Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Aprimoramento através do amor por si e pelo próximo

Katya
Muitas vezes temos muitos sonhos e ideais que não conseguimos atingir na época. Ficamos frustrados, infelizes e acabamos nos acomodando, por nos sentirmos incapazes de concretizar e tornar realidade estes anseios remotos. Quando temos nossos filhos, a grande maioria, projeta na criança – seu filho ou filha – a sua imagem e tenta, através deles, obter aquela conquista frustrada. Não perguntamos ou analisamos imparcialmente a criança se ela realmente deseja esta projeção, pois cada um é um ser individual com sua própria capacidade de agir, sentir e pensar.
Então, se gostaríamos de ter sido médicos, tentamos, sutilmente, infiltrar na cabeça da criança o gosto pela medicina e muitas vezes ela – a criança, acaba se tornando este profissional sem aptidão ou gosto pela profissão e acabam frustrados ou revoltados ou impotentes, etc.
Da mesma forma a mãe que sempre calou ante a vida, se anulando, desejando clamar aos berros sua independência sem nunca ter conseguido. Esta mãe tende a querer que seu filho ou filha seja forte o suficiente para se rebelar contra todas as coisas das quais discorda, e assim poder se orgulhar de haver conseguido finalmente, através de seu filho (a) dar o berro de independência, como se isto fosse possível.
O narcisismo dos pais é uma fascinação por si mesmos refletida nos filhos.
Este exemplo ilustra a incapacidade que temos de buscar, cada qual ao seu tempo, a concretização de nossas metas.

Na sua essência ninguém muda ninguém, cada qual é responsável por suas atitudes.
Para crescer e progredir espiritualmente não é preciso fazer nada fora do comum, é simplesmente viver normalmente como qualquer ser humano.
Você acredita que viver humanamente é viver na irresponsabilidade, no vício, na ilusão, enfim nas chamadas imperfeições terrenas. No entanto, a grande falha das pessoas, ou mesmo, o seu pecado oculto, é viver longe do senso de realidade.
Há uma enorme dificuldade em compreender que, para evoluir, ninguém precisa tornar-se santo, mas apenas um homem normal.
A evolução faz parte de um processo natural da humanidade. Decorre de múltiplas experiências e vivências que produzem graduais e profundas mudanças na visão interior das criaturas. Desejar planejar para si ou para o outro uma renovação íntima planejada e imposta é a mesma coisa que tornar-se alguém artificial, sem transformações reais e verdadeiras.
               
                                          HISTÓRIA

Os poetas gregos e romanos descrevem a união de Flora, a divindade dos vegetais, com Zéfiro, o vento Oeste.
Diz-se que um dia ambos se encontraram: A “senhora da primavera” recuou amedrontada e, num gesto de brandura, estende as mãos sobre plantas e flores para protegê-las do ímpeto destruidor de Zéfilo.
Ele tinha como único prazer desacatar a natureza, danificar as florestas, devastar as plantações, arruinar as flores com seu sopro devastador e impiedoso.
Todavia, ante a luminosa beleza de Flora, a divindade do vento refreia o sopro, enamorando-se ternamente por ela. Após esse encontro, ele não mais se empenhou em desrespeitar a natureza – a protegida de sua amada.
Embora apaixonada, Flora recusa triste a corte de Zéfiro; teme a sua índole tão diferente da sua. Para não perdê-la, ele promete aprender com o equilíbrio da Natureza a paciência e a serenidade do reino vegetal.
Então, na festa de núpcias, entre cores fulgurantes e perfumes dulcíssimos, une-se Flora a Zéfiro. E desde esse acontecimento, o vento Oeste passa a ser apenas uma doce brisa que tremula as pétalas das roseiras e a ramagem das campinas.

Obs: Zéfiro continuou sendo vento, porém agora em branda aragem. Sua transformação foi íntima, movida pelo amor à Flora.
É possível ser feliz? Obviamente que sim, porém não se esqueça de que quanto mais você se respeitar, mais sua felicidade dependerá de você e menos dos outros, apesar da incompreensão das pessoas.
Não existe bem-estar sem liberdade de pensar e agir. Portanto, nossa felicidade é o resultado da maneira pela qual vivenciamos aquilo que somos.
O importante não é a “ etiqueta” que usamos, mas é o que faço “ da” vida, “ com” a vida e “ pela” vida.
Quem acha que em si não há nada para mudar e se sente perfeito está imaturo espiritualmente. A vida é dinâmica; é mudança ininterrupta. A procura interior é prenúncio de progresso.
Lembre-se que assim como Zéfiro, as mudanças devem ser feitas naturalmente, sem forçá-las; devem representar um ato espontâneo, devem ser desejadas.
A pior tristeza é viver toda uma existência sem amar. Como seria lamentável atravessar uma encarnação sem nunca ter falado de seu amor a todos aqueles que você ama.
O que agrada ao Senhor não é aquele que dá o pão de trigo, mas aquele que dá o pão do amor.

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