Estudando o Espiritismo

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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Reforma Intima - Ricardo Faerman


Este tema é muito interessante, pois quando falamos em reforma podemos pensar em várias coisas ao mesmo tempo. Se fosse uma reforma na casa já teríamos a resposta imediata. Se fosse no carro, também. Em alguma roupa, mais fácil ainda. E assim por diante. Mas e essa reforma íntima, o que visa?


Pois bem, vamos lá. A reforma íntima se faz necessária em nossos dias, porque, como podemos ver e sentir na pele, muitas coisas estão mudando. Mudam na nossa casa, cidade, estado, país e no mundo. Sutilmente ou não, pois muita gente ainda não se deu conta disso, mas o mundo anda nervoso.

Quantas desgraças, brigas, desavenças, guerras! Tudo isso porque estamos sendo amassados pela natureza que tenta nos avisar que está na hora da mudança. Claro que cada um de nós poderá dizer que está fazendo sua parte. Mas quer ver como não está? Se alguém lhe tirar fora da paciência você não ficará irritado com essa pessoa? Se alguém lhe irritar você poderá reagir com palavras ríspidas e até com agressão física. Se alguém lhe magoar a sua reação natural não será lamentar-se e culpar essa pessoa por estar lhe magoando? Se alguém lhe deixar triste por algum motivo, você não apontará e culpará esta pessoa por lhe deixar triste? Aí está uma pequena amostra de que talvez você não esteja fazendo a sua parte.

Toda reforma íntima requer um reconhecimento pessoal para que possamos produzir uma mudança de comportamento, atitudes e atos que estamos carregando desde nosso nascimento (E MUITO ANTES). Dirá alguém: "Mas como posso eu me conhecer mais para poder mudar?" Aparentemente é difícil mas não impossível.

É preciso começar e para isso serão necessários alguns instrumentos simples: um lápis, uma folha de papel e um espelho. Devemos sentar-nos confortavelmente em uma cadeira, a sós e em um ambiente silencioso. Olhando nossa imagem no espelho, vamos começar a conversar conosco fazendo alguns questionamentos do tipo: "O que tenho que mudar? Como está sendo meu relacionamento com o(a) companheiro(a), filhos, amigos e todas as pessoas de meu convívio? O que reclamam de mim? O que continuo fazendo igual? Na minha adolescência o que os namorados(as) ou amigos daquela época reclamavam de mim? E que continuo agindo igual até hoje?" E assim por diante. E a cada resposta você deve ir anotando. No final chegará à conclusão de que você mudou muito pouco e continua com o mesmo comportamento de muito tempo atrás.

Sabe porque? Não? Então vai saber!!

Todos nós recebemos de presente do Criador uma coisa chamada livre-arbítrio. Em nosso livre-arbítrio absolutamente ninguém deve interferir. Somos os responsáveis por toda decisão tomada. Sabemos também que em outras vidas não fomos propriamente bons e continuamos não sendo perfeitos Mas lá em outras existências, conforme a vida que tínhamos, o ambiente e pessoas com quem convivíamos, fomos adquirindo algumas imperfeições que estão gravadas em nosso inconsciente (ainda hoje).

Por exemplo: irritabilidade, mágoa, impaciência, tristezas, etc. Como havia citado no início: mas nós podemos irritarmo-nos sozinhos? Magoarmo-nos sozinhos? Perdermos a paciência sozinhos? É difícil, não é?

Pois o nosso universo é tão perfeito que ele nos promove encontros com pessoas que possuem características de personalidade especiais para fazer aflorar de nosso inconsciente, exatamente aquelas imperfeições que devemos equilibrar.

Nós precisamos da ajuda de pessoas para promover situações. Infelizmente em vez de olharmos para nós e entendermos que a pessoa está nos ajudando, nós a afastamos culpando-a por nos fazer sentir assim, perdendo mais uma oportunidade de mudar.

Trago aqui um exemplo de um cliente: um adolescente trazido pelo tio. Ele começou contando o porque de ter ido embora de casa. Dizia ter muita raiva do pai porque este agia de forma um pouco brusca na sua educação. Por outro lado, não lhe faltava nem conforto material nem carinho. Fiz-lhe então a seguinte pergunta: "Você sente raiva somente do seu pai?" E a resposta foi instantânea: "Não, tenho raiva também da minha irmã."

Perguntei-lhe se esse sentimento era só contra eles. Imediatamente respondeu que não, citando outras várias pessoas. Fiz-lhe ver, então, que a raiva é um registro dele e que enquanto ele não olhar para si mesmo para melhorar a sua raiva, ele vai passar o resto de sua vida culpando os outros e perdendo oportunidades de mudar.

Da mesma forma, se você quiser começar a mudar formule a si próprio perguntas do tipo: "Porque briguei com meu pai, mãe ou outra pessoa que estava fazendo seu papel e tentando me ajudar?"

REFORMA ÍNTIMA JÁ !!!!!!

Ricardo Faerman
Vice-Presidente da Associação Brasileira dos Psicoterapeutas Reencarcionistas www.abpr.org
Visite meu site e confira os cursos: www.ricardo.faerman.nom.br

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