração, a que todos nós tanto almejamos.










texto - http://terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo994.html


imagem - oconsolador.com.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011







JESUS PERCORRE A GALILÉIA

JESUS PERCORRE A GALILÉIA

Mat. 9:35-38

35 Jesus circunvagava por todas as
cidades e aldeias deles, ensinando na
sinagoga deles, pregando a boa-nova
do reino o curando todas as doenças
e enfermidades.
36 E, vendo ele as turbas, se comovia de
compaixão por elas, porque estavam
escorchadas e arrasadas, como
ovelhas que não têm pastor.
37 Então disse a seus discípulos: "Na
verdade a seara é grande, mas os
trabalhadores são poucos;
38 rogai, pois, ao Senhor da seara, que
envie trabalhadores para sua seara".

Marc. 6:6b
6b ...Ele perambulava pelas aldeias
circunvizinhas, ensinando


Ao sair de Nazaré, depois de atravessar a multidão enfurecida que repentinamente emudecera
ao vê-Lo voltar-se e sair calmamente, Jesus se reúne à Sua comitiva, que ficara de fora, e
empreende um giro pelas aldeias vizinhas, ensinando nas sinagogas.
Mateus conserva-nos a impressão que Jesus tivera das massas populares dos lugares por
onde passara. São trechos de conversas amigáveis, mantidas durante a marcha na poeira das
estradas. O Mestre via a população como "ovelhas sem pastor", desorientada pela falta de mestres
seguros que as alimentassem com a Verdade Divina. Então, "se compadeceu" ( esplagchnísthê, que
exprime a compaixão profunda que chega até as entranhas, comovendo emocionalmente ); e a razão
dada é que os humildes estavam "escorchados" (eskulménoi, ou seja, com a pele arrancada) e
"arrasados' (errimménoi, isto é, jogados ao chão, lançados por terra) -
[76] Anota, então, o ensino dado aos discípulos: "a seara é grande, mas os trabalhadores são
poucos: pedi ao Senhor da seara que envie mais trabalhadores".
É o que até hoje vemos: a massa abandonada por falta de verdadeiros pastores, de qualquer
agrupamento religioso: dirigentes espíritas, pastores evangélicos, sacerdotes católicos, suâmis
orientais, rabinos israelitas, numa palavra todos os pregadores de espiritualismo, pensam mais em si,
em seus interesses. no domínio político e até na exploração financeira de suas ovelhas, do que no
Amor que se sacrifica e se dá desinteressadamente. Além disso, o próprio ensino ministrado por
todos é puramente teórico, sem o calor do exemplo vivido com esquecimento de si e de seus
interesses, e que teria o dom de fazer frutificar e amadurecer as palavras proferidas. Até hoje as
ovelhas estão sem pastores, porque os verdadeiros e desinteressados são pouquíssimos e não
chegam para atender às necessidades prementes e inadiáveis e substanciais.
Todos os que se sintam inflamados de Amor pelos pequenos abandonados (de qualquer idade
física, porque  falamos da infância  "espiritual"), são  convidados a  orar ao  Pai  para.  com suas
vibrações mentais e sua ação, propiciarem ambiente favorável à reencarnação em massa dos
mestres de grande evolução.
O aviso serve para despertar as individualidades que, de modo geral, não querem cuidar
desses problemas mais materiais. Teoricamente caberia a todos os que atingiram esse grau,
oferecer-se como "médiuns de materialização" para a vinda desses espíritos missionários, realizando,
em prece, os contatos físicos indispensáveis à formação de seus corpos purificados.
No entanto, justamente os que mais mergulham na espiritualidade, menos querem pensar
nesses problemas físicos de sexo. E os missionários permanecem aguardando oportunidades de
encarnação que não chegam ou, se o conseguem, é em ambientes precários de famílias humildes,
complicadas por dificuldades financeiras e culturais
Lógico que todos temos que, primeiramente, receber aqueles que a nós estão carmicamente
ligados. Mas ao atingirmos determinados graus evolutivos, a via torna-se mais acessível. A prece que
pode fazer que cheguem missionários para a seara de pouco valerá, se não for coadjuvada pela ação
efetiva de propiciar os meios para a encarnação deles. E neste ponto esbarram os homens - máxime
os mais evoluídos - nas barreiras dos preconceitos humanos. Quanto mais espiritualizado, mais seSabedoria do Evangelho     Dr. Carlos Tôrres Pastorino
Volume 3 pág. 49/126
vêem cerceados pelos falatórios e pela condenação das criaturas, que lhes constrangem a liberdade
de agir.
Se alguém é considerado "mestre" ou “ líder" religioso e realiza qualquer união com o objetivo
de permitir a descida de um espírito desse alto teor vibratório, todos os que se dizem seus sequazes
e discípulos o abandonam, porque só compreendem o que está dentro das "leis" criadas pelos
homens, julgando imoral o que tiver sido realizado fora do "casamento legal".
Dessa forma, a força de Vida que busca fazer evoluir a humanidade se vê coagida a não agir, e
os seareiros continuam poucos, insuficientes para o serviço.
Quando terá a humanidade bastante evolução para compreender o problema e saber
solucioná-lo, sem que se sinta amarrada pelas convenções e preconceitos? Quando chegar esse dia,
os missionários poderão descer numerosos, premiando assim a coragem e o desassombro dos
homens de boa-vontade, que obedecem mais às leis divinas que às humanas.

JESUS EM NAZARÉ ( 71 – 74 )


JESUS EM NAZARÉ ( 71 – 74 )
( Sábado, 21 de outubro do ano 29 D.C. )
Mat. 13:54-58
54 E chegando a sua aldeia, ensinava a eles
na sinagoga deles, de modo que se
admiravam e diziam: 'Donde lhe vem
esta sabedoria e esses poderes?
55 Não é este o filho do carpinteiro? Sua
mãe não se chama Maria e seus irmãos
não são Tiago, José, Simão e Judas?
56 E não vivem entre nós todas as suas
irmãs? Donde lhe vem, pois, isso tudo?"
57 E ele lhes era uma pedra de tropeço. Mas
disse-lhes Jesus: "Um profeta só é
desprezado em sua terra e em sua
casa".
58 E não exerceu ali muitos poderes, por
causa da incredulidade deles.
Marc. 6:1-6a
1 Jesus saiu dali e foi para sua aldeia, e
seus discípulos o acompanharam.
2 Chegando o sábado, começou a
ensinar na sinagoga; e muitos ao
ouvi-lo, se admiravam, dizendo:
"Donde lhe vêm estas coisas? Que
sabedoria é essa que lhe é dada? E
que significam esses poderes
operados por sua mão?
3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria,
irmão de Tiago, de José, de Judas e
de Simão? e suas irmãs não estão
aqui entre nós"? E ele lhes era pedra
de tropeço.
4 Então Jesus lhes disse: "Um Profeta só
é desprezado em sua terra, entre
seus parentes e em sua cata".
5 E não conseguia exercer ali nenhum
poder, a não ser que pos as mãos
sobre alguns enfermo e os curou .
6 E admirava-se, por causa da
incredulidade deles.
Luc. 4:22b-30
22 b E perguntaram: "não é este o filho de
José"?
23 E ele lhes diste: "Certamente aplicareis a
mim este provérbio: "Médico, cura-te a ti
mesmo", o que ouvistes ter sido feito
em Cafarnaum, faze-o também aqui, em
tua terra".
24 Diste mais: "Em verdade vos digo, que
nenhum profeta é aceito em sua terra";
[72]          25 mas, sem dúvida, digo-vos que muitas
viúvas havia nos dias de Elias em Israel,
quando o céu se fechou por três anos e
seis meses, de forma que houve grande
fome em toda a região;
26 mas Elias não foi enviado a nenhuma
delas, a não ser a uma moça viúva, em
Sarepta de Sidon;
27 e muitos leprosos havia no tempo de
Eliseu, o profeta, em Israel, mas nenhum
deles foi limpo, a não ser Naaman, o
sírio".
28 Tendo ouvido estas coisas, eles ficaram
cheios de raiva na sinagoga.
29 E, levantando-se, o expulsaram para fora
e o levaram até um precipício na
montanha em que estava construída a
cidade deles, para lançá-lo abaixo.
30 Ele, porém, passando pelo meio deles,
foi embora.
.
João, 4:44
44 E o próprio Jesus atestou que um
profeta não recebe honra em sua
própria forraSabedoria do Evangelho     Dr. Carlos Tôrres Pastorino
Volume 3 pág. 46/126
Em Marcos encontramos a seqüência cronológica De lá, sai Jesus para sua. aldeia nativa.,
Nazaré, aonde deve ter chegado no fim do ano 29 (sábado, 21 de outubro?). Com Ele seguem seus
discípulos e comitiva, pois não foi para visitar parentes, mas para divulgar a Boa-Nova.
Nazaré fica a cerca de 50 quilômetros de Cafarnaum, e Jesus já passara por lá ao dirigir-se
para fixar residência numa cidade mais importante, em maio/junho desse mesmo ano (veja vol. 2
o
  ,
pág. 47 e cfr. Mat. 4:13 e Luc. 4: 16-22a).
Neste trecho, Lucas se afasta de Mateus e Marcos. Vejamos primeiro estes dois.
Repetindo o que fizera na primeira visita, aguarda o sábado para, na sinagoga local, falar ao
povo. Nesta segunda visita não estamos informados do texto comentado por Jesus. A verdade é que
Suas palavras e os fatos prodigiosos que Dele se narraram, operados em Cafarnaum por Ele
(literalmente: dià tou cheirôn autou, "por meio das mãos dele"), suscitavam uma série de indagações.
Os nazarenos sabiam que Ele era de condição modesta (Marcos, "carpinteiro", téktôn; Mateus, "filho
de carpinteiro” tou téktonos). Sabiam que "sua mãe se chama Maria" (com o verbo no presente do
indicativo, indicando que ela ainda se achava encarnada entre eles) . Sabiam que tinha quatro
irmãos, cujos nomes são citados: Tiago (o menor) considerado "uma das colunas da comunidade de
discípulos" (cfr. Gál. 1: 19; 2:9, 12; Art. 12:17; 15:13; 21:18 e Flávio Josefo, Ant. Jud. 20, 11, 1), autor
de uma epístola, chefe do grupo de Jerusalém até sua morte em 62);  José; Judas (denominado
"Tadeu", outro dos discípulos) e Simão (que não sabemos se terá sido o chamado “ Zelotes", também
discípulo de Jesus). Das irmãs não são citados os nomes, mas deviam ser várias, por causa do
adjetivo empregado: "todas as suas irmãs” .
Dado esse conhecimento de Sua origem, de Sua família e de Sua educação, os nazarenos se
perguntaram como teria Ele conseguido tamanha cultura e de que modo teria obtido os poderes de
dominar a natureza. Diante do conhecimento, não podia ser o Messias, cuja origem deveria ser
desconhecida (cfr. João 7:27). Então a própria figura de Jesus fê-los "tropeçar" na incredulidade e
desconfiança.
[73] Jesus cita um provérbio, aproveitando o ensejo para demonstrar a seus discípulos,
contemporâneos e posteriores, que jamais pensassem em conquistar para sua crença os familiares e
conterrâneos: "o profeta só não recebe honra em sua cidade, entre seus parentes e em sua família".
Sêneca tem a mesma opinião: vile habetur quod domi est (De Benel 3,3): "o que está no lar é julgado
vil".
Dessa maneira, a não ser alguns enfermos a quem curou com Seus passes (imposição das
mãos), nada mais PÔDE fazer, por falta de fé dos compatriotas. Sem a receptividade indispensável
da fé, "que é a substância da coisa desejada (Hebr. 11: 1 ) e portanto forma o "vácuo" que atrai os
fluidos magnéticos, qualquer irradiação se perde no ar, não adere, escorrega pela superfície sem
conseguir penetrar na criatura, qual ocorre com a água numa superfície impermeabilizada. Marcos é
explícito, quando afirma que Jesus NÃO CONSEGUIU; o que para nós é de suma importância para
ensinar-nos a não desanimar quando também não conseguimos realizar determinados efeitos
benéficos em certas pessoas. Uma advertência para admoestar-nos: nem tente!
Nota ainda Marcos que Jesus "se admirou" da falta da fé, da incredulidade deles, dos quais
provavelmente esperava (como todos nós esperamos dos familiares) maior compreensão e mais fé,
provocada exatamente pelo velho conhecimento e pela antiga amizade de companheiros de infância,
aos quais mais do que a ninguém, desejamos ajudar a fazer subir.
Inegavelmente a lição é profunda e eficaz.
Lucas relata essa visita em termos diferentes, talvez porque longe dos acontecimentos e sem
ligação pessoal com os nazarenos, não tenha tido receio de relatar fatos mais graves.
Começa salientando que o próprio Jesus percebe a descrença deles e lê o pensamento que
eles não haviam ousado proferir em voz alta: "Certamente me direis: médico, cura-te a ti mesmo, e
faze aqui o que fizeste em favor de Cafarnaum ( eis tên Kapharnaoum )” .
Dito isto, responde com outro provérbio: "nenhum profeta é aceito em sua pátria” . E para
confirmá-lo cita dois exemplos extraídos da própria Escritura. Refere-se a primeiro a Elias que, (cfr. 1º
Reis, 17:8 e seguintes) perseguido pelos seus na grande fome que durou três anos (Lucas: três anos
e seis meses), não pôde atender a ninguém, mas renovou a provisão de azeite e farinha de uma
viúva de Sarepta, ao sul de Sidon. O outro refere-se a Eliseu, quando curou de lepra o sírio Naaman
(2º Reis, 5: 1 e seguintes), embora não tenha curado nenhum leproso na Samaria.
Essas palavras causam tumulto na sinagoga, provocado pelo despeito que se torna raiva
contra o insolente que, além de nada fazer, diz que só beneficiará outras cidades. Levantou-se a
multidão e expulsou-o aos empurrões da sinagoga, levando-O para "um precipício na montanha emSabedoria do Evangelho     Dr. Carlos Tôrres Pastorino
Volume 3 pág. 47/126
que estava construída a cidade". Não é necessário supor, como diz a tradição, que se tratava do
rochedo de Esdrelon, que fica a 3 km de Nazaré. Não. Qualquer altitude de 3 a 4 metros dava para,
após jogá-lo em baixo, poder liqüidá-lo pela lapidação.
Entretanto, a calma de Jesus em Sua tranqüila dignidade fez que Ele se voltasse sereno,
passasse no meio deles, sem que eles conseguissem mover um dedo contra Ele: num silêncio
constrangedor, eles O vêem retirar-se. Para quem tivesse boa-vontade, o simples fato de haver Jesus
passado pelo meio deles, silenciando a multidão enfurecida, bastaria para demonstrar o “ sinal" que
eles haviam desejado.
[74] A quem lê o evangelho de Lucas de seguida, não deve estranhar o fato de que ele tenha
reunido numa só narrativa as duas visitas de Jesus a Nazaré. Na primeira, Ele se declara
categoricamente o Messias, tendo reservado para seus conterrâneos a primeira revelação explícita, e
com isso conquista-lhes a benevolência. Cerca de quatro meses após, Jesus vai colher o resultado
de Sua declaração anterior; mas o ciúme causado pelo ministério realizado fora da pequenina aldeia
suscita-lhes a má-vontade, que chega ao despeito e à raiva. Lucas, de modo geral, gosta de terminar
uma narrativa no mesmo local, mesmo que para isso tenha que unir dois pormenores afastados no
tempo.
Todas as vezes que uma criatura dá o salto da personalidade para a individualidade, ela se vê
a braços com sérios problemas em seu círculo de parentesco e de amizades. Daí a quase
necessidade de o indivíduo afastar-se de casa, para poder dar cumprimento às tarefas que lhe
competem. Em casa não é recebido: "veio para o que era seu, e os seus não O receberam"; no
entanto os de fora da casa consangüínea, "todos os que O recebem e crêem em Seu nome, a esses
Ele dá o direito de se tornarem filhos de Deus” embora "não tenham nascido do sangue, nem da
vontade da carne, nem da vontade do homem” porque "nasceram de Deus" (cfr. João, 1:11-13). Os
mais afins a nós espiritualmente, sempre os encontramos fora do círculo doméstico.
Lição que precisamos ter sempre diante dos olhos, para não desanimarmos ao ver que,
exatamente os que mais são ligados a nós pela convivência, esses é que mais nos repelem, e até
muitas vezes nos perseguem e caluniam, porque demos mais atenção aos “ outros" do que a eles ...
São trazidos argumentos de "direitos adquiridos" pelos laços do sangue, pela afeição mais
antiga, e todos tropeçam naquele que pode elevá-los na evolução, mas que "não o consegue" pela
falta de fé da parte deles.
O próprio Jesus "se admira da incredulidade deles", dizendo-nos com isso que o mesmo há de
ocorrer com todos os que seguissem Seu exemplo. Os franceses dizem, com razão, "qu'il n'y a pas
de grand homme pour son valet de charnbre", trazendo para o cotidiano o que dissera Jesus: "Só na
própria terra o profeta não é honrado."
Em outro sentido mais restrito, encontramos que os piores inimigos do homem são seus
parentes mais íntimos e mais próximos, ou seja, seus veículos inferiores. Quando o Espírito descobre
os altos cimos espirituais e quer escapar à personalidade, negando-a, os mais ferrenhos opositores
são seu intelecto que duvida, suas emoções que o arrastam para fora de si, suas sensações que
reclamam maior bem estar e comodismo, seu corpo que pesa tristemente numa sonolência que corta
qualquer meditação.
Diante do próprio eu pequenino, o Eu Maior se vê rejeitado, negado e até, se possível, expulso,
pois é julgado qual intruso que busca destronar o vaidoso e personalista eu de suas ilusões
efêmeras.
Num e noutro caso, aquele que souber vencer os percalços e óbices, amando o Cristo mais
que sua personalidade (cfr. Mat. 10:37) e que souber perseverar até o fim (cfr. Mat. 10:22), esse
obterá a vida imanente. Mas caso se deixe envolver por esses laços asfixiantes que escravizam a
criatura, não obterá a liberdade gloriosa dos filhos de Deus (cfr. Rom. 8:21).
Fomos avisados com clareza, sem ambages; cabe a nós agora a decisão...

Parábola do Grão de Mostarda


Parábola do Grão de Mostarda

Sérgio Biagi Gregório
1) Como está posta a parábola do grão de mostarda?
A parábola do grão de mostarda está assim expressa: “O Reino de Deus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou em seu campo. Na verdade, ele é a menor de todas as sementes, mas, depois de crescido, é maior que todos os legumes e torna-se uma árvore, de sorte que as aves do céu vêm habitar seus ramos”. (Mateus, 8, 31-32; Marcos, 4, 30-32; Lucas, 13, 18-19.)
2) Qual o significado de mostarda?
Conhecemo-la como condimento, molho, geralmente utilizado em refeições. Na Palestina, a sinapsis nigra atinge enormes proporções, chegando ter, mesmo no estado selvagem, mais de três metros de altura.
3) Qual a concepção dos rabinos acerca do grão de mostarda?
Entre os rabinos, um “grão de mostarda” era uma expressão para qualquer coisa pequena. Daí, a surpresa e o “maravilhamento” pelo fato de uma minúscula semente se tornar a maior das árvores.
4) Que tipo de ensinamento Jesus quer nos passar nesta parábola?
Jesus quis mostrar que este pequeno grão pode crescer e tornar-se a maior das árvores, abrigando os pássaros sob a sombra de seus ramos. Enquanto os rabinos se maravilhavam pelo fato de algo pequeno se tornar grande, Jesus a exemplificava com o crescimento da verdade: no começo, eram os 12 apóstolos; depois, a humanidade toda.
5) É possível relacionar princípio inteligente e o grão da mostarda?
O princípio inteligente (semente minúscula) foi lançado no mundo, primeiramente, no reino mineral. Depois, estagiou no reino vegetal e no reino animal. Como Espírito, vivenciou o reino hominal, com a possibilidade de ir para o reino angelical. Em cada um desses reinos, foram-lhe agregadas as virtudes necessárias para o prosseguimento de sua evolução moral e espiritual.  
6) Qual o mecanismo do crescimento da semente?
A semente, uma vez lançada ao solo, tende a crescer Cada semente, porém, cresce de acordo com a sua potência, com a sua característica própria: umas se desenvolvem rapidamente; outras, lentamente. O mesmo se pode falar do solo do espírito. Há necessidade de o ser humano aguardar o tempo de maturação para as verdades espirituais. Apressando, acaba absorvendo as fantasias e, assim, distanciando-se do verdadeiro caminho de sua evolução espiritual.
7) Como explicar, em termos da revelação, o crescimento do grão de mostarda?
Os Dez Mandamentos, recebidos mediunicamente por Moisés, no Monte Sinai, pode ser considerado o ponto de partida do crescimento do grão de mostarda (ensinamento evangélico). A semente era pequenina, sujeita aos contratempos e as intemperanças da época, ainda animalizada.
Jesus, ao resumir os Dez Mandamentos no “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, deu a sua contribuição para o crescimento da semente. Em termos práticos, Jesus reuniu, primeiramente, os doze apóstolos. É a minúscula semente. Depois, vieram os discípulos, que se incumbiram de divulgar a boa nova ao mundo.
O Espiritismo, cognominado de cristianismo redivivo, é o desenvolvimento dos ensinamentos de Cristo. Como Consolador Prometido, ele veio no tempo certo para recordar o que o Cristo disse e desenvolver aquilo que na época de Cristo ficara oculto, obscuro. O grão de mostarda, pelo princípio da reencarnação e da pluralidade dos mundos habitados, penetra em outros campos de interesse, propiciando-nos a certeza da imortalidade da alma. 
São Paulo, maio de 2010

A fé transporta montanhas - ESE


CAPÍTULO XIX

A fé transporta montanhas

Poder da fé

1. Quando ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando-se de joelhos a seus pés, disse: Senhor, tem piedade do meu filho, que é lunático e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. Jesus respondeu. dizendo: Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui esse menino. - E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio? - Respondeu-lhes Jesus: Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível. (S. MATEUS, cap. XVII, vv. 14 a 20.)
2. No sentido próprio, é certo que a confiança nas suas próprias forças toma o homem capaz de executar coisas materiais, que não consegue fazer quem duvida de si. Aqui porém unicamente no sentido moral se devem entender essas palavras. As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as resistências, a má-vontade, em suma, com que se depara da parte dos homens, ainda quando se trate das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade. A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem se vençam os obstáculos, assim nas pequenas coisas, que nas grandes. Da fé vacilante resultam a incerteza e a hesitação de que se aproveitam os adversários que se têm de combater; essa fé não procura os meios de vencer, porque não acredita que possa vencer.
3. Noutra acepção, entende-se como fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Ela dá uma espécie de lucidez que permite se veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui caminha, por assim dizer, com absoluta segurança. Num como noutro caso, pode ela dar lugar a que se executem grandes coisas.
A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado. A fé vacilante sente a sua própria fraqueza; quando a estimula o interesse, toma-se furibunda e julga suprir, com a violência, a força que lhe falece. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.
4. Cumpre não confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons Espíritos lhe vêm em auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos.
5. O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural. Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé.

A fé religiosa. Condição da fé inabalável

6. Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinadaou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. Cada religião pretende ter a posse exclusiva da verdade; preconizar alguém a fé cega sobre um ponto de crença é confessar-se impotente para demonstrar que está com a razão.
7. Diz-se vulgarmente que a fé não se prescreve, donde resulta alegar muita gente que não lhe cabe a culpa de não ter fé. Sem dúvida, a fé não se prescreve, nem, o que ainda é mais certo, se impõe. Não; ela se adquire e ninguém há que esteja impedido de possuí-la, mesmo entre os mais refratários. Falamos das verdades espirituais básicas e não de tal ou qual crença particular. Não é à fé que compete procurá-los; a eles é que cumpre ir-lhe, ao encontro e, se a buscarem sinceramente, não deixarão de achá-la. Tende, pois, como certo que os que dizem: "Nada de melhor desejamos do que crer, mas não o podemos", apenas de lábios o dizem e não do íntimo, porquanto, ao dizerem isso, tapam os ouvidos. As provas, no entanto, chovem-lhes ao derredor; por que fogem de observá-las? Da parte de uns, há descaso; da de outros, o temor de serem forçados a mudar de hábitos; da parte da maioria, há o orgulho, negando-se a reconhecer a existência de uma força superior, porque teria de curvar-se diante dela.
Em certas pessoas, a fé parece de algum modo inata; uma centelha basta para desenvolvê-la. Essa facilidade de assimilar as verdades espirituais é sinal evidente de anterior progresso. Em outras pessoas, ao contrário, elas dificilmente penetram, sinal não menos evidente de naturezas retardatárias. As primeiras já creram e compreenderam; trazem, ao renascerem, a intuição do que souberam: estão com a educação feita; as segundas tudo têm de aprender: estão com a educação por fazer. Ela, entretanto, se fará e, se não ficar concluída nesta existência, ficará em outra.
A resistência do incrédulo, devemos convir, muitas vezes provém menos dele do que da maneira por que lhe apresentam as coisas. A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não é deste século (1), tanto assim que precisamente o dogma da fé cega é que produz hoje o maior número dos incrédulos, porque ela pretende impor-se, exigindo a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio. É principalmente contra essa fé que se levanta o incrédulo, e dela é que se pode, com verdade, dizer que não se prescreve. Não admitindo provas, ela deixa no espírito alguma coisa de vago, que dá nascimento à dúvida. A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa. A criatura então crê, porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis por que não se dobra. Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
A esse resultado conduz o Espiritismo, pelo que triunfa da incredulidade, sempre que não encontra oposição sistemática e interessada.
(1) Kardec escreveu essa palavras no século XIX. Hoje, o espírito humano tornou-se ainda maisexigente: a fé cega está abandonada; reina descrença nas Igrejas que a impunham. As massas humanas vivem sem ideal, sem esperança em outra vida e tentam transformar o mundo pela violência. As lutas econômicas engedraram as mais exóticas doutrinas de ação e reação. Duas guerras mundiais assolaram o planeta,numa ânsia furiosa de predomínio econômico.Toda a esperança da Humanidade hoje se apóia no Espiritismo, na restauração do Cristianismo, baseada em fatos que demonstram os princípios básicos da Doutrina cristã: eternidade da vida, responsabilidade ilimitada de pensamentos, palavras e atos. Sem a Terceira Revelação o mundo estaria irremediavelmente perdido pelo choque das mais desencontradas ideologias materialistas e violentistas. - A Editora da FEB, em 1948.

Parábola da figueira que secou

8. Quando saiam de Betânia, ele teve fome; e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos. Então, disse Jesus à figueira: Que ninguém coma de ti fruto algum, o que seus discípulos ouviram. - No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram que secara até á raiz. - Pedro, lembrando-se do que dissera Jesus, disse: Mestre, olha como secou a figueira que tu amaldiçoaste. - Jesus, tomando a palavra, lhes disse: Tende fé em Deus. - Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha: Tira-te daí e lança-te ao mar, mas sem hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece. (S. MARCOS, cap. Xl, vv. 12 a 14 e 20 a 23.)
9. A figueira que secou é o símbolo dos que apenas aparentam propensão para o bem, mas que, em realidade, nada de bom produzem; dos oradores que mais brilho têm do que solidez, cujas palavras trazem superficial verniz, de sorte que agradam aos ouvidos, sem que, entretanto, revelem, quando perscrutadas, algo de substancial para os corações. E de perguntar-se que proveito tiraram delas os que as escutaram.
Simboliza também todos aqueles que, tendo meios de ser úteis, não o são; todas as utopias, todos os sistemas ocos, todas as doutrinas carentes de base sólida. O que as mais das vezes falta é a verdadeira fé, a fé produtiva, a fé que abala as fibras do coração, a fé, numa palavra. que transporta montanhas. São árvores cobertas de folhas porém, baldas de frutos. Por isso é que Jesus as condena à esterilidade, porquanto dia virá em que se acharão secas até à raiz. Quer dizer que todos os sistemas, todas as doutrinas que nenhum bem para a Humanidade houverem produzido, cairão reduzidas a nada; que todos os homens deliberadamente inúteis, por não terem posto em ação os recursos que traziam consigo, serão tratados como a figueira que secou.
10. Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem, nestes últimos, a falta de órgãos materiais pelos quais transmitam suas instruções. Daí vem o serem dotados de faculdades para esse efeito. Nos tempos atuais, de renovação social, cabe-lhes uma missão especialíssima; são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplicam-se em número, para que abunde o alimento; há-os por toda a parte, em todos os países em todas as classes da sociedade, entre os ricos e os pobres, entre os grandes e os pequenos, a fim de que em nenhum ponto faltem e a fim de ficar demonstrado aos homens que todos são chamados. Se porém, eles desviam do objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida, se a empregam em coisas fúteis ou prejudiciais, se a põem a serviço dos interesses mundanos, se em vez de frutos sazonados dão maus frutos se se recusam a utilizá-la em beneficio dos outros, se nenhum proveito tiram dela para si mesmos,melhorando-se, são quais a figueira estéril. Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil neles: a semente que não sabem fazer que frutifique, e consentirá que se tornem presas dos Espíritos maus.

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

A fé: mãe da esperança e da caridade

11. Para ser proveitosa, a fé tem de ser ativa; não deve entorpecer-se. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, cumpre-lhe velar atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou.
A esperança e a caridade são corolários da fé e formam com esta uma trindade inseparável. Não é a fé que faculta a esperança na realização das promessas do Senhor? Se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a fé que dá o amor? Se não tendes fé, qual será o vosso reconhecimento e, portanto, o vosso amor?
Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. Preciso é, pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar que será do edifício que sobre ela construirdes? Levantai, conseguintemente, esse edifício sobre alicerces inamovíveis. Seja mais forte a vossa fé do que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, visto que a fé que não afronta o ridículo dos homens não é fé verdadeira.
A fé sincera é empolgante e contagiosa; comunica-se aos que não na tinham, ou, mesmo, não desejariam tê-la. Encontra palavras persuasivas que vão à alma. ao passo que a fé aparente usa de palavras sonoras que deixam frio e indiferente quem as escuta. Pregai pelo exemplo da vossa fé, para a incutirdes nos homens. Pregai pelo exemplo das vossas obras para lhes demonstrardes o merecimento da fé. Pregai pela vossa esperança firme, para lhes dardes a ver a confiança que fortifica e põe a criatura em condições de enfrentar todas as vicissitudes da vida.
Tende, pois, a fé, com o que ela contém de belo e de bom, com a sua pureza, com a sua racionalidade. Não admitais a fé sem comprovação, cega filha da cegueira. Amai a Deus, mas sabendo porque o amais; crede nas suas promessas, mas sabendo porque acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas compenetrados do um que vos apontamos e dos meios que vos trazemos para o atingirdes. Crede e esperai sem desfalecimento: os milagres são obras da fé. - José, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)

A fé humana e a divina

12. No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.
Até ao presente, a fé não foi compreendida senão pelo lado religioso, porque o Cristo a exalçou como poderosa alavanca e porque o têm considerado apenas como chefe de uma religião. Entretanto, o Cristo, que operou milagres materiais, mostrou, por esses milagres mesmos, o que pode o homem, quando tem fé, isto é, a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode obter satisfação. Também os apóstolos não operaram milagres, seguindo-lhe o exemplo? Ora, que eram esses milagres, senão efeitos naturais, cujas causas os homens de então desconheciam, mas que, hoje, em grande parte se explicam e que pelo estudo do Espiritismo e do Magnetismo se tornarão completamente compreensíveis?
A fé é humana ou divina, conforme o homem aplica suas faculdades à satisfação das necessidades terrenas, ou das suas aspirações celestiais e futuras. O homem de gênio, que se lança à realização de algum grande empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em si que pode e há de chegar ao fim colimado, certeza que lhe faculta imensa força. O homem de bem que, crente em seu futuro celeste, deseja encher de belas e nobres ações a sua existência, haure na sua fé, na certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se operam milagres de caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há maus pendures que se não chegue a vencer.
O Magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos singulares, qualificados outrora de milagres.
Repito: a fé é humana divina. Se todos os encarnados se achassem bem persuadidos da força que em si trazem, e se quisessem pôr a vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o a que, até hoje, eles chamaram prodígios e que, no entanto, não passa de um desenvolvimento das faculdades humanas. Um Espírito Protetor. (Paris, 1863.)

PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA




PARÁBOLA DO GRÃO DE MOSTARDA
"O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e lançou no seu campo; o qual grão é, na verdade, a menor de todas as sementes, mas depois de crescida é a maior das hortaliças e faz-se árvore, de tal modo que as aves do céu vem pousar nos seus ramos".
(Mateus, VIII, 31-32 - Marcos, IV, 30-32 - Lucas, XIII, 18-19).
1 - CAIRBAR SCHUTEL
Consideremos aqui, o Reino dos Céus como tudo o que está acima e abaixo, à direita e à esquerda de nós, todo esse espaço imenso, infinito, incomensurável, onde se balançam os astros e fulgem as estrelas; todo esse éter que nos parece vazio, mas que, na verdade, encerra multidões de seres e de mundos, onde se ostentam maravilhas da Arte e da Ciência de Deus. Para quem o vê da Terra, com os olhos da carne, parece o seu conhecimento insignificante, como o é uma semente de mostarda.
Mas, depois que o estudamos, assim como depois que se planta a semente, nossa inteligência se dilata, como se dilata a semente quando germina; transforma-se o nosso modo de pensar, como sói acontecer à semente modificada já em erva; e o conhecimento do Reino dos Céus cresce em nós como cresce a mostarda, a ponto de nos tornarmos um centro de apoio em torno do qual voluteiam os Espíritos, bem assim os homens que sentem a necessidade desse apoio moral e espiritual, da mesma forma que os pássaros, para o seu descanso, procuram as árvores mais exuberantes para gozarem a sombra benéfica das suas ramagens!
O grão de mostarda serviu duas vezes para as comparações de Jesus: uma vez comparou-o ao Reino dos Céus; outra, à fé. O grão de mostarda tem substância e uma semente faz efeito revulsivo. Essa mesma substância se transforma em árvore; dá, depois, muitas sementes e muitas árvores e até suas folhas servem de alimento. Mas é necessária a fertilidade da terra, para que trabalhe a germinação, haja transformação, crescimento e frutificação do que foi semente; e é necessário, a seu turno, o trabalho da semente e da planta no aproveitamento desse elemento que lhe foi dado.
Assim acontece com o Reino dos Céus na alma humana; sem o trabalho dessa "semente", que é feito pelos Espíritos do Senhor; sem o concurso da boa vontade, que é a maior fertilidade que lhe podemos proporcionar; sem o esforço da pesquisa, do estudo, não pode aumentar e engradecer-se em nós, não se nos pode mostrar tal como é, assim como a mostarda não se transforma em hortaliça sem o emprego dos requisitos imperiosos para essa modificação.
A fé é a mesma coisa: parece-se com um grão de mostarda quando já é capaz de "transportar montanhas", mas a sua tendência é sempre para o crescimento, a fim de operar mudança para campo mais largo, mais aberto, de mais dilatados horizontes. A fé verdadeira estuda, examina, pesquisa, sem espírito preconcebido, e cresce sempre no conhecimento e na vivência do Evangelho de Jesus.
O Espiritismo, com seus fatos positivos, vem dar um grande impulso à fé, desvendando a todos o Reino dos Céus. Assim como o reinado celeste abrange o infinito, a fé é tudo e dela todos precisam para crescer no conhecimento da vida eterna!
CAIRBAR SCHUTEL
2 - RODOLFO CALLIGARIS
O reino dos céus é comparado aos fenômenos do crescimnto e da expansão.
O grão de mostarda, tomado como símbolo é, de fato, uma semente minúscula; mas, uma vez lançada à terra, auxiliada pela umidade, germina, deita raízes, através das quais assimila os elementos de que necessita; projeta-se então para o ar livre, e já agora, aos bafejos da luz e do calor solar, ramifica-se o seu caule, emite folhas, vai-se desenvolvendo mais e mais, até que reproduz a planta de onde proveio, tornando-se a maior das hortaliças, em cuja ramagem as aves podem pousar e até fazer os seus ninhos.
Assim acontece com a implantação do reino dos céus na alma humana.
Seja por indiferença religiosa, ou outras razões quaisquer, leva algum tempo para que ela adquira condições de receptividade favoráveis a tal evento. Mas, sentido que seja esse avivamento interior, com a assimilação do Evangelho em espírito e verdade, um incoercível impulso de ascensão marca-lhe novos rumos à existência.
Embora presa às inibições do erro e da imperfeição, vislumbra nos altos cimos as esferas resplandecentes e gloriosas onde outras almas, mais evolutidas, gozam a plenitude da felicidade, e essa visão encoraja-a, empolga-a, dando-lhe forças para trabalhar, sem esmorecimento, no próprio crescimento.
O estudo e a pesquisa dilatam-lhe os horizontes de percepção; adquire uma fé viva e inabalável, porque baseada no conhecimento; expande-se sua consciência espiritual; o esforço ea boa vontade levam-na às mais esplêndidas realizações no campo do Bem; e assim, num aperfeiçoamento diuturno, vem a constituir-se um ponto de apoio a outras criaturas, que dela se acercam, sequiosas de ajuda e refrigério para os seus males., como as aves buscam repouso na sombra amena e acolhedora do arvoredo.
Dia virá em que, de expansão em expansão, chegará a igualar-se ao divino modelo, tornando-se, então, uma alma cristianizada.

O Entendimento Espiritual, semelhantemente, produz profunda e substancial modifiicação sobre todos os elementos da alma humana, transformando-os em preciosos fatores da Evolução.
Fá-la compreender que uma estreita soliidariedade nos liga uns aos outros, que é ilusório querer-se avançar sozinho, pois o que não beneficia a todos, não beneficia realmente a ninguém.
Sem ele, porém, enceguecida pelos egoísmos pessoais, de classes e de raças, a Humanidade, desvirtuando o uso dos conhecimentos que possui, poderá resvalar para o abismo e para o caos, na mais terrível hecatombe de todos os tempos.
"Ainda que eu penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas, se não tiver caridade, nada sou" disse S. Paulo (I Cor., 13:2) .
Busquemos, pois, a Sabedoria, porquanto toda ciência é útil, mas busquemos em primeiro lugar aquilo que nos possibilite ajudar e servir ao próximo.
Assim fazendo, estaremos edificando, desde já o reino dos céus em nossas almas.

Rodolfo Calligaris

Fé do Tamanho de um grão de Mostarda

Invasores da privacidade, acabam se tornando muitas vezes, as pessoas que tentam como investigadores, questionar a fé alheia sobre assuntos que envolvem religião.

Você acredita mesmo em espíritos, na reencarnação?

Sim acredito!

Então prove para mim que isso existe mesmo !

Tolo ou ingênuo aquele que quiser resolver a questão da descrença alheia ,acreditando que simples palavras num momento qualquer bastam para isso.


Como se a fé fosse obtida através de um jogo de convencimento!

Palavras não bastam com certeza pois a fé vêm de encontro ao coração que a anseia, e  busca como lenitivo para suas dores, e necessidades.

Aprendizado,ante os problemas aparentemente insolúveis que o homem encontra pelo caminho,onde não basta os recursos de sua formação,e inteligência. È preciso algo mais; principalmente quando a angustia e o desânimo lhe fazem sofrer.
Talvez seja esse o momento de encontrar a fé!

Diriam alguns:  - Para descobrir a fé precisamos de sofrimento e dor ?

Não necessariamente, pois a fé é um despertar de forças maiores em nosso coração,mas aqui neste planeta Terra, onde o homem vive intensamente a matéria, o coração fica endurecido em seus sentimentos e emoções,e ele acaba vivendo na superfície daquilo que chamamos vida.
Nos momentos dificeis ou de dor há uma maior sensibilização do individuo.

Nos momentos de crise, ele se volta para si mesmo, buscando na interioridade os recursos que inconscientemente abriga.

È como se fosse a volta do filho pródigo.retornando ao caminho da casa do Pai.
Pois só buscando a interiorização, ou o mundo intimo de nós mesmos podemos iniciar o movimento da fé.

Dentro de cada um de nós existe a centelha divina,colocada por Deus, para que possamos paulatinamente faze-la surgir em nossas vidas como os recursos correspondestes da fé.

Essa força é inerente a todo ser humano e quando acionada faz com que ele possa mover as montanhas da angustia,do desespero,do desamor.

Jesus dizia : - "Vim para que tenhais vida e vida em abundancia".

Isso significa não só a vida material a qual já conhecemos,mas a verdadeira vida,que é espiritual, ainda tão distante de nós.

Quando conseguirmos viver o espírito na matéria,com todas as injunções, que isso agrega ,ai estaremos em sintonia com os desígnios de Deus.

A fé não pode ser imposta,ou doada,ela é conquista própria, vivencia pratica no campo da espiritualidade.

Por isso quando estivermos buscando a espiritualização, trabalhando em nosso intimo as questões que a envolve, passando pelo crivo do bom senso,do amor da razão,dentro dos padrões estabelecidos pelas leis de Deus,através de Jesus,com certeza estaremos buscando viver a vida através da fé viva.

Jesus dizia que se tivéssemos a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríamos a uma montanha que saísse de cá para lá e ela se moveria.

A semente de mostarda é a menor semente que se conhece.Isso dá para imaginar a potencia dessa “força divina” em nós

Somente quando aprendermos a superar uma situação ,um problema através da fé e das mãos no trabalho, poderemos dizer ter experenciado a fé.

Crer em Deus, na existência de que forças maiores regem nossas vidas, e de que é preciso aciona-las através da vontade e do trabalho,acreditando em nós mesmos, é vivencia-la integralmente.

Existir, resistir, construir, através da fé, é vivencia pratica no caminho de todo aprendiz.

Se você quer aprender sobre uma religião; por exemplo o Espiritismo busque nas escolas das Casas Espíritas as respostas as suas perguntas,sejam sobre os espiritos ou a reencarnação.
Lá não fazemos proselitismo mas buscamos no aprendizado da fé raciocinada,as Leis de Deus,através dos ensinamentos de Jesus .

Se você quer saber sobre religiosidade e fé, busque um coração que a demonstre exemplificando um esforço constante para melhorar-se,aprendendo amar a Deus, ao próximo e a si mesmo, superando os obstáculos do desânimo e do desamor.

A Semente de Mostarda



O rapaz abeirou-se do Mentor, mostrando-se evidentemente acanhado, e considerou em tom de pergunta:

- Instrutor, a sua bondade já nos disse, várias vezes, que os ensinamentos de Jesus, o nosso Divino Mestre, estão sempre iluminados para a compreensão do nosso entendimento... Entretanto, às vezes, esbarro com afirmativas d'Ele que me fazem pensar inutilmente, já que não lhes alcanço sentido...

- Dê-me um exemplo - solicitou o interpelado com paciência.

- Disse-nos Jesus que se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda - continuou o jovem consulente - certa montanha, por nossa ordem, transportar-se-a daqui para ali; não crê o senhor que isso é um absurdo em confronto com a realidade?

- Meu amigo - explicou-se o Mentor - Jesus, por falta de comparações e palavras adequadas, legou-nos muitas lições em forma de símbolos e parábolas... Imagino que Nosso Divino Mestre tomou a imagem da montanha, como significado a nossos hábitos e preferências. Muitos defeitos, que ainda nos caracterizam, pesam sobre nós por montes de imperfeições que precisamos remover do mal para o bem...

- Mas - continuou o aprendiz - o senhor concordará que isso é uma observação puramente filosófica; desejo que o senhor me conduza para o domínio dos fatos reais.

O instrutor meditou por alguns instantes em profundo silêncio e rematou:

- Caro amigo, se você pretende observar o poder de um agente pequenino, qual a semente de mostarda, sobre um corpo extenso de dificuldades que o desorienta ou perturba, acenda uma vela pequenina diante da escuridão.

EMMANUEL
(Da Obra “A Semente De Mostarda”, Francisco Cândido Xavier)

Grão de mostarda

Grão de mostarda
(Renovando Atitudes)
Hammed



Capítulo 19-ESE, item 1
“... Jesus lhes respondeu: É por causa da vossa incredulidade. Porque eu vô-lo digo em verdade: se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: transporta-te daqui para ali, e ela se transportaria, e nada vos seria impossível.”

Fé é sentimento instintivo que nasce com o espírito. Crença inata, impulso íntimo fundamentado na “certeza absoluta” de que o Poder Divino, em toda e qualquer situação, está sempre promovendo e ampliando nosso crescimento pessoal.

Essa convicção inabalável na “Sabedoria Divina”, que é a própria Inteligência que rege a tudo e a todos, atinge sua plenitude nas criaturas mais evoluídas. Tais valores se encontravam inicialmente em estado embriomírio e, ao longo das encarnações sucessivas, estruturaram-se entre as experiências do sentimento e do raciocínio.

Como em todas as manifestações de progresso, também esse impulso intuitivo do ser humano ligado às faixas da fé é resultado de um desenvolvimento lento e progressivo. Por exemplo, a criança não pode manifestar a habilidade de falar, sem ter atravessado as fases básicas da fonética, isto é, resmungar, balbuciar, soletrar e silabar.

Desse modo, o ser imaturo, apesar de criado com esse sentimento instintivo da fé, também
atravessa um vasto período de desenvolvimento, que não se dá por mudanças abruptas, mas por uma série de sensações e percepções, às vezes mais ou menos demoradas, conforme a vontade e a determinação do próprio espírito.

Conseqüentemente, a fé plena não é só conquista repentina que aparece quando queremos; é também trabalho desenvolvido e assimilado ao longo do tempo.

Ela pulsa em todas as criaturas vivas e agita-se nas menores criações do Universo.

Encontra-se na renovação do mineral rompido, que se restaura a si mesmo; aparece no fototropismo das plantas em crescimento; impulsiona o “relógio interno”, que incita as aves a efetuar suas migrações, quase na mesma época em todos os anos; aguça o “regresso ao lar”, ou seja, estrutura a capacidade de orientação e localização observada em certos animais domésticos.

A fé também estimula o homem selvagem a nutrir a crença na existência de um ser supremo, que eles adoram nos fenômenos e elementos da Natureza.

Entendemos, dessa forma, que a fé não equivale a uma “muleta vantajosa” que nos ajuda somente em nossas etapas difíceis, nem “providências de última hora” para alcançarmos nossos caprichos imediatistas.

Ter fé é auscultar e perceber as “verdadeiras intenções” da ação divina em nós e, acima de tudo, é o discernimento de que tudo está absolutamente certo.

Nada está errado conosco, pois o que chamamos de “imperfeição” no mundo são apenas as lições não aprendidas ou não entendidas, que precisam ser recapituladas, a fim de que possamos nos conhecer melhor, assim como as leis que regem nossa existência.

Ter fé em Deus é reconhecer que a Natureza, “Arte Divina”, garante nossa própria evolução. Mesmo quando tudo pareça ruir em nossa volta, é ainda a fé amplamente desenvolvida que nos dará a certeza de que, mesmo assim, estaremos sempre ganhando, ainda que momentaneamente não possamos decifrar o ganho com clareza e nitidez.

No Universo nada existe que não tenha sua razão de ser. Tudo aquilo que parece desastroso e negativo em nossa existência, nada mais é que a vida articulando caminhos, para que possamos chegar onde estão nossos reais anseios de progresso, felicidade e prazer.

A criatura que aprendeu a ver o encadear dos fatos de sua vida, além de cooperar e fluir com ela, percebe que aquilo que lhe parecia negativo era apenas um “caminho preparatório” para alcançar posteriormente um Bem Maior e definitivo para si mesma.

As grandes tragédias não significam castigos e punições, porém maiores possibilidades futuras para a obtenção de uma melhoria de vida íntima e, paralelamente, de plenitude existencial.

Em face dessas realidades, a fé aperfeiçoada faz com que possamos avaliar em todas as
ocorrências uma constante renovação enriquecedora.

Quando todas as árvores estão despidas, é que se inicia um novo ciclo em que elas reúnem suas forças embrionárias e instintivas da fé para novamente se vestir de folhas, flores e frutos.

Tudo na Natureza obedece a “ritmos”. São processos da vida em ação. No final de um ciclo, nossa energia declina para, logo em seguida, reunirmos mais forças para uma nova incursão renovadora.

A cada nova etapa de crescimento, talvez nos sintamos temerosos e inseguros, a exemplo de certos animais que perdem momentaneamente seus revestimentos protetores.

Depois, no entanto, nos sentiremos melhor adaptados, ao nos cobrirmos com elementos e estruturas mais eficientes, e que nos permitam prosseguir mais ajustados em nosso novo estágio evolutivo. Assim acontece com todos. Seremos atingidos por um “sereno bem-estar” quando visualizarmos antecipadamente as porvindouras oportunidades de reconforto, prosperidade e segurança que a vida nos trará após atravessarmos os “ciclos amargos” do renascimento interior.

A confiança em que tudo está justo e certo e em que não há nada a fazer, a não ser melhorar o nosso próprio modo de ver e entender as coisas, alicerça-se nas palavras de Jesus: “até os fios de cabelo da nossa cabeça estão todos contados”.
 É a convicção perfeitamente ajustada a uma compreensão ilimitada dos desígnios infalíveis e corretos da Providência Divina.

Em muitas ocasiões, somente usando os recursos interpretativos da fé, nos grandes choques e tragédias, é que podemos notar o “processo de atualização” que a vida nos oferece, porqüanto o significado de um acontecimento é captado em plenitude apenas quando “decifrado”.

É o único caminho que nos permitirá encontrar a verdadeira compreensão e entendimento dos fatos em si.

Entretanto, quando não traduzimos no decorrer dos acontecimentos nossos episódios existenciais, sentimos que nossa vida vai-se tornando inexpressiva, sem nenhum sentido, porque vamos perdendo contato com as mensagens silenciosas e sábias que a vida nos endereça.

Aqui estão algumas interpretações de fatos aparentemente negativos, quando na realidade são profundamente positivos:

— Para vencermos a doença é necessário interpretar o que o sintoma quer nos alertar sobre o que precisamos fazer ou mudar para harmonizar nosso psiquismo descontrolado.

— Sucessivos acontecimentos de “abandono” e “decepção” em nossa vida são mensagens
silenciosas alertando-nos que nosso “grau de ilusão” ultrapassou os limites permitidos.

— Perda de criaturas queridas pode ser a lição que nos vai livrar de atitudes possessivas e de apegos patológicos, tanto para quem parte como para quem fica.

— Alucinação e loucura podem nos adestrar para maiores valorizações da realidade, afastando-nos de fantasias e aparências.

— Vícios de qualquer matiz podem estabelecer nos indivíduos normas corretivas na vida interior, a fim de que aprendam a lidar e a controlar melhor suas emoções e sentimentos.

— Traição afetiva pode nos exercitar na fiscalização de nosso “grau de confiabilidade” e
“vulnerabilidade” perante os outros.

— Desprezo ou desconsideração podem ser emissões educativas, impulsionando-nos a um maior amor a nós próprios.

O ser humano de fé não é crédulo nem fanático; é antes o indivíduo que distingue os lucros e vantagens inseridos nos processos da vida.

Compreende a seqüência de fatos interconectados aprimorando-se paulatinamente para intensificar sua estabilidade e harmonia e, como conseqüência, seu engrandecimento espiritual.

Em síntese, a fé como força instintiva da alma guarda em si possibilidades transcendentes e
poderes infinitos. Ao ampliá-la, o homem se potencializa vigorosamente, fluindo e contribuindo com o próprio ritmo da vida como um todo.

O “grão de mostarda”, na comparação de Jesus Cristo, representa a minúscula semente como sendo o “impulso imanente” que começa a se formar no “princípio inteligente”, nos primeiros degraus dos reinos da Natureza.

 Ao longo dos tempos, se transmuta, desenvolvendo potencialidades inatas, e, futuramente, se transforma num ser completo e de ações poderosas.

Devemos compreender, por fim, que o “poder da fé” realmente “transporta montanhas” e que para o espírito nada é inacessível, pois, quando percebe a razão de tudo e interpreta com exatidão a sabedoria de Deus, a vida para ele não tem fronteiras.


Ao ampliarmos nossa consciência na fé, sentiremos uma inefável serenidade íntima, porque conseguimos entender perfeitamente que, no Universo, tudo está “como deve ser”; não existe atraso nem erro, somente a manutenção e a segurança do “Poder Divino” garantindo a estabilidade e o aperfeiçoamento de suas criaturas e criações.


 Lucas 12:7
Livro Renovando Atitudes. Psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto.