Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Autoconhecimento emocional



Rita Foelker

No território do autoconhecimento, as emoções e os sentimentos são os lugares menos visitados. Em parte por esta razão, as pessoas sempre viveram ignorando o que sentiam mas, também, à mercê de seus estados emocionais. Dependendo das características de personalidade de cada criatura, havia duas alternativas para lidar com eles: a repressão ou a liberação, geralmente descontrolada.
Entender as próprias emoções e lidar com elas é uma prática que ultimamente vem se generalizando, através dos estudos da Inteligência Emocional.
Hoje em dia, as pessoas estão cada vez mais convictas de que sua capacidade de sentir é tão vital para seu dia a dia e seu sucesso, quanto sua capacidade de pensar.
Interessante é observar que o Espiritismo nos ensina, há mais de cento e cinquenta anos, que é preciso progredir em conhecimento e virtude, isto é, na razão e no sentimento. E agora é a ciência, a psicologia, a medicina que vai descobrindo o quanto isto é verdadeiro.
O sentimento é o recurso interno mais poderoso que possuímos. Virtudes são sentimentos que evoluíram para um estágio avançado. As emoções nos fornecem informações importantes sobre lugares, pessoas, situações, e tomam parte de todas as nossas decisões, ainda que ignoradas ou desprezadas. Emoções (do latim “motere”, que significa mover) literalmente nos movem.
Além disso, as emoções e sentimentos são os elos que nos ligam às pessoas e à nossa vida.
Porém, na nossa educação, o que sentíamos foi frequentemente ignorado. As pessoas pouco se interessavam pelo modo como nos sentíamos, mas nos valorizavam pelo desempenho escolar ou no grupo, o que aprendemos a fazer. O resultado é que criamos um repertório de maneira de usar a mente para reprimir as mensagens do coração, enquanto procurávamos fazer as coisas da melhor maneira possível, e nos destacar, mesmo que nos contrariasse profundamente.
Como educadores, temos o poder de fazer diferente, entendendo e aceitando realmente o modo como nossas crianças se sentem. Ajudando-as a se conhecerem. Aprendendo de nós mesmos, entrando em contacto com o que sentimos. Valorizar o que uma pessoa sente significa valorizar esta pessoa, o que é essencial em Educação.
Não basta reprimir comportamentos inadequados. Lidar com emoções indesejáveis e criar bem-estar interior é possível quando reconhecemos o que sentimos e o porquê, quando passamos a entender como as coisas nos afectam e aprendemos a reagir positivamente.

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