Estudando o Espiritismo

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

2ª. AULA O QUE SÃO VÍCIOS



"Em verdade em verdade vos digo, todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo. " (Jo., 8:34)
I - PEDAGOGIA "EM SITUAÇÃO"
- Como se posiciona hoje nossa sociedade perante os vícios?
- Como tem sido a atuação dos meios de comunicação?
- Será que a sociedade atual age de forma crítica no que diz respeito a todo tipo de abuso relacionado ao fumo e álcool?
- O que pensam os jovens hoje com relação ao sexo e às drogas?
Os meios de comunicação estão abertos, sem restrições à propaganda envolvente e maciça que induz a humanidade ao fumo, ao álcool, ao jogo, à gula e ao sexo. Não existe a menor reação a tão perniciosos incentivos. Ao contrário, tornaram-se meios de motivação a uma sociedade meramente consumista, cujos produtos (filmes, bebidas, revistas, cigarros, etc.) constituem verdadeiros agentes contaminadores do comportamento moral do homem, induzindo-os ao viciamento de idéias pelo desejo de satisfações ilusórias. Cabe-nos, efetivamente, trazer tais mensagens ao crivo da razão, e assumir uma postura crítica diante desses grilhões psicológicos a que somos induzidos.
II - OBJETIVOS
- No estado natural, tendo menos necessidade, o homem não sofre todas tribulações que cria para si mesmo num estado mais adiantado. Que pensar da opinião dos que consideram esse estado como o da mais perfeita felicidade terrena?
- Que queres? É a felícidade do bruto. Há pessoas que não compreendem outra. É ser felíz à maneira dos anímaís. As crianças também são maís felízes que os adultos. (L.E., 777)
Devemos compreender razoavelmente as características, as causas e conseqüências do vício e buscar meios para eliminá-los.
Todos nós colhemos no sofrimento as conseqüências amargas dos vícios, cedo ou tarde. Não precisamos chegar às últimas conseqüências do vício para iniciar o trabalho de auto-libertação, de auto-descondicionamento.
Comecemos por questionar: será que queremos realmente nos libertar, ou nos comprazemos nos vícios? Se queremos realmente nos libertar, quais as razões mais profundas que nos levam a iniciar esse combate?
Como iniciar esse combate?
Primeiramente, para superarmos os vícios mais enraizados em nós, precisamos fortalecer a nossa vontade. Ninguém consegue vencer uma batalha sem determinação, sem testemunho da vontade aplicada. Logicamente os tratamentos espirituais ajudam, mas combater as causas é uma conquista individual que deve ser cultivada paulatinamente.
III - CONTEÚDO
1. QUAIS AS CAUSAS DO VÌCIO?
O QUE SÃO OS VICIOS?
A Natureza não traçou o limite necessário em nossa própria organização?
Sim, mas o homem é insaciável. A Natureza traçou o limite de suas necessidades na sua organização, mas os vícios alteraram a sua constituição e criaram para ele necessidades artificiais." (L.E., 716)
a) A IMAGINAÇÃO
Pela imaginação penetramos os mais insondáveis terrenos das idéias. No entanto, a imaginação tem sido mal conduzida pelos homens, tanto de modo consciente quanto por desejos inconscientes, levando-os a sofrimentos e outras conseqüências graves. Pela sua imaginação o homem cria suas carências, envolve-se nos prazeres e absorve-se nas sensações. Cristalizammse tais frutos da imaginação em hábitos repetitivos, que por sua vez tornam-se condicionamentos, os quais passamos a incorporar comodamente sem reação contrária. Os vícios são, portanto, necessidades artificiais que nossa própria consciência criou, às quais nos apegamos.
b) DEPENDÊNCIA FíSICA E PSíQUICA
"Todo o homem que se entrega ao pecado é seu escravo." (JO., 8:34)
O organismo humano adapta-se a esses vícios e o psiquismo fixa-se nas sensações. Na falta delas o próprio organismo passa a exigir, em forma de dependências, as doses tóxicas ou as cargas emocionais a que se habituara. A criatura não consegue mais libertar-se, contaminando o corpo e a alma; torna-se, conforme as palavras de Jesus, escravo de si mesmo.
c) TENDÊNCIAS REENCARNATÓRIAS
O perispírito guarda certos reflexos ou impregnações magnéticas pelas imantações recebidas do próprio corpo físico e do campo mental. As tendências se transportam e nessas oportunidades de libertação que nos são oferecidas, sucumbimos aos mesmos VíCIOS do passado. A Doutrina Espírita acrescenta, portanto, um componente reencarnatório aos vícios, o que de certa forma esclarece os casos crônicos e patológicos.
d) INFLUENCIAÇÃO DE MÁS COMPANHIAS
Por outro lado, raramente estamos sozinhos nos vícios.
Temos a companhia daqueles que se comprazem conosco dos mesmos males, encarnados ou desencarnados, em maior ou menor identidade de sintonia. Por vezes entidades espirituais agem hipnoticamente no campo da imaginação, transmitindo as ondas envolventes das sensações e dos desejos que alimentamos.
IV - CONCLUSÃO
Jesus veio para recompor a vida, para libertar de todo tipo de mal, especialmente o tipo de mal que opera dentro de nós e nos torna escravos de nossos próprios "pecados".
Reforma íntima é libertação. No Evangelho vemos Jesus libertando vários tipos de doentes, do corpo e da alma. Os aflitos buscavam nele essa libertação: "Todos os que padeciam de algum mal se arrojavam a ele para o tocar". O mal que os aprisionava era vencido. Busquemos pois vivenciar Jesus em nosso íntimo, em nosso interior, para que tocados pelo seu amor possamos fortalecer nosso psiquismo e substituir toda "escravidão" pela alegria interior da libertação,

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