Estudando o Espiritismo

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

FUNDAÇÃO LONDRINA USA DESOBSESSÃO COMO TERAPIA


(matéria publicada na Folha Espírita em fevereiro de 2004)
A Folha Espírita entrevistou o Dr. Alan Sanderson, psiquiatra,fundador da The Spirit Release Foundation (Fundação para a Liberação de Espíritos – ou desobsessão, em linguagem espírita)
O psiquiatra londrino Alan Sanderson começou a se interessar por assuntos espirituais, especialmente pelo tratamento da obsessão, há aproximadamente 12 anos, quando conheceu uma pessoa que lidava com esse tipo de trabalho. Desde então, tem se dedicado à aplicação dessa terapia, inicialmente no sistema de saúde pública, no qual encontrou algumas dificuldades, o que o levou a trabalhar de maneira particular.
Há mais ou menos quatro anos, juntamente com algumas pessoas, decidiu fundar uma organização que se denomina The Spirit Release Foundation (Fundação para a Liberação de Espíritos – ou desobsessão, em linguagem espírita) e que agora conta com 170 associados. Entre estes não há muitos médicos, mas terapeutas complementares e pessoas com formações diversas, tais como psicólogos, aconselhadores, passistas, médiuns, enfim, pessoas interessadas nesse tipo de trabalho. Segundo Sanderson, a instituição está crescendo e se desenvolvendo, o que o faz acreditar que, no futuro, talvez ela possa convidar pessoas do exterior para lhes falar, facilitando, assim, o intercâmbio e a troca de experiências com entidades afins.
Quando de minha passagem por Londres, em novembro, realizei esta entrevista para a Folha Espírita, que contou com a inestimável ajuda da competente intérprete e querida amiga Ana Sinclair.
FE - Quais os principais objetivos da Spirit Release Foundation?Sanderson - Treinar pessoas em spirit release (desobsessão) para que sejam qualificadas, de acordo com nossos critérios, a fazer o trabalho e também a divulgá-lo junto aos médicos, a outros terapeutas e pessoas da comunidade, de modo a explicar a dimensão espiritual, os benefícios do spirit release e a influência do spiritual attachment (obsessão).
FE - Quais os métodos de que se utilizam?Sanderson - Podem ser divididos de maneira abrangente em dois: o método que chamamos de interativo, que utiliza estados alterados da consciência, tais como hipnose, em que se dialoga com o paciente ou com o espírito através do paciente; e o intuitivo, em que há muitas maneiras pelas quais pessoas com habilidades psíquicas podem contatar os espíritos e ajudá-los a partir. A escolha do tipo de método dependerá das habilidades do terapeuta. E, naturalmente, se estamos tratando uma criança ou uma pessoa que mora longe, iremos utilizar o método a distância. Assim, poderemos nos valer de um terapeuta com habilidades psíquicas ou dois deles, sendo que um permitirá, através de um estado alterado de consciência, que o espírito fale por seu intermédio, enquanto o outro dialogará com o espírito.
FE - Que tipo de resultados tem obtido para seus pacientes?Sanderson - Às vezes, são maravilhosos e rápidos. Mas há outros que demoram a chegar. Não raramente encontramos pacientes que, por uma razão ou outra, estão fortemente possuídos. Recomendo-os, então, a alguns colegas que cuidam desses casos, por exemplo, um que é especialista em possessões demoníacas. Esse colega trabalha com pessoas que têm possessões muito severas. Em geral, dedica longos períodos no tratamento delas, utilizando meditação do coração para fortalecê-las. Agora, estamos formando um grupo composto de seis de nós para trabalharmos juntos, na expectativa de que possamos obter melhores resultados nesses casos mais difíceis.
FE - Como a Medicina ortodoxa britânica vê o seu trabalho?Sanderson - A Medicina ortodoxa britânica não vê nosso trabalho, olha para o outro lado (risos). No entanto, posso dizer que há, agora, na Real Sociedade de Psiquiatras, um grupo formado por cerca de 700 pessoas que revelou especial interesse em assuntos espirituais. Em maio, tivemos um encontro sobre Spirit Release Therapy (Terapia de Desobsessão), que ficou completamente lotado. A freqüência a esse evento foi maior do que a de qualquer outro que tiveram. E isso foi notável, pois nunca esperava poder ter um encontro na Real Sociedade de Psiquiatras abordando esse assunto. Os tempos estão mudando e isso é muito estimulante.

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