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domingo, 5 de junho de 2011

Suicídio: um silêncio que deve ser quebrado


A depressão ou transtorno metal pode provocar um silêncio perigoso. Saiba como quebrar a barreira e levar a sério o pedido de socorro
30/05/2011 - 09:12

A depressão é um dos motivos que pode levar ao suicídio (Fotos: Divulgação)

Um pedido de socorro que muitas vezes pode estar escondido em uma mudança de comportamento repentina ou em uma tristeza persistente. O Portal Infonet não divulga casos de suicídio,- por que existem estudos que comprovam que a divulgação deste tipo de fato aumenta os números de suicídios,-  mas com o frequente número de registros no Instituto Médico Legal (IML) vamos tratar a questão como um caso de saúde pública mostrando que a prevenção e o tratamento salva vidas. A boa notícia é que é possível se livrar do mal que leva a falta de vontade de viver.
De acordo com publicação do Ministério da Saúde dirigida aos profissionais da Atenção Básica o problema é tão grave que há seis anos foram registrados 8550 suicídios, o que representa uma morte a cada hora, diariamente. As mortes correspondem a 0,8% de todos os óbitos da população brasileira.
O manual aponta ainda que o comportamento suicida tem causas complexas, que pode incluir transtornos psiquiátricos, tais como
Depressão e o sentimento de desamparo devem ser tratados com a ajuda médica
depressão, esquizofrenia e dependência de álcool, além de doenças físicas, particularmente as dolorosas e incapacitantes. Para a presidente do Conselho de Psicologia de Sergipe, Edelvaisse Ferreira, a Edel, é possível diagnosticar pessoas com depressão, especialmente nos casos mais graves.
Comportamento
A psicóloga alerta que a depressão, ao contrário do que muita gente pensa, não é simplesmente uma “reação de carência para chamar a atenção dos outros”, mas uma patologia que pode assumir graus de seriedade muito intensos, passando de leve a moderado e de moderado a grave. “No estágio leve, já se pode perceber sintomas como a falta de apetite, falta de vontade de trabalhar, de divertir-se, de conversar com pessoas e certa resistência a fazer coisas que anteriormente eram prazerosas. A mudança de comportamento se torna visível quando familiares e amigos estão atentos e qualquer sinal de isolamento deve ser pontuado para evitar o agravamento do quadro”, destaca.
A psicóloga Edel Ferreira faz um alerta para os sinais que ocasionam um quadro mais grave(Foto: Arquivo Portal Infonet)
Edel ressalta que a depressão leve pode ser mais facilmente revertida quando tratada com acompanhamento psicológico. Já nos quadros de depressão moderada, os sintomas são bem mais claros. O que pode variar na resistência a desenvolver atividades rotineiras, de lazer e profissionais e o isolamento social.
“Crises de choro e verbalizações de desesperança são comuns, o corpo demonstra as conseqüências da falta de apetite e há um descuido visível com a aparência e a higiene pessoal. Nessa fase pode, sim, aparecer idéias suicidas. É recomendado, nesses casos, o tratamento psicológico e o farmacológico, normalmente prescrito por um psiquiatra, a fim de equilibrar os níveis hormonais que regulam o humor. Caso a depressão, nesse ponto, seja negligenciada, o caso pode evoluir para um quadro grave e, nesse ponto, a reversão é muito mais difícil”, observa.
Tratamento
O apoio da família é essencial para a recuperação das vítimas de depressão
Depressões leves podem e devem ser tratadas pelas equipes de atenção primária, com antidepressivos pelo médico (generalista ou médico de família) ou com psicoterapia pelos psicólogos, ou com a conjugação dos dois métodos. “A fase grave da depressão deve ser tratada cuidadosamente e continuamente por psicólogos e psiquiatras e não se pode prescindir da atenção familiar, forte aliada ao tratamento, uma vez que está em contato diário com o paciente depressivo”, diz Edel que completa como a família se torna parte importante.
“A família deve dar atenção integral ao potencial suicida e deve responsabilizar-se pela adesão do paciente ao tratamento, pois ele se encontra em inatividade e momentaneamente incapaz de julgar o que é adequado ou não para ele. É o cuidado da família que fará o diferencial nesses casos, tanto pela atenção aos primeiros sinais do quadro, quanto pela continuidade do tratamento”, frisa a psicóloga que salienta ainda que não é apenas o paciente depressivo que está sujeito a praticar o suicídio.
Sinais são importantes
Frases como “Eu preferia estar morto”, “Eu já sei o que vou fazer”, “Eu não agüento mais”, “Eu sou um perdedor e um peso pros outros” ou ainda “Os outros vão ser mais felizes sem mim”, devem ser levadas em consideração. De acordo com o manual do Ministério da Saúde a ameaça de suicídio não deve ser encarada como manipulação, mas deve ser levada a sério, pois indica que a pessoa está sofrendo e que necessita de ajuda.
“O paciente bipolar, que alterna fases de euforia e de depressão, também está sujeito a isso, seja em qual fase for, na fase depressiva, pelas razões já discutidas anteriormente; na fase de euforia, por ter atitudes descuidadas e desafiadoras que podem colocar inconscientemente a sua vida em risco”, menciona Edel Ferreira.
Saúde Pública
O serviço de Psicologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) criou o Projeto Salva Vidas: Tentativa de Suicídio. Um dos objetivos do projeto é qualificar a atenção ao paciente com tentativa de suicídio. De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde o acompanhamento é feito em todo o hospital até o momento da alta. Para obter mais informações sobre o programa basta entrar em contato pelo (79) 3216-2807.
Município
A psicóloga e gestora da Rede de Atenção Psicossocial da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju, Simone Barbosa, afirma que o trabalho de prevenção ocorre na detecção precoce de casos potenciais. “Profissionais das equipes de saúde da família e agentes comunitários de saúde, ao identificarem sujeitos em sofrimento psíquico intenso, alguns casos inclusive de depressão ou outros transtornos mentais que possam levar o sujeito a ideações suicidas. Assim, a depender da complexidade do caso e da situação em que o sujeito se encontra, articularemos sua linha de cuidado, desde a atenção primária até os serviços de urgência/emergência”, fala Simone Barbosa, salientando ainda que se o caso for moderado o acompanhamento ambulatorial de psicólogo e/ou psiquiatra pode ser realizado através de Referências de Saude Mental – no total de cinco distribuídos  estrategicamente na capital.
No caso de tentativa de suicídio, o paciente pode ser levado pelo Serviço Móvel de Urgência e Emergência (Samu) a Urgência Mental do Hospital Sao José, receber acompanhamento emergencial, e então ser referenciado para ser acompanhado por um Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Para obter mais informações sobre este serviço ligue para (79) 3179-1014/ Ramal 5577.
CVV
Criado em 1962, no Estado de São Paulo, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é um programa que presta serviços humanitários, através do apoio emocional direcionado a pessoas que sofrem de depressão, solidão ou as que perderam a vontade de viver. Em Sergipe, a entidade conta com o Posto Samaritano CVV Aracaju.
Em quatro anos e meio, o serviço já atendeu mais de 45 mil ligações, sendo uma média mensal de mil ligações.
O atendimento é realizado apenas por telefone. Através do número 0800 28 44 456 e funciona todos os dias da semana, inclusive aos feriados das 07h ás 23h.
Superação 
Utilize o espaço de comentários e conte a sua experiência sobre como conseguiu se livrar da depressão.
Por Kátia Susanna

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